quinta-feira, 19 de março de 2009

Jovens polacos xenófobos

O detido de 18 anos, Rafał Sochoń
 - Foto: Arquivo da Polîcia

Na Univedidade de Medicina de Białymstok estudam mais de 180 estrangeiros. E quase todos afirmam que andar pelas ruas da cidade, frequentar os shopping centers, bares e discotecas esta bastante inseguro para eles. Vidar, estudante da Noruega de origem vietnamita desistiu dos estudos e da cidade por causa disso. Ele se encantou com a Polônia, durante o jogo pela Copa do Mundo de 2006, entre Polônia e Alemanha. Resolveu então estudar e morar na Polônia. E foi o que fez. Mas as atitudes xenófobas de grande parte da juventude polaca da cidade o fez desistir de continuar morando na Polônia.
O caso de Vidar não é isolado, esta semana Sosia, uma sueca de origem cubana foi atacada por jovens carecas polacos, dentro do banheiro do Shopping Galeria Biały. A moça tinha ido comprar brinquedo para seu filho. Sentiu-se perseguida pelos corredores e quando entrou no banheiro, imediatamente foi cercada por carecas. Deram-lhe um soco no rosto e roubaram uma sacola de compras. Quando seu marido, cubano, chegou em seu socorro, já não eram dois., bandidos, mas sim três e logo mais deles apareceram. A chegada de um vendedor de loja assustou os "holligans", que fugiram.
O Tribunal Regional emitiu ordem de detencao e conseguiu deter um dos bandidos. É Rafał Sochoń de 18 anos, que ficará a disposição da promotoria, detido por três meses para investigação. Comprovado o ataque, ele será condenado a três anos de prisão.
"Sabemos que os estudantes estrangeiros se sentem inseguros nas ruas", afirmou Adam Kiełpiński, do departamento de assistência aos estudantes de língua inglesa da universidade.
Segundo o porta voz da Universidade, Lech Chyczeski, "cerca de 30 estudantes já registraram queixas contra jovens da cidade por demonstrações de racismo".
O vice-prefeito da cidade Tadeusz Arłukowicz se defende dizendo que sua cidade é tolerante, no que é contestado pelo porta-voz do Comando de Polícia Jacek Dobrzyński, que confirma que excessos têm ocorrido.
O marido cubano de Sosia, diz que "não conheço outra cidade na Polônia, tenho esperança que as outras sejam outra coisa. Mas em Białymstok ficaremos apenas mais alguns meses, depois voltamos para a Suécia. Por agora tenho medo de ficar aqui com minha esposa e meu filho".