quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Festa da Cerveja em Araucária


E neste sábado, o Grupo Folclórico Wesoły Dom, de Araucária, na região metropolitana de Curitiba realiza sua sexta festa do Piwo. O grupo paranaense esteve no último mês de julho na Polônia participando pela segunda vez do Festival Mundial de Folclore Polaco, na cidade de Rzeszów (capital da Voivodia Podkarpacki). Fez apresentações em outras cidades do sul da Polônia também, arrancando aplausos por onde passou. Na festa deste sábado, além do piwo (pivo - cerveja) poderão ser degustados pierogi, sernik e outras guloseimas da culinária polaca. A festa acontece na Chacará Soczek.

Mil anos de judeus polacos

Abre hoje, na Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba, a exposição "Mil anos de Judeus na Polônia".  Promoção do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba é uma produção do Instituto Adam Mickiewicz de Varsóvia.
O Consulado Geral da Polônia em Curitiba convida para a abertura da exposição composta de cartazes, ilustrações, fotografias e textos dos acervos de inúmeras organizações e de arquivos particulares. A abertura é às 19 horas, na Biblioteca Pública do Paraná, Rua Cândido Lopes, 133. A exposição permanecerá aberta até o dia 18 de setembro de 2008.
Página do livro "História dos Judeus - 3 mil anos de solidão", publicado recentemente na Polônia, pela revista semanal "Polityka".

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Trajes típicos polacos


No território da Polônia atual existem umas sessenta regiões folclóricas, cada qual com seu próprio traje típico. Em algumas áreas, como as montanhas altas do Tatras (Podlasie), Kurpie, Łowicz, Opoczno e Sieradz, a tradição de povo ainda está viva em suas vestimentas. As pessoas continuam fazendo seus trajes para usar pelo menos em dias de feriados e festas. Em outras regiões, são feitos apenas para grupos de dança ou corais. Em outras áreas, como Warmia, a tradição de povo quase que desapareceu completamente e o que o povo dessa região veste atualmente foi reconstituído a partir de pinturas e coleções de museu. 
Inicialmente, o folclore polaco se desenvolveu entre os camponeses. Estes ramente viajavam. Muitos nasceram, viveram e morreram sem nunca deixar suas casas. Rios, montanhas, lagos, florestas e pântanos isolaram as comunidades umas das outras e por isto cada região desenvolveu suas próprias tradições. Mas depois, marinheiros velejaram a outros países. Pescadores cruzaram lagos, pastores andaram com seus rebanhos para comercializá-los. Muitas pessoas foram forçadas a se mudar devido à escassez, ou obrigadas a fugir de guerras. Junto levavam suas tradições, canções, danças e trajes.

Os limites geopolíticos mudaram e com eles o idioma e a cultura dos governantes. A Polônia absorveu tudo e ainda as influências dos povos vizinhos. Do pastor de ovelhas romeno que chegou nos Cárpatos; dos camponeses russos e ucranianos que imigraram dos territórios orientais do Volga; das fortes conexões culturais com os Tchecos, Eslovacos e Morávios que viviam ao Sul da Polônia, dos alemães que viviam ao oeste. Dos marinheiros que navegavam pelo Mar Báltico absorveu tradições escandinavas, dos religiosos e políticos que conectaram o nordeste da Polônia com a Lituânia e outras nações do Báltico.Todas estas influências foram sendo refletidas no seu folclore. Os trajes típicos também tiveram influências dos novos materiais que se tornaram disponíveis, das transformações urbanas que começaram a ser sentidas e das tradições genuinamente novas que surgiram. Às vezes eram importados certos elementos, como as conchas do mar que decoram os chapéus dos montanheses. Mas a maioria das roupas foi sempre produzida com linho, lã, feltro, couro e pele disponíveis na comunidade.
Antes da virada do século, os trajes típicos eram usados diariamente pela maioria dos camponeses. A roupa mais rude era usada para trabalhar enquanto as vestes mais elaboradas eram para ocasiões especiais como ir à igreja, festas e casamentos. A maioria das pessoas tinha um único ou apenas dois jogos de boas roupas. Estas freqüentemente eram habilmente feitas e altamente ornamentadas pelas mulheres durante meses.

