quinta-feira, 29 de julho de 2010

A águia branca polaca

A figura da águia é o símbolo mais antigo, contudo não heráldico da Polônia. Ela é visível na moeda do rei Bolesław - o Bravo (ao redor do ano 1000). A representação da figura da águia, em forma heráldica, só aparece pela primeira vez no escudo do rei Kazimierz II - o Justo (por volta do ano 1177). Entretanto, não é possível saber se foi criado por ele ou herdado. Entretanto, reconhece-se, como a primeira águia heráldica, a que estava presente no selo real de Henryk - o Piedoso (por volta do ano de 1224). Pinturas mais antigas trazem a águia coroada no brasão das armas do reino Polaco. Coroada ela pode ser vista no selo do rei Przemysław II (de 1295) e em vários pratos dos primeiros anos de Henryk IV - o Honesto.

orzeł Chrobrego

orzeł Kazimierza Sprawiedliwego

orzeł Kazimierza opolskiego

Águia da moeda de Bolesław, o Bravo
( ano 1000)
Águia no escudo de Kazimierz, o Justo (ano 1177)Águia no selo real de Kazimierz, opolsko-raciborskiego
(ano 1222)
orzeł Henryka Pobożnego

orzeł Henryka IV

Águia no selo real de Henryk, o Piedoso (ano 1238)Águia no escudo de Henryk IV, o Honesto (ano 1288)

O Brasão do Estado polaco, como tal, apareceu depois da coroação do rei Przemysław II, em 1295. A águia branca coroada sobre um escudo vermelho se tornou o brasão real da Polônia seguindo as regras da Dinastia Piast.

orzeł Przemysła IIorzel Lokietkaorzeł Kazimierza Wielkiego
Águia no selo real de Przemysław II
(1291)
Águia no selo real de Władysław Łokietka (1312)Águia no selo real de Kazimierz, o Grande (1336)

WACŁAW II
1290/1300-1305

ANDEGAWENOWIE
1370-1399
orzeł Wacława IIorzeł Ludwika Węgierskiego
Águia no selo real de
Wacław II
Águia no escudo e no anel de Ludwik - o Húngaro
(ano de 1370)

IAGUIELÔNICA
1386-1572

Com a dinastia Iaguielônica começou uma nova era. O Reino Polaco e o Grande Principado Lituano formaram um novo estado - a República das Duas Nações. A águia branca permaneceu no brasão do Reino Polaco com sua coroa, mas já não era um brasão dinástico, pois o rei Iaguielo passou a usar o seu próprio brasão. Porém nos tempos do rei Zygmunt - o Velho, a águia voltou a ser parte integrante do brasão dinástico. Junto dela foi inscrito o monograma com as letras de: S - Zygmunt (Sigismundus), SA - (Augustus) e A de Anna Jagiellonkiej.

orzeł Jagiellończykaorzeł Zygmunta Starego
Águia de Władysław Jagiełło (De acordo com a tumba do rei no Castelo de Wawel )Águia de Kazimierz Jagiellończyka (De acordo com o cinzel da lápide de Wita Stwosza)Águia de Zygmunt, o Velho - De acordo com a xilogravura de Hieronim Wietor (1521)
orzeł Zygmunta Augustaorzeł Anny Jagiellonki
Águia de Zygmunt Augusto (1553)Águia na tumba de Anna Jagiellonika

Nos tempos dos reis eleitos a águia branca permaneceu como brasão do Reino Polaco. Contudo diversas mudanças ocorreram com seu desenho e modo de representação. Muitas vezes sobre seu centro era colocado o brasão pessoal do rei.

orzeł Batoregoorzeł Wazóworzeł Sobieskiego
Águia de Stefan Batory (de acordo a Pintura de Paprocki - 1582)Dinastia WasaÁguia de Jan III Sobieski (de acordo com Pintura da Igreja Mariacki de Cracóvia)
orzeł Augusta Mocnego orzeł Poniatowskiego
Águia dos tempos Augusto II o Forte (de acordo coma pintura de Niesiecki - 1728)Águia de Stanisław Augusto Poniatowski

Século XIX

Depois da terceira partilha da Polônia em 1795, a águia branca ficou encoberta ou ostentada apenas pelos emigrantes. Ela só voltou a aparecer nos estandartes dos exércitos napoleônicos - em bandeiras, sinais do exército e no brasão do Principado de Varsóvia (em segundo plano atrás do brasão da Saxônia).

orzeł z 1815orzeł z 1848orzeł z 1863
Estandarte do Reino Polaco (1815-183)Estandarte de 1848Estandarte de janeiro de 1863

Século XX

Depois da explosão da I Guerra, em 1914, a águia apareceu na França nos estandartes dos soldados polaco, (Bajończyków, Hallerczyków ...). A Alemanha e a Áustria permitiram o uso do sinal da águia nas terras invadidas por elas, fundamentadas no Congresso dos Reinos. Em 1916, os imperadores da Áustria e da Alemanha criaram o Reino Polaco. Em 1917, foi emitida uma nota bancária, onde se colocou a águia, a qual foi também reconhecida como emblema para usos oficiais. Depois da recuperação da independência, em 1918, foi introduzida a águia sem a coroa. Em fins de 1919, ao lado da águia foi introduzida duas peças. Em 1927, um novo projeto do brasão do Estado é apresentado seguindo o exemplo de Zygmunt Kamiński.

orzeł 1917orzeł 1918orzeł 1919
Águia no papel moeda de 1917Águia no Estandarte do outono de 1918Águia da Constituição de 1918-1919
orzeł 1919orzeł 1927
Brasão das Armas 1919-1927Brasão das Armas de 1927

No período comunista a águia apareceu sem a coroa. Este brasão foi projetado por Janina Broniewska para a Divisão de Infantaria Tadeusz Kościuszki. Era então uma águia imaginária do período Piast, supostamente copiada da tumba de Władysław - o Marechal. Ao final, a República Popular da Polônia melhorou o desenho da águia de Zygmunt Kaminski - mas sempre sem coroa.

orzeł Broniewskiejorzeł 1945orzeł 1955
Águia de Janina Broniewski da Divisão de Infantaria Tadeusz KościuszkiBrasão das Armas do pós-guerraBrasão das Armas Polônia Comunista - pós 1955

O Governo da República Polaca, no Exílio, em todos os seus movimentos de independência sempre usou o brasão com águia coroada. Somente, em 1989, foi restabelecido no brasão da Polônia, a águia branca coroada de acordo como era antes da II grande guerra mundial.

orzeł orzeł 1990
Brasão das Armas instituído pelo Governo Polaco no exílio em 1956Brasão das Armas a partir de 1990

