terça-feira, 30 de setembro de 2008

Norman Davis homenageia Wałęsa

Lech Wałęsa e sua esposa Danuta ouvem Norman Davies. Foto: Sławomir Kamiński / AG

"A mitologia se expande melhor do que a credibilidade de uma historiografia, as pessoas fazem os acontecimentos que a eles lhes agradam. Assim foi com o marechal Piłsudski e assim é com o presidente Lech Wałęsą". Afirmou ontem, em idioma polaco, na Grande Sala do Castelo real de Varsóvia, o historiador inglês Norman Davies.
"De acordo com a morma científica as palavras do historiador podem ter peso. A convenção exige que o cientista olhe calmamente para ambos os lados de um tema, considere as vantagens e minucias, e apresente de forma neutra e objetiva o valor das coisas. A conclusão típica da ciência é mais ou menos assim: estou com um pé atrás e mesmo contra. A expressão de glorificação contudo é completamente o contrário. O glorificador tem que elogiar. Minhas palavras hoje assim serão notavelmente não forçadas." justificou Davis.
"25 anos atrás, em 1983, residi e trabalhei no Japão, onde encontrei-me interessado na situação da Polônia. Poucos sabem, que os japoneses e os chineses estão bastante atentos ao que acontece na Polônia. Naquele tempo ocorreu a Lei Marcial na Polônia. O mundo inteiro parou a respiração, esperou se ocorreria o pior e tal qual uma vez disse o presidente Wałęsa: "Turismo militar soviético". Naquela situação de convidado sai pelo Japão falando do "Solidarności". Foi uma tournèe bastante longa, visitei cada uma das maiores cidades japonesas, desde Sapporo no Norte passando por Toquio, Kobe, Kioto, Hirochima, Osaka, Nagasaka. Em cada etapa na minha viagem ouvi a mesma senha: "Porando" (Polônia), "Papa" e "Varesa-san" (ou seja: senhor Wałęsa). A mesma coisa ocorreu em cada continente deste mundo. A palavra mundial natural mente ofereceu-lhe o Prêmio Nobel da Paz. Lech Wałęsa é o único polaco no nosso tempo, que alcançou o topo juntamente com nomes como madre Teresa, ou Nelson Mandela, ou ainda Dalaj Lama."
Norman Davies é professor universitário em Oxford, Perugia, Sussex, Londres, Uniwersytet Jagielloński de Cracóvia. Autor de livros sobre a história da Polônia e da Europa, escreveu entre outros, "Águia branca, estrela vermelha", "Europa", "Microcosmos", e o mais recente "Europa Luta". Prof. Davies na homenagem ao líder do Solidariedade e prêmio Nobel da Paz falou em idioma polaco.

Cresce número de estudantes estrangeiros na Polônia

Reitoria da Universidade Iaguielonski de Cracóvia

Desde a entrada da Polônia na União Européia é grande o número de estudantes estrangeiros que buscam os cursos de idioma polaco em universidades e escolas particulares. Além disso, são muitos os estudantes europeus, principalmente, que estão entrando nos cursos de mestrado, doutorado e MBA ministrados em língua inglesa e ofertados através de diferentes programas, como por exemplo o Erasmos. Com o custo de vida e os valores dos cursos bem abaixo das universidades da UE e dos Estados Unidos cresce rapidamente o número de estrangeiros nas instituíções de ensino polacas.

Por outro lado, segundo a OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne as 24 nações mais ricas do mundo, 45,2% dos jovens polacos na faixa etária dos 20 aos 24 anos estão nas faculdades. Comparando este percentual, na Alemanha são 35% e nos Estados Unidos apenas 33,9% dos jovens estão nas faculdades.