segunda-feira, 3 de maio de 2010

Polônia na Expo 2010 de Shangai

Foto: Anna Rudawska

O autor do projeto artiquetônico do Pavilhão da Polônia, na Expo 2010 de Shangai (China) é o grupo formado pelos arquitetos Wojciech Kakowski, Marcin Mostafa e Natalia Paszkowska. A aparência exterior do pavilhão foi inspirada na tradição do artesanato polaco, a Wycinanki (papéis recortados). Possui 3 mil metros quadrados.

O pavilhão polaco representa o país, profundamente enraizado na tradição, mas também um país dinâmico e moderno. A Expo de Shangai bateu o record de países participantes. São 192 países e 50 organizações internacionais. O Brasil, inclusive.

Já estive em duas destas exposições, na Sevilha 1992 e na Lisboa 1998. Realmente marcantes! Monumentos conhecidos no mundo inteiro foram construídos especialmente para estas exposições e ficaram como patrimônio da humanidade, como a Torre Eiffell de Paris, o Atomium de Bruxelas, A torre Vasco da Gama de Lisboa, a Isla de la Cortuja de Sevilha.

3 de maio, Dia Nacional na Polônia

Dia 3 de maio é uma das datas nacionais da Polônia, a outra é 11 de novembro. Hoje se comemora a Constituição de 1791. A primeira Carta Magna da Europa e a segunda do mundo.
A Polônia vive dias de aquecimento de seu patriotismo, após a comemoração trágica dos 70 anos de Katyń, com a morte de 96 pessoas a bordo do avião presidencial. O poema abaixo do poeta Jarosław Marek Rymkiewicz, confronta o patriotismo que os polacos praticam nos tempos que correm.

Ojczyzna jest w potrzebie - to znaczy: łajdacy
Znów wzięli się do swojej odwiecznej tu pracy
Polska - mówią - i owszem to nawet rzecz miła
Ale wprzód niech przeprosi tych których skrzywdziła
Polska - mówią - wspaniale lecz trzeba po trochu
Ją ucywilizować - niech klęczy na grochu
Niech zmądrzeje niech zmieni swoje obyczaje
Bo z tymi moherami to się żyć nie daje
i dalej:
I znowu są dwie Polski - są jej dwa oblicza
(...) Dwie Polski - ta o której wiedzieli prorocy
I ta którą w objęcia bierze car północy
Dwie Polski - jedna chce się podobać na świecie
I ta druga - ta którą wiozą na lawecie
Ta w naszą krew jak w sztandar królewski ubrana
Naszych najświętszych przodków tajemnicza rana
Powiedzą że to patos - tu trzeba patosu
Ja tu mówię o sprawie odwiecznego losu
(...) To co nas podzieliło - to się już nie sklei
Nie można oddać Polski w ręce jej złodziei
Którzy chcą ją nam ukraść i odsprzedać światu
Jarosławie! Pan jeszcze coś jest winien Bratu!
(...)
To brzmi jak najnowszy wykwit wielkiego, drapowanego na romantyzm patriotyzmu. Ale też kapie fałszem.


tradução livre:
Pátria é na necessidade - ou seja, patifes
Novamente tomou a sua obra eterna aqui
Polônia - eles dizem - e isto até é coisa boa
Mas primeiro vamos pedir desculpas àqueles que foram prejudicados
Polônia - dizem - maravilhosa, mas você precisa um pouco de
Civilizá-los - deixá-los de joelhos sobre as ervilhas
A esperteza muda seus modos
Porque deseja estes pêlos que não se dá
e, além disso:
E, novamente, há duas Polônias - são duas as faces
(...) Duas Polônias - aquela sobre o que sabiam os profetas
E que o leva para os braços da meia-noite de carro
Duas Polônias - uma quer agradar ao mundo
E a outra - é esta que se leva no transporte
Esta no nosso sangue e vestida com roupas reais padronizadas
Nossas ancestrais sagradas feridas misteriosas
Dizem isto é patético - aqui é preciso patetas
Aqui eu estou falando sobre o que destino eterno
(...) O que temos compartilhado - que já não posso consertar
Os quais querem colocá-la nas mãos dos ladrões
Aqueles nos querem roubá-la e vender para o mundo
Jaroslaw! Você ainda deve algo irmão!
(...)
Isto parece como a mais nova grande erupção, planejada no romântico patriotismo. Mas também com falsidade.