Dentre os vários e-mails que recebo diariamente sobre grafia de sobrenomes polacos que foram aportuguesados selecionei duas respostas para "postar" aqui. São centenas de descendentes de polacos que agora com a entrada na Polônia na União Européia vêem a possibilidade de tentar a cidadania polaca. Na maioria das vezes não possuem rastros dos antepassados, seja porque, ser polaco no passado foi motivo de vergonha, seja porque a Polônia era um país comunista, seja porque no Brasil as poucas informações existentes sempre foram de que a Polônia era um país pobre e atrasado. A primeira barreira que aparece é justamente onde procurar documentos dos antepassados se não se sabe nem como se escrevia em polaco o nome e sobrenome do bisavô, ou trisavô, quanto mais a cidade e o ano em que nasceu. Mas com algum conhecimento de história polaca, brasileira e de idioma polaco é possível chegar a grafia correta.
O primeiro caso é do sobrenome OLSCHOWSKI e o segundo de JEVINSKI. Minhas tentativas de reconhecimento passam inicialmente por buscas na própria Internet em idioma polaco. Fiz umas tentativas de pesquisa de teu sobrenome do google e como pressentia... Só encontrei referências em português, alemão e algo em inglês. Ou seja, para ser polaco a grafia não está correta. Primeiro que sobrenome polaco não termina em sky....mas SOMENTE em nski (N com acento agudo) ou wski (ou outras terminações). Sky é terminação de sobrenome tcheco. Mas também não vi referências em idioma tcheco desta palavra no google.
O encontro sch é corriqueiro no idioma alemão... Mas como termina em wski não pode ser alemão... portanto como wski é terminação autenticamente polaca, o sobrenome é polaco.
Levando em consideração que, primeiro, os imigrantes polacos que iam aos cartórios registrar seus filhos brasileiros não portavam nenhum documento polaco, segundo, que mesmo que portassem estariam em idioma polaco, terceiro, que o cartorário não aceitava documento estrangeiro, pois no caso, não entendia a língua polaca. Depois, é necessário lembrar, que por essa época, muitos dos passaportes eram familiares. Um imigrante que chegou como filho não tinha um passaporte individual, seu nome estava junto com seus irmãos no passaporte de seus pais. O passaporte era emitido no nome do cabeça da família, ou seja, o pai.
Assim quando o imigrante pronunciava o sobrenome, o fazia em idioma polaco. O cartorário ouvia e escrevia conforme o alfabeto português permitia grafar aqueles encontros consonantais. Partindo dessa premissa, teu sobrenome poderia ser Olszowski, pois SZ tem a pronúncia em português do encontro CH. E escrito assim, este sobrenome existe na Polônia.
O segundo sobrenome é sobre o ancestral de um brasileiro escrito Vladislau Jevinski.
1- o nome é Wladyslaw (os dois L na verdade são a letra polaca uel, representada por um L cortado transversalmente e que tem pronúncia de U e não de L. Assim a pronúncia seria vuádissuáf.
2 - Se o cartorário grafou J é porque provavelmente o imigrante pronunciou Jewinski (nao existe letra V no alfabeto polaco assim era W) e o sobrenome seria JEWINSKI (N com acento agudo). Essa sobrenome existe na Polônia.
3 - Se o imigrante realmente pronunciou Ge, então o sobrenome seria RZEWINSKI (N com acento agudo) e essa familia também existe na Polônia, mas não tem nada a ver com JEWINSKI.
4. Ainda sobre o J. O imigrante normalmente chegava no cartório e pronunciava o sobrenome como ele pronunciava em polaco.... assim o mais normal é que ele tenha dito ievinsqui... Mas assim como meus primos de Pariquera-açu /SP tiveram apenas o J preservado do sobrenome polaco Jarosinski (N com acento agudo) para Jarochinski, o meu passou a ser meu Iarochinski (com I e CH e sem acento agudo no N)... O mesmo ocorreu, por exemplo com Javorski (que em polaco é JAWORSKI e só perdeu o W e manteve o J no Brasil), mas é pronunciado como iavórsqui.
5 - Nao acredito em Dzievinski como mencionas... O cartorário não saberia transcrever este encontro consonantal de Dziewinski para português e seria muito estranho que só mudasse o W para V. Embora o sobrenome Dziewinski (N com acento agudo) também exista na Polônia.
