domingo, 4 de janeiro de 2009

Polônia não tem problema com gás

Waldemar Pawlak. Foto: AG

O vice-primeiro ministro e ministro da econômia da Polônia, Waldemar Pawlak, deu entrevista coletiva, neste sábado, para acalmar a população sobre a crise do gás envolvendo Rússia, Ucrânia e União Europeia. Segundo Pawlak, o anúncio de Bohdan Sokołowski, conselheiro energético do presidente ucraniano Viktor Juszczenko, de que se a Rússia não chegar a um acordo sobre o preço do gás e se não aumentar a vazão pelos gasodutos, em dez dias, países como Alemanha e França que importam o gás russo vão ter sérios problemas técnicos. O sistema de transmissão de gás estará comprometido. As consequências disso serão custos não previstos para readequar o sistema para que volte a funcionar perfeitamente.
Contundo, a Polônia está livre deste problema, quem garante é justamente o homem forte do governo do primeiro-ministro Donald Tusk. Na opinião dele, o problema não existe, pois os 6 por cento que vinham da Ucrânia foram trocados pelo gás que vem da Bielorrússia. "O trânsito do gás trocado da seção ucraniana para a bielorrussa compensa o sistema polaco". afirma Pawlak.
Reforçando as palavras de Pawlak, o diretor da companhia polaca Gaz-Systemu, Tadeusz Abramowski, que passaram a ser transitados pelo sistema 5 milhões de metros cúbicos por dia, vindos da Bielorrússia. 
Ainda no sábado, em Praga, na República Tcheca, o porta-voz russo Aleksander Miedwiediew afirmou que a Ucrânia rouba diariamente 35 milhões de metros cúbicos do gás russo que passa pelo território daquele país em direção aos demais países da União Europeia.  E o porta-voz da empresa russa Gaz-promo disse que também Hungria, Eslovaquia, Romênia e Polônia roubam o gás russo nos gasodutos. 
O engraçado é que pela Polônia não trafega o gasoduto... Os russos constroém com a parceria da Alemanha um gasoduto atravessando o mar báltico justamente para excluir a Polônia.  O gás que vem da Ucrânia e Bielorrúsia podem até ser russo, mas é comprado destes dois países que certamente o revendem.