segunda-feira, 18 de junho de 2012

Destino miserável da Polônia no futebol

Dois dias depois da trágica eliminação, o jornal Gazeta Wyborcza desta segunda-feira, 18 de junho, traz a manchete:
NOSSO DESTINO MISERÁVEL, TEMPO BONITO
Uma das frases no destacadas diz: Os polacos não sabem jogar, mas temos uma Euro maravilhosa.

A bela ministra dos esportes da Polônia


A bela ministra do esportes da Polônia, Joanna Mucha se reuniu com o Ministro do Esporte da Rússia Vitaly Mutko, no sábado em Varsóvia.
O ministro russo veio dar apoio e tratar da liberação dos torcedores de seu país, que foram condenados pela justiça polaca, após o conflito de rua, no dia 12 de junho em Varsóvia por ocasião do jogo entre a Polônia e Rússia. 
A polícia da capital polaca deteve cerca de 200 pessoas, incluindo 25 russos.
A UEFA anunciou hoje que está aplicando uma multa de 30 mil euros à Federação Russa de Futebol por causa dos mesmos incidentes envolvendo torcedores russos e polacos. A Rússia deverá pagar outros 120 mil euros de multa pelo incidentes causados no jogo ocorrido em Wrocław (pronuncia-se vrotssuaf) contra os Tchecos. Além disso, a UEFA vai retirar 6 pontos da Rússia, nas eliminatórias da Eurocopa de 2016.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Polacos não são xenófobos

O artigo abaixo recolhi no site do jornal da cidade de León, na Espanha, traduzi-o dos espanhol e coloco a disposição dos meus leitores:








Pedro Llamas Rodrigo
Ex-chanceler da Embaixada da Espanha em Varsóvia
14/06/2012

A vida nos reserva assuntos inesperados que de repente afloram, que surgem e se destacam como choques e golpes desagradáveis e inoportunos. Fazer com que sejam palatáveis e amenos e que se acomodem em nossos sentimentos, pareceres e formas na senda de nosso caminhar ao porvir é difícil e escabroso.
Navegando na Internet alguns dias atrás, qual foi meu grande assombro e estranheza ler um pensamento e ideia descabelada e incorreta em relação a minha maneira de pensar. Refiro-me a uma crítica exacerbada. Não cito autor nem autores, "não lhes pareceria melhor que os jogos europeus de futebol tivessem lugar na Polônia e Ucrânia". Diziam e comentavam os familiares de jogadores que participam na EuroCopa que eles ficassem em casa porque senão acabariam voltando em ataúdes.
Citavam os familiares que já tinham se posicionado contra. Pareceu-me demasiado forte, ilógico e inconsequente, porque expunham razões débeis e frouxas ao serem «de ouvido» tal afirmação e acertiva lúgubre.
Os argumentos para a confirmação daquela ideia não eram convincentes ao indicar o absoluto desconhecimento da história, costumes, tradições e idiosincrasia de tais nações onde se celebram os jogos.
Minha intenção nestas linhas são expor minhas razões com absoluta e retumbante oposição e sua desacabida e deslocada opinião sem fundamento nem base na crença de xenofobia existente na Polônia. Nada falo da Ucrânia, pois não conheço. Sim, a visitei apenas.
Primeira, principal e essencial razão para poder fazer uma afirmação desse gênero é ter conhecimento profundo, sério e objetivo, após viver entre os nativos polacos durante anos. Não basta nem é suficiente uma longa excurssão turística nem viagens de grandes e numerosos negócios.
Saber o idioma e linguagem dos nativos para não ter que acudir aos intérpretes e tradutores que não duvido de suas fidelidades, porém não podem superar a certeza e verdade de conhecimentos de primeira mão, qual seja o mútuo entendimento sem recorrer ao apoio e ajuda de tradutores e intérpretes.
Pouco a pouco deve se ir conhecendo através da leitura da história, tradições, costumes… pois essa é uma valiosa e insuperável ajuda.
Os amigos e contactos com pessoas de distintas profissões, escalas, cargos e classes sociais são excelentes meios para poder melhor compreender e comparar conhecimentos adquiridos, pareceres e opiniões alcançados a partir dos diferentes e diversos grupos de falantes.
Os intérpretes seguem a proposta oficial e rotinera do governo de momento e acabam por levar e dizer aos turistas aquilo que convém e está de acordo com a tendência ideológica do partido de turno. Existem outras razões que posso citar, mas creio que as expostas são suficientes e não vejo utilidade mencionar outras para provar e argumentar minha opinião e parecer de que o povo polaco, em geral, e a nação Polônia é um país acolhedor, educado, cortês e dá as boas vindas a todo estrangeiro da raça que seja. Ao mesmo tempo, não descarto a existência de algum abobado, maluco ou retrógrado como acaba sucedendo nos demais países. Minha defesa de parecer se fundamenta e se baseia no que vivi entre los polacos desde o ano de 1992, tenho amigos de famíliares e membros de diversas e diferentes profissões como juízes, advogados, cartorários, médicos, políticos, historiadores, negociantes, operários, camponeses e toda classe de professionais artísticos do teatro, cinema e ciências que se encontram entre meus muitos amigos. Poderia expor milhares de razões para provar que nunca notei, sentido nem percebido essa tendência de xenofobia dos que consideram, achacam, inculpam e acusam de ser xenófobos os polacos.
Minha conclusão é que estas assertivas são infundadas e suas afirmações são falsas e incorretas, descentralizadas, deslocadas e injustificadas... e isto falando com suavidade e delicadeza. Suas faltas de convincentes e rotundas provas da existência de xenofobia, os fazem cair mais ainda em suas destacadas faltas de cientificismo e notável incultura sobre a história, costumes e tradições dos polacos e não ter tido experiência de vida entre e com eles.
Finalmente concluo con um dito polaco que tanto me impresionou quando em minha aprendizagem do idioma polaco. Um professor me disse o que pensan os polacos de seus hóspedes: «Um hóspede em casa é Deus em casa». Conhecendo a tradição religiosa e costumes polacos não fazem falta comentários. Só posso dizer com minha experiência que o ditado segue e seguirá no coração de todo polaco, sendo recibidos todos sem exclusão de raça nem credo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Tusk acalma Putin


