domingo, 14 de outubro de 2007

Tumba de São Estanislau

Este é o sarcófago com os restos mortais (relicário) de Święty Stanisław (schviet stanissuaf), bispo de Cracóvia, que morreu em 11 de abril de 1079. Ele teria nascido em Szczepanów (chtchepanuf), vila de Bochnia, cidade próxima a Cracóvia, em 1030. Mas não há nenhum registro sobre a data. São Estanislau é o santo padroeiro da Polônia. São várias as versões sobre a morte do bispo de Cracóvia. O certo é que ele tinha conflitos com o rei Bolesław Śmiały (bolessuaf schmiaui - boleslau corajoso) e este teria mandado decapitá-lo. Hoje, a tumba do santo está no centro da catedral de Wawel, o panteão nacional da Polônia. Local, onde estão também as tumbas das famílias reais e heróis da Pátria. Apenas o fundador do Reino, Mieszko I (miechco) e seu filho Bolesław I, coroado o primeiro rei da Polônia, em 1025 (as tumbas está na catedral de Poznań) e o último rei August Poniatowski (a tumba está em Varsóvia) não estão na Catedral de Cracóvia.

sábado, 13 de outubro de 2007

Os mais vendidos na Polônia

O panorama musical na Polônia está cada vez mais movimentado. A lista dos CDs mais vendidos se altera semanalmente. É um sobe e desce constante dos maiores sucessos. Nesta semana Kasia Cerekwicka (cáchia tsserekvitssca) que já havia ocupado o primeiro lugar dos discos mais vendidos caiu para a décima posição, em seu lugar desponta agora o tradicional grupo de rock Raz, Dwa, Trzy (ras, dva, tchje - um, dois, três). Esta é a lista dos mais vendidos:

1 - RAZ, DWA, TRZY MŁYNARSKI 4EVER MUSIC / WARNER MUSIC PL

2 - RAFAŁ BLECHACZ CHOPIN - THE COMPLETE PRELUDES DEUTCHE GRAMMOPHON / UNIVERSAL MUSIC PL

3 - MUZYKA FILMOWA HIGH SCHOOL MUSICAL 2 DISNEY RECORDS / EMI MUSIC PL

4 - KATIE MELUA PICTURES DRAMATICO / 4 ART

5 - PATRYCJA MARKOWSKA ŚWIAT SIĘ POMYLIŁ POMATON / EMI MUSIC PL

6 - NIGHTWISH DARK PASSION PLAY MYSTIC PRODUCTIONS

7 - RÓŻNI WYKONAWCY RMF FM NAJLEPSZA MUZYKA POD SŁOŃCEM POMATON / EMI MUSIC PL

8 - RIVERSIDE RAPID EYE MOVEMENT MYSTIC PRODUCTIONS

9 - MARK KNOPFLER KILL TO GET CRIMSON MERCURY UK / UNIVERSAL MUSIC PL

10 -KASIA CEREKWICKA POKÓJ 203 SONY BMG MUSIC PL


ASSISTA KASIA CEREKWICKA

A morte na arte de Beksiński

O amigo Rene Scholz, de Curitiba, sugere que eu apresente o artista Zdzisław Beksiński (zdjissuaf bekchinski) no blog JAROSINSKI do Brasil. Sugestão aceita.
Beksiński foi um arquiteto, fotógrafo, pintor e artista do "fantástico". Nasceu em Sanok, pequena cidade no Sudeste da Polônia. Com exceção dos anos que passou na faculdade de arquitetura em Cracóvia, viveu quase toda a vida em sua vila. Ali desenvolveu sua arte e suas técnicas. Sem nunca ter saído da Polônia e tampouco falar outro idioma que não o polaco, acabou sendo reconhecido em todo o mundo e consequentemente se tornou a celebridade de sua pequena Sanok. Buscando sossego se mudou para Varsóvia em 1977. Segundo ele, num centro cosmopolita acabaria passando despercebido e assim poderia se dedicar completamente a sua arte. A morbidez de suas fotos e quadros acabaria se transportando para sua vida pessoal. Sua esposa morreu em 1998 e seu único filho se suicidou no natal de 1999. O próprio Beksiński, em 2005, foi assassinado com 17 punhaladas, em sua própria casa, pelo filho do vigia do prédio onde morava. Beksiński tinha negado um empréstimo ao assassino Robert Kupiec (cupietss), que acabou preso e cumpre pena de 25 anos de prisão.
Mas o que importa mesmo é a sua arte e nela ele foi um mestre. Ele a classificava em dois estilos distintos, o "Barroco" e o "Gótico". O barroco, segundo ele, era dominado pela representação e o gótico através da forma. Entre as pinturas produzidas durante os últimos cinco anos, o estilo "Gótico" foi mais freqüente, tanto que o barroco praticamente desapareceu de seus quadros. Ele tinha uma maneira bastante peculiar de trabalhar. Ao som de músicas clássicas ele apoiava a tela sobre uma mesa, na horizontal, ou seja, diferente da maioria dos artistas que pintam em cavaletes com as telas na vertical, ligeiramente inclinadas.
Para o diretor do Centro de Arte Contemporânea de Varsóvia,Wojciech Krukowski (voitchierrrh crucovsqui), a arte de Beksiński foi bastate específica, muito pessoal e definição de difícil significado. "Na sua cabeça a arte se dissipava, muito além da percepção dos críticos da arte pós-contemporânea". Para Edward Dwurnik (edvard dvurnik), "as circunstâncias dramáticas de sua morte de certa maneira lembra a aurea de sua arte". Os críticos em geral, viam a onírica artisticidade como interpretação traumática de vida do artista durante a segunda guerra mundial, quando Beksiński morou muito próximo do gueto.

