sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Não aos antigos políticos

foto: AP
Os polacos não querem no Sejm (parlamento), o ex-primeiro ministro Leszk Miller (LÉchék miler), segundo pesquisa de opinião publicada pelo jornal "Rzeczpospolitej" (jetchpospolitei). 54% dos perguntados responderam que Miller "decididamente não deve se candidatar" pelo partido "LiD". Apenas 4% gostariam de vê-lo novamente no Parlamento. Miller era o primeiro-ministro quando a Polônia entrou na União Européia em 1° de maio de 2004. Depois da dissolução do atual parlamento, os partidos voltaram as ruas para as novas eleições em outubro próximo. Ex-deputados, primeiros-ministros e presidentes são sondados para voltarem, mas parece que os eleitores querem realmente mudar tudo na política do país.

Wajda dedica à família

Nesta quarta-feira, o cineasta fez uma "avant-premiere" de seu novo filme "Katyń". A apresentação foi apenas para um reduzidíssimo grupo de pessoas, entre familiares, amigos próximos e alguns jornalistas. Após a projeção, ele disse que o cinema é o melhor meio para se falar alguma coisa sobre a tragédia de Katyń, a qual os jovens polacos quase nada sabem. Andrzej Wajda (andjei vaida) confessou que este é o seu filme mais pessoal e o dedicou a sua própria família. O pai do cineasta, Jakub Wajda, foi oficial das Forças Armadas polacas e morreu no massacre de Katyń com 43 anos. "Minha mãe esperou bastante alguma notícia sobre ele, com a esperança de que seu marido ainda estivesse vivo". disse Wajda. Talvez este seja o filme mais aguardado e de maior promoção da carreira do mais conceituado cineasta polaco de todos os tempos. O lançamento oficial é nesta segunda-feira, dia 17 de setembro, no Festival de Cinema de Gydnia.

Varsóvia do século 21

Warszawa (varchava), ou Varsóvia, a cada mês que passa vai transformando sua cara. Da planificação urbana e arquitetônica, fortemente comunista, pós Segunda Guerra Mundial, a cidade vai cada vez mais se identificando com os arranha-céus novaiorquinos. Parece que os varsovianos têm algum sentimento negativo em relação ao seu recente passado comunista. A evidência de se modificar as estruturas é impressionante! Continuando assim, vai chegar um tempo, que os preservacionistas terão se arrependido de não possuir mais nenhum signo do período comunista, tal é a febre dos novos arquitetos. Querem mudar tudo no panorama e nas "feições" da cidade. Seja como for, a capital da Polônia desde o século 15, ainda conserva em seus arredores traços dos séculos 18 e 19.

A denominação da cidade é de antes do século 14, quando era escrita como "Warseuiensis" (1321), "Varschewia" (1342) e já no século 15 como "Warschouia" (1482). A partir de então, o nome foi mudando para "Warszewa", "Warszowa" e etc.. A palavra teria origem no nome Warsz (abreviatura dos nomes pessoais Warcisław [vartssissuaf] e Wrocisław [vrotssissuaf). A mudança para Warszawa seria resultado do modo de falar dos mazovianos (região da qual Varsóvia é também capital provincial). Esta mudança na grafia se deu mais pelo sotaque do que pela etimologia da termo. Por outro lado a lenda (e como a Polônia tem lenda pra tudo!), a palavra seria originária da junção dos nomes de um pescador Warsa e de sua esposa Sawy.
P.S. Varsóvia é cidade-parceira de outras 26 em todo o mundo. No Brasil a cidade-parceira de Varsóvia é o Rio de Janeiro, segundo os protocolos firmados em 1997.