quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pawlak: o nome da esquerda polaca


Waldemar Pawlak é o candidato oficial do PSL - Polskiego Stronnictwa Ludowego (Partido Camponês Polaco) ao cargo de presidente da República nas eleições convocadas para 20 de junho próximo. Pawlak, de 51 anos, atualmente é o presidente de seu partido e também vice-Primeiro-Ministro, além de Ministro da Economia. E portanto um dos responsáveis diretos pelo ótimo desempenho da Polônia na economia. Dentre os 27 países membros, a Polônia fechou o ano de 2009 com a melhor economia da União Europeia e deve permanecer neste posto nos próximos 3 anos, segundo o chefe da Comissão Europeia, o português Durão Barroso.
Pawlak é formado Pela Faculdade de Automóveis e Robótica da Universidade Politécnica de Varsóvia. Em seu tempo de estudos, durante a o período da Lei Marcial foi professor em uma escola primária em Pacynie, na Mazovia (ensinando princípios de utilização de computador). É apaixonado pela Internet. Na Faculdade de Economia, escreveu uma tese de doutoramento, mas não chegou a defendê-la.
Após sua formatura universitária em 1984, começou a administrar uma propriedade rural de dua família, em Kamionka, perto de Pacynie. E foi presidente do Conselho de Administração do Corpo de Bombeiros Voluntários.
Em 1989, foi eleito para o Sejm (Câmara dos Deputados) pelo PSL . Desde então, tem sido reeleito sem interrupção. É um dos poucos parlamentares com períodos tão longos oriundo da área rural. É progressista e alinha-se com a esquerda.
Em 1991, ele foi eleito o primeiro presidente do PSL, partido recém criado. Tinha na época apenas 32 anos. Um ano depois, na famosa "Noite dos arquivos", com o apoio do presidente Lech Wałęsa, tornou-se primeiro-ministro. Ele não conseguiu, no entanto, formar um governo e depois de 33 dias, demitiu-se. No entanto, passou para a história como o mais jovem chefe de governo polaco.
Mais uma vez se tornou primeiro-ministro, no outono de 1993, depois de uma coligação com o SLD - PSL. Ocupou o cargo até a primavera de 1995, quando então se deu sua demissão, o que obrigou o Presidente Wałęsa (pronuncia-se Vauensa), a ameaçar dissolver o parlamento. No mesmo ano, Pawlak começou sua própria campanha para a eleição presidencial, na qual ganhou 4% do eleitorado (ele terminou em quinto).
Dois anos mais tarde, após o fracasso eleitoral perdeu a presidência de seu partido para Jarosław Kalinowski e retirou-se da política. Embora permanecesse deputado, voltou-se para a iniciativa privada e foi chefe entre outras empresas da Warszawskiej Giełdzie Towarowej (Bolsa de Valores de Varsóvia).
Voltou para a política no início de 2005 e recuperou seu lugar, vingando-se do então chefe do PSL, Kalinowski, que nos últimos oito anos tinha levado o partido à falência. Em 2007, após a orquestrar a coalizão PO-PSL foi nomeado para o governo de Donald Tusk como vice-primeiro-ministro e também ministro da economia. Waldemar Pawlak é casado (mas não vive com a esposa), tem três filhos e mora em Żyrardów.