Adolf Hitler, com a aparência mal-humorada, voltou a Berlin. Não, ele não ressuscitou, pelo menos não voltou a vida, mas sua figura em cera foi introduzida está semana no novo museu de cera de Berlim.
A polêmica imediatamente girou o mundo lançando a incógnita sobre se a nova filial do museu de cera Madame Tussauds, realmente abra suas portas ao público neste sábado. Os que não admitem tal ícone já se manifestaram dizendo que é inapropriado expor o ditador nazista, responsável pela maior tragédia da humanidade em um museu junto com estátuas de celebridades, popstars, estadistas mundiais e heróis.
Para Meike Schulze, diretora na Alemanha da Midway Attractions, responsável pelo museu Madame Tussauds de Berlim, "Seria uma pena se Hitler dominasse tudo." Mas foi justamente o que acontceu na pré-inauguração na última quinta-feira, mais de 200 repórteres e cinegrafistas ignoraram as réplicas de George W. Bush, de Angela Merkel, de Beethoven, de Albert Einstein, de Madonna e de Brad Pitt. Empurraram-se para disparar os obturadores de suas câmaras para um canto ocupado pela figura inconfundível de Hitler. Vestindo terno cinza, o "monstro" olha para baixo com pessimismo. Diante dele uma grande mesa de madeira, e ao fundo um mapa da Europa cobre a parede do bunker escuro.
Aproximadamente 25 artistas levaram quatro meses produzindo a figura do líder nazista. Para tanto se utilizaram de 2.000 fotos e tendo com base o modelo do "Fuehrer" exposto no Madame Tussauds de Londres. Na Alemanha, é proibido expor símbolos nazistas ou obras de arte que glorifiquem Hitler. Quem o fizer é condenado pela justiça.