E o polêmico livro, que nem foi lançado ainda continua provocando discórdia entre Lech Wałęsa e os dois historiadores do IPN -Instituto da Memória Nacional. Na noite de ontem, em horário nobre o Canal 1 da Telewizja Polska, promoveu debate entre o ex-presidente e um dos historiadores no programa "Tomasz Lis na żywo" (...ao vivo). Foram sucessões de desmentidos de ambas as partes.
O apresentador Tomasz Lis tentou ser incisivo com os dois convidados, para deixou as perguntas mais constrangedoras para o historiador. Perguntou, por exemplo, se ele o Instituto da Memória Nacional estão fazendo uma caça as bruxas, ou tentando destruir a imagem de herói de Wałęsa. A resposta foi não, mas que contra documentos não existem versões, "eles existem. O sr. Wałęsa foi agente do serviço secreto do governo comunista da Polônia, nos anos 70".
No programa falando pelo monitor desde os estúdios da TV em Gdańsk, o homem, que com seus companheiros de sindicato solidariedade derrubou o sistema soviético, bradava que isto é mentira, que o Instituto é uma brincadeira, "e os documentos que o senhor historiador dizem existir podem ter sido forjados, esta era uma prática muito comum no comunismo: a mentira e a delação. Mas a verdade é uma só, os historiadores com este livro idiota estão mentindo, estou vivo e garanto com toda minha luta contra o comunismo de que não fui espião e ponto final".
O jornal "Rzeczpospolita" veio a carga nesta manhã, com mais uma reportagem sobre o assunto. Nela, o jornal divulga que Sławomir Cenckiewicz e Piotr Gontarczyk deram uma "avant-premier" de seu livro "SB a Lech Wałęsa. Przyczynek do biografii" (SB e Lech Wałęsa. Contribuição para a biografia).
Durante alguns anos desde 1970, Lech Wałęsa com o codinome "Bolka" entregou seus colegas do estaleiro Gdańsk e recebeu dinheiro por esta informação? Foi a pergunta que Piotr Gontarczyk e Sławomir Cenckiewicz, os dois historiadores autores do livro, responderam ao jornal. "No livro está publicado um questionário que evidencia a participação de Wałęsa. Nesta prova está escrito que em 29.12.1970 que ele colaborava com SB. Foram encontradas do período de 1970 a 1972 informações negativas da colaboração dos operários do estaleiro de Gdański com o serviço secreto. Porém, o delegado da UOP Krzysztof Bollin encontrou em 1991 mais de 20 delações do espião Bolka".
Os historiadores, após mais de um mês de polêmica sobre o assunto nos meios de comunicação da Polônia, afirmam que "anotações de 1978 comprovam que Wałęsa como espião Bolka prestou informações ao preço de 13.100 zł. Tal nota foi escrita por um oficial do SB."