sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Levantadas dúvidas sobre corpo de Kaczyński

Foto: Filip Klimaszewski
O principal jornal da Polônia, o Gazeta Wyborcza, publica hoje reportagem sobre as declarações do advogado Rafał Rogalski sobre o acidente com o avião presidencial em Smoleński eximindo-se de responsabilidade.
As primeiras frases do texto são: "Não há dúvida de que no local do acidente, em Smoleński, foi encontrado morto o presidente. Isso está demonstrado em filmes feitos por oficiais do BOR. Alertamos que devido ao trágico detalhe do ocorrido, chegamos a pensar que não deveríamos publicar esta reportagem. Pois as declarações do Sr. Rogalski podem levar a opinião pública a um engano. Por isto, vamos imprimir parte da descrição."
Rafał Rogalski, advogado das vítimas do desastre de Smoleński, afirmou em entrevista à Rádio RMF, que existem duvidas de que, na cripta Wawel estejam realmente os restos mortais Presidente Lech Kaczyński e sua esposa. Ele também disse que não existe "nenhuma dúvida" sobre como morreu Przemysław Gosiewski, uma das vítimas do desastre. Questionado sobre estes detalhes, respondeu que o inquérito corre sob secreto de justiça. Abaixo está a reprodução de um trecho da entrevista de Rogalski à Rádio RMF FM:


Konrad Piasecki (RMF FM): Você tem certeza de que realmente sã os restos mortais de Maria e Lech Kaczyński que estão depositados na cripta da Catedral de Wawel?

Rafal Rogalski: Eu adoraria ter essa certeza. Os materiais estão sendo analisados com muito cuidado pelo Ministério Público e também pela defesa da vítimas.

RMF FM: Isso significa que para o senhor esta certeza não existe?

Rogalski: Eu não sei. Há meio ano o material colhido no local vem sendo analisado em detalhes, mesmo aqueles que foram enviados recentemente pelo promotor russo que investiga o acidente. Assim, ainda não temos certeza.


O jornal diz que possui uma descrição detalhada da catástrofe, e que para o Estado o corpo continua a ser o do presidente morto. A descrição, segundo o jornal, é baseada em dezenas de fotos e filmes feitos no local do acidente por cinco oficiais da BOR. As descrições dizem desde o início não existir dúvida de que o corpo do presidente foi encontrado. Também não é verdade que ele permaneceu na lama, como repetiu o deputado do PiS, (Partido Lei e Justiça) Joachim Brudziński.
Por estes trágicos detalhes é que o jornal pensou bastante se deveria publicar a entrevista. No entanto, o discurso do Sr. Rogalski (e não é o primeiro de seu tipo) pode vir a enganar a opinião pública e foi somente por isso, que enfim se decidiu imprimir também a descrição oficial.
Mas também é verdade que vídeos e fotos "top secret" provavelmente nunca serão tornados públicos, justifica-se a Gazeta. A tarefa do BOR no local do acidente foi encontrar e identificar o corpo do presidente Lech, e depois documentar, como um cadáver estava sendo preparado para ser transporte até o local da autópsia.
O corpo do presidente foi horrivelmente mutilado e como, muitos outros cadáveres, também foi despojado de suas roupas. Ele teria sido identificado pelo pé esquerdo, pois a perna direita, abaixo do joelho, estava destruída inteiramente. Ele também perdeu uma mão. Seu rosto não permitiu qualquer diagnóstico porque o crânio do presidente foi completamente esmagado. Junto ao cadáver foi colocado a mão e o pé com o sapato e fragmento de calça cinza.
Os corpos das vítimas foram transferidos para uma área localizada próxima à cerca do aeroporto. Ali, o caixão roxo foi preparado. Na grama, sobre sacos plásticos foram colocados os corpos. Imediatamente os corpos foram sendo cobertos com um material branco. Em outro local, separado, foram colocados os restos, que não combinavam com qualquer corpo.
Junto aos corpos que já tinham sido identificados, foi colocado um pedaço de papel branco onde foi escrito à mão o nome do corpo. Se o corpo não era reconhecido (maioria dos casos), foi escrito em russo apenas: "Não há cadáver". No corpo do presidente foi colocada uma placa: "Priezident Polszy, Kaczinskij". Polacos, que tiveram acesso a esta confirmação, dizem que foi mostrado apenas a parte superior do corpo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Gralha azul polaco do Paraná