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Concurso Krakowianka gaúcha


Mauro César Noskowski, do Hotel Zamek, de Bento Gonçalves informa sobre o concurso da concurso Krakowianka gaúcha, que acontece naquele Estado do Sul do Brasil, inicialmente em caráter municipal. As vencedoras de cada cidade deste ano, concorrem ao título estadual ano que vem. Ainda segundo Koskowski, o concurso que acontece desde 2003, elegeu naquele ano Fabiane Knispel como a 1ª Krakowianka representante do município de Nova Prata. Em 2005 Janine Klucnik representante de Bento Gonçalves foi eleita a 2ª Krakowianka. E, em 2007 Daiana Kriger do município de Áurea se elegeu a 3ª Krakowianka.
Em sua quarta edição, o certame reuniu dez candidatas. Representadas pelos municípios de: Áurea, Bento Gonçalves, Carlos Gomes, Casca, Caxias do Sul, Cotiporã, Dom Feliciano, Erechim, Nova Prata e Santo Antônio do Palma.
As candidatas foram avaliadas por quatro quesitos. Sendo: conhecimentos gerais, conhecimento da cultura polaca, desembaraço e beleza. Além da entrevista com os jurados, as candidatas têm uma programação especial. Em anos anteriores participaram de uma carreata pelas principais ruas de Bento Gonçalves, almoço, o jantar festivo e baile. O baile reuniu mais de 1.200 pessoas no ginásio de esportes. Local onde foi proclamada a nova corte para o biênio 2009/2011. O município de Erechim elegeu Ana Marta Popoaski como Krakowianka, Áurea elegeu Daniele Vanessa Klosinski como 1ª Królewna e Nova Prata ficou com o titulo de 2ª Królewna elegendo Andrea Caroline Grzelak.
Ana Marta Popoaski, a Krakowianka 2009/2011, com 23 anos, representa o grupo folclórico Jupen. Está cursando o 6º semestre em música na UPF. É filha de Catarina Irene Popoaski e, é admiradora do músico Frederic Chopin. Em suas palavras afirmou; "Farei valer o empenho de meus antepassados, cumprindo com o dever, como forma de agradecimento a tudo que semearam no passado, e que estão representados nos bons frutos colhidos a cada geração que passa".
Erechim terá dois anos para se preparar para o próximo concurso a ser realizado em 2011, e pelas palavras da Presidente do Grupo Jupen, Sra. Maria Vanda krepinski Groch o concurso será um evento entre outros a serem realizados, pois queremos realizar um encontro para marcar Erechim, com palestras, mostras, danças, gastronomia e outros itens que compõem a rica cultura polaca.
"Como promotor do evento fiquei muito satisfeito com o resultado, pois conseguimos integrar 15 cidades entre candidatas, jurados e demais participantes. Reunimos pessoas da terceira idade, adultos, jovens e crianças num evento que faz e fará a integração dos municípios com descendentes de polacos e as candidatas cada vez mais terão que se preparar e conhecer sua cultura, pois para o evento ser realizado em seu município, primeiramente a candidata terá que vencer o concurso e isso realmente não é fácil. Beleza é só um quesito entre os quatro avaliados. Além disso, este tipo de evento agrega para economia da cidade, gerando recursos para as empresas locais, como: hotéis, pousadas, restaurantes, transportes, floricultura, promotores de eventos entre outros.", conclui Noskowski.

O regulamento para as interessadas em participar é o seguinte:

CONCURSO À “KRAKOWIANKA” E “KRÓLEWNAS” - Rio Grande do Sul
iniciativa da BRASPOL- REPRESENTAÇÃO CENTRAL DA COMUNIDADE BRASILEIRO-POLACA NO BRASIL
RIO GRANDE DO SUL de Bento Gonçalves.

KRAKOWIANKA
Concurso municipal, nos anos pares

1 – As inscrições devem ter critérios que a entidade municipal criar, sempre com o sentimento brasileiro-polaco.
2 – As candidatas devem ter no mínimo 16 anos completos até o dia 1º de junho de ano par e no máximo 24 anos até o dia 1º de junho do ano par.
3 – As candidatas devem ser descendentes de polacos por parte de pai e/ou de mãe, comprovado com certidão de nascimento.
4 - Os quesitos a serem observados nas candidatas serão: beleza, conhecimento da cultura brasileiro-polaca de seu município e do RS.
5 – As candidatas devem estar cientes que, ao vencer o concurso municipal, poderão representar o seu município no Concurso Estadual.
6 – As 2ª e 3ª colocadas serão, respectivamente, as 1ª e 2ª Królewnas do município.
7 – A organização do concurso será por conta da entidade municipal ligada à BRASPOL ou a outra de sentimento brasileiro-polaco. Parceria com município poderá ajudar.

KRAKOWIANKA - RS
Concurso estadual, nos anos ímpares

1 – As candidatas para o concurso devem ser apresentadas por suas entidades municipais ligadas à BRASPOL ou a outra de sentimento brasileiro-polaco. Parceria com município poderá ajudar.
2 – As candidatas deverão ter no mínimo 17 anos completos até o dia 1º de junho do ano ímpar e no máximo 25 anos até 1º de junho do ano ímpar.
3 – As candidatas devem ser descendentes de polacos de pai e/ou de mãe, comprovado com certidão de nascimento.
4 – Os quesitos a serem observados serão: beleza, conhecimento da cultura brasileiro-polaca, conhecimento de seu município e, principalmente, do RS.
5 – Haverá entrevista com os jurados e prova escrita, cujas questões serão baseadas nos livros: “Nos Peraus do Rio das Antas” e “Primórdios da Imigração Polonesa no RS”.
6 - As candidatas deverão estar vestidas com trajes típicos à caráter de região polacaescolhida.
6 – As despesas de transporte, serão por conta das entidades que apresentarem as candidatas.
7 – A organização do concurso está a cargo de Mauro César Noskowski, idealizador do concurso estadual.
8 – A cidade que eleger a Krakowianka levará o concurso para sua cidade, porém a decisão final estará a cargo do organizador, que verifica se a mesma tem condições para a realização do concurso.
9 – O próximo concurso estadual será realizado em Erechim, em 2011, em data a ser confirmada.
10 – Os municípios que querem apresentar a candidata ao certame estadual podem inscrevê-la pelo e-mail: Diretoria@zamekhotelboutique.com.br – 54 8135 0660
Divulguem aos seus amigos relacionados com a cultura polonesa, para que tenhamos um bom número de candidatas. Assim estaremos valorizando ainda mais a beleza da mulher brasileira com descendência polaca.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Limanowa contra os ciganos

O Padre Opocki durante uma visita aos ciganos para tentar um acordo.
Foto: Bartłomiej Kuraś

As autoridades de Limanowa querem comprar container social para a família de ciganos que resta no condomínio da Ulica Witosa.
Na noite de sexta-feira para sábado, mais de uma centenas de pessoas queriam invadir as casas das famílias ciganas no condomínio residencial junto a ulica (ulitssa - rua) da Witosa, em Limanowa. O incidente começou, porque a mulher do condomínio ficou com medo de um cão sem focinheira. Quando alertou o proprietário cigano que estava na janela de uma casa ouviu dele só insultos. O cão tentou saltar sobre ela.
Ontem, reuniram-se os habitantes com as autoridades da cidade. O Prefeito Marek Czeczótka argumenta que não há nenhum problema polaco-cigano: "Entre as famílias de Limanowa, os ciganos são apenas 20 e não há nenhum problema com eles. Somente foi feito um anúncio de que a cidade está adquirindo um conteiner social para que a família que vive na ulica Witosa possa viver com mais dignidade. Por outro lado existem motivos para o despejo, pois a família está em atraso com o aluguel. A dívida é de mais de 30 mil złotych", diz o prefeitol.
Não haverá, segundo ele, cerco no centro dos assentamentos. "A situação é tensa, estamos com medo que se desencadeie um conflito."
O padre Opocki compareceu ao local do incidente e disse: "Seus filhos bricam com as crianças polacas, aprendem desde pequenos nossa língua. E aqui, de repente, encontram-se com a relutância das autoridades locais em permitir-lhes uma convivência saudável".