Górniak ataca Doda

Dorota Rabczewska
A grande vedete da música pop na Polônia, a bela e sexy Doda provoca "ciúmes" até nas personalidades da canção polaca. Agora foi a vez de Edyta Górniak, no programa de TV "Szymon Majewski show",fazer comentários nada éticos a respeito do maior sucesso do momento. Disse a outrora musa polaca, Górniak, ao mostrar seu novo CD, cujo título é "EKG": "Veja Szymon, este é meu EKG, quando assisto a uma apresentação de Doda"... e riu com bastante ironia. (EKG é a sigla em polaco de eletrocardiograma). Na seqüência, o apresentador colocou mais lenha na fogueira e Górniak voltou a carga dizendo: "Veja... é uma linha contínua. Nada acontece. É assim que reage meu coração quando assisto a Doda". E novamente riu muito.
Doda, não deixou por menos e na revista semanal "Wprost" comentou: "Estranho que esta velha senhora cantora não tenha outro meio de se promover, do que fazendo piadinhas de mau gosto sobre os outros". E acrescentou que todo mundo que fala atualmente dela na Polônia acaba sempre na primeira página dos jornais. "Pensava, que Editazinha fosse mais inteligente. Mas parece que se comporta como uma garota infantil e leviana".

Edyta Górniak

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Esgotados os ingressos


Não há mais ingressos para o jogo Polônia x Cazaquistão, este sábado, a partir das 20.30 horas (15.30 horário brasileiro). O preço mais caro dos bilhetes não intimidou os torcedores, que vão pagar 100 zl (70 reais) nas arquibancadas e de 250 a 400 zl (175 a 280 reais) nas tribunas cobertas. O estádio do Legia Warszawa vai ficar completamente tomado, ou seja, 13 mil pagantes vão assistir o jogo em Varsóvia. A partida é pelas eliminatórias da Copa Européia de Seleções 2008. A Polônia é líder de seu grupo. Na verdade, os estádios da Polônia, estão mais para campos de treinamento. Por isso, a urgência em se construir 6 novos estádios para a EuroCopa 2012. A construção mais adiantada é do estádio de Cracóvia, pertencente ao club Wisla Kraków. Os demais, em Varsóvia, Wroclaw, Poznan e Gdansk, ainda estão no papel. Estas são as cidades já escolhidas para serem sedes da Copa. Cracóvia é uma das duas outras sedes reservas.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A bela do Vístula

foto: Ulisses Iarochinski
Kazimierz Dolny, a bela cidade nas margens do rio Vístula, próximo a Pulawy, é um dos locais mais procurados pelos turistas polacos em seu próprio país.

Kraków sempre Cracóvia

Nestes dias de outono, o sol é tímido, o céu esbranquiçado e uma cerração matinal de doer nas orelhas e ossos. No centro, está a estátua de Adam Mickiewicz, a esquerda a igreja de Santa Maria e mais ao fundo o Castelo e a Catedral de Wawel, o rio Vístula e a bluma de todos os dias de outubro.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Nobel para Sendlerowa

Foto: Kubik
De repente começaram a circular e-mails pela Internet manifestando surpresa e crítica pela existência e atos de uma heroína de nossos tempos. Os críticos dizendo que a Schindler de saias foi esquecida pelo mundo. Por que não apareceu um Spylberg para contar sua vida? É uma das justificativas. Se alguém tivesse feito um filme igual ao feito pelo diretor de Hollywood sobre com o playboy alemão que virou dono de fábrica de panelas em Cracóvia, e salvou da morte mil judeus durante a segunda guerra mundial, também Sendlerowa seria mais conhecida. Já os surpresos, nunca tinham ouvido falar da mulher polaca que salvou 2500 crianças judias da morte, também durante a segunda guerra mundial.
Talvez os cinéfilos não saibam quem é e o que fez a polaca católica Irena Sendlerowa Krzyżanowska, mas desde sempre seus atos foram conhecidos na Polônia. E pelo menos desde 1965 ela é conhecida em todo o mundo judeu. Isto porque, naquele ano, ela foi reconhecida pelo Instituto Israelense Yad Vashem como uma Justa entre as Nações do Mundo. Tal honraria foi confirmada, em 1983, pelo Supremo Tribunal de Israel.
O interessante é que precisou um professor Norte-americano, Norm Conard, em 1999, numa escola de ensino médio de Pittsburg, Kansas, propor um trabalho escolar de investigação sobre os atos heróicos de Irena para seus alunos, para que mais gente em todo o mundo passasse a conhecer os feitos desta enfermeira polaca. O mais curioso é que a partir de então, ela deixou de ser Sendlerowa Krzyżanowska para ser conhecida apenas por Sendler, uma palavra que está mais para sobrenome judaico do que polaco católico.
Mas seja como for, nesta sexta-feira, ainda que muito tardiamente, o Comitê do Prêmio Nobel, em Oslo, na Noruega anuncia o nome do ganhador do Nobel da Paz 2007 e entre os 181 candidatos, está a mulher que salvou da morte 2.500 crianças polacas judias entre 1942 e 1943, no gueto de Varsóvia. Embora a lista dos mais prováveis vencedores ser um dos mais bem guardados segredos, as apostas para o Nobel da Paz deste ano estão entre Sendlerowa; a ex-presidente da Finlândia, Martti Ahtisaari; o ex-vice presidente dos Estados Unidos, Al Gore; a canadense que luta contra as mudanças climáticas no Pólo Ártico; e o cantor de rock Bono, líder do grupo U2.

