sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Casamento livre em Varsóvia

Foto: Kuba Atys / AG
"Kocham ciebie,
tylko ciebie znaczy:
nie kocham was wszystkich,
którzy nie jesteście nią lub nim.
Znaczy: kocham jednego potwora,
którego potworowatość polega między innymi na tym,
że żąda,
żeby kochać jego i tylko jego.
Moja zaś potworowatość polega między innymi na tym,
że przystaję na to."

Fragmento de "Missa Pagã" do polaco Edward Stachura, poeta, escritor, cantor e caminhante. Viveu pouco - 42 anos. Mas deixou uma obra de poesias e prosas sobre o amor e a vida, que são recitadas até em casamentos, como foi o caso destes versos, recitados em Varsóvia pelos noivos Monika Szmidt e Miłosz Kuligowski. A cerimônia foi conduzida por Krzysztof Tanewski e Jane Bechtel, respectivamente membros da "Polskiego Stowarzyszenia Racjonalistów" e "Szkockiego Towarzystwa Humanistycznego". O casamento, portanto, não foi oficializado na igreja. Mas ainda assim os noivos repetiram as palavras da Biblia: "...juro amá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe...". Foi o chamado casamento livre, ou humanitário, que há dois anos é reconhecido na Escócia, mas ainda não o é na Polônia. Para este primeiro casamento livre da Polônia, ocorrerram os pais dos noivos, padrinhos, familiares e amigos para testemunharam a união de duas pessoas que se amam. Se não foi uma cerimônia religiosa, para ser reconhecido civilmente em nova cerimônia no cartório. Pelo menos, enquanto a Polônia, não tenha a mesma lei escocesa.
Tradução livre de Stachura: "Amo você, só você significa: não amo vocês todos, os quais não são ela, ou ele. Significa: amo um único mostro, monstruosidade que confia entre outros nisto, que reclama, a fim de amá-lo e só a ele. Minha monstruosidade confia entre entre tantos nisto, que concorda nisto".

Árvores despidas no inverno

Foto: Ulisses Iarochinski
Pois o inverno sem aquele manto branco de neve em Cracóvia não é o mesmo. As árvores, tão faceiras na primavera e verão estão frondosas e verdes; no outono, coloridas de folhas amarelas, laranjas, ocre e vermelhas; e no inverno lindamente vestidas de branco. Sim, isto quando tem neve, mas como nesta semana, sem folhas e sem neve, elas, pobrezinhas, ficam feias e retorcidas e a imagem do bosque que circunda o centro de Cracóvia, o Planty, fica muito triste. Este é o início da Ulica (ulitssa-rua) Wiślna que liga o Planty ao Rynek, que apesar do sol e o céu azul é desolador.

Cracóvia sem neve no inicio de 2008

Foto: Ulisses Iarochinski
Pois não é que depois de mais de um mês coberto por um manto branco de neve e temperaturas de até 15 graus negativos, 2008 começou com chuvas e temperatura acima de zero. Chuva e sol! Resultado: nada de neve, nada de branco e calor de 8 graus positivos. O Rynek (praça do mercado) de Cracóvia estava assim hoje de manhã: sol forte e passeio de bicicleta. Pelo jeito, os prestidigitadores erraram de novo: Não será o inverno mais frio dos últimos 500 anos... Já deu até para encostar a "ceroula de baixo", as tocas e as luvas. Será?