Par do Grupo Folclórico Lublin de Irati |
Os primeiros imigrantes polacos começaram a chegar na cidade em 1908 e se intensificaram no período de 1911 a 1912.
O município paranaense, que dista 147 quilômetros da capital Curitiba, brinda a chegada do novo ano, celebra o almoço de Páscoa e comemora aniversários e casamentos com uma bebida trazida no começo do século por imigrantes polacos: a cerveja caseira.
A boa receita de cerveja feita em casa, fermentada, doce e espumante, é preparada com lúpulo e açúcar caramelizado. De teor alcoólico muito baixo – apenas 0,7%, em comparação com cerca de 5% da bebida industrializada –, a cerveja caseira de Irati pode ser encontrada desde em mamadeiras de crianças até em minimercados e festas de terceira idade. Além disso, é considerada uma das principais tradições do município.
Não por acaso, Irati é o maior consumidor de lúpulo do Estado. Uma espécie de planta aromática utilizada na fabricação da bebida, o lúpulo foi adicionado pela primeira vez na história da cerveja, no século XI, na Polônia. Como se sabe, uma bebida fermentada aparentada da cerveja já era produzida há cinco mil anos no Egito. Mas foi com a adição do Lúpulo que a cerveja, tal como conhecemos hoje, foi finalmente criada.
Assim, a despeito da popularidade das cervejas, alemãs, tchecas, holandeses e belgas, quem realmente criou a cerveja moderna foram os polacos.
Assim, nada mais justo que Irati, seja um grande consumidor de cerveja caseira. Tanto que há alguns anos instituiu a Festa Nacional da Cerveja Caseira, que ocorre todo mês de dezembro, e que registrou, em 1997, a instalação da primeira indústria da cerveja caseira do País.
O primeiro iratiense que tentou produzir e comercializar a cerveja caseira em larga escala foi o engenheiro agrônomo José Luís Pabis. De olho na aceitação que a bebida tinha na região, Pabis decidiu fazer um teste: depois que a mãe, Bronislava, de 68 anos, conseguiu o terceiro lugar num concurso de cerveja caseira em 1995, pediu a ela que preparasse 200 litros e distribuiu-os por bares da BR-277, que passa perto de Irati. “Depois de três dias, o pessoal já tinha vendido tudo e estava pedindo mais”, conta. “Então passamos a produzi-la nos fundos de casa.” Em 1997, a família conseguiu o registro do produto no Ministério da Agricultura e lançou oficialmente a marca Krulowa, que, em idioma polaco, significa rainha. Para evitar a concorrência da produção familiar em Irati, Pabis vendia a bebida em embalagens plásticas de um e dois litros para clientes de Curitiba, Guarapuava, União da Vitória e municípios próximos. “Enquanto a cerveja caseira era novidade ela foi uma febre, mas faltou divulgação.”
P.S. texto baseado em informações de Luciana Gardin
A Palestra "Polônia atual" e o lançamento do livro "Polaco" de Ulisses Iarochinski, acontece hoje, na Casa da Cultura de Irati, às 19:30 horas, rua 15 de julho 329.
P.S. texto baseado em informações de Luciana Gardin
A Palestra "Polônia atual" e o lançamento do livro "Polaco" de Ulisses Iarochinski, acontece hoje, na Casa da Cultura de Irati, às 19:30 horas, rua 15 de julho 329.