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Bomba no estádio de Varsóvia

Esta é a maquete do estádio nacional em Varsóvia, que está sendo construído para abrir a Euro2012. O primeiro jogo, portanto, será somente daqui a dois anos. Mas neste fim de semana, a polícia foi acionada para procurar uma bomba no local. Será alucinação? Do terrorista, ou da polícia.

domingo, 25 de julho de 2010

sábado, 24 de julho de 2010

O belo estádio do Wisła Kraków

Foto: Jakub Ociepa

Embora não tenha ainda sido liberado, o estádio do Wisła Kraków, ele já pode ser comtemplado pela beleza e aconchego de acomodações. No outro lado do Parque Błonia, as obras do estádio de seu rival, o Cracovia segue em ritmo acelerado.
Com dois belos estádios e dentro das normas da UEFA e da FIFA, a cidade de Cracóvia, embora todo seu potencial turístico ficará fora da Eurocopa 2012. As outras quatro cidades da Polônia escolhidas - Varsóvia, Wrocław, Poznań e Gdańsk - correm contra o tempo para terminarem seus estádios e se adequarem enquanto cidades a sedes do campeonato europeu de seleções 2012.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Em cartaz: Semo polaco non semo fraco


Isidorio Duppa, polaco, agricultor, ingênuo e atrapalhado, após uma aventura amorosa com uma prostituta foge de casa e sai pelo mundo contando sua história. Com malícia e ingenuidade, tira gargalhadas do público e satiriza através do sotaque polaco e de músicas inspiradas na cultura polaca, a simplicidade do povo da roça.


CIARTE – Companhia Araucária de Teatro
Autor do Texto: Glaucio Karas
Diretor: Jester Furtado
Iluminação: Fabia
Sonoplastia: Glaucio Karas
Elenco: Cida Rolim, Glaucio Karas, Marcia Cris, Rick de Souza e Gustavo Souza
Duração: 50 min
Data: sextas, sábados e domingos – 21 horas – de 16 de julho a 08 de agosto
Ingressos: R$30,00 inteira e R$15,00 meia entrada
Gênero: Comédia adulta
Classificação: 12 anos

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Estádio de Cracóvia interditado

Foto: Jakub Ociepa

O atual vicecampeão polaco, Wisła Kraków (pronuncia-se víssua crácuf) não poderá jogar na terceira rodada das eliminatórias da Liga Europeia, em seu modernizado estádio na ulica Reymont.
Nesta quinta-feira, às 12 horas, vence o prazo para o envio de documentos para a UEFA. "Apesar dos esforços do investidor, o estádio ainda não está pronto para entrar no sistema de controle e acompanhamento de espectadores. A tribuna Leste, não pode cumprir ainda as exigências da lei sobre a segurança em eventos de massa. Além disso, existe ainda uma total falta de iluminação no estádio. Portanto, em função desta situação o jogo não pode ser realizado." Este é o comunicado oficial no site do Clube.
Isto significa que se o povo de Cracóvia, quiser assistir o jogo, nesta quinta-feira, terá que se deslocar até o estádio Hutnika. O mais rico time de futebol da Polônia, pode eliminar o FC Szawle com um empate, pois no jogo de ida venceu jogando na Lituânia por 2 a 0. Se o time passar, na rodada seguinte, os torcedores terão que ir na próxima eliminatória ao estádio de Nowa Huta para ver sua equipe enfrentar o clube azeri Karabakh Agdam, ou o time irlandês Portadown FC.
A construção do estádio estava programada para terminar em junho deste ano.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Lato processa torcedores

Na faixa: Na África do Sul mundial, com a gente LATO
Foto: Sławomir Kamiński

Não existe nenhuma outra instituição na Polônia, que tenha uma conotação tão negativa quanto a PZPN - Associação Nacional Polaca de Futebol. A afirmação é de Anna Szczepaniak, representante dos torcedores ante a PZPN.
Ontem, a representante da associação - S.O.S. dla Polskiej Piłki (S.O.S para o futebol polaco),sentou-se no banco dos réus no Tribunal Distrital de Lódz (pronuncia-se úudji) durante a primeira audiência do processo que move a PZPN contra a associação de torcedores SOS.
A Associação Nacional, presidida pelo craque do passado, Grzegorz Lato considerou que o site fundado pelos torcedores - www.koniecpzpn.pl tem usado ilegalmente logotipo e marca com opiniões que prejudicam a imagem e reputação da entidade nacional do futebol polaco.
O site entrou no ar logo após o fracasso da seleção nacional nas eliminatórias da última Copa do Mundo de futebol, na África do Sul. A Polônia foi derrotada por 3 a 0 para a Eslováquia.
Primeiro a Associação Nacional de Futebol tentou, sem sucesso, bloquear a página, em seguida, convocou ao Tribunal três fundadores da SOS para que o domínio Koniecpzpn.pl fosse retirado do ar.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Santa Edwiges furtada em Santos

Santa Edwiges Silesiana

A polícia de Santos, no litoral de São Paulo, vai usar as imagens de câmeras de segurança para tentar identificar o homem que furtou a relíquia de Santa Edwiges de uma igreja na cidade. O crime aconteceu no fim da tarde de domingo (18).
As imagens foram gravadas por duas câmeras. Com um paralelepípedo nas mãos, o homem entrou na igreja e foi direto até o altar. Foram três tentativas, até conseguir quebrar o vidro que envolvia a peça. Depois, colocou o relicário na cintura e saiu correndo.
Uma pessoa, que não quis se identificar e que saia do elevador e passou pelo corredor escutou o barulho. Ela se aproximou do vidro e viu o ladrão. “Ele só me olhou, enfiou embaixo da roupa e saiu correndo”.
A imagem estava na igreja desde fevereiro de 2008. Ela veio da Polônia e tem um significado importante para a Igreja Católica. “Representa uma riqueza espiritual, na fé e na tradição”, explicou o pároco da igreja, padre Samuel Fonseca.
“É uma peca grande, dourada, mas que não tem valor, não é ouro. O que tem valor é o valor sentimental. Levaram um pedacinho da santa”, disse a auxiliar administrativa Maria Regina Tanaka. Essa foi a quinta vez em sete meses que a igreja foi roubada.