QUEM É IRENA SENDLEROWA KRZYŻANOWSKA
A jovem, de 29 anos, trabalhava como enfermeira no Departamento de Bem Estar Social, de Varsóvia, em 1939, quando os alemães invadiram a Polônia. Em 1942, quando os nazistas criaram o gueto de Varsóvia, Irena decidiu se unir ao Conselho de Ajuda aos Judeus, conseguindo para ela e outras companheiras crachas da unidade sanitária. Como os alemães tinham medo que se alastrasse uma epidemia de tifo no gueto, permitiam a entrada de Irena naquele campo de concentração improvisado. Irena tinha a incumbência de controlar doenças contagiosas. Dessa maneira, Irena pode oferecer ajuda às famílias. Sua maior preocupação era tirar as crianças dali e salvá-las da morte certa. Era um objetivo quase impossível, começava que as mães não queriam se separar de seus filhos e muito menos acreditavam, que aquela católica pudesse salvá-los. Todos os dias Irena voltava ao gueto e tentava persuadir as mães. Aos poucos elas foram cedendo, pois já tinham visto muitas famílias serem enviadas para os campos de concentração e separadas definitvamente de seus filhos. Vencida a primeira batalha, Irena tinha que encontrar meios para efetivamente tirar aquelas crianças daquele inferno encravado no meio da cidade de Varsóvia. O momento mais díficil para ela, era justamente a separação de mães e filhos. Durante um ano e meio, Irena se valeu de todo tipo de meios. Quando não transportava as crianças judias em ambulâncias como vítimas de tifo, ela as escondia em caixas, em sacos de batatas, e etc. Irena tinha uma segunda preocupação, além dos perigos que enfrentava. Ela acreditava que uma vez terminada a guerra, os filhos voltariam para seus pais. Assim, passou a fazer um "estranho" arquivo. Em pequenos pedaços de papel escrevia os nomes originais das crianças junto as novos nomes que ganhavam ao serem adotadas pelas famílias polacas católicas. Krzyżanowska guardava estes papelzinhos em frascos de vidro e os enterrava próximo a uma árvore frutífera no quintal de um vizinho.
Porém, a sua sorte estava lançada: a enfermeira foi capturada pela Gestapo. Era 20 de outubro de 1493, quando ela levada para a prisão de Pawiak e ali, torturada de todas as formas. Os alemães lhe quebraram os pés e pernas e a sentenciaram à morte. Pois Irena, nada revelou: nem seus colaboradores, nem as famílias adotivas e tampouco sobre seu estranho arquivo com 2.500 frascos no quintal do vizinho. Quando estava sendo encaminhada para execução, um dos guardas lhe gritou para que corresse. E ela correu sem olhar para trás mesmo com pés destroçados. O guarda tinha sido subornado com muito dinheiro pelo Conselho de Ajuda aos Judeus. Assim, apesar de fazer parte da lista dos executados, Irena Krzyżanowska, sobreviveu.
Com nome falso, ela voltou a ajudar os judeus. Em 1944, durante o Levante de Varsóvia, Irena entregou dois frascos ao Doutor Adolfo Berman, presidente do Comitê de Salvamento dos Judeus Sobreviventes. Com o término da guerra poucas famílias escaparam e somente por isso parte daquelas crianças puderam voltar para seus verdadeiros pais.
Aquelas crianças, no entanto, sempre recordavam daquela "Jolanta", a enfermeira que lhes permitiu viver. Anos mais tarde, muitos deles reconheceram sua foto, publicada em jornais, quando os primeiros reconhecimentos e prêmios começaram a ser conferidos. Muitos encontros então, passaram a ocontecer entre aquela mulher de coragem e aquelas ex-crianças.
Irena Sendlerowa Krzyżanowska nasceu, em 15 de fevereiro de 1910, em Varsóvia e durante a segunda guerra mundial morava em Tarczyna. Seu pai era um médico que lhe disse um dia: "não importa se é católico, protestante, cigano, judeu, branco ou negro, todos os pacientes merecem a mesma atenção". Em 2003, o governo polaco lhe conferiu a Ordem da Águia Branca e também a Cruz de Comandante e a Estrela da Ordem do Renascimento da Polônia. Em 2004, Anna Mieszkowska lançou um livro com a biografia da heroína intitulado, "Matka dzieci Holocaustu. Historia Ireny Sendlerowej", (matca djietchi holocausto. Historia Ireny Sendlerovei - Mãe das crianças do Holocausto. Historia de Irena Sendlerowa), publicado pela Editora Muza de Varsóvia. Se realmente for apontada como o Nobel da Paz de 2007, ela entrará para a galeria dos 8 polacos agraciados com o Nobel e a terceira mulher polaca a receber a honraria. Antes dela apenas Maria Skolodowska Curie (Química, ganhou duas vezes) e Wislawa Szymborska (poetisa). E será a segunda pessoa da Polônia a receber o Nobel da Paz, o outro foi Lech Wałęsa. Os outros ganhadores foram os escritores Henryk Sienkiewcz (Quo Vadis), Władysław Reymont (Terra Prometida) e Czesław Milość.
Neste vídeo aos 97 anos, Irena Sendlerowa, em seu idioma pátrio, conta um pouco do que fez. A heroína polaca ainda vive num asilo de Varsóvia.


terça-feira, 9 de outubro de 2007

Cantoro, o argentino do Wisła Kraków

Jogando há mais de cinco anos no meio campo do líder do campeonato polaco, Wisła Kraków (vissua cracuf), o argentino Cantoro é filho de brasileiro. Seu pai nasceu no Estado de São Paulo. Pelos avôs paternos, ele é de origem italiana, mas pelo lado materno também é mais um "polskiego pochodzenia". Aqui, na foto, com seus filhos, num jogo recente da bela campanha do clube de Cracóvia. O Wisła só tem ganhado de goleada. Em campo, ele fala portunhol com os brasileiros Jean Paulista e Kleber.

Kubica confia no Brasil

Ainda resta o Brasil e fim. Foi o que repetiu Robert Kubica (cubitssa) após mais uma avaria mecânica em seu bólido. Não foi a primeira vez que ele foi eliminado da corrida por problemas em seu carro. "Não é fácil segurar a emoção e embora tenha guiado bem, não foi possível mais uma vez terminar a corrida. No Grande Prêmio da China poderia ter tido uma sorte melhor, um pódium ou algo melhor. Fui sempre um segundo mais rápido que os demais pilotos. Mas o carro outra vez quebrou, desta vez foi a parte hidráulica. Espero que nas duas próximas semanas estes problemas todos possam ser solucionados e eu possa subir ao pódium no Brasil. Esta é minha última chance no ano". Foi isto que escreveu em seu blog, o piloto cracoviano, indiferente se a corrida de Interlagos é decisiva, ou não, para os três pilotos que mais marcaram pontos este ano, Hamilton, Alonso, Raikonnen.
A Revista Super Express publicou depoimento do tricampeão Nelson Piquet lamentando a falta de sorte do piloto polaco: "Lamento terrivelmente por Robert. Quantas vezes neste temporada ele teve ocasião de demonstrar seus plenos conhecimentos? Três, quatro? A lá se foram já 16 provas! Ele correu maravilhosamente, teve repetidas ocasiões de estar no pódium. Não tem sentido culpá-lo, pois o rapaz muitas vezes neste ano foi tirado das pistas por problemas mecânicos."

Polacos na Grã-Bretanha


A imprensa da Polônia está sempre atenta ao que se passa com os trabalhadores polacos, que já são mais de meio milhão, na ilha da Rainha Elizabeth II. Quase que diariamente é publicada uma reportagem nos jornais, onde o tema é: polacos na Grã-Bretanha. O jornal "Dziennik" (djiennik) publica nesta terça-feira, o resultado de uma pesquisa de opinião publica que encomendou para a empresa "Communicate Research" de Londres. Foi perguntado aos cidadãos ingleses: "Como são os polacos?" O resultado, segundo o jornal, é surpreendente. Primeiro, que o péssimo estereótipo de que os polacos sejam preguiçosos e bêbados não existe entre os britânicos, ao contrário, os polacos são muito trabalhadores e inteligentes. O "Dziennik", de posse do resultado da pesquisa, ouviu o professor doutor David Hay, da Universidade de Nottingham, o qual afirmou que, "Os polacos têm aqui uma muito boa imagem. Lembro da imigração que ocorreu logo após a II Guerra Mundial. Atualmente vem para cá apenas gente trabalhadora e inteligente. E por isto, olhamos os polacos com muito mais simpatia do que os demais imigrantes da Europa do Leste."
O respeito que os operosos polacos gozam atualmente na Grã-Bretanha tem muito a ver com educação. Todas as férias, milhares de universitários polacos vão para a Inglaterra ganhar dinheiro e melhorar a fluência no idioma inglês. Quando terminam a faculdade, saem já com mestrado. Voltam para a Inglaterra com a experiência de alguns anos de trabalhos realizados nas férias universitárias. Ambientados, adaptados e bem aceitos não é dificil arrumar um bom emprego. Quatro entre cinco britânicos concordam com o casamento de suas filhas com polacos, ou de seus filhos com as belas polacas. Segundo "Dziennik", os britânicos possuem excelente imagem dos polacos, contudo, não os amam. Sabem que estes chegam apenas para trabalhar e assim são tratados. Além do que acham os polacos muito orgulhosos de suas origens.

