sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A Mariacka de Cracóvia


A Mariacka (igreja Basílica de Santa Maria) foi construída no século 13, no lugar de uma antiga igreja em estilo românico. Na gótica renascentista Mariacka se destaca o altar, esculpido em madeira e considerado a maior expressão gótica da Polônia. Sua torre mais alta (onde um corneteiro toca o “Hejnal”, todas as horas cheias do dia) possui uma coroa, que simboliza o status de capital do reino. A coroa está a 81 m de altura e foi colocada ali, em 1478, representando duas histórias ocorridas em 1408. A coroa tem 2,4 m de diâmetro, 1,3 m altura e pesa 350 kg. As 8 pontas de cobre de 1,2 m, cada uma, mais abaixo, são banhadas em ouro e estão numa altura de 65.5 m de altura e foram colocadas ali 1666. A torre menor tem 62 m de altura.

Rynek sempre belo

Foto: Prefeitura de Cracóvia
O Rynek Główny - Praça do Mercado Central - de Cracóvia fica ainda mais belo com o Sol e o céu azul do verão. Ao fundo, pode-se divisar o Kopiec Kosciuzki, um dos pontos mais altos da cidade e mais atrás a Montanha do Przegorzały (à esquerda), onde moro. No Rynek, estão além da Sukienice, do Ratusz, da Mariacka, da capela de São Adalberto mais 47 kamienice (edifícios), a maioria destes, restaurados no século 19. Considerada a maior praça medieval da Europa com seus 10 acres, ou 40.468,54 m2, ela tem muita história para contar, a começar pelos seus principais edifícios.

Polônia se nega a devolver arte alemã


Manuscrito de Mozart - final do Kyrie
Foto: Mozart Geburtshaus

O jornal Herald Tribune publicou, esta semana, notícia de que o governo da Polônia se nega a atender pedido da Alemanha para que retornem a este país, objetos de arte alemã que se encontram guardados em território polaco.
Na semana passada, o jornal alemão "Frankfurter Allegemeine Zeitung" criticou a Polônia por não devolver objetos de arte que pertencem a civilização alemã.
O Ministério das Relações Estrangeiras da Polônia, por sua vez, reagiu dizendo que a crítica e o pedido são completamente infundados. Em seu comunicado, o Ministério disse que objetos de artes, livros, manuscritos e materiais de arquivo de origem alemã encontrados em território polaco depois da Segunda Guerra Mundial foram assumidos pela Polônia com base em atos "legais apropriados”. Qualquer menção às reivindicações alemãs referentes à Segunda Guerra Mundial é por demais dolorida. O ministério polaco lembrou que a Polônia foi invadida pelos alemães, em 1939, e que a ocupação brutal de cinco anos resultou na morte de seis milhões de cidadãos polacos.
Evidentemente, o Allegemeine Zeitung não lembrou de criticar seu próprio país por não devolver o fruto de saques nazistas nas artes polacas durante os anos de guerra. Não lembrou das bibliotecas que foram queimadas, dos arquivos que foram destruídos, do bombardeio que arrasou Varsóvia, quando foram dinamitados marcos culturais, igrejas e palácios reais polacos. Para não falar dos roubos de obras de arte valiosíssimas que nunca mais retornaram ao solo da Polônia.
O jornal de Frankfurt reclama os tesouros da Biblioteca do Estado Prusso, onde se encontrava uma coleção de livros alemães inestimáveis, além de manuscritos, que os soldados de Hitler transferiram de Berlim para 29 lugares espalhados pelo Terceiro Reich, numa tentativa de protegê-la dos bombardeios Aliados. Aproximadamente 500 caixas de madeira com milhares de manuscritos e documentos foram escondidas no Castelo de Książ nos Sudetos polacos, e mais tarde, transferidos para um convento mais ao Sul. Segundo o jornal, este tesouro se encontra atualmente na Biblioteca Jagielloński de Cracóvia.
O diretor Zdzisław Pietrzyk da Biblioteca confirma a guarda da Universidade Jagielloński, mas lembra que uma parte desta mesma coleção já foi devolvida para a Alemanha, em 1977, quando o líder da Polônia comunista, Edward Gierek, presenteou seu colega comunista alemão Oriental, Erich Honecker, com sete pautas musicais. Entre elas,
o manuscrito original de Mozart para a ópera "A Flauta Mágica” e partes do manuscrito de Beethoven para a “Nona Sinfonia”.