São duas as santas de nome Edwiges, ambas polacas. Em idioma polaco, Jadwiga (pronuncia-se iádviga).
A primeira Jadwiga foi esposa do príncipe Henrique (Piast), quando da divisão da Polônia em principados, ainda na idade média. Reinou com o esposo em Wroclaw, capital da Baixa Silésia. Ela, no entanto, nasceu no Reino da Baviera, como princesa Edwiges de Andechs - em 1174 e morreu em Trzebnica, Polônia, a 14 de outubro de 1243 - mas é mais conhecida na Polônia pelo nome de Jadwiga Śląska (Edviges silesiana). Foi proclamada santa pela Igreja Católica em 1267. O dia 16 de outubro é dedicado a Santa Edwiges, popularmente conhecida como protetora dos pobres e endividados.
O jornalista curitibano, radicado no Rio de Janeiro, há muitos anos, Toninho Vaz, escreveu o livro "Edwiges, a santa libertária", pela Editora Objetiva, em 2005. (P.S. ...Tive o privilégio de colaborar)


Santa Edwiges rainha - Padroeira da Europa

A segunda Santa Edwiges de canonização mais recente foi a Św. Jadwiga Królowa - Santa Edwiges Rainha.
Filha do Rei Luis da Hungria e da princesa polaca Elzbieta, nasceu na Hungria em fevereiro 1374. Depois da morte do pai, a pedido da nobreza polaca, Jadwiga subiu ao trono da Polônia, em 16 outubro de 1384, coroada pelo arcebispo de Gniezno Bodzankę, como Rei e não de rainha com o título de "Hedvigis Dei Gracia Regina Poloniae, necnon terrarum Cracoviae, Sandomiriae, Syradiae, Lanciciae, Cuyaviae, Pomeraniaeque domina et heres". Tinha então dez anos de idade. Dois anos mais tarde, pelo bem da nação e da Igreja a Rei, casou-se com o Grão-duque da Lituânia, Jagiello, que correu para a mão de Jadwiga, após prometer batizar-se católico apostólico romano, juntamente com seu povo, a Lituânia, para aderir à Coroa das duas nações.
Em 1397, recebeu o consentimento do Papa Bonifácio IX para a abertura da Faculdade de Teologia da Universidade de Cracóvia. Através de sua disposição, a Rei contribuiu para a renovação da mesma universidade, que desde a morte de seu esposo é denominada Iaguielônica. É considerada a fundadora desta universidade, a mais antiga da Polônia e segunda da Europa Central e uma das mais antigas do mundo. Em suas cátedras, Mikolaj Koperniko e Karol Wojtyla receberam os títulos de doutores.
Com 25 anos, Jadwiga logo após o nascimento de sua filha, morreu em 17 de julho de 1399. Santa Edwiges Rainha é chamada de a mãe de seu povo e da Mãe das Nações.
Em 08 de junho de 1979, o Papa João Paulo II celebrou missa em honra da Rainha Edwiges, em seu túmulo, na Catedral de Wawel, em Cracóvia, confirmando sua beatificação de 08 de agosto de 1986.
Uma missa campal para quase 4 milhões de pessoas, em 2002, no Parque Blonia, em Cracóvia, o Papa João Paulo II, polaco como a Rei, a canonizou Santa Edwiges Rainha. Recentemente, a União Europeia a elevou a Santa Padroeira da Europa. Seus restos mortais estão numa capela dentro da Catedral de Wawel, em Cracóvia.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Primeira entrevista de Polanski liberto

Foto Martial Trezzini

"Um grande presente a amizade Suíça", disse Roman Polański em sua primeira entrevista após sua libertação da prisão domiciliar, segunda-feira passada, quando as autoridades suíças se recusaram a extraditá-lo para os Estados Unidos.
Quando recebeu a noticia da libertação, Polański caiu no chão. No sábado, inesperadamente ele apareceu no "resort" suíço de Montreux, onde, no festival de jazz local, estava sua esposa Emmanuelle Seigneuer. "Estou feliz de finalmente ele poder ver o meu show. Anteriormente, ele não teve ocasião", falou Seigneuer antes do espetáculo.
Polański foi entrevistado pela televisão suíça TSR. O diretor disse na entrevista que não tem nada contra e não fará nenhuma demanda contra a justiça suíça, que o prendeu 10 meses atrás, a pedido do Ministério Público dos Estados Americanos, por causa dele ter feito sexo com uma menor, 33 anos atrás. Pelo contrário, afirmou que tem uma grande amizade com a Suíça. Agradeceu ao povo de Gstaad, a estância alpina, onde permaneceu por vários meses sob prisão domiciliar na sua residência. "Eles me apoiaram. Trouxeram vinho, flores, bijuterias diversas. Ser mantido em prisão preventiva foi terrível. Mas eu nunca exigi tratamento especial, porque eu conheço muito bem sobre o futuro." Disse que quer ficar com a família e lidar com o trabalho, coisas que não conseguiu enquanto estava sob custódia. "Estou feliz!"
O diretor salientou também que ele era capaz de escapar sem problemas de Gstaad para a França. "Nunca pensei nisso a sério." Confessou.

sábado, 17 de julho de 2010

Duppa e Iarochinski na rádio AM 630

Duppa, Zélia e Iarochinski - Foto: Paulo Chaves


Vai ao ar, neste sábado, pela rádio Paraná Educativa, AM 630, das 18:00 às 19:00 horas, com reapresentação, no domingo, às 13:30, o programa "Nossa história" de lia Sell, com participação de Ulisses Iarochinski (este que vos escreve) e Isidório Duppa - o personagem do artista Gláucio Karas. O programa foi gravado, na última quarta-feira, a apresentadora iniciou a entrevista com a seguinte introdução:

Quando a imigração polaca iniciou no Brasil, não havia mais o estado polaco na Europa, somente existia a nação polaca. É que a Polônia, um dos maiores países europeus nos séculos XVI e XVII, passou a ser invadida, no século XVIII ,por seus vizinhos Rússia, Áustria e Prússia.
Pelos maus tratos sofridos e a falta de terras para cultivar, os polacos passaram, então, a emigrar inicialmente da Pomerânia e Silésia, tomadas pela Prússia, depois do centro e leste ocupados pela Rússia, no sul e sudeste pela império austro-húngara, o restante do território foi invadido pela Prússia (atual Alemanha).
Na Segunda Guerra, quando o país foi dividido ao meio e foi criado o famoso "corredor polonês", morreram seis milhões de polacos.
Pelas questões de guerra e tantas dominações, até hoje muitos emigrantes polacos pensam que são alemães, pois foram obrigados até a trocarem seus nomes.
No passado, enquanto na Polônia faltavam terras, no Brasil elas abundavam, e estavam perigosamente desocupadas. Após a abolição da escravatura, havia falta de mão de obra e acredita-se que 800 mil emigrantes foram lançados ao mercado como mão-de-obra assalariada, em busca da terra "onde corriam o leite e o mel", misticamente orientados pela Virgem de Częstochova (pronuncia-se chenstorróva).

"Nossa história" - a história contada por quem sabe" tem produção e apresentação de Zélia Sell e Guilherme Nascimento, e também pode ser ouvido pela internet acessando:


http://www.rtve.pr.gov.br/, clicando em "rádio am 630 ao vivo".

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Alerta no Báltico polaco

Foto: Damian Kramski

Embora a empresa inglesa tenha conseguido pela primeira vez conter o petróleo que vaza no golfo do mexicano dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, o vazamento levado pelas correntes marinhas do Oceano Atlântico chegou ao Mar Báltico, nas costas da Polônia.
Quem fez o alerta foi o prof. Jan Marcin Węsławski, do Instituto de Oceanologia de Sopot, cidade balneária polaca.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

600 anos de Grunwald

Foto: Reuters

Polacos e lituanos reencenaram, nesta quinta-feira, torneios medievais entre cavaleiros comemorando o aniversário de 600 anos da histórica Batalha de Grunwald, no norte da Polônia.
O evento foi prestigiado pelo presidente eleito da Polônia, Bronislaw Komorowski, e pelo chefe de Estado lituano, Dalia Grybauskaite. Ele antecede a reencenação da batalha, que será realizada por 2 mil "cavaleiros" no próximo sábado.
A sangrenta batalha de Grunwald, ocorrida em 1410, marcou a vitória da união entre lituanos e polacos e a expulsão definitiva das terras da Polônia dos invasores cavaleiros católicos teutônicos que buscavam expandir a influência católica apostólica romana nessa região do leste europeu e extinguir cultos pagãos na Lituânia. Na época, 50 mil soldados lutaram no confronto. O mais interessante é que o rei polaco Wladyslaw Jagiello era cristão também e tinha origem lituana, pois seu pai o duque lituano, ao contrair matrimônio com a rainha polaca Jadwiga Piast se cristianizou.
"Essa vitória nos lembra o quanto podemos atingir quando estamos juntos", disse a presidente lituana Grybauskaite. Komorowski, por sua vez, disse que a batalha foi um "triunfo da tolerância sobre a força".

Deixem Polanski em paz


O diretor Roman Polanski não representa ameaça a ninguém e as acusações contra ele deveriam ser esquecidas. A afirmação é de Samantha Geimer, a vítima adolescente de Polanski em um caso de abuso sexual ocorrido há 33 anos."Chega", disse ela sobre os contínuos esforços para processar Polanski, em entrevista ao Los Angeles Times, em texto publicado hoje no site do jornal. Para ela, o caso deveria ter sido resolvido quando aconteceu.
Samantha foi proibida de discutir a determinação judicial com o diretor, mas disse que isso não influenciou sua visão dos fatos. "Eu me senti dessa forma desde o início", afirmou. Polanski admitiu a culpa por ter mantido relação sexual ilegal com ela em um acordo que suscitou controvérsia. As autoridades suíças se recusaram ontem a extraditar Polanski para os Estados Unidos.

Piloto aterrissou sob pressão

Local do acidente do Tupolev TU-154 - Foto: AP

"Se eu não aterrissar, eles me matarão".
Este é um novo fragmento de frases recuperadas na caixa preta do avião, que foi divulgado, ontem, pela TVN 24, com a voz do piloto, major Arkadiusz Protasiuk, segundos antes do acidente de 10 de abril, que vitimou 96 polacos, na floresta de Smolenski, Rússia. A televizão não deu nenhuma fonte de informação sobre a leitura dessas palavras do Major Protasiuk.
No entanto, a transcrição, revelada às autoridades, em junho passado, e que decifrou todos os últimos 70 segundos de vôo. Os últimos minutos é uma conversa com a torre e os pilotos polacos para um pouso técnico. Eles não têm comentários pessoais.
Mas o que a Polônia discute, hoje, é que "mataria" os pilotos se eles de fato não aterrissassem naquele momento?
O jornal Gazeta Wyborcza, admite que tinha esta informação antes do segundo turno das eleições presidenciais de 4 de julho último, mas que preferiu não divulga-la para não comprometer o resultado das urnas.
Segundo o Comitê Inter-Aviação, russo, às 8:16 (horário de Varsóvia), ou seja, 25 minutos antes do acidente, Protasiuk disse: "Se não aterrissarmos, vai ter rolo".

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Num bar do Kazimierz

No site do Festival de Cultura Judaica que acaba de encerrar sua 20å. edição, dia 4 último, em Cracóvia, encontrei link para "Poland Jewish Heritage Tours" e nesta página o texto abaixo da jornalista norte-americana Ruth Ellen Gruber, que esteve a primeira vez na Polônia na década de 80 do século passado cobrindo a formação do Sindicato "Solidariedade". E embora não sendo judia das práticas religiosas, como ela confessa no texto, para participar do Yom Kippur de 1980. Gruber consegue apresentar a atmosfera encontrada no bairro do Kazimierz - distrito judeu - de Cracóvia recheada de informações históricas.

Cenas desde um Café (bar) de Cracóvia



É uma manhã ensolarada, no início de julho, e estou tomando o café da manhã em um bar ao ar livre no Kazimierz, antigo bairro judeu de Cracóvia. Tenho estado sentado em cafés e em torno da rua Szeroka, a praça principal de Kazimierz, há quase 20 anos, observando os elementos paradoxais da cultura judaica na Polônia pós-comunista se desdobrando, e o próprio bairro evoluir a partir de uma zona deserta de prédios decrépitos, com algumas estrias em seus portais, na falta de mezuzahs, em uma das principais atrações turísticas da Europa judaica, uma cidade da moda, com um crescimento cada vez maior de bares, cafés em estilo judaico, pubs da moda, souvenirs kitsch e o nostálgico chic shtetl.

Como a capital histórica da Polônia Real, Cracóvia é uma das mais belas cidades da Europa central e foi uma das poucas grandes metrópoles polacas a escapar da destruição por atacado na Segunda Guerra Mundial. O Kazimierz era um centro da vida judaica e da aprendizagem, mas após o Holocausto apenas seu esqueleto arquitetônico ficou. 64.000 polacos de origem judaica (entre os mais de três milhões e meio de judeus que viviam na Polônia do pré-guerra) morreram. Contudo, sete sinagogas e pontuais casas de oração, além de lojas, casas e cemitérios sobreviveram. Após a guerra, sob o regime comunista, o Kazimierz caiu em ruínas, e só no início de 1990, o bairro começou a ter uma vida nova. Mesmo antes de Steven Spielberg vir aqui para as locações e gravações de seu filme, em 1993, "A Lista de Schindler, e também no gueto e campo de concentração da cidade de Cracóvia, no bairro de Plaszów, o Kazimierz já estava começando a redescobrir sua alma judia.

Apesar de Cracóvia ser agora o lar de algumas centenas de judeus (a própria Polônia talvez tenha apenas entre 5.000 e 15.000 judeus para uma população do país de 40 milhões de polacos), as ruas além do meu café estão lotadas com pessoas daqui para o espetáculo anual de nove dias conhecido como "Festival da Cultura Judaica". Há judeus de e de fora da Polônia: Rabinos, turistas, pessoas procurando suas histórias de família, escritores, cineastas, burocratas, filantropos, acadêmicos, músicos e artistas passeiam na praça e em torno de ruas pavimentadas com pedra. A grande maioria dos visitantes, no entanto, são polacos não-judeus que vieram para celebrar tanto a vida do polaco judeu que existiu uma vez e a cultura judaica contemporânea de que ainda está muito viva em todo o mundo. Alguns deles têm ajudado no renascimento do Kazimierz e no renascimento do interesse público pela cultura judaica em todo o país. Os recém-chegados e os frequentadores regulares, judeus e não judeus, se reúnem nos cafés que perfilam na Szeroka e em outras ruas e praças, transformando Kazimierz em uma festa de bebida, comida e conversa que migra de mesa em mesa para o café de outro bar.