O Primeiro-ministro polaco Donald Tusk conversou por telefone, na manhã desta quarta feira, com o presidente russo, Vladimir Putin sobre incidentes de ontem, antes e depois do jogo entre a Polônia e Rússia. 
Tusk manifestou sua opinião de que emoções negativas não deve ter efeito sobre as relações entre os dois países e seus cidadãos. O primeiro-ministro polaco chamou a atenção do russo para o fato de que a esmagadora maioria dos polacos e russos estavam se divertindo em um bom ambiente. Tusk disse que durante os confrontos de torcedores rivais a polícia provou ser eficaz e atuado com firmeza, e não com brutalidade. 
Ressaltou que os conflitos entre os torcedores não teve caráter político. "Não foi a Polônia e a Rússia que entraram em confronto ontem nas ruas de Varsóvia. Apenas alguns idiotas de ambos os lados que queriam provar que eles são mais importantes que a Eurocopa." disse o primeiro-ministro com firmeza.

Empate em Varsóvia dá esperanças


Capa e contracapa da Gazeta Wyborcza desta quarta-feira, 13 de junho, virou uma página só com a manchete:
Jogamos adiante : Polônia 1 X 1 Rússia

terça-feira, 12 de junho de 2012

Clima tenso em Varsóvia momentos antes do jogo

DASSLER MARQUES 
Direto de Varsóvia (Polônia)
Foto: EFE
Apesar de um clima de bastante tensão, polacos e russos transitam com tranquilidade nos arredores de Varsóvia e do Estádio Nacional, nesta terça-feira, na capital da Polônia.
As duas seleções se enfrentam a partir das 15h45 (de Brasília), pelo Grupo A da Eurocopa, e o duelo é visto como potencial estopim para conflitos entre torcedores dos dois países, rivais desde o início do século passado. 
Com poucas informações, um efetivo bastante reforçado e uma estratégia de segurança específica, não havia registros significativos de atritos até duas horas do apito inicial. "Realmente não sei dizer quantos policiais temos aqui, mas o país todo está mobilizado", disse Janusz, oficial de polícia polaco.
Mas agora há pouco estourou um enfrentamento entre torcedores polacos e russos. Alguns foram feridos e a polícia para dispesar os arruaceiros soltou bombas de gás lacrimogênio e fez detenções.
Foto: PAP
Foto: PAP
Foto: PAP
Foto: PAP

Já na chegada a Varsóvia é possível notar uma certa tensão no ar. Enquanto polacos e gregos se confraternizavam com clima amistoso na abertura, os torcedores que foram ao Estádio Nacional, nesta terça-feira, evitam contato nos arredores do palco da partida. 
Sempre com muitos policiais por perto, entretanto, transitam livremente os fãs de Rússia e Polônia. O esquema de segurança foi alterado, principalmente, em função de uma alardeada marcha de 5 mil russos a partir do Estádio  do Legia Warszawa, mas que acabou por mobilizar poucos torcedores.