Primeira fábrica de Carro chinês será na Polônia


O primeiro carro chinês fabricado na Europa será em terras polacas.  A Jiangling Motors Group Company planeja inwestir 1,2 milhões de dólares na construção de uma fábrica de automóveis na Polônia. A informação foi divulgada pela agência China Knowledge.
A planta industrial poderá fabricar 400 mil veículos ano com diferentes modelos e motorizações. As negociações para tanto estão em curso e o "martelo" deverá ser batido ainda este mês de setembro. Esta será a primeira fábrica da marca em solo europeu. A JMC vendeu no primeiro semestre do ano 51,7 mil veículos, um 14% a mais do que no mesmo período de 2007.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Obra recuperada - 1

Quadro de Adriaen Brouwer
O quadro “camponeses fumando cachimbo em uma taverna” de Adriaen Brouwer (óleo em lâmina de cobre, de 17,5 X 22,9 cm, assinado com um monograma) foi adquirido pelo Museu Nacional de Varsóvia em 1933, em Viena, da coleção do doutor Max Strauss. Em 1938 foi publicado no catálogo da Galeria de Pintura Estrangeira de J. Starzyński e M. Walicki.
Roubado pelos alemão-nazistas em 1939 apareceu em 1940 no catálogo de obras “protegidas” pelos ocupantes nazistas em terras polacas (Sichergestellte Kunstwerke, Breslau 1940).
Anos depois, em 1997, aparece na Casa de Antiguidades Christie de Londres. Tinha sido comprada por Johnny Van Haeften, conhecido antiquário da capital inglesa. Este não havia dado conta da origem do quadro e logo o vende. Algum tempo depois descobre a história do quadro e decide comprá-lo novamente para devolvê-lo ao Museu de Varsóvia.
Convidado junto com sua família a vir a Polônia, Van Haeften entregou a obra ao então diretor do museu, Ferdynand Ruszczyc, em 21 de fevereiro de 2002, em uma cerimônia oficial, celebrada no Ministério de Relações Exteriores. Como prova de consideração e reconhecimento o antiquário londrino foi condecorado nesse mesmo dia com a Cruz de Cavaleiro da Ordem do Mérito da República da Polônia. Este quadro é o único do célebre pintor flamengo nas coleções polacas reconhecidas e confirmadas oficialmente. O Museu Nacional de Varsóvia para recuperar tão importante obra contou com a ajuda de Fred G. Meijer do Rijksbureau voor Kunsthistorische Dokumentatie de Haia, na Holanda. 

Vitória da Rússia na Cúpula Européia


Javier Solana, Bernard Koochner, Nicolas Sarkozy e José Manuel Barroso na cúpula sobre UE-Rússia e Geórgia.  
Foto: Yves Herman - Reuters

A imprensa russa comemorou a decisão da União Européia, ontem em Bruxelas, de adiar até 15 de setembro qualquer ação contra a Rússia, como uma vitória.  Os jornais "Rossijskaja Gazieta" e "Kommiersant" foram ufanistas ao comentar que na questão Rússia-Geórgia não restou outra alternativa aos países europeus senão reconhecer os esforços russos na região.  Este último jornal, por exemplo escreveu que "foi uma vitória da diplomacia russa."
Os demais como o "Wiedomosti" diz que a resolução dos mandatários europeus foi "suave e cuidadosa", mas que a "crise apenas começou".   E o tablóide 'Twój the Dien'' escreveu que "a Europa ainda espera pelo nosso petróleo e gás e não se submeteu a histeria de Kaczyński e Brown".

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Cavaco Silva virá a Cracóvia


O presidente português Anibal Cavaco Silva volta se encontrar com o presidente polaco Lech Kaczyński depois do encontro de chefes de Estado em Graz, Áustria, em abril último ... aqui nesta foto eles  estiveram juntos com a Presidente Tarja Halonen da Finlândia e o presidente Heinz Fischer da Áustria. Foto: Reuters.

No próximo dia 04 de setembro, quinta-feira, no período da manhã, Cracóvia recebe a visita do Presidente da República de Portugal, o mais antigo Estado da Europa. O presidente Anibal Cavaco Silva fará um pronunciamento na Universidade Iaguielônia e assinará protocolo de fundação da Cátedra Vergílio Ferreira com Instituto Camões e a mais antiga universidade da Polônia.
O dr hab. Jerzy Brzozowski, diretor Instituto Científico da Tradução (Zakładu Przekładoznawstwa) do Instituto Filologia Românica da universidade cracoviana será o responsável por esta Cátedra. Brzozowski foi nos anos 90, o cônsul geral da República da Polônia, em Curitiba. Foi dele a iniciativa de publicar o livro "Quatro Poetas Polacos" em língua portuguesa, naquele período que respondeu pelo consulado polaco de Curitiba. O professor Brzozowski ao anunciar a presença do primeiro mandatário português, em visita de chefe de Estado, a capital da pátria polaca diz que "como futuro responsável desta Catedra, teria o prazer de convidar a assistir a este evento a comunidade lusofalante residente em Cracovia". O que significa dizer que estão convidados não só os portugueses, mas também brasileiros, angolanos, caboverdianos e moçambicanos que estudam e trabalham em Cracóvia e outras cidades da Polônia.
Jerzy Brzozowski já assumiu entre outras funções o cargo de redator da Wydawnictwa Literackiego em Cracóvia, tradutor de idioma espanhol, funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Polônia e desde 1995 é professor adjunto do Instituto Iberístico da Universidade Iaguielônia, onde já lecionou o idioma português. Alcançou a graduação de habilitação em 2001 e foi professor da Academia Polônica de Częstochowa e diretor do Instituto de Neofilologia até 2004.

domingo, 31 de agosto de 2008

Números em idioma polaco

Liczby (litchbi) - Números

Ordinais - Pronúncia

1 - jeden  - iéden
2 - dwa  - dva
3 - trzy - tje
4 - cztery - schteri
5 - pięć  - pientch
6 - sześć - chechtch
7 - siedem - chiédem
8 - osiem  - ochiem
9 - dziewięć - djievientch
10 - dziesięć - djiechientch
11 - jedenaście - iedenastchie
12 - dwanaście - dvanastchie
13 - trzynaście  - tjenastchie
14 - czternaście - schternachtchie
15 - piętnaście -  pientnachtchie
16 - szesnaście - chesnachtchie
17 - siedemnaście - chiédemnachtchie
18 - osiemnaście  - ochiemnachtchie
19 - dziewiętnaście - djievientnachtchie
20 - dwadzieścia - dvadjiechtchia

Cardinais - Pronúncia
1° - pierwszy - piérvchi
2° - drugi - drugui
3° - trzeci - tjetchi
4° - czwarty - chvarti
5° - piąty - pionti
6° - szósty - chusti
7° - siódmy - chiudmi
8° - ósmy - usmi
9° - dziewiąty - djievionti
10° - dziesiąty - djiechionti
11° - jedenasty - iédenasti
12° - dwunasty - dvunasti
13° - trzynasty - tjinasti
14° - czternasty - schternasti
15° - piętnasty - pientnasti
16° - szesnasty - chesnasti
17° - siedemnasty - chiédemnasti
18° - osiemnasty - ochiemnasti
19° - dziewiętnasty - djievientnasti
20° - dwudziesty - dvudjiesti

Setka - Centenas
100 - Sto - stó
200 - Dwieście - dviechtchie
300 - Trzysta - tjista
400 - Czterysta - chterista
500 - Pięćset - pientchsset
600 - Sześćset - chechtchsset
700 - Siedemset - chiedemsset
800 - Osiemset - ochiemsset
900 - Dziewięćset - djievientchsset
1000 - Tysiąć - tichiontch

sábado, 30 de agosto de 2008

Tensão entre UE e Rússia

A machete principal do jornal Rzeczpospolita deste sábado, 30 de agosto de 2008, diz que "Rosja próboję straszyć Unię", ou seja, "A Rússia tenta brigar com a União". Logo em seguida informa que os 27 países da União Européia nesta segunda-feira próxima não votarão na votação a que serão submetidos para sanções contra a Rússia. Por sua vez, o Kremlin usa de todos os meios para fazer chantagens econômicas.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Meses do ano em idioma polaco

Miesiąc (miéchiontz)     -  Mês

Styczeń (stítchenh)     -  Janeiro
Luty (luti) -  Fevereiro
Marzec (májetz) -  Março
Kwieceń (kviétchenh)   -  Abril
Maj (mai) - Maio
Czerwiec (tchervietz) -  Junho
Lipiec (lípietz) -  Julho
Sierpień (chiérpienh)     -  Agosto
Wrzesień (vjéchienh) -  Setembro
Październik (pajdjiérnik) -  Outubro
Listopad (listópad) -  Novembro
Grudzień (grúdjienh) -  Dezembro

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Polônia quer mais negócios com Paraná

Piotr Maj


As trocas comerciais entre o Brasil e a Polônia somam hoje aproximadamente US$ 1 bilhão. A aproximação e a cooperação entre os dois países pode dobrar este número nos próximos dois anos. A expectativa é do chefe do departamento de Promoção e Investimentos da Embaixada da Polônia, Piotr Maj, que esteve em Curitiba, nesta segunda-feira (25) para participar do Seminário Internacional Brasil-Polônia, promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN) e do Conselho Temático de Comércio Exterior.
“Temos trabalhado juntos, mas essa aproximação tem que ser mais rápida e dinâmica para que os dois países possam crescer no mesmo ritmo”, disse Maj, destacando a Polônia como importante centro para investimento. Segundo ele, o país foi o mais citado em uma pesquisa feita com 800 empresas de todo o mundo que abordou as melhores localidades para investimentos. “A Polônia tem Zonas Econômicas Especiais (ZEE), regiões privilegiadas pela infra-estrutura, localidade, mão-de-obra qualificada e barata, além dos incentivos fiscais”, informou o representante da Embaixada. Cerca de 85% dos jovens, que compõem a mão-de-obra disponível, falam dois, ou mais idiomas.
Na ocasião também foi apresentado o novo Centro de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em Varsóvia. O analista da Apex-Brasil, Igor Calvet, acredita que o Centro irá facilitar e dinamizar as exportações. “O mercado polaco é imenso e as empresas paranaenses ainda desconhecem esse nicho. O que faremos é dar maior visibilidade a essas oportunidades”, disse, informando que este é um momento propício para investir nas exportações, visto que o PIB da Polônia cresce 6% ao ano. “O Brasil precisa posicionar a imagem e continuar apostando na qualidade de seus produtos”, disse. Segundo Calvet, o novo Centro de Negócios promoverá eventos para dinamizar este processo.
Para o coordenador do Conselho, Ardisson Akel, Paraná e Polônia têm um entrosamento positivo que pode contribuir ainda mais para alavancar os negócios entre os dois países. “A presença de imigrantes polacos no Estado facilita essa integração”, citou Akel. Segundo Piotr Maj, 12% dos empresários que integraram as últimas missões para o país eram paranaenses.
“A economia da Polônia é mais ou menos como a do Paraná: é agrícola, mas com grande potencial de crescimento no setor industrial”, completou a coordenadora do CIN, Janet Castanho Pacheco. Setores em expansão
As melhores áreas para investimento na Polônia, de acordo com Piotr Maj, é o setor de TI, que cresceu 25% de 2006 para 2007 e atingiu o valor total de vendas de US$ 9,9 bilhões. “Esse resultado coloca a Polônia como o 6º maior mercado europeu de Tecnologia da Informação”, informou. A indústria da aviação, automobilística, eletrônica e a prestação de serviços para grandes empresas também estão entre os ramos mais indicados para investimentos dentro do país. Nas exportações, as oportunidades estão voltadas para o mercado da construção civil, moda e alimentos. “Estes são os setores de destaque no Brasil que podem se tornar importantes na Polônia”, explicou Calvet.
As oportunidades de negócios com a Polônia serão apresentadas em outras quatro capitais brasileiras. A Apex-Brasil, a Agência Polaca de Informações e Investimentos Estrangeiros (PAIiIZ) e a Embaixada da Polônia no Brasil são parceiros na realização do evento.