Estou esperando por Stanislaw Krajewski e Monika, que estão entre os meus amigos mais antigos na Polônia, que vivem em Varsóvia e com quem me encontrei na véspera do Yom Kippur, em 1980. Naquela época, eu era uma jovem repórter americana, que estava em Varsóvia, para cobrir o nascimento do Sindicato "Solidariedade", movimento operário anti-comunista, que gerou uma revolução pacífica e foi o prenúncio do colapso do mundo soviético. Eu não sou uma judia religioso, pois raramente vou aos cultos e serviços. Mas, em Varsóvia, em que erev Yom Kippur, eu procurei uma sinagoga. A única a ser encontrada, do que antes eram centenas, foi a sinagoga Nozyk, construída, em 1902, e utilizado pelos nazistas como estábulo.

Em 1980, a sinagoga estava degradada e vazia. Minha busca me levou para uma sala próxima, onde a pintura estava descascando nas paredes, mas alguns judeus estavam reunidos para as orações. Não havia nenhum rabino: não havia na Polônia da época ainda nenhum rabino. Talvez três dezenas de pessoas, quase todos homens, quase todos idosos, ficavam se balançando sobre livros de oração. Entre eles estava um punhado de pessoas da minha idade, e um casal de crianças correndo e fazendo barulho. Alguns dos fiéis idosos tentavam repreendê-los em voz alta e eu me lembro de ter pensando: "Como você pode calá-los? Você deve incentivá-los, seja feliz que há crianças aqui entre vocês."

Após as orações, um jovem casal veio até mim, ansioso para saber quem eu era e porque eu estava lá. "É simples", eu lhes disse: "Eu sou uma jornalista americana que cobre o Solidariedade, eu sou judia, e é o Yom Kippur, então eu vim para a sinagoga. É normal." Mas o "simples" e "normal" tinha diferentes significados em seu léxico. Eles se aproximaram. "Oh, você é uma judia de verdade!" exclamaram. Isso colocou-me no local. Um judeu "real"? Afinal, eu não falo hebraico, eu não vou à sinagoga, não mantenho o kosher. "Não", eles insistiram. "Você é um judeu real, você sempre soube durante toda sua vida que você é judia. Estamos apenas aprendendo. Volte para casa conosco e nos diga o que fazer."

O casal era Staszek, Stanislaw como é conhecido, e Monika. Eles estavam entre os organizadores do "Jewish Flying University", um grupo de estudo semi-clandestino de judeus e não judeus, na Varsóvia comunista, que se reunia informalmente para aprender e ensinar o que podiam sobre o judaísmo. Isto significava saber sobre os rituais, costumes, tradições e história, mas também as memórias e as inflexões que muitas vezes são inatas, mesmo para o mais secular dos judeus que cresceu em liberdade.

Monika, artista e professora, Staszek, escritor e professor, dirigiram-se por contra própria ao redor das mesas do jardim do meu hotel, o Hois Klezmer, desconexo, uma construção com telhado pontudo, utilizado para abrigar a mikvah. Nos cumprimentamos com abraços. Monika, como de costume, usava uma saia esvoaçante e destacados brincos. Homem profundamente religioso, Staszek é um ativo em relações interconflituais e consultor da Polônia para o Comitê Judaico Norteamericano. Seus livros variam de comentários sobre a Torá para trabalhos acadêmicos de matemática e lógica, a sua área acadêmica, para os ensaios sobre a vida judaica na Polônia contemporânea, onde, cada passo em direção ao futuro é sobrecarregado pela memória do passado.

Os Krajewski e comentamos as notícias, perguntei sobre os filhos deles. Ambas as crianças haviam comemorado o bar mitzvah na sinagoga Nozyk. A mesma sinagoga que estava muito degradada para ser usada quando nos conhecemos, mas que, agora, está totalmente restaurada e funcionando. O bar mitzvah de seu filho mais novo, em 2004, foi particularmente comovente. Daniel, que tem síndrome de Down, transportou a Torá, mas ao invés de dar um discurso, mostrou quadros que ele havia pintado: a bênção de Jacó aos filhos de José, a sarça ardente, a divisão do mar, o bezerro de ouro, a quebra dos comprimidos. O último quadro mostrava toda a sua família na mesa do Sabbath, uma cena que ele conhece de toda a sua vida. Outros amigos passaram e nós conversamos. Em seguida, Monika e Staszek se desligaram. Ambos estão dando palestras ou oficinas no festival deste ano.

De certa forma, a luta pela alma de Kazimierz pode ser visto nas diferenças entre os cafés da ulica Szeroka. Espaços com desenho sobre a história judaica de Cracóvia foram os primeiros a serem abertos na praça. Mas na Szeroka, hoje, as coisas são diferentes. Há um restaurante indiano e um italiano, bem como novos bares chiques com hip hop a todo volume. Ainda assim, os críticos amam odiar a Szeroka e a sua exploração comercial como patrimônio judaico, como uma mercadoria vendável, o que para alguns é a chamada "disneylandização" da cultura e tradição judaica através de uma ênfase no estereótipo e nos artifícios.

O Hois Klezmer, onde muitas vezes eu fico, é meu local favorito em estilo judaico. Localizado em uma das extremidades Szeroka, tem o aconchego de um antigo salão velho da família, com tapetes e toalhas cobrindo mesas incompatíveis, cadeiras e sofás. Foi inaugurado pelos meus amigos Wojtek e Malgosia Ornat. Embora ambos tenham raízes judaicas, não foi levantada qualquer conexão com a família judia: Malgosia, uma mulher pequena, com olhos arregalados e cabelo loiro cortado bem curto, tinha 19 anos quando soube que sua avó materna era judia, uma história que não é incomum na Polônia.

Agora em seu 40 anos, os Ornats abriram a primeira cafeteria em estilo judaico no Kazimierz, o Ariel, em 1992. Em seguida, o café Ariel da Szeroka, era um posto avançado solitário, em meio a um terreno baldio sujo, ao lado de outros terrenos baldios e prédios vazios. Lembro-me vividamente como Wojtek e eu, sentado em uma mesa de vime, quando algumas pessoas fantasiadas chegaram um dia. O Ariel tocou em um nervo, que de alguma forma, foi ligando o comércio e liderou a criação de uma cultura de sala em estilo judaico, que agora se espalha muito além de Cracóvia. Como o primeiro a evocar (e aproveitar) a imagem literária de um mundo perdido judaica em sua decoração visual e atmosférica, o café dos Ornats "assumiu que é" judeu e tem sido importante para moldar a experiência e as expectativas dos habitantes locais e turistas, judeus e não judeus. Como uma memória de cor sépia, o "judeu" é hoje uma marca que simboliza um tempo e lugar passados, mas carinhosamente lembrado. Essa idéia brinca com a nostalgia, mas também com a imaginação: Ela representa o que algumas pessoas desejam do mundo judaico e que realmente gostaram uma vez.