Ainda assim, a rua principal na frente do Estádio Nacional de Varsóvia foi bloqueada, pois fica sob a ponte pela qual devem chegar os fãs da Rússia. "Não sabemos o que pode acontecer, então foi fechado", explicou Janusz. 
A entrada ao estádio também é bastante rígida e a revista foi reforçada para evitar qualquer tipo de objeto indesejado. Jornalistas e convidados e membros da Uefa precisam mostrar os pertences de maneira minuciosa aos seguranças que fecham a entrada do Estádio Nacional.

Tensão no ar
Polacos e russos são rivais há séculos e a União Soviética, após a Segunda Guerra Mundial, controlou a Polônia por quatro décadas e impôs seu regime comunista.
Os atritos se aqueceram em 2010 em razão da morte do então presidente polaco Lech Kaczyński e outras 95 pessoas em acidente aéreo na Rússia.
Autoridades polacas, preocupadas pelas atitudes de torcedores russos ao longo dos últimos dias, enviaram um alerta à Federação Russa e prometeram dedicação máxima ao controle de eventuais problemas para o duelo entre os dois países, nesta terça, em Varsóvia.

Os guerreiros polacos na Euro 2012

Atenção locutores, narradores, comentaristas e repórteres brasileiros na Euro 2012 para a pronúncia correta dos nomes dos jogadores polacos:

Sestian Boénisrrrhhh
bert Levanvsqui
mien rquis
Voitchiérrrhh Chtchenchne
Eugen Polansqui
iácub Buachtchivsqui

cach pichtchék
mártchin vachivsqui
dóvks óbraniak
fau muvsqui
tchiei rebus

as sílabas ou letras em negrito e sublinhado são as tônicas ou mais fortes... a maioria das palavras e nomes polacos são paróxitonos, ou seja, a sílaba forte é a penúltima... letras mudas são mudas, por exemplo o w que tem pronúncia de V e não de U como em inglês... atenção, principalmente do ex-jogador Neto, comentarista da Band que ouve o Luciano e na sequência fala errado o nome do Muvsqui  e não muravisqui... viu ô ex- craque do Coxa. 

Para o jogo de hoje, estas são as escalações
POLÔNIA 
22 - Tytoń(goleiro) pronuncia-se Tetonh
2   - Boenisch
13 - Wasilewski
15 - Perquis
20 - Piszczek
5  - Dudka
7  - Polanski
10 - Obraniak
11 - Murawski
16 - Błaszczykowski (capitão)
9   - Lewandowski
Técnico: Franciszek Smuda - pronuncia-se Frantchichék Smuda

Rússia
16 - Malafeev (goleiro)
2  - Anyukov
4  - Ignashevich
5  - Zhirkov
12 - A. Berezutski
6  - Shirokov
7  - Denisov
8  - Zyryanov
17 - Dzagoev
10  - Arshavin (capitão)
11 - Kerzhakov  
Técnico: Dick Advocaat (Holanda)

No caminho dos russos

Na primeira página, de hoje, do jornal Gazeta Wyborcza a apreensão dos polacos com o jogo:
POSSIBILIDADE CONTRA OS RUSSOS
Os russos formam talvez o time mais harmonioso na Euro 2012, alguns jogadores polacos mal conhecem os seus adversários. Neste jogo antes de tudo é preciso muito mais para sobreviver. 

Na foto da esquerda a estrela polaca: 
Robert Lewandowski 
na da direita, a estrela russa: 
Andriej Arszawin


No horário brasileiro, o jogo é às 15:45horas com transmissão pela Band TV, com Luciano do Vale e Neto. E nos canais Sport TV e SportTV HD da Net e Sky.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

72 torcedores russos e croatas detidos


A polícia polaca anunciou que realizou 72 prisões desde o início da Eurocopa, na última sexta-feira.
Segundo o Ministério do Interior da Polônia foram registrados confrontos violentos nas cidades de Wrocław (pronuncia-se vrótssuaf) e Poznań (pósnanh), principalmente envolvendo torcedores croatas e russos
O Ministério do Interior indicou que mais da metade dos 72 detidos estavam sob influência de álcool. A preocupação maior, neste momento, está na tentativa de evitar problemas durante o confronto entre Rússia e Polônia, que será disputado nesta terça-feira em Varsóvia.
A partida é considerada como um possível foco de tensão entre os torcedores das duas seleções. Os dados oficiais revelam ainda que, desde o começo do torneio, a Polônia recebeu em torno de 905 mil torcedores nas Fan Zones e nos estádios.

