Sete heróis polacos que o mundo deveria conhecer neste 76º aniversário do início da Segunda Guerra Mundial.
Em 1º de setembro, Adolf Hitler ordenou a invasão da Polônia, eclodindo assim a Segunda Guerra Mundial.
Naqueles duros anos, sete polacos trabalharam sem medir consequências, com trabalho dureza, abnegação e compaixão pelo próximo.
Herói da humanidade
Jan Karski era um diplomata polaco e um jovem oficial da reserva quando a guerra eclodiu em setembro de 1939.
Depois de lutar na defesa da Polônia e ser levado prisioneiro, Karski escapou e se juntou ao movimento de resistência polaca.
Assim começou o seu envolvimento na Armia Krajowa (exército nacional polaco clandestino), onde ele serviu como mensageiro entre a Polônia e o Governo polaco no exílio.
Karski é mais conhecido hoje por sua ousada missão de tentar parar o Holocausto.
Ele contrabandeou para dentro do Gueto de Varsóvia, bem como para o campo de trânsito de Izbica para recolher relatos em primeira mão sobre a situação dos judeus europeus sob o regime nazista. Ele então viajou para o Ocidente, onde se reuniu com o secretário de Relações Exteriores britânico Anthony Eden e presidente Franklin D. Roosevelt, entre outros, para apresentar seu relatório sobre o extermínio dos judeus europeus e implorou por ação Aliada que parasse o Holocausto. 2014 foi declarado o Ano de Jan Karski pelo Sejm (Câmara dos Deputados) polaco no ano do centenário de seu nascimento.
Quando irrompeu a guerra, Witold Pilecki lutou na defesa da Polônia e, posteriormente, tornou-se ativo no subterrâneos do conflito.
Pilecki apareceu com um plano ousado e potencialmente suicida: o de ser voluntariamente capturado pelos nazistas e enviado para o campo de concentração e extermínio alemão nazista de Auschwitz.
O objetivo de sua missão era organizar um movimento de resistência dentro do Campo e reunir informações para potências aliadas.
De setembro de 1940 a abril 1943, Pilecki fez exatamente isso. Como prisioneiro número 4859 em Auschwitz, ele formou uma rede de resistência clandestina dentro do campo e enviava mensagens sobre o acampamento ainda relativamente desconhecidas para os líderes externos.
O Relatório Pilecki, como seus documentos são agora conhecidos, seriam alguns dos primeiros registros detalhados do mundo sobre o Holocausto.
Os cryptologistas polacos Marian Rejewski, Jerzy Rozycki e Henryk Zygalski foram preponderantes em quebrar o Enigma.
A Enigma era uma máquina de código utilizada pela Alemanha nazista para enviar mensagens criptografadas.
A Agência Polaca de Criptografia conseguiu quebrar o código alemão tão cedo quanto em 1932.
Como as nuvens da guerra pairava sobre a Europa, a Polônia decidiu compartilhar sua inteligência com os Aliados, especialmente com o Governo da Grã-Bretanha e com a Escola de Criptologia de Bletchley Park, assim, ajudaram os Aliados a obter informações sobre os planos de guerra alemães.
Henryk Slawik salvou milhares de refugiados polacos, judeus e gentios, da opressão nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Depois de participar na defesa da Polônia em 1939, Slawik escapou de um campo de prisioneiros na Hungria e passou os anos da guerra em Budapeste, onde levou o Comitê do Cidadão a ajudar os refugiados da Polônia.
Neste trabalho, Slawik forneceu aos polacos-judeus residentes na Hungria documentação falsa Ariana. Também ajudou a estabelecer um orfanato para crianças que as autoridades desconheciam se eram realmente órfãos judaicos. Quando os alemães ocuparam a Hungria, em 1944, Slawik foi preso, torturado e, ao que tudo indica, morreu em Mauthausen.
Suas ações são creditados como tendo auxiliando 30.000 polacos na Hungria durante a guerra, incluindo 5.000 polacos-judeus.
Hoje, Henryk Slawik é frequentemente descrito como o "Wallenberg polaco".
Irena Sendlerowa (chamada Sendler pela mídia mundial) era enfermeira e auxiliou no trabalho na resistência polaca. Conhecida como "O Anjo do Gueto de Varsóvia", foi uma ativista católica dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial.
Ela era uma organizadora ativa na Zegota, o Conselho de Ajuda Aos Judeus estabelecido pelo governo polaco.
Após os nazistas criarem o gueto de Varsóvia, Sendlerowa liderou um movimento para contrabandear crianças judias para fora do gueto.
Seus esforços ajudaram a mais de 2500 crianças judias a escapar do gueto e serem colocadas na clandestinidade.
Embora presa e interrogada pelos nazistas, Sendlerowa nunca revelou os locais onde crianças judias foram escondidas.
Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém, outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.
Em Novembro de 2003, o presidente da República da Polônia, Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polônia: a Ordem da Águia Branca.
Em 2007, Irena Sendlerowa foi oficialmente nomeada candidata para o Prêmio Nobel da Paz. O prêmio, infelizmente, foi dado ao vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore pela sua defesa do meio-ambiente.
Em Novembro de 2003, o presidente da República da Polônia, Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polônia: a Ordem da Águia Branca.
Em 2007, Irena Sendlerowa foi oficialmente nomeada candidata para o Prêmio Nobel da Paz. O prêmio, infelizmente, foi dado ao vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore pela sua defesa do meio-ambiente.