terça-feira, 15 de abril de 2008

Banda Polaca em Camboriú

Neste Domingo, 20 de abril, às 17horas 30 minutos acontecerá sessão de autógrafos de Dante Mendonça, autor do livro “A BANDA POLACA. Humor do imigrante no Brasil Meridional” (140 páginas, Editora Novo Século, ilustrações de Márcia Széliga – R$ 33,00, nas Livrarias Catarinense do Shopping Balneário Camboriú, Santa Catarina.

O livro que já foi lançado em algumas cidades do Sul do Brasil fala entre outras coisas que é de Santa Catarina, especificamente de Brusque, a primeira polaquinha nascida no Brasil, no século XIX: Izabella Kokot, em 12 de outubro de 1869.
Das terras catarinenses algumas famílias polacas reimigraram para o Paraná, que hoje concentra a segunda maior concentração da etnia fora da Europa (a primeira é em Chicago, nos EUA). Mas restam descendentes dos pioneiros polacos em Brusque e no norte de Santa Catarina. Mais de um século se passou e a força de sua influência permanece. São coisas de se ler em “A Banda Polaca: Humor do Imigrante no Brasil Meridional”, história e estórias, causos e piadas dessa brava gente recolhidas por Dante Mendonça, jornalista e cartunista neotrentino radicado em Curitiba.
A Banda Polaca é o lado polaco do Sul do Brasil. Também foi uma banda do carnaval curitibano nos anos 70. Essa duplicidade de conceitos inspirou Dante Mendonça, um dos fundadores da carnavalesca Banda Polaca, a escrever o livro.O anticarnaval de Curitiba foi só a desculpa para introduzir o assunto. Vale mesmo, ao longo das páginas bem pesquisadas, o comportamento do polaco. Muitas vezes quieto, pensativo, com um ar que parece ingênuo, o polaco é de verdade mesmo muito esperto, inovador de costumes, com um humor fino e elaboradíssimo. Introduziu nas terras do Sul traços culturais que se incorporaram ao dia-a-dia do restante das populações. Isso se vê na agricultura, na produção doméstica de alimentos, nas receitas, nas danças, na música, nas cores preferenciais, no jeito de fazer a casa e de morar. Especialmente, no humor. Esse toma conta do polaco cientista, intelectual, professor, artista, pesquisador e também do que chegou como colono, cercou a propriedade, introduziu a carroça de toldo, ensinou a cortar madeira no tempo certo para fazer a casa, a fazer a broa de centeio, a azedar o repolho na pipa, a festejar o casamento – ou o batizado - por três dias seguidos. O sotaque em gerúndio, quando nem se sonhava com a internet e a tradução literal do inglês informático, dá sabor especial às conversas e às piadas, aos causos contados com um humor tocante, de rir e de emocionar. Mais informações e contatos com o autor:dantem@matrix.com.br

(0xx41)3233-2346

Entardecer em Lublin

Foto: Ulisses Iarochinski
Estive este fim de semana, mais uma vez em Lublin. Esta rua - Ulica Grodzka - é o calçadão do centro que leva até a Brama Kraków, ou o portão da cidade antiga com saída para Cracóvia, daí o nome de Kraków.

Fotógrafas polacas 4


Foto de Izabella Lipowska - "Wielkanoc w Hucisku" (Páscoa em Hucisk) - presente na Exposição fotográfica, "Ela - Documentalista - As mulheres polacas fotógrafas do século 20", que fica aberta até 18 de maio, em Varsóvia, na Galeria Zachęta.

Detido presidente do MKS Cracóvia

Janusz Filipiak em foto de arquivo do jornal Rzeczpospolita
A imprensa polaca apenas hoje divulgou que a polícia deteve no último sábado o famoso homem de negócios e presidente do clube de futebol Cracóvia prof. Janusz Filipiak, que depois de interrogativo foi libertado. Ele é suspeito de irregularidades na transação de um jogador. Por ordem do promotor público de Cracóvia, os policiais detiveram Janusz Filipiak às 15 horas, no aeroporto de Balice (Cracóvia), quando este voltava de viagem do estrangeiro. Junto com ele foram detidos outras três pessoas ligadas ao clube de futebol. Durante a manhã de domingo todos os quatro foram liberados mediante fiança (Filipiak 100 mil złotych e as demais pessoas, 20 mil złotych). O motivo da detenção se refere à questão financeira envolvendo o ex-jogador do clube Paweł Drumlak. O presidente do Cracóvia, Janusz Filipiak foi acusado pelo jogador de atividades danosas para os credores do centenário clube ao assinar contrato com data anterior à correta. Uma segunda acusação se refere a infringir os direitos trabalhistas de Drumlak - informou o porta-voz do promotor público regional de Cracóvia Bogusław Marcinkowski.
Os membros da administração do Cracóvia Rafał W. e Jakub T. são suspeitos de tentativa de fraude ao preparar um anexo no contrato de Drumlak com assinatura falsa, onde obrigavam o jogador a concordar com os aditivos ao contrato que tinha firmado com o vice-presidente anterior do clube Pawel M. O professor Janusz Filipiak fundador e presidente da empresa de informática ComArch, patrocinava o MKS Cracóvia em 2002, quando o clube estava na terceira divisão. Filipiak começou então a comprar ações do Clube do qual acabou se tornando o principal acionista e levando o centenário clube da cidade novamente a primeira divisão do campeonato polaco. Janusz Filipiak foi entrevistado por um repórter da Rádio RMFM depois que foi liberado da detenção:
Repórter: Quando no sábado o senhor foi detido no aeroporto internacional de Cracóvia por policiais com algemas, pensou que poderia ter algo a ver com algum escândalo de corrupção? Filipiak: Sim. Eu pensei, mas nada temi, porque não tenho nada em comum com a corrupção. Mas com todos estes escândalos de suborno no futebol polaco, alguém poderia ter citado meu nome.
Repórter: O senhor estava voltando de Roma, onde foi tratar de assuntos de sua empresa de informática...
Filipiak: Não quero sobre isto falar, não quero prejudicar a imagem da ComArch.
Repórter: O senhor somente foi solto sob fiança. O senhor não quer explicar porque é suspeito?
Filipiak: Não sou suspeito de nada, paguei 100 mil złotych para poder responder a estas acusações. Este assunto se refere ao ex-jogador do Cracóvia Paweł Drumlak que exige indenizações.