Hoje, metade de uma dúzia de locais da ulica Szeroka (rua larga) apresenta um tema judaico, ou faz referência à herança judaico do Kazimierz, em seu nome, ou sinal, que por vezes são escritos em letras hebraicas, ou em seus menus, que oferecem alimentos como peixe gefilte. Há aqui também o Hotel Ester e o restaurante Noah's Ark. O The Crocodilo Street Cafe tem esse nome de um conto do escritor Bruno Schulz, que morreu no Holocausto. O Hotel Rubinstein reflete o fato de que a rainha dos cosméticos, Helena Rubinstein, nasceu aqui. O exterior do restaurante Once Upon a Time no Kazimierz é ridicularizado por ser parecido com uma fileira de lojas do período pré-guerra, com painéis que na aparência resistiram, como o anúncio da loja de carpintaria de Benjamin Holcer e da loja de armarinhos de Chajim Cohen.

Uma das razões de eu gostar do Klezmer Hois é que ele é no térreo. Há música klezmer, mas não há curiosidades kitsch à venda, ou expostas. Sem uma exploração comercial berrante num bairro cuja população judaica foi assassinada. Em vez disso, os Ornats utilizam os lucros do Hois Klezmer para manter uma editora judaica, Austeria, que publica livros de autores polacos e estrangeiros. Funcionam também como uma livraria judaica no térreo de uma das antigas sinagogas do Kazimierz, agora utilizada para exposições de arte judaica.

Hois Klezmer tem um nítido contraste com o Ariel, que ainda opera na Szeroka, muito ampliada e agora sob uma administração diferente. Com uma decoração dramática retratando leões grandes de gesso ladeando uma menorah gigante, o Ariel é o marco mais visível na praça, além da antiga Sinagoga gótica, que é agora um museu judaico. Dezenas de pinturas de rabinos cobrem as paredes: barbudo e de olhos tristes, com yarmulkes e sidecurls, lêem, prevêem tefilin, rezam e contam dinheiro. Existem também ímãs de geladeira: Estrelas de David, menorahs e desencarnados chefes judeus, alguns deles com características exageradas com direito a caricatura nazista. Certa vez perguntei a um garçom do Ariel por que isto estava à venda. Ele deu de ombros. "Eles são judeus", respondeu ele.
Para muitas pessoas, turistas e moradores, o Kazimierz se tornou um destino importante, com o Festival da Cultura Judaica, o qual foi fundado, em 1988, um ano antes da queda do regime comunista. Em 1992, o Festival já tinha crescido tanto que alguns chamaram de "Woodstock judeu". Performances ao longo dos anos tem incluído Theodore Bikel, Shlomo Carlebach, Chava Alberstein e Klezmatics. Um artista local que participa e quem vem frequentemente no Hois Klezmer, é o pianista judeu polaco Leopold Kozlowski, agora quase 90 anos, que foi tema do filme "A Última Klezmer". Atualmente, o Festival apresenta mais de 200 concertos, palestras, exposições de arte, workshops, visitas guiadas, espetáculos, exibições de filme e os acontecimentos da rua. A maioria dos eventos acontecem ao ar livre e o concerto final, chamado "Shalom na Szeroka", chama a atenção de mais de 15 mil pessoas, a maioria deles católicos polacos.

Os fundadores do festival são dois intelectuais não-judeus, Janusz Makuch e Krzysztof Gierat. Como muitos outros jovens polacos, nas décadas de declínio do comunismo, Makuch e Gierat ficaram fascinado com a história e a cultura judaica. Investigar o Holocausto judeu e outros temas foi um meio de procurar a verdade do passado de seu país e ajudar a na formação de sua identidade. Como membros do "Jewish Flying University" de Varsóvia, que procurou preencher as lacunas deixadas pela era comunista, tabus que impediam uma análise objetiva da própria história, incluindo a história milenar dos judeus na Polônia.

"Foi como a descoberta de Atlântida, de pessoas que viviam aqui e criaram sua própria cultura original e tiveram uma influência tão profunda sobre a cultura polaca", disse-me Makuch, que ainda dirige o festival, uma vez, no café do Hois Klezmer. Um homem intenso, com olhos profundos. Com uma barba, completamente escura e sobrancelhas perpetuamente levantadas para o futuro, Makuch apimenta seu discurso com palavras em hebraico e iídiche como "shalom" e "meshuga". Ele tem sido solicitado mais vezes do que ele pode se lembrar para explicar o que significa para um não-judeu executar um festival judaico para uma platéia composta principalmente de outros não-judeus. Sua resposta é muitas vezes uma descrição de um goy Shabat, que mantém viva a chama da cultura judaica.

Desde 1998, os não-judeus como Makuch, que preservam e promovem a cultura judaica e seu patrimônio, são distinguidos todos os anos na cerimônia de premiação durante o Festival, presidida pelo embaixador de Israel. Até agora mais de 150 pessoas em todo o país receberam o prêmio. Alguns, como Makuch, executores de eventos culturais judaicos, outros que simplesmente cortam a grama e fazem a limpeza de cemitérios, dam aulas, organizam pequenos museus. Alguns têm o apoio de suas comunidades, outros trabalham de forma isolada, mesmo encontrando hostilidade.

Até recentemente, os judeus foram praticamente ausentes das multidões entusiastas que se amontoam nos eventos do Festival. "Muitos pessoas do povo judeu que vem para a Polônia, voam para Varsóvia, vão direto para Auschwitz, então eu quero sair", disse-me uma vez o americano filantropo, nascido em Cracóvia, Ted Taube. "Mas, até à guerra, a Polônia tinha a mais profícua, culturalmente diversa e criativa população judaica existente em qualquer lugar, em qualquer tempo. Não podemos se dar ao luxo de relegar as pessoas para um pós-escrito na história." Embora eles ainda sejam uma minoria, mais e mais fãs e turistas judeus estão aparecendo nos últimos anos, em parte devido a excursões especiais geridas por organizações como a Fundação Taube e o American Jewish Committee.

"Eu amo isso aqui", diz-me Cantor Benzion Miller, um Hasid Bobover que vive em Borough Park, Brooklyn. Estamos instalados em poltronas na sala pouco lotada do Eden Hotel, um estabelecimento kosher inaugurado, em 1990, por um americano, Allen Haberberg, num edifício restaurado do século 15, no coração do Kazimierz. O Eden tem uma mezuzá em cada porta, dois bares e um mikvah privado na cave, Wi-Fi gratuito à Internet e um guarda-chuva ao ar livre à sombra do "Jardim do Éden".

Um homem gorducho com uma barba branca, Miller foi um motor do Festival da Cultura Judaica durante os últimos 15 anos, ambos, resultado e a realização de oficinas sobre temas que vão desde Hasidic cantado ao ritual. Miller nasceu em um acampamento de pessoas deslocadas na Alemanha, onde seus pais se conheceram após a Segunda Guerra Mundial. Seu pai, que havia perdido sua primeira esposa e filhos no Holocausto, vieram de Oswiecim, cidade a cerca de 40 km fora de Cracóvia, na qual os nazistas construíram Auschwitz. Antes da Segunda Guerra Mundial, Oswiecim foi o lar de cerca de 12.000 pessoas, mais do que a metade delas, judeus. Miller avô era um Hazan, não um cantor.

Miller sempre participa da cerimônia de Havdalah, realizada na grandiosa Sinagoga Tempel, a única sinagoga do século 19, na Polônia, que sobreviveu intacta no Holocausto. Usada pelos nazistas como um estábulo e depósito, agonizava triste até a reparação, na década de 1990, quando, com financiamento do Estado e patrocínio da World Monuments Fund, passou por uma restauração completa e agora é usada para shows e também em ocasiões religiosas. É lotada, principalmente com os polacos, o local, na Havdalah do Festival, que apresenta uma mistura de hazanut, klezmer e cantos tisch que rabinos em streimels e espectadores em trajes de verão dançam juntos nos corredores. "Eu vejo o que está acontecendo aqui, como uma continuação do que já foi; tento continuar", diz Miller.
Nos últimos 20 anos, mais atenção tem sido dada em Cracóvia, ao redescobrimento da cidade sobre a cultura judaica e promoção dela junto a um público não-judeu, através do turismo e entretenimento, ou através de várias instituições educacionais, como o Centro de Cultura Judaica ou o Museu Judaico Galicia. Mas a vida judaica contemporânea na cidade também já está recebendo um impulso.

Durante o chá no jardim do Éden, falei com o rabino Edgar Gluck, que de chapéu preto e barba rala há muito tempo, muitas vezes pode ser visto andando pelas ruas Kazimierz como um patriarca pré-guerra. Um político experiente, rabino ortodoxo, nascido na Alemanha, com 70 anos, ele divide seu tempo entre o Brooklyn e Polônia. Em Nova York, ele é conhecido como o co-fundador da Igreja Ortodoxa Hatzolah Voluntários Ambulance Corps. "Eu estava no World Trade Center, levando as pessoas para fora, com o prédio caindo", diz ele, lembrando os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Aqui ele é o rabino-chefe da Galicia, um simbólico título honorífico dado a ele pela comunidade judaica de Cracóvia, a quem ele serve na ocasião como Hazan. Ele gasta muito de seu tempo, porém, trabalhando para a preservação de cemitérios judaicos e sepulturas em massa do Holocausto. "Em Cracóvia, agora," vai uma piada "há agora cinco rabinos para cada três judeus e 20 pareceres." Um rabino, trazido por Shavei Israel, um grupo com sede em Jerusalém que trabalha com "judeus perdidos", ao redor do mundo, é o "oficial" do rabino da comunidade judaica. Então há um rabino que executa a operação Chabad e um rabino americano do sexo feminino, que opera um pequeno grupo de reforma.

Há também o novo CCC, financiado pela World Jewish Relief da Grã-Bretanha e da Joint Distribution Committee, que ocupa um elegante edifício de cinco andares próximo da Sinagoga Tempel. Como tantas outras coisas do universo judaico de Cracóvia, a iniciativa para o JCC vem de uma fonte não-judaica na Grã-Bretanha, o Príncipe Charles, movido que foi pelo sofrimento dos pobres e judeus envelhecidos da cidade, durante uma visita de 2002. Charles voltou a Cracóvia, em 2008, para a inauguração do CCM: Vestindo um kippah, ele ajudou a aposição de uma mezuzá na porta.

"A vida judaica é mais aberta e mais segura aqui do que em qualquer outro lugar que eu estive na Europa", diz Jonathan Ornstein, o director do CCC. Eu encontrei Ornstein, de 39 anos, auto-descrito "vegetariano judeu ateu" por um cappuccino em um café no quarteirão da Plac Nowy, no pré-guerra, a praça do mercado central judeu, cujo edifício era um abatedouro de aves. A Plac Nowy, agora é um centro em expansão da vida noturna, cheia de clubes de música e bares da moda, que Ornstein prefere ao "judeu-style" dos cafés da Szeroka. "Nós temos crianças na escola de domingo jogando no pátio com o portão aberto, nós sentimos o perigo, sem medo."

Nascido em Nova York, Ornstein mudou-se para Israel quando era um jovem e se mudou para Cracóvia, há sete anos, para ensinar hebraico na Universidade Iaguielônica. A universidade tem um programa de estudos judaicos, que foi lançado na década de 1980, a sua conseqüência, é o Centro de Cultura Judaica, inaugurado em 1992, em uma casa de oração, restaurado na Plac Nowy. Ornstein rejeita a nostalgia pelo passado da cidade e visa estimular a expressão judaica contemporânea. Os quadros de avisos do CCM com anúncios para os clubes e eventos sociais: uma festa Hanukkah, este ano, durou até o amanhecer, e o grupo JCC Facebook tem mais de 360 membros. "As pessoas falam sobre Kazimierz como sendo o "quarto" antigo do bairro judeu de Cracóvia. Mas eu digo, por que ex?" diz Ornstein.
De volta ao café, no Hois Klezmer, avisto o meu amigo Konstanty (Kostek) Gebert. "Aqui é onde eu mantenho tribunal", brinca Gebert, um autor premiado e veterano do "Jewish Flying University". Como um ativista underground do Solidariedade, ele optou deliberadamente por um acento judeu como pseudónimo, ou seja, Dawid Warszawski, para escrever na imprensa dissidente. Em 1989, Gebert foi nas conversações da mesa redonda entre as autoridades comunistas e o membros do Solidariedade, que facilitou a saída pacífica do velho regime. Ele foi o editor fundador da Midrasz, um mensal cultural e intelectual judeu, e hoje dirige em Varsóvia, a base da Taube Center for the Renewal of Jewish Culture in Poland.

Além de Cracóvia, pequenas comunidades judaicas ativas são encontrados em Varsóvia, Lódz, Wroclaw e várias outras cidades polacas. Está longe de ser uma massa crítica suficientemente sólida para garantir sua sobrevivência a longo prazo. No entanto, em muitos sentidos, para ser judeu aqui e aceitar o judaísmo como uma escolha positiva de identidade é cada vez mais normal agora. Ou pelo menos muito mais normal do que era 10, 20 e, certamente, há 30 anos. "Crianças judias de hoje, na Polônia, o que mais o futuro reserva para eles, nunca vão crescer sabendo, como seus pais, que para ser judeu significava estar sozinho e vulnerável", Gebert escreveu em sua autobiografia, em 2008, "Living in the land of Ashes". Ele espera ter construído o sucesso em bases muito mais frágeis.

Ele gosta de fazer piadas sobre como, em meados dos anos 1980, disse para um par de jornalistas polacos que não pensar nos judeus na Polônia não se poderia sobreviver. Os jornalistas escritor e fotógrafo Malgorzata Niezabitowska e Tomasz Tomaszewski, estavam trabalhando em um artigo para a National Geographic e que se tornou um livro chamado Remanescentes: Os últimos judeus da Polônia. Eles pediram a Gebert como via o futuro dos judeus no país. "Eu acredito que nós somos os últimos," ele respondeu. "Definitivamente". Hoje, ele fuma seu cachimbo e endireita o seu kippah. "Ugh. Nunca fale com a imprensa!" , diz ele rindo. E festa movimenta a Cracóvia judaica de bebida e comida e a conversa continua.


Ruth Ellen Gruber tem escrito para "Chronicled Europeia" sobre as questões judaicas há mais de 20 anos. Seus livros incluem a National Geographic Jewish Heritage Travel: A Guide to Eastern Europe and Virtually Jewish: Reinventing Jewish Culture in Europe.