P.S. informações da Assessoria de Imprensa da FIEP

PO cresce PiS desce

Nestas férias o Partido da Platforma derruba PiS. No PO querem votar 46 % dos polacos. O partido do presidente da República PiS caiu para 19%. Se as eleições fossem no último domingo o Platforma Obywatelska (Plataforma da Cidadania) do primeiro-ministro teria quase metade do eleitorado da Polônia. O resultado é da GfK Polonia, um instituto de pesquisa de Varsóvia.
Com estes resultados o PO teria 298 cadeiras no parlamento, enquanto o PiS, 120. O SLD teria 40 e Mniejszości Niemieckiej (Partido da Minoria Alemã) apenas 2.
Porém a pesquisa demonstrou também que 67% dos polacos não desejam comparecer as urnas para depositar seu voto. A pesquisa foi realizada entre 22 e 24 de agosto e foram consultadas 978 pessoas adultas.

Dias da semana em polaco

Tydzień - Semana
................................................
Poniedziałek (poniedjiauék) - Segunda
Wtorek (vtórek) - Terça
Środa (chróda) - Quarta
Czwartek (tchvártek) - Quinta
Piątek (piontek) - Sexta
Sobota (sobóta) - Sábado
Niedziela (niedjiéla) - Domingo
..............................................
Dzisiaj (djichiai) - Hoje
Jutro (iútro) - Amanhã
Wieczoraj (vietchórai) - Ontem
Za tydzień (za tidjiehn) - Próxima semana
Południe (pouudnie) - Meio-dia

Citação do Dia

Foto: Sebastian Rzepiel / AG

"Lech Kaczyński chce na każdym ślubie być panną młodą". (Lech Kaczyński quer em cada casamento ser a noiva.)
Stefan Niesiołowski fez este comentário na TVN24 - a televisão de notícias 24 horas da Polônia sobre a presença do Presidente da República em Bruzelas para discutir a posição da União Européia em relação a Rússia e o conflito georgiano. Para o vice-presidente do Sejm (Congresso) a presença de Kaczyński não é importante para a discussão européia.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

35 anos de teatro na UTFPR

Capa do livro
Entre muitas das atividades que desenvolvi, uma delas foi a teatral. Tudo começou na então Escola Técnica Federal do Paraná, em Curitiba (Atualmente Universidade Tecnológica Federal do Paraná). Pela mãos do maior ator paranaense de todos os tempos, José Maria Santos, subi ao palco do TETEF. Pois este grupo teatral está fazendo 35 anos de ininterrupta atividade. Para comemorar o feito, o atual diretor Ismael Scheffler está lançando um livro e promovendo um seminário de palestras. O livro TUT, TECEFET, TETEF: 35 ANOS DE TEATRO NA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ conta a história contruída por vários diretores e alunos de cursos técnicos profisionalizantes. Um dos textos no livro é da autoria de Ulisses Iarochinski.

O lançamento é dia 03 de setembro de 2008, Às 19h30, no, Miniauditório da UTFPR (Av. Sete de Setembro, 3155 - Rebouças - Curitiba-PR.
O lançamento faz parte do Ciclo de Palestras HISTÓRIAS DO TEATRO CURITIBANO, que terá:
01/09 - 19h30 - A Construção do Teatro Guaíra e sua contribuição para a arte em Curitiba, com Selma Suely Teixeira.
02/09 - 19h30 - O Circo e a Cidade: histórias do grupo circense Queirolo em Curitiba, com Luiz Andrioli (estará autografando após a palestra).
03/09 - 19h30 - TUT, TECEFET, TETEF: 35 anos de teatro na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, com Ismael Scheffler. Mais informações: teatro-ct@utfpr.edu.br

Polin: a terra prometida dos judeus


Quadro de Jan Matejko "Przyjęcie Żydów w Polsce 1096" (Chegada dos judeus na Polônia em 1096)