Księgarnia (kchiengarnia - livraria) polaca em Londres

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Krawczyk - o roqueiro polaco

Krzysztof Krawczyk iniciou sua carreira nos anos 60 com o grupo Trubadurów. Nos anos 70, desligou-se dos colegas e partiu para carreira solo. Desde então, fascinado por Elvis Presley gravou um disco com versões em idioma polaco das músicas do ídolo. Na escola de música de Łódż (uudji), onde nasceu, estudou violão e guitarra. Com o tremendo sucesso em sua terra natal partiu em busca de fama além fronteira. Fez temporadas na Suécia, Bélgica, Grécia, Holanda e Irlanda. Nos anos 80 foi morar nos Estados Unidos, voltando à Polônia somente nos anos 90. Tem muitos discos de ouro e prata em sua vitoriosa carreira. Hoje canta, não só seus rocks preferidos, mas também canções românticas, folclóricas e natalinas. Neste vídeo, canta com Muniek a música "Lekarze Dusz":


Polacos me dão medo

"Tenho medo dos polacos. Polacos gostam de mãos fortes. O governo deve ser forte e estável e isto lá ele faz. Porém muito menos do que deveria", declarou para o jornal "Dziennik" o famoso escritor e dramaturgo polaco Sławomir Mrożek (ssuavomir mrójék). O autor de "Tango" ironiza os políticos e brinca com o complexo dos polacos. Ele afirma que apesar das mudanças ocorridas no país em 1989, a mentalidade polaca não mudou. Na opinião do dramaturgo, os polacos possuem um sentimento de inferioridade em relação aos países do Ocidente e isto está sempre aparecendo nas relações com estrangeiros. "Este é o caráter do polaco. Como entramos na OTAN e UE, isto parece ser bom. E agora assim nos vemos." diz Mrożek.
O escritor critica a inteligência polaca e se diz nervoso com o provincianismo de seu povo. "Quando cheguei na Polônia e li diferentes publicações, minha primeira impressão foi tal, que tudo me pareceu sem importância. Algumas coisas que os polacos vêem e escrevem, não tem nada de importante. As pessoas no Ocidente são mais importantes. Na Polônia, os esclarecidos inteligentes são muito poucos. Basta ver nossa campanha eleitoral, pode-se dizer, que é mínima a inteligência entre os políticos." Declarou o internacionalmente conhecido Mrożek.
Para finalizar, ele pergunta se em função disso se deve votar e ele próprio responde categoricamente, que todos devem votar. Perguntado em que língua ele poderia escrever sobre a realidade atual, ele respondeu decididamente: " O Senhor Deus defende". E saiu do recinto da entrevista. (Fonte: PAP). A pergunta tem sentido, porque o escritor domina outros ediomas e já escreveu livros em inglês, francês e espanhol.

Alguns dos livros de Mrożek

Debutou em 1950, como cartunista e desde 1953, vem publicando seus desenhos na revista semanal "Przekroju". Também em 1953, publicou seus primeiros livros, "Opowiadania z Trzmielowej Góry" e "Półpancerze praktyczne". Seu primeiro texto teatral foi o drama "Policja", em 1958. O drama mundialmente famoso "Tango" teve sua primeira edição publicada em 1964.
Dois anos antes, em 1962, recebeu sua primeira premiação de literatura "Prêmio Kościelski". Em 1963, emigrou e morou em Paris, Estados Unidos, Alemanha, Itália e México. Em 1968, os jornais franceses publicaram seu nome em uma lista de pessoas contra a intervenção soviética na Tchecoslovaquia. Em dezembro de 1981, protestou contra a "Lei Marcial" imposta por Jaruzelski. Em 1996, voltou a morar na sua Polônia. Em 2002, sobreviveu a derrame cerebral que o deixou com uma afazia. Passou por uma terapia intensiva de mais de 3 anos, que no entanto, nunca o impediu de continuar escrevendo e falando com inteligência. E sempre espirituoso e irônico! Como resultado de sua luta contra a doença escreveu sua autobiografia. Em 1997, foi agraciado, pela presidência da República, com a estrela da Ordem do Renascimento Polaco e a Cruz de Comandante. Escreveu mais de 50 livros, entre dramas, peças teatrais, roteiros de cinema e etc.

