O amigo Rene Scholz, de Curitiba, sugere que eu apresente o artista Zdzisław Beksiński (zdjissuaf bekchinski) no blog
JAROSINSKI do Brasil. Sugestão aceita.
Beksiński foi um arquiteto, fotógrafo, pintor e artista do "fantástico". Nasceu em
Sanok, pequena cidade no Sudeste da Polônia. Com exceção dos anos que passou na faculdade de arquitetura em Cracóvia, viveu quase toda a vida em sua vila. Ali desenvolveu sua arte e suas técnicas. Sem nunca ter saído da Polônia e tampouco falar outro idioma que não o polaco, acabou sendo reconhecido em todo o mundo e consequentemente se tornou a celebridade de sua pequena
Sanok.
Buscando sossego se mudou para Varsóvia em 1977. Segundo ele, num centro cosmopolita acabaria passando despercebido e assim poderia se dedicar completamente a sua arte. A morbidez de suas fotos e quadros acabaria se transportando para sua vida pessoal. Sua esposa morreu em 1998 e seu único filho se suicidou no natal de 1999. O próprio
Beksiński, em 2005, foi assassinado com 17 punhaladas, em sua própria casa, pelo filho do vigia do prédio onde morava.
Beksiński tinha negado um empréstimo ao assassino Robert Kupiec (cupietss), que acabou preso e cumpre pena de 25 anos de prisão.
Mas o que importa mesmo é a sua arte e nela ele foi um mestre. Ele a classificava em dois estilos distintos, o "Barroco" e o "Gótico". O barroco, segundo ele, era dominado pela representação e o gótico através da forma. Entre as pinturas produzidas durante os últimos cinco anos, o estilo "Gótico" foi mais freqüente, tanto que o barroco praticamente desapareceu de seus quadros. Ele tinha uma maneira bastante peculiar de trabalhar. Ao som de músicas clássicas ele apoiava a tela sobre uma mesa, na horizontal, ou seja, diferente da maioria dos artistas que pintam em cavaletes com as telas na vertical, ligeiramente inclinadas.
Para o diretor do Centro de Arte Contemporânea de Varsóvia,
Wojciech Krukowski (voitchierrrh crucovsqui), a arte de Beksiński foi bastate específica, muito pessoal e definição de difícil significado. "Na sua cabeça a arte se dissipava, muito além da percepção dos críticos da arte pós-contemporânea". Para Edward Dwurnik (edvard dvurnik), "as circunstâncias dramáticas de sua morte de certa maneira lembra a aurea de sua arte". Os críticos em geral, viam a onírica artisticidade como interpretação traumática de vida do artista durante a segunda guerra mundial, quando Beksiński morou muito próximo do gueto.