quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cinco anos na União

A manchete principal do jornal Gazeta Wyborcza, desta quinta-feira, 30 de abril é: 
"Cinco anos na União - mas nós conseguimos".

Neste primeiro de maio, a Polônia está completando cinco anos de sua entrada na União Europeia e a edição de hoje da Wyborcza traz um especial sobre tudo o que se conseguiu nestes anos dentro da comunidade europeia. 
O jornal diz no sub-título da manchete, que antes era Moscou, hoje é Bruxelas. Mas que ninguém tem dúvidas de que a economia está mais forte; que as exportações aumentaram; que os trabalhadores polacos estão recebendo salários legalmente por toda a Europa; que os agricultores polacos não reclamam, pois cresceram 90 por cento, justo eles que eram os maiores inimigos da entrada na UE; que de Bruxelas já vieram mais de 120 bilhões de złotych e que isto é só o começo.
1 - Desde primeiro de maio de 2004, o Produto Interno Bruto cresceu em média 5,3%
2 - Dos fundos da União Europeia foram recebidos 12 bilhões de euros
3 - Em cada país da UE trabalham em média 1,3 milhão de trabalhadores polacos (440 mil na Grã-Bretanha, 438 mil na Alemanha, 102 mil na Irlanda, 41 mil na França)
4 - A UE financia 19% dos contratos de proteção ao meio-ambiente polaco
5 - Os agricultores polacos receberam 10,3 bilhões de euros do caixa da UE e do orçamento do governo da Polônia
6 - Com o dinheiro da UE foram construídos, modernizados e restaurados 425,6 km de autoestradas, estradas expressas e 700 km de estradas de ferro

Para a Polônia ele é herói

Adam Hodysz - Foto: Jacek Piotrowski / AG

Para o país como um todo, este homem da foto é um herói, mas para o IPN-Instituto da Memória Nacional ele é um apenas um espião da SB - Służby Bezpieczeństwa, a famosa polícia secreta do período comunista. Como oficial da SB corajosamente trabalhou para o sindicato independente "Solidarności". Por causa desta colaboração com a independência da Polônia pagou quatro anos de prisão. Foi o último preso política da Polônia comunista. Mas agora a Polônia livre lhZapłacił za to czteroletnim więzieniem. e nega a emissão de documentos arquivados no Instituto "da inquisição comunista".
Adam Hodysz, ex-capitão do departamento de segurança (SB) locado na cidade de Gdańsk é uma verdeira lenda viva.  Desde o final dos anos 70 por sua própria iniciativa colaborou com a oposição ao regime comunista. Regularmente informou ao Solidariedade os movimentos dos agentes da SB nas três cidades polacas do Báltico, Gdańsk, Gdynia e Sopot.
No outono de 1984  foi acusado de traição e foi condenado a seis anos de prisão. "O Solidariedade o admira e agradece ao senhor. - Disse em dezembro de 1988, Lech Wałęsa, a Hodysz quando este deixou a prisão após gestão do Episcopado polaco e o do Solidarność".
Hodysz, hoje é aposentado. Desde 2006 tenta no IPN reaver documentação sobre suas atividades em prol da libertação da Polônia do regime comunista soviético. Mas o IPN lhe nega qualquer possibilidade.
Para o já considerado fascista Instituto ele é apenas uma agente da SB, ignorando sua colaboração com o Solidariedade. Para os historiadores do IPN, o mais importante é que ele foi formalmente funcionário do Departamento de Segurança - SB.  Esta decisão do instituto foi dada primeiramente quando Hodysz solicitou tais documentos ao presidente do IPN, Janusz Kurtyka. Este respondeu que ele não tinha razão nenhuma em se passar por herói, visto que formalmente ele tinha sido um agente da polícia secreta do comunismo. E mais recentemente pelo vice presidente do órgão, Franciszek Gryciuk, em 8 de abril passado, ao lhe negar novamente a solicitação.

P.S. Avolumam-se as ações equívocadas dos funcionários deste instituto criado em 2000. Na maioria historiadores, eles querem reescrever a história da Polônia, apagando ou eliminando todos aqueles que fizeram parte do regime comunista. "Apagam" seus apaniguados dos arquivos, como o presidente do PiS e gêmeo do Presidente da República, Jarosław Kaczyński que trabalhou para os comunistas e "eliminam" da vida pública todos os funcionários públicos, que na época do comunismo trabalharam no governo. Assim, professores universitários, médicos, engenheiros, ou mesmo simples secretárias estão perdendo seus empregos por ação dos "historiadores" do "Instituto da Vergonha Nacional" como denominou ao IPN, o ex-presidente da República, Aleksander Kwaśniewski.