O Consulado Geral da República da Polônia, em Curitiba, está convidando a sociedade paranaense para a abertura da exposição, "Mil anos dos Judeus na Polônia". A mostra é elaborada pelo Instituto Adam Mickiewicz de Varsóvia e composta de cartazes, ilustrações, fotografias e textos provenientes de acervos de várias organizações e arquivos particulares.
Para Piotr M.A. Cywiński, "Mil anos de diálogo e conflitos, favores e sofrimento, desenvolvimento e crise, autonomia e dependência, felicidade compartilhada e crueldade, até o Shoah. Apresentamos o passado e o presente dos Judeus Polacos. Sua história representa a parte vital da nossa identidade. Todo o tempo em que a história da vida judaica renasce na Polônia aprendemos a descobrir novamente o vazio. Nós, os que sentimos a ausência, pagamos o tributo aos que nos deixaram."
A abertura é no dia 4 de setembro de 2008, às 19 horas, na Biblioteca Pública do Paraná - Rua Cândido Lopes, 133, com "Vinho de Honra". A exposição permanecerá aberta até o dia 18 de setembro de 2008.

P.S. No Talmud já estava escrito sobre um lugar chamado Polin, ou a terra prometida dos judeus.

Cai novamente o desemprego na Polônia

Varsóvia e seus novos arranha-céus. Foto: skyscraperCity
O Escritório Central de Estatísticas (GUS) anunciou que o nível de desemprego teve um percentual de 9.4% em julho, caindo 0.2% em relação a junho. No mesmo período do ano passado a Polônia tinha 12.1% de taxa de desemprego.
32 mil pessoas deixaram os registros de desemprego que apresentavam uma taxa oficial de 1.420.000 desempregados em julho último.
A criação de novos empregos, contudo, é desigual no país. Na capital, Varsóvia, virtualmente todos estão empregados, enquanto em algumas áreas rurais a taxa de desemprego ronda os 45%.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Alfabeto e dígrafos polacos

Letra Nome Pronúncia
a - a - a (aberto)
ą - ą - on
b - be - be
c - ce - tsé
ć - cie - tchê
d - de - de
e - e - é
ę - ę - en
f - ef - éf
g - gie - guê
h - ha - rá (aspirado)
i - i - í (forte)
j - iot - i
K - ka - ke (mudo)
l - el - él (som de L)
ł - eł - éu (com de u)
m - em - eme (mudo)
n - en - ene (mudo)
ń - eń - enhe
o - o - o
ó - o kreskowane - u
p - pe - pe (mudo)
r - er - ér (forte)
s - es - és
ś - eś - éche
t - te - te (mudo)
u - u - u
w - wu - vu
y - y, igrek - ie (juntos)
z - zét - zéte
ź - ziet - jiet
ż - żet - jét

Dígrafos

ch - rê (aspirado)
ci - tchi
cz - tche
dz - dz
dzi - dji
dż - dji
dź - dje
ni - nhi
si - chi (suave)
sz - che
szy - chi (forte)
czy - tchi (forte)
rz - je
zi - dji

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Manchetes da imprensa polaca 25-8

A principal manchete do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, 25 de agosto de 2008 é "Rosja blokuje ropa", ou seja, "A Rússia bloqueia o petróleo". O jornal assinala que com o conflito no cáucaso, o Kremlin quer controlar o gasoduto que leva o petróleo até a União Européia e que hoje justamente se encontra na Geórgia.
E a Gazeta Wyborcza traz como principal destaque é "Nikt nie Zatrzyma Chin", quer dizer, "Ninguém irá parar a China", e argumenta que "nas Olimpíadas de Pequim venceu o Partido Comunista Chinês. O Ocidente perdeu."