6 - A única forma no mundo, atualmente, de se saber como seria a grafia correta do nome e sobrenome do ancestral (além destas tentativas idiomáticas) é ir pessoalmente ao Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, e pesquisar nas listas de passageiros dos navios e de hóspedes da Ilha das Flores se o ancestral esteve registrado com a grafia que popssuia de seu nome em polaco. Ainda no Arquivo Nacional existem pastas da Policia Federal, seção Rio Grande do Sul e seção Paraná com informações de todos os imigrantes que compareceram na década de 40 para cumprir a Lei de Nacionalização de Getúlio Vargas, onde se pode encontrar os rastros dos ancestrais imigrantes... E não adianta enviar para lá carta, e-mail ou telefonar... O Arquivo não possui funcionários suficintes para atender tanta demanda. O interessado tem que ir pessoalmente lá fazer a pesquisa.
O primeiro caso é do sobrenome OLSCHOWSKI e o segundo de JEVINSKI. Minhas tentativas de reconhecimento passam inicialmente por buscas na própria Internet em idioma polaco. Fiz umas tentativas de pesquisa de teu sobrenome do google e como pressentia... Só encontrei referências em português, alemão e algo em inglês. Ou seja, para ser polaco a grafia não está correta. Primeiro que sobrenome polaco não termina em sky....mas SOMENTE em nski (N com acento agudo) ou wski (ou outras terminações). Sky é terminação de sobrenome tcheco. Mas também não vi referências em idioma tcheco desta palavra no google.
O encontro sch é corriqueiro no idioma alemão... Mas como termina em wski não pode ser alemão... portanto como wski é terminação autenticamente polaca, o sobrenome é polaco.
Levando em consideração que, primeiro, os imigrantes polacos que iam aos cartórios registrar seus filhos brasileiros não portavam nenhum documento polaco, segundo, que mesmo que portassem estariam em idioma polaco, terceiro, que o cartorário não aceitava documento estrangeiro, pois no caso, não entendia a língua polaca. Depois, é necessário lembrar, que por essa época, muitos dos passaportes eram familiares. Um imigrante que chegou como filho não tinha um passaporte individual, seu nome estava junto com seus irmãos no passaporte de seus pais. O passaporte era emitido no nome do cabeça da família, ou seja, o pai.
Assim quando o imigrante pronunciava o sobrenome, o fazia em idioma polaco. O cartorário ouvia e escrevia conforme o alfabeto português permitia grafar aqueles encontros consonantais. Partindo dessa premissa, teu sobrenome poderia ser Olszowski, pois SZ tem a pronúncia em português do encontro CH. E escrito assim, este sobrenome existe na Polônia.
O segundo sobrenome é sobre o ancestral de um brasileiro escrito Vladislau Jevinski.
1- o nome é Wladyslaw (os dois L na verdade são a letra polaca uel, representada por um L cortado transversalmente e que tem pronúncia de U e não de L. Assim a pronúncia seria vuádissuáf.
2 - Se o cartorário grafou J é porque provavelmente o imigrante pronunciou Jewinski (nao existe letra V no alfabeto polaco assim era W) e o sobrenome seria JEWINSKI (N com acento agudo). Essa sobrenome existe na Polônia.
3 - Se o imigrante realmente pronunciou Ge, então o sobrenome seria RZEWINSKI (N com acento agudo) e essa familia também existe na Polônia, mas não tem nada a ver com JEWINSKI.
4. Ainda sobre o J. O imigrante normalmente chegava no cartório e pronunciava o sobrenome como ele pronunciava em polaco.... assim o mais normal é que ele tenha dito ievinsqui... Mas assim como meus primos de Pariquera-açu /SP tiveram apenas o J preservado do sobrenome polaco Jarosinski (N com acento agudo) para Jarochinski, o meu passou a ser meu Iarochinski (com I e CH e sem acento agudo no N)... O mesmo ocorreu, por exemplo com Javorski (que em polaco é JAWORSKI e só perdeu o W e manteve o J no Brasil), mas é pronunciado como iavórsqui.
5 - Nao acredito em Dzievinski como mencionas... O cartorário não saberia transcrever este encontro consonantal de Dziewinski para português e seria muito estranho que só mudasse o W para V. Embora o sobrenome Dziewinski (N com acento agudo) também exista na Polônia.
6 - A única forma no mundo, atualmente, de se saber como seria a grafia correta do nome e sobrenome do ancestral (além destas tentativas idiomáticas) é ir pessoalmente ao Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, e pesquisar nas listas de passageiros dos navios e de hóspedes da Ilha das Flores se o ancestral esteve registrado com a grafia que popssuia de seu nome em polaco. Ainda no Arquivo Nacional existem pastas da Policia Federal, seção Rio Grande do Sul e seção Paraná com informações de todos os imigrantes que compareceram na década de 40 para cumprir a Lei de Nacionalização de Getúlio Vargas, onde se pode encontrar os rastros dos ancestrais imigrantes... E não adianta enviar para lá carta, e-mail ou telefonar... O Arquivo não possui funcionários suficintes para atender tanta demanda. O interessado tem que ir pessoalmente lá fazer a pesquisa.