O jornal Gazeta Wyborcza desta segunda-feira, traz em sua primeira página a manchete:
Rússia refratária
A reportagem diz que as investigações sobre a tragédia de Smoleński chegou a um beco sem saída. O jornal ainda faz a pergunta: o que queremos dos russos?
Os funcionários russos têm atrasado informações ao Ministério Público polaco sobre a investigação do acidente com o avião presidencial polaco, no último mês de abril. A tragédia tem ocupado quatro instituições distintas: os ministérios públicos russo e polaco; um técnico da comissão russa encarregada das investigações e a comissão de investigação de acidentes, orientada pelo ministro polaco Jerzy Miller.
Nas primeiras semanas após o desastre de cooperação entre essas instituições funcionaram corretamente, mas não perfeitamente. No momento, a comissão e os procuradores polacos estão contra a parede. Sem testemunhas, documentos e audiências na Rússia, eles não são capazes de ir mais longe no assunto.
Funcionários do ministério polaco foram enviados à Rússia com cinco pedidos de apoio do judiciário daquele país. Mas nada é plenamente realizado. Assim, o procurador polaco está preparando a sexta petição.
Em maio passado, o ministro Miller recebeu uma cópia dos registros das três "caixas pretas" com as gravações de bordo do avião presidencial TU-154 M, dois com dados técnicos, a transcrição das conversas dos pilotos na cabine de comando. Estas informações escondem as respostas a perguntas importantes sobre as causas do desastre, ou seja, se houve ou não um acidente com o avião e devido a isso, o porquê do piloto ter decidido pousar.