domingo, 24 de agosto de 2008

Cracóvia 2008: cai número de turistas

Fotos: agência AG

De cidade pouco, ou quase nada, listada nos roteiros e pacotes turísticos das agências do mundo inteiro, Cracóvia recebeu nos últimos três anos uma avalanche de turistas. Em 2004, logo após a entrada na Polônia na União Européia, a capital cultural do país abrigou cerca de 500 mil turistas. No ano seguinte, o número de turistas aumentou dez vezes mais, chegando a quase 7 milhões de turistas somente no verão de 2005. cidade e seus empresários se animaram. Cracóvia finalmente entrava no roteiro das grandes agências internacionais de turismo. Até mesmo um pacote foi criado para turistas não comunitários: Praga, Viena, Budapeste e Cracóvia. Se no ano de 2000, existia na cidade apenas um Albergue da Juventude, denominado Schronisko, e os polacos desconheciam a palavra Hostel, o primeiro semestre de 2006 viu surgirem mais de 120 destas pousadas na cidade. O número de bares e restaurantes deu um salto vertiginoso. As mercearias e pequenas lojas que haviam transformado o panorama da cidade comunista em capitalista foram rapidamente sendo substituídas por lojas de grandes marcas mundiais como Puma, Malboro, Sephora e Zara. O bairro judeu do Kazimierz, até então local de ruínas e “mulambentos” apartamentos se transformou. Novos hostels, bares, restaurantes rapidamente coloriu o bairro de tristes lembranças. Tanto que muitos ousaram dizer que o Kazimierz (pronuncia-se cajimiéj) seria o novo “Quartie Latin”, “Soho” ou “Village”. Hotéis como “Rubinstein”, “Ariel”, “Sarah” trouxe de volta os empresários judeus.
2007 bateu todos os recordes. Vieram a Cracóvia mais de 8 milhões de turistas. As empresas aéreas européias de baixo custo mudaram suas rotas e logo Ryanair, SkyEurope, GermanWings congestionaram o aeroporto de Balice-Kraków Papa João Paulo II. Alguns mais otimistas alardearam que Cracóvia já era a terceira cidade mais visitada da Europa. Tudo parecia estar levando a cidade ao topo, dos destinos turísticos do mundo. Para este ano a cidade se preparou como nunca tinha feito antes. A prefeitura tratou de melhor divulgar os eventos culturais e artísticos da cidade, como os festivais, “Misteria Paschalia”, “Cracow Screen Festival”, “Sacrum Profanum” e Coke Live Music Festival. O Festival de Cultura Judaica, promovido pelo Centro de Cultura Judaica, no bairro do Kazimierz, que nos seus 17 anos anteriores ocorria de setembro a novembro, foi transferido para semanas de maio de junho. Tudo para oferecer aos turistas um “algo a mais” do que o mais bem preservado conjunto arquitetônico da idade média da Europa, como a cidade velha; a sexta mais antiga universidade do mundo, a Iaguielônica; o castelo e a catedral de Wawel; a mina de sal de Wielicka (patrimônio da humanidade); os campos de concentração e extermínio alemães-nazistas de Auschwitz e Birkenau; a cidade onde nasceu o Papa, Wadowice; a cidade que despertou a vocação sacerdotal de Karol Wojtyła; Kalwaria; a capital do inverno polaco, Zakopane; os mosteiros de Kamedłów e Tyniecki; e o bairro judeu do Kazimierz.