Não querem votar

Mesmo não sendo obrigatório o voto, cerca de 4 milhões de polacos (quase 10% da população) não querem votar nas eleições parlamentares do próximo dia 22 de outubro. Pelo menos é o que identificou um dos maiores jornais da Polônia, o "Gazeta Wyborcza" (vibortcha - eleitoral). Numa longa reportagem, o jornal procurou ouvir pessoas de diversos segmentos da sociedade e ouviu, por exemplo:
1 - "Esta faixa, esta propaganda por telefone! Falam que este é um novo método contemporâneo de luta política. Mas eu não sou contemporânea." Wanda Andrzejowska, médica aposentada, que não vai votar.
2 - "Todos os partidos têm o mesmo programa: construção de estradas, diminuição de impostos, melhoria nos serviços médicos. E nunca eles os realizam. Eleições são jogos, pode-se fazer barulho e depois o rei faz o que quer com o governo." Karol Zwierzchowski, engenheiro, não votará.
3 - "Não vejo, quem represente minha voz, por isso não vou votar. Talvez alguém ainda nesta campanha possa me seduzir. Mas não prometo nem confirmo." Monika, tradutora de inglês. Não votará.
4 -"Voto apenas para presidente. Parlamentares podem ser importantes, mas estes partidos... Entre Varzóvia e minha cidade sempre há congestionamento, mas isso não interessa aos deputados, a mim sim. No dia da eleição vou correr na floresta, sou maratonista." Mirosław Cisek, policial. Não votará.
5 - "Por que o desemprego aumenta? Por isso as pessoas vão embora, eu também! No dia da eleição não votarei, pois vou para a Australia em busca de trabalho, no dia anterior." Dominik Kazimierski, desempregado. Não votará.
6 - "Sempre votei. Mas muitos destes políticos em campanha me decepcionaram. Não votarei, pois estas pessoas não se comprometem com aquilo que prometem." Maria da cidade de Piaseczna. Não votará.
P.S. Os polacos foram, entre os países soviéticos e satélites, os que mais lutaram contra a ditadura do Politburo de Moscou. Passados 17 anos de democracia e eleições livres, grande parte das pessoas na Polônia está desencantada com políticos. No plebiscito para entrada na União Européia, por pouco não foi alcançado o mínimo de votantes necessário. Foi preciso apelo do Papa João Paulo II, de Lech Wałęsa (lérrrh vauensa), edições extraordinárias de jornais e chamadas na TV e Rádio para que todos comparecessem, independente de votarem SIM, ou NÃO. Acabou vencendo o SIM com 58% dos votos válidos.

domingo, 7 de outubro de 2007

Legia perde a liderança

Torcida do Lech Poznan comemora vitória. Foto: Piotr Skornicki / AG
Depois de liderar o campeonato polaco desde seu início, o poderoso Legia Warszawa (leguia varchava), perde mais uma partida e a liderança. A derrota por um a zero, aconteceu, neste sábado, para a equipe do Lech Poznań (lerrh poznanh). Com isso a equipe de Cracóvia, Wisła Kraków (vissua cracuf) assume a liderança, com a vitória por 5 a 0 contra o Jagiellonia Białystok. Marek Zieńczuk fez dois, os irmaos Brożek (Paweł e Piotr) um cada um e o brasileiro Jean Paulista, outro.

O camisa 10 brasileiro Jean Paulista fez o terceiro gol aos 41 min do 1°. Tempo

Bélgica abre mercado de trabalho

Agora além do trabalho de pedreiro está aberto o mercado de trabalho para os arquitetos polacos
Empresas belgas estão abertas para os trabalhadores polacos, informou Jowita Sokołowska (iovita socouovsca) da firma ADMB International. O mercado de trabalho belga estava fechado para os polacos e cidadãos de outros países da Eunião Européia. A partir de agora os polacos pooderão se empregar legalmente nos setores de arquitetura, informática, mecânica, montagem, hidráulica, pedreiro, motorista, jardineiro ou emfermagem. Estima-se que cerca de 100 mil polacos trabalhem atualmente na Bélgica como ilegais. Sokołowska disse que depois de uma longa negociação com as autoridades belgas foi possível levantar as barreiras no mercado de trabalho para os polacos.

Polaco é campeão peso-pesado

Gołota ao lado do folclórico Don King e com a inscrição em português Paz na bandagem
Andrzej Gołota (andjei goúota) derrotou com nocaute técnico no sexto assalto, o irlandês Kevin McBride nesta madrugada no Madison Square Garden de Nova Iorque. Esta foi a vitória de número 40 na carreira do varsoviano. Com a votória Gołota conquistou o título de campeão de box da América do Norte pela IBF - Federação Internacional de Box. Com este título, aos 39 anos de idade, ele abre caminho para tentar mais uma vez o título de campeão mundial da categoria peso-pesado. Andrzej tem 1,94 m de altura e pesa 109 kg. Em 1986, conquistou o título de campeão europeu júnior e em nas Olimpiadas de Seul (1988) foi medalha de bronze. Perdeu a luta na disputa do título mundial contra Lennox Lewis, em 1997.

