As trocas comerciais entre o Brasil e a Polônia somam hoje aproximadamente US$ 1 bilhão. A aproximação e a cooperação entre os dois países pode dobrar este número nos próximos dois anos. A expectativa é do chefe do departamento de Promoção e Investimentos da Embaixada da Polônia, Piotr Maj, que esteve em Curitiba, nesta segunda-feira (25) para participar do Seminário Internacional Brasil-Polônia, promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN) e do Conselho Temático de Comércio Exterior.
“Temos trabalhado juntos, mas essa aproximação tem que ser mais rápida e dinâmica para que os dois países possam crescer no mesmo ritmo”, disse Maj, destacando a Polônia como importante centro para investimento. Segundo ele, o país foi o mais citado em uma pesquisa feita com 800 empresas de todo o mundo que abordou as melhores localidades para investimentos. “A Polônia tem Zonas Econômicas Especiais (ZEE), regiões privilegiadas pela infra-estrutura, localidade, mão-de-obra qualificada e barata, além dos incentivos fiscais”, informou o representante da Embaixada. Cerca de 85% dos jovens, que compõem a mão-de-obra disponível, falam dois, ou mais idiomas.
Na ocasião também foi apresentado o novo Centro de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em Varsóvia. O analista da Apex-Brasil, Igor Calvet, acredita que o Centro irá facilitar e dinamizar as exportações. “O mercado polaco é imenso e as empresas paranaenses ainda desconhecem esse nicho. O que faremos é dar maior visibilidade a essas oportunidades”, disse, informando que este é um momento propício para investir nas exportações, visto que o PIB da Polônia cresce 6% ao ano. “O Brasil precisa posicionar a imagem e continuar apostando na qualidade de seus produtos”, disse. Segundo Calvet, o novo Centro de Negócios promoverá eventos para dinamizar este processo.
Para o coordenador do Conselho, Ardisson Akel, Paraná e Polônia têm um entrosamento positivo que pode contribuir ainda mais para alavancar os negócios entre os dois países. “A presença de imigrantes polacos no Estado facilita essa integração”, citou Akel. Segundo Piotr Maj, 12% dos empresários que integraram as últimas missões para o país eram paranaenses.
“A economia da Polônia é mais ou menos como a do Paraná: é agrícola, mas com grande potencial de crescimento no setor industrial”, completou a coordenadora do CIN, Janet Castanho Pacheco. Setores em expansão
As melhores áreas para investimento na Polônia, de acordo com Piotr Maj, é o setor de TI, que cresceu 25% de 2006 para 2007 e atingiu o valor total de vendas de US$ 9,9 bilhões. “Esse resultado coloca a Polônia como o 6º maior mercado europeu de Tecnologia da Informação”, informou. A indústria da aviação, automobilística, eletrônica e a prestação de serviços para grandes empresas também estão entre os ramos mais indicados para investimentos dentro do país. Nas exportações, as oportunidades estão voltadas para o mercado da construção civil, moda e alimentos. “Estes são os setores de destaque no Brasil que podem se tornar importantes na Polônia”, explicou Calvet.
As oportunidades de negócios com a Polônia serão apresentadas em outras quatro capitais brasileiras. A Apex-Brasil, a Agência Polaca de Informações e Investimentos Estrangeiros (PAIiIZ) e a Embaixada da Polônia no Brasil são parceiros na realização do evento.
P.S. informações da Assessoria de Imprensa da FIEP
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