Mas nas asas dos aviões de baixo preço vieram os indesejáveis beberrões ingleses. A cidade a cada fim-de-semana era invadida por “batalhões” de bêbados de sua majestade Elizabeth II. Os alegres rapazes nem chegavam a ocupar os quartos da cidade, “varavam” as noites no Rynek (praça do mercado central) e ruas adjacentes com garrafas e latas de cerveja na mão. Perguntados diziam que vinham para ver a beleza das jovens universitárias polacas. Mas nem chegavam a ter contato com alguma, tal o grau de embriagues. Mas ainda assim estes ingleses davam algum lucro... O consumo da excelente cerveja polaca cresceu enormemente. Novos bares surgiram, no menu apenas cerveja e vodka, nada de petiscos.
Mas o que os beberrões não esperavam para este ano é que as universitárias em julho e agosto estão de férias, e os bares, restaurantes e discotecas ficam vazios da bela clientela das polaquinhas. “Turista não freqüenta discoteca. Estão tão cansados dos passeios que precisam dormir para enfrentar uma nova jornada no dia seguinte. Meu clube tem uma queda de 40% no verão. Justamente porque minha clientela é de estudantes que vivem aqui nos meses mais frios.” Afirma o argentino Jorge, um dos donos do “El Sol Latino”, bar-discoteca especializado em salsa e ritmos hispano-americanos. Apesar da mudança de estação, o “El Sol” mantém o preço da caneca de 500ml de cerveja, nos 6 złoty. O mesmo não acontece nos bares ao redor do Rynek. Em março, o mesmo caneco custava 5,5 złoty. Mas bastou a neve ir embora, o sol esquentar para as mesinhas e guarda-sóis tomarem conta da principal praça da cidade. Junto com elas veio o novo preço para turistas: 10, 11 e até 12 złoty. O Hostel ao lado que cobrava 20 euros, passou a cobrar 50 euros. A catedral de Wawel que não cobrava nada, instituiu o bilhete a 10 złoty. Para se conhecer todas as instalações do Castelo Real, agora são precisos 50 złoty. A descida de 161 metros abaixo do solo na mina de sal de Wielicka agora não sai por menos de 60 złoty por pessoa. Um cafezinho em qualquer ponto do Rynek agora custa 12 złoty, antes, em março, custava 5 złoty. O bilhete no Museu Nacional agora custa 20 złoty, quase o mesmo que o do Louvre. Desde dezembro passado, os táxis conseguiram dobrar a prefeitura e instituíram zonas. Assim a cada vez que ultrapassam o círculo mudam a bandeirada. Depois de terem percorrem apenas 7 km do centro da cidade em direção a um hostel mais barato em um bairro próximo a cidade velha, os taxistas mudam 3 vezes a bandeirada. A corrida que antes custava 15 złoty, agora não sai por menos de 40 złoty.
Das mais de 5 companhias aéreas de baixo custo que aterrissavam no aeroporto da cidade restaram apenas duas, a Sky Europe para Viena e Germanwings que desce em Katowice, 75 km distante.
Com tudo isto acontecendo. Com os preços indo às alturas. As autoridades da cidade e da “província” (voivodia da Małoposka) e proprietários de hotéis, hostels e bares estão mais do que preocupados, estão perdidos. O fluxo de turistas na cidade esperado não aumentou, ao contrário diminuiu drasticamente neste verão de 2008. Alguns falam em queda de 20%, mas os mais realistas admitem que o sucesso de Cracóvia já passou e que a queda chega a 40%.
Grażyna Leja, do Departamento de Turismo da prefeitura admite: “Cracóvia perdeu para Praga, isto é um fato. Mas na República Tcheca, a prefeitura investe muito dinheiro em promoção. Ou seja, muito mais do que aqui, onde temos que implorar para algum dinheiro do orçamento do governo municipal. Ninguém se interessa se os 8 milhões de turistas, que recebemos ano passado em Cracóvia, significa o número que o país inteiro recebeu?”
Para Marek Tobolewski, redator da agência Eskadra MarketPlace, "é preciso entender que não precisamos bater recordes de freqüência. O quo interessa agora é trabalhar para atrair turistas de classe.”A prefeitura da cidade não esperou o verão terminar para anunciar que vai investir pesado na promoção da cidade no exterior. Para tanto vai veicular anúncios e propagandas nas redes internacionais de televisão, a britânica BBC e as Norte-americanas, CNN e National Geographic.
Mas o que os responsáveis pelo turismo da cidade e o publicitário, certamente formado durante os anos do comunismo, parecem não entender é que uma cidade que 10 meses do ano é essencialmente estudantil, seja durante dois meses a mais cara da Europa, para atender apenas uma elite.
O que estas pessoas parecem ainda não ter compreendido é que os turistas não foram aumentando ano-a-ano apenas pelos “belos olhos” da cidade. Mas, coincidência ou não, o salto verificou-se logo após a morte de seu mais ilustre personagem, o Papa João Paulo II. Que os preços de março não podem aumentar 150% somente porque vão chegar os turistas, que os táxis têm que receber por km rodado e não por círculos no mapa e que os taxímetros não devem ser mudados a cada mil metros.
Enfim, Cracóvia a continuar assim, não emplaca 2009 e muito menos será escolhida como uma das sedes da Copa de Seleções de Futebol, a EuroCopa de 2012. O que é preciso é baixar os preços, abolir outros, como nos museus, senão bares, restaurantes, hostels, lojas, shopping centers (galerias) e cinemas abertos nos últimos 24 meses terão que fechar suas portas. Ah! sim. Também pagar e preparar melhor garçons e vendedores é outra medida importante.