sábado, 6 de outubro de 2007

Direita: Não somos vassalos dos EUA

"Queremos continuar amigos dos Estados Unidos, mas não vassalos", afirmou Roman Giertych (guiertirrh), do Partido Liga da Família Polaca - LPR, criticando o envio de tropas polacas para o Afeganistão e Iraque. O ex-ministro da educação culpa o Presidente Lech Kaczyński (lérrh catchinhsqui)e o ex-presidente Aleksander Kwasniewski (kvachnievsqui) pelas mortes de soldados e o estado crítico do embaixador vítima de explosão de bombas esta semana em ruas de Bagdá. Segundo Giertych "a Polônia foi enviada para uma guerra ilegal no Iraque. E o que foi que o país ganhou com isso?" Ele se perguntou neste sábado, na convenção de seu partido na cidade de Lubartów. O LPR é o partido mais à direita do atual espectro político da Polônia e forma junto com o Samobrona (Autodefesa), do líder Andrej Lepper e o PiS (Lei e Justiça) dos gêmeos, os partidos mais conservadores desta campanha eleitoral. Pesquisa de opinião encomendada pela revista "Wprost" prevê que o partido dos gêmeos Kaczyński farão 41% dos assentos do parlamento, seguidos pelo oposicionista PO - Partido da Cidadania com 32% e a LPR - Liga da Família Polaca com 16%. As eleições parlamentares entram na semana decisiva, com debates entre estrelas da política, convenções partidárias e comícios em várias cidades da Polônia. No Brasil, polacos e descendentes que conseguiram a cidadania, poderão de posse do passaporte polaco votar nos consulados da Polônia de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasilia.

Mina de Wielicka: primeira maravilha da Polônia

Capela de Santa Kinga
Entre as 7 maravilhas da Polônia apontadas pelos leitores do jornal "Rzeczpospolita", a mina de sal „Wieliczka” conquistou o primeiro lugar. E isto não só pela sua beleza, mas por sua longa e inigualável história. Entre o século 13 a 1772 ela era chamada de Mina de Sal de Cracóvia. Mas ela é muito mais antiga, pois o sal encontrado no subsolo da cidade é do período miocenio. Depois disso com a ocupação austríaca, passou a ser chamada de simplemente de Wielicka, em função também de fazer parte do munícipio de Wielicka. Durante séculos, ela foi explorada comercialmente. O sal utilizado desde sempre na Polônia, ao contrário do Brasil, onde o sal é marinho (Salinas de Cabo Frio e Mossoró), foi o das minas subterrâneas. O sal de Wielicka, em determinado momento chegou a ser cotado em 1 kg de ouro, ou seja, o valor para um quilo de sal era equivalente a um quilo de ouro. O documento mais antigo a se referir a mina é do ano 1044, durante o reinado de Kazimierz I (kajimiéj - casimiro) quando foi escrito "magnum sal Wieliczka", em latim. Em 1951, a mina foi transformada no Museu Mineiro de Cracóvia. O governo da Polônia baixou um decreto, transformando a antiga mina comercial em atração turística, em 1976. Dois após, em 1978, ela foi inscrita pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 1989, a mina de sal de "Wieliczka" entrou para a lista de patrimônio ameaçado. Mas anos após, com muito esforço foi retirada da Lista. Ela é a única mina de sal explorada ininterruptamente desde a idade média até os dias de hoje. A mina possui 9 níveis, dos quais, o primeiro "Bono" está a 64 metros de profunidade e o mais profundo a 327 metros da superfície. São aproximadamente 3 mil espaços, entre corredores, cavernas, lagos e galerias com quase 300 km de extensão. Nestes espaços se desenvolveu um microclima único, com uma temperatura média entre 9 e 12°C, pressão atmosférica constante, ionização, alta concentração no ar de manganês, magnézio e calcário. Fazendo de suas galerias, um local excelente para reabilitação de pessoas com enferminades, principalmente respiratórias. No ano de 2006, a rota turística da Mina recebeu a visita de 1 milhão 65 mil e 857 turistas, sendo 58% composto por estrangeiros. Britânicos com mais de 57 mil e alemães com mais de 50 mil foram os dois maiores grupos de visitantes.Os turistas em quase duas horas de passeio percorrem menos de 10 por cento da mina. Num percurso de 3 km, visitam 20 galerias da profundidade de 64 até 135 metros abaixo da superfície da terra, atingindo apenas os níveis 1, 2 e 3. Nestas galerias estão expostas uma série de obras artísticas (estátuas, objetos e etc) feitas pelos próprios mineiros e por reconhecidos escultores. A Capela de Santa Kinga (Conegunda) é a maior galeria (caverna) da Mina. Está a 101 metros de profundidade e tem 54 m de comprimento, por 18 de largura e 12 m de altura. Tudo ali é feito de sal... Altar, quadros (Santa Ceia, A fuga da Sagrada Família para o Egito) estátuas (Santa Conegunda, Cristo, João Paulo II e Santa Bárbara) até os lustres (apenas as lâmpadas não são de Sal) A Capela é palco de missas e atos oficiais e até de gravações de discos de orquestras e concertos com Blackmore's Night e Nigel Kennedy. O ingresso individual custa 60 złotych (algo em torno de 45 reais) e a visita só pode ser feita com o acompanhamento de um guia, pois a possibilidade de alguém se perder pelos labiritos é muito grande. Infelizmente os guias falam apenas em polaco, inglês, alemão e francês. Assim, turistas brasileiros, espanhóis, italianos e de outras línguas têm que se servir de intérpretes dos guias.
Foram recepcionados nesta capela as maiores personalidades da história mundial, desde Nicolau Copérnico, Konrad Celtes, Joachim Rhetyka, tsar Aleksander I, imperador Francisco I, Johann Wolfgang Goethe, Fryderyk Chopin, Henryk Sienkiewicz e outros contemporâneos.