Polacos deram exemplo em Curitiba

Por Fernando Freire 
Curitiba

Seleção de brasileiros descendentes de polacos aplicou sonora goleada de 18 X 0 nos descendentes de ucranianos de Curitiba
 A Eurocopa é o foco das atenções de quase todo mundo desde sexta-feira e até o dia 1° de julho. O evento, sediado na Ucrânia e na Polônia, reúne as 16 principais seleções europeias e craques como o Cristiano Ronaldo, Robben, Schweinsteiger e muitos outros. A cerca de 10 mil quilômetros dos países que recebem o torneio, descendentes fazem uma - improvável e genérica - final em Curitiba.


Abertura das Festividades com as bandeiras do Brasil, Ucrânia e Polônia
Para comemorar a disputa da Euro e confraternizar, ucranianos e polacos realizaram um amistoso no Estádio do Trieste, em Curitiba-PR, na manhã de sábado. 
O evento teve comida e roupa típicas, hinos dos países e até futebol - muito longe do apresentado nos gramados europeus, claro.
Antes da partida, a cônsul da Ucrânia em Curitiba, Larissa Mironenko, e o cônsul da Polônia, Marek Makowski, fizeram breve discurso e exaltaram a reunião.
Coral Polaco João Paulo II
Coral Ucraniano Haidamak
Depois, corais de descendentes cantaram o hino da Ucrânia, da Polônia e, por fim, do Brasil. A mistura cultural ficou evidente no grito de guerra do time vermelho, meio polaco, meio brasileiro. - Um, dois, três... Polska - gritaram os 11 titulares antes do jogo.


Quando a bola rolou, a Polônia massacrou a Ucrânia. Antes do intervalo, o placar já marcava 9 a 0 para os polacos
E depois do quinto gol, um torcedor mais animado não se conteve: - Tem que levar este time para jogar a Eurocopa lá - pediu, aos risos. 
No intervalo, as arquibancadas do Estádio do Trieste ficaram vazias. Os torcedores foram para a praça de alimentação, na parte interna.

Os polacos tinham à disposição o tradicional pierogi, além de recheio de ricota com batata e de carnes defumadas com repolho, bigos (semelhante à feijoada, mas só que com repolho no lugar do feijão) e sonho. 
Já os ucranianos puderam provar o perohê (o mesmo pierogi dos polacos) e o perohê com holubsti, o medivnêk (mel com nozes), o napoleon (folhada com creme), o muraveinyk (bolacha com nozes e papoula) e a zapicanka (requeijão com amêndoas). 
No sistema de som, porém, nada de músicas típicas. Durante os 15 minutos, canções brasileiras tocaram mais alto, como os sambas de Arlindo Cruz e de Jorge Aragão. Depois do intervalo, os descendentes de polacos não diminuíram o ritmo e marcaram mais nove gols: 18 a 0. Antes do apito final, alguns torcedores da Ucrânia protestaram. "Vergonha". Outros mostraram uma (falsa) confiança. "Vamos virar, time".
Animada, a torcida vermelha e branca até gritou o nome do goleiro adversário e tirou sarro. "Um, dois, três... Genillson é polonês". E, preocupado com a goleada, um jogador da Polônia brincou: - Pô, a gente vai causar uma guerra lá.
O atacante Carlos Henze Júnior, de 29 anos - que tem o experiente Schevchenko, artilheiro da Ucrânia, como referência - não balançou as redes, mas falou da importância da confraternização na capital paranaense: - O lema da Eurocopa é "fazendo história juntos". Este é um lema perfeito para a história de Polônia e Ucrânia. Esta amizade que está se formando entre os povos é um novo tempo. No Brasil, especialmente, em que a gente já tem o costume de ser um país multi-cultural, é importante mostrar esta integração pacífica e de muita amizade.
As torcidas de brasileiros descendentes de polacos e ucranianos no Estádio do Triste E.C. de Curitiba
Depois do jogo, o time azul, apesar da goleada sofrida, fez a festa, dançou e recebeu medalhas. O torcedor Meroslau Vodiani, descendente de ucraniano por parte de pai e mãe, comentou sobre o evento em Curitiba: - Foi uma oportunidade única de os países se cruzarem, se confraternizarem em um local que nos acolheu com muito carinho - afirmou. Os descendentes de polacos também comemoraram a conquista.
Eles, porém, preferiram uma canção brasileira e fizeram a coreografia do "Eu quero tchu, eu quero tcha", música da dupla João Lucas e Marcelo e que se tornou famosa pelas comemorações do craque Neymar, atacante do Santos.
O organizador do evento e secretário do Consulado da Polônia, Paulo César Kochanny, de 51 anos, comentou sobre a "Eurocopa em Curitiba". - A realização deste evento partiu por parte do Consulado Geral da Polônia, como idealizador disto. Imediatamente, nós convidamos o pessoal do Consulado da Ucrânia, para poder juntar grupo folclórico, coral e times de descendentes de polacos e de ucranianos. O objetivo principal era justamente a confraternização e a comemoração pela abertura da Eurocopa. Aqui no Brasil e principalmente no Paraná, a imigração é extremamente forte. Além do encontro esportivo, é também para colocar em foco as duas culturas.
Ao final do amistoso, as duas equipes desfilaram com as bandeiras da Ucrânia e da Polônia
Na Eurocopa tradicional, a Polônia tem um ponto no Grupo A. Ela empatou com a Grécia em 1 a 1 na sexta-feira, no Estádio Nacional de Varsóvia. Já a Ucrânia estreia hoje,  segunda-feira, pelo Grupo D. Ela encara a Suécia, no Estádio Olímpico de Kiev.

A Polônia na Euro 2012



Manchete de sexta-feira, dia 8 de junho, abertura da Euro2012, na Gazeta Wyborcza:
ISTO NÃO É SONHO, ISTO É A EURO
Começamos. Hoje às 18:00 horas no Estádio Nacional. Polônia X Grécia

No sábado, a manchete trouxe o empate:
VITÓRIA ATÉ A METADE
Polônia 1 X 1 Grécia

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Seleção alemã de futebol visita Birkenau

Klose e Podolski - Foto: Jakub Ociepa

Cerca de 30 pessoas da delegação da Federação Alemã de Futebol visitaram os campos de concentração e extermínio alemão de Auschwitz e Birkenau, na tarde de ontem.
Os jogadores polacos de cidadania alemã, Klose e Podolski juntos com os alemães Lahm, Loew, foram os únicos jogadores da equipe. Aqui eles estão diante do monumento às vítimas do Holocasto, no campo de Birkenau e caminhando de volta ao portão principal. Eles estavam com os semblantes claramente tristes e chateados. 
Diferente dos demais visitantes, eles começaram a visita pelo campo de Birkenau, na cidade de Brzezinka, segundo funcionários do Museu, porque não queriam comprometer a visita e causar tumulto no campo de Auschwitz, na cidade vizinha de Oświencim, normalmente mais visitado. 
A seleção de futebol da Alemanha estava chefiada pelo presidente da Federação Alemã de Futebol Wolfgang Niersbach e pelo treinador Joachim Loew
Na Alemanha, antes dos jogadores viajarem a Polônia, houve uma discussão, na imprensa, se a seleção alemã deveria mesmo visitar Auschwitz.
Henry M. Boder, escritor e jornalista alemão de origem judaica, nascido na Polônia, na "Der Spiegel", chamou o anúncio da visita, como um "gesto barato"
O jornalista discutiu com Dieter Graumann, dirigente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, que por sua vez disse acreditar que, "a visita dos jogadores de futebol a Auschwitz é uma mensagem dramática, isto porque os jovens jogadores não têm culpa, mas sinto-me responsável." 
Discussão semelhante ocorreu nas páginas dos jornais italianos. O Chefe da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo Abete, disse que a equipe vai visitar o antigo campo Italia, dia 06 de junho, dois dias antes do início do campeonato. "É um gesto que queríamos fazer, porque a seleção é um símbolo do país e deve haver relação dela para com isso também",disse Abete. 
Além deles, a Foundation Holocaust Educational Trust decidiu organizar uma reunião dos jogadores ingleses com  dois prisioneiros sobreviventes dos campos nazistas, e no encontro ocorrido ainda na Inglaterra, decidiram que também visitarão Auschwitz. A seleção holandesa é outra que deverá visitar o campo de concentração.
O Museu Auschwitz-Birkenau decidiu impor novas regras para os visitantes dos campos de concentração alemão nazista das duas cidades polacas, durante a Euro 2012.