quarta-feira, 17 de junho de 2009

Alemães agradecem Solidariedade e Polônia

Foto: Tobias Schwarz- Reuters

O presidente do Parlamento Alemão Norbert Lammert conversa com o presidente do Sejm (Câmara dos Deputados) da Polônia, Bronisław Komorowski e a chanceler alemã Angela Merkel, diante do monumento ao "Solidariedade", em Berlim. A inauguração do monumento aconteceu ontem na capital alemã. Nunca as palavras "Solidariedade" e Polônia foram tão pronunciadas na Alemanha como nos últimos dias. Os alemães com mais este gesto reforçam a exposição que percorre a Polônia sobre o fim dos 20 anos de comunismo. Autoridades alemãs têm repetido que sem a Polônia, sem o "Solidariedade", sem Lech Walesa, o comunismo não teria acabado tão cedo e as duas antigas Alemanha não teriam se reunificado. O monumento inaugurado, ontem, ficará para sempre no que restou do muro de Berlim.

Novos canais na Mazúria

Lago Marmry em Węgorzewo- Foto: Wojciech Surdziel

Não! Não, a Polônia não é só Cracóvia. Tem muito mais... E olha, muito mesmo. Com o sol quente, o céu azul, o verde enebriante, aumentam as opções de turismo. Uma das regiões mais belas da Polônia é a Mazúria com seus lagos, ilhas fluviais, florestas e etc.

O governo da Voivodia da Mazúria quer construir algumas dezenas de km de canais para ligar os Grandes Lagos da Mazúria e com isso traçar uma nova rota fluvial de 50 km.
Isto porque, segundo o Instituto de Turismo, em 2008, Warmia e Mazúria foram visitadas por 2,1 milhões de polacos, ou seja, um quarto de um milhão menos que no ano anterior. Uma das causas para o refluxo de turistas, segundo a prefeitura de Giżycko, a capital do verão polaco, a maioria dos velejadores começaram a procurar por um grande porto no Lago Niegocin e não encontraram.
Mas para que um novo ancoradouro exista e possa abrigar mais de 136 veleiros e embarcações seriam necessários 20 milhões de euros. A União Europeia acena com esse investimento, mas o porto só ficaria pronto no Outono de 2010.
Existe um outro plano, embora de dimensões menores, para atrair investidores privados. Um deles, nas imediações de Pisz, os marinheiros já adotaram neste verão. E não foi preciso muito, com baixo investimento, conseguiram instalar sanitários, restaurante e locais para dejetos dos barcos. E isto já é muito bom. Mas seriam necessários vários deles e não apenas um.
Segundo a prefeita de Giżycko, Jolanta Piotrowska, os marinheiros "estão mais exigentes. Eles precisam de banheiros em terra, querem tomar uma ducha e infelizmente os locais que existem são insuficientes nos dias de hoje."
Assim como Piotrowska, os demais prefeitos da região, querem retomar planos dos nazistas durante a segunda guerra mundial, que previam a construção de canais ligando os diversos lagos, o que criaria uma Trilha Fluvial, na Mazúria, de 50 km. Para começar, seriam abertos dois quilômetros de canal entre o lago Śniardwy, de Giżycko, com o lago do leste, o que aliviaria o congestionamento do lago Mikołajki. Um idéia mais ousada seria ligar o lago Śniardwy com os lagos de Elk.
O senador Marek Konopka, do PO, é um dos maiores defensores da idéia dos canais. Mas os ambientalistas já estão de prontidão. Eles acreditam que os canais possam causar danos ao Parque Nacional da Mazúria. O senador rebate os protestos dizendo que, "a Alemanha fez isso e nada aconteceu. Agora é a nossa vez de fazer algo igual. Os canais não irão prejudicar a natureza. Isso será algo novo para os velejadores. Nem todos eles têm coragem de navegar em Śniardwy. Existem muitas pedras e muito vento, o que causa grandes ondas. Os novos canais vão permitir navegar pelos lagos, aumentar a oferta turística e descongestionar a rota. O investimento é possível e com equilíbrio não afetará o meio ambiente. Se não fizermos nada nos lagos, as consequências serão ... um desastre, em todos os sentidos".