Descendentes e trabalhadores polacos no Mundo

Encontro recentre entre Presidente Lech Kaczyński e descendentes de polacos em Nova Iorque
A partir de primeiro de novembro, Luxemburgo abrirá seu mercado de trabalho para os polacos. O pequeno país da União Européia, mas nem por isso pobre (ao contrário um dos mais ricos da UE), será o sétimo país a abrir suas portas para os trabalhadores dos dez países incorporados à UE em primeiro de maio de 2004. As restrições que cairão não vão atingir os cidadãos de Malta e Chipre. Desde a entrada dos 10, apenas Grã-Bretanha, Irlanda e Suécia não colocaram barreiras aos trabalhadores polacos. Finlândia, Espanha, Portugal e Grécia levaram dois anos para abrir seu mercado de trabalho aos polacos e assim mesmo, não completamente. Itália fez isto em junho de 2006, a Holanda em maio de 2007. Áustria, Bélgica, Dinamarca, França e Alemanha, fizeram uma abertura setorizada. Assim em algumas áreas ainda permanecem as restrições à ampla liberdade de trabalho aos 10 novos países. Há pouco tempo, o governo alemão sinalizou que abriria estes setores apenas aos trabalhadores qualificados.
Emigrantes polacos nos Estados Unidos do século 19

PAÍS DE EMIGRANTES

A Polônia sempre foi um país de emigrantes. O governo acredita que entre 14 a 17 milhões de polacos vivam no exterior. As cifras, no entanto, não são precisas, pois aparentemente não distinguem polacos nascidos na Polônia de descendentes de polacos nascidos no exterior. É o caso do Brasil, por exemplo, em que a surrada cifra de 1 milhão e meio de polacos é assumida pelo governo polaco. E como sabemos este número mágico não tem sustentação em nenhuma estatística confíável. Baseia-se mais no "chutômetro", do que num estudo sério sobre a etnia no Brasil. Na minha tese de doutorado aqui em Cracóvia, analiso, polemizo e coloco sob suspeição esta cifra. Pelos minhas pesquisas e estudos, muito provavelmente a etnia polaca no Brasil já ultrapassou os 3,5 millhões de brasileiros e polacos.
Colônia de polacos na Sibéria (Rússia)
Seja como for, estes são os números que o governo da Polônia tem sobre seus cidadãos (talvez fosse melhor dizer representantes da etnia) no mundo: Estados Unidos tem entre 6 a 10 milhões de polacos; Alemanha, cerca de 1,5 milhão; Brasil, ao redor de 1,5 milhão, França, quase 1 milhão; Canadá, perto de 600 mil; Bielorrússia, entre 400 mil e 1 milhão; Ucrânia, entre 300 e 500 mil; Lituânia, entre 250 e 300 mil; Grã-Bretanha, cerca de 150 mil; Australia, entre 130 e 180 mil; Argentina, entre 100 e 170 mil; Rússia, cerca de 100 mil; Tcheca, entre 70 e 100 mil; e Cazaquistão, entre 60 e 100 mil (o governo desse país admite que são 1,5 milhão, os polacos ali). Mas, o próprio informe do governo, admite a dificuldade da confirmação destas estatísticas, ao mesmo tempo em que reconhece que estes números seriam cerca de 40% da população atual da Polônia, que beira os 40 milhões de habitantes. Grande parte destes "polskiego pochodzenia" são originários das grandes massas de emigrantes antes da primeira guerra mundial. Calcula-se que depois da II Guerra Mundial, entre 1956 e 1980 emigraram para os Estados Unidos e outros países ocidentais cerca de 800 mil polacos e com a queda do comunismo aproximadamente 270 mil polacos deixaram o país.
Casamento polaco, na colônia Cruz Machado (Paraná) em 1915
Estas "estimativas oficiais" se chocam com números recentes publicados diariamente na imprensa que apontam quase 2 milhões de trabalhadores polacos na Alemanha, meio milhão na Inglaterra e 300 mil na Irlanda, ou seja, somando estes números dá uma diferença de pelo menos 1 milhão e 150 mil polacos a mais fora da Polônia. E colocaria a nação com aproximadamente 60 milhões de indíviduos em todo o mundo. Uma cifra respeitável entre os países da Europa e do Mundo.