Pensei inicialmente em responder ao comentário postado no texto sobre o lançamento de meu livro em Telêmaco Borba, no próprio espaço dos comentários. Mas o tema é longo e merece um tratamento mais adequado. Assim vamos começar respondendo, dizendo que - não tenho procuração para defender a Klabin. 
Mas... A história registra que por determinação da Klabin, na década de 40, foi criado o Departamento de Reflorestamento da Klabin do Paraná, com sede na localidade de Lagoa, na Fazenda Monte Alegre, então pertencente ao município de Tibagi. Fugindo dos horrores da Segunda Guerra Mundial, um engenheiro polaco Zygmunt Wieliczka, junto com outros seis engenheiros vindos da Polônia, viu na Araucária Angustifolia - o Pinheiro do Paraná, a solução para o papel que iria começar a ser fabricado em Harmonia.
O engenheiro Wieliczka (o primeiro à direita)
Wieliczka nasceu, na Polônia, em 25 de setembro de 1890 e combateu na 1ª. e na 2ª. Guerra Mundial. Logo após desembarcar no Brasil foi contratado pelos irmãos lituanos-polacos Klabin e Lafer para trabalhar nas Indústrias Klabin do Paraná.
Logo ao chegar em Lagoa, na Fazenda Monte Alegre, ele percebeu que o trabalho seria imenso. Enquanto quando maus paranaenses e imigrantes gaúchos estavam devastando o Sudoeste do Paraná, eliminando toda a araucária daquela região, o engenheiro polaco Wielicka, a partir de 1944, começou em Monte Alegre um trabalho extraordinário. Daquele ano até 1954, este verdadeiro gralha azul polaco plantou mais de 100 (cem) milhões de pés de araucária. Algum tempo depois de tudo estar plantado, fez novas pesquisas e substituiu o pinheiro pelo pinus e pelo eucalipto.
Ninguém plantou mais pinheiro no Paraná do que ele. Assim a Klabin não pode ser acusada de devastar as terras paranaenses. Pois mesmo com a substituiçao das espécies, a plantação de pinheiros continuou a crescer. Um grande número morreu é verdade, outro tanto foi cortado para construção de habitações para os trabalhadores dos diversos acampamentos e localidades da Fazenda. Uma outra grande parte das árvores foi tragicamente atingida da década de 60, pelos grandes incêndios florestais que atingiram não só Monte Alegre, como todo o Estado do Paraná.
Mas milhares de árvores continuam balançando na Fazenda Monte Alegre, preservando não só a flora, mas também a fauna paranaense. Além da mata de pinheiros plantada, a Klabin mantém no município de Telêmaco Borba uma mata virgem original intacta.
Quanto a Wieliczka, antes de se desligar da empresa, naturalizou-se brasileiro, em 30 de março de 1951. Pela lei das indenizações (anterior ao FGTS) após 9 anos de trabalho na Klabin foi morar no Estado de São Paulo, e assim a partir da década de 50, dividiu residência entre São Paulo e Bragança Paulista. O Engenheiro Wieliczka faleceu em 5 de junho de 1975.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Polaco" chega em Telêmaco Borba


Nesta quarta-feira, dia 15 de dezembro, Telêmaco Borba, cidade na região Centro-Leste do Estado do Paraná, recebe, Ulisses Iarochinski, para o terceiro lançamento do livro "Polaco - Identidade Cultural do brasileiro descendente de imigrantes da Polônia".
O município de 47 anos tem sua origem em Monte Alegre, terras descobertas em 1739, e que nos séculos 18 e 19 foi de propriedade de José Félix da Silva. No século 19 passou às mãos do Barão de Monte Carmelo, casado com uma descendente de José Félix. Em 1934, os lituanos-polacos Klabin e Lafer arremataram a antiga Fazenda dos Campos Gerais Paranaenses e ali construíram uma das maiores fábricas de papel e celulose, além do maior parque de reflorestamento particular do mundo. Foi ali, muito próximo das margens do rio Harmonia, que o autor de "Polaco" nasceu.
Pode não parecer, pois Monte Alegre, Harmonia, Cidade Nova, Telêmaco Borba nunca foram reconhecidas como uma colônia de imigrantes polacos, mas é significativo o número de moradores da cidade que descendem de imigrantes da Polônia, a começar pelos próprios Klabin, que são originários da Grande República das Duas Nações Polônia-Lituânia. Sobrenomes polacos é o que não falta no catálogo telefônico da cidade... Iarochinski, Pukanski, Kulcheski Fialkowski, Adamowski, Kelsczko, Kaweski, Wilczek, Malinowski, Piotrowski são bastante comuns ali. Todos polacos de outras colônias que a partir da década de 40 (do século passado) acorreram ao novo eldorado paranaense: Monte Alegre.
Este é o terceiro lançamento do livro que é uma versão parcial da dissertação de mestrado de Iarochinski, na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, na Polônia. Os dois lançamentos anteriores ocorreram em Curitiba e Araucária.
Na Capital do Papel, o lançamento de "Polaco" acontece na Casa da Cultura, às 15 horas.  

sábado, 11 de dezembro de 2010

As memórias da ulica Dzielna, 27

Este "post", publicado originalmente no site http://www.ruajudaica.com/ , foi indicado pelo leitor Gerson Guelman, de Curitiba. Tomei a liberdade de substituir o termo gentílico utilizado pelo autor pela palavra polaco, polaca. No mais, espero que a republicação aqui possa contribuir para as pesquisas sobre as famílias que moravam naquela rua varsoviana de belas memórias, apesar de seu fim trágico na segunda guerra mundial que destruiu a cidade.

Até poucas semanas nunca tinha ouvido falar na Rua Dzielna, que se pronuncia djélna. Na realidade, nem sabia em que cidade ou país estava localizada ou até mesmo se existia – ou teria existido – uma rua com esse nome. Quem abriu meus olhos para a importância da Ulica (rua em polaco) Dzielna foi o Cirurgião e Artista Plástico brasileiro Julio Hochberg, radicado há muitos anos nos Estados Unidos, durante uma agradável caminhada pelas movimentadas alamedas da Feira Internacional do Livro de Miami.



Feira Internacional do Livro de Miami
A mãe do meu interlocutor, Sra Maria Sukkiennik, Z”L”, havia residido no número 27 da Dzielna, em Varsóvia, onde passou a infância e parte da adolescência. Os Sukiennik faziam parte de uma família que havia se dedicado, geração após geração, ao ramo das confecções, ao passo que os Hochberg, sobrenome do futuro esposo de Maria Sukiennik, também por tradição familiar, ao dos calçados. Maria logo se destacou como talentosa modista em um estúdio de alta costura da capital polaca assim que concluiu o ginásio e começou a trabalhar.


Em um determinado dia de 1927, Maria Sukiennik, então com 16 anos e já requisitada pela melhor sociedade polaca em razão da originalidade e beleza de suas criações, chegou em casa esbaforida após um dia de intenso trabalho. Chamou os pais e quatro irmãos, inclusive o pequeno José, de apenas 3 anos e revelou-lhes um trágico pressentimento: - Precisamos deixar a Polônia, pois algo de muito grave irá acontecer com os judeus daqui a exatos dez anos! Imaginem a cara de espanto de seus pais e irmãos mais velhos ante aquela súbita revelação, mas Maria, apesar de bastante jovem, já era respeitada por toda a família, por sua aguçada inteligência e conhecida dedicação às tarefas que lhe eram confiadas. Como dispunham de tempo, pois a profecia havia estabelecido um prazo de dez anos para os terríveis acontecimentos que estariam por vir, a família pode se preparar com calma para a longa viagem com destino ao Brasil, país escolhido como porto seguro para livrá-los da tragédia que iria se abater – como de fato aconteceu – sobre a sofrida coletividade judaica da Polônia. Três anos depois da revelação, os Sukiennik pegaram um navio rumo ao porto de Santos, onde desembarcaram no dia 26 de junho de 1930, uma quarta-feira. Parte da família se estabeleceu em São Paulo, outra no Rio e Maria, com seus pais, se dirigiu para o Rio Grande do Sul, onde casou, criou seus filhos e assistiu ao nascimento de uma penca de netos, bem distante do que previra acontecer na sua querida Varsóvia e, especialmente, na ulica Dzielna da sua adolescência.

Ulica Dzielna
Em setembro de 1939, as tropas nazistas invadiram a Polônia, dando início à Segunda Guerra e, quatorze meses depois, em novembro de 1940, começaram a confinar os israelitas no antigo bairro judaico da capital, que passou para a história como o tristemente conhecido Gueto de Varsóvia. A Dzielna, que acabou sendo incluída no gueto, formava um dos eixos residenciais e comerciais mais importantes da região e fazia esquina com a Zamenhof, por onde circulava uma movimentada linha de bondes, ironicamente obrigados a ostentar, como seus passageiros, uma Estrela de David. Na Dzielna, famosa pela feira livre que atraía comerciantes e fregueses de diversas regiões de Varsóvia, funcionavam estabelecimentos bastante conhecidos, como a Biblioteca Zycie, no número 4, a fábrica de espartilhos da Sra. Zulkowa, no 5, a Sinagoga Moriah, no 7 e o Salão de Cabeleireiros de Estera Frenzel, entre tantos outros.

Bonde trafegando pela ulica Zamenhof
Quase em frente ao número 27, onde os Sukiennik haviam morado antes da providencial transferência para o Brasil, funcionaram, no número 34, as sedes dos movimentos juvenis Ashomer Atzair e Dror. Nesse histórico endereço foram estabelecidas as diretrizes para a resistência militar à planejada exterminação dos judeus da Polônia pelas tropas alemãs. Da tradicional Dzielna praticamente nada restou após os intensos combates entre os partisans judeus - precariamente armados e municiados - e as forças hitleristas, com exceção do muro e o portão do antigo presído Pawiak. Mais tarde, findos os combates, o próprio muro dessa prisão acabou sendo implodido e, do portão, só restou uma pequena parte, que está lá até hoje, como testemunha muda do massacre perpetrado contra a indefesa população judaica do gueto.

O Gueto em chamas
Maria costumava contar aos filhos que, da janela de sua casa, no número 27, era possível avistar o portão de ferro da prisão, localizada no 24 e 26, do outro lado da rua. Esse fato aguçou a curiosidade do Dr. Júlio, um incansável pesquisador sobre a presença judaica na Polônia. Além de ter viajado várias vezes à terra natal de seus ancestrais, Júlio devorou grande parte da literatura referente aos habitantes do bairro judaico de Varsóvia, antes e depois da instalação do gueto, recolhendo informações a respeito de cada casa, de cada família, de cada estabelecimento existente na Rua Dzielna, desde o número 1, onde funcionou o Teatro Eldorado, que sucedeu ao Skala, até o 95, já na esquina da ulica Okupowna, vizinha ao Cemitério Judaico.

MONTANDO O QUEBRA-CABEÇAS
Com auxílio de diferentes fontes, foi sendo possível descobrir o nome de cada uma das famílias que residiram nessa rua, muitas das quais não sobreviveram à barbárie hitlerista, mas, pela lista de sobrenomes e também os números das residências e estabelecimentos nela localizados o Dr. Júlio pretende reconstituir, nos mínimos detalhes, a vida da outrora movimentada e borbulhante Ulica Dzielna, onde sua família materna residiu em uma casa de cuja janela da sala era possível contemplar, do outro lado da rua, o portão de ferro da Prisão Pawiak, como sua mãe, tantas vezes, lhe relatara.

Ruínas do portão da prisão atualmente
Ele conseguiu recuperar uma extensa lista de sobrenomes e de praticamente todos os números das casas e apartamentos onde essas pessoas residiram e agradece a colaboração dos leitores da Rua Judaica que puderem ajudá-lo a terminar a montagem desse verdadeiro quebra-cabeças comunitário. Qualquer informação sobre as famílias que moraram na Dzielna antes e depois da instalação do gueto será extremamente bem-vinda, pois irá auxiliá-lo em seu paciente e laborioso trabalho de reconstituição de um passado interrompido de forma brutal pelo ódio e a violência da máquina de guerra nazista.  

Informe para: nmenda@hotmail.com

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Poniatowski na Sukiennice



Na sala Bacciarelli do Museu Nacional da Polônia no Sukiennice em Cracóvia a quadro de com o último rei polaco.
Autor: Marceli Bacciarelli
Quadro de Stanisław August Poniatowski em trajes usados em sua coroanao, [ao redor do ano 1790]
Óleo de 157 x 125
Sem assinatura.
Doação de Julia Potockich Branicki de Sucha, em 1910.

Polônia no Wikileaks também

Foto: Wojciech Olkusnik

Nem a Polônia escapou. O ministro da relações exteriores polaco Radosław Sikorski informou, hoje, sobre um telegrama divulgado pelo site da Wikileaks envolvendo a Embaixada dos EUA na Polônia, em 2008. O telegrama descreve as palavras de Sikorski sobre uma ameaça russa. O Chefe do Ministério Polaco explicou que o repórter americano, que escreveu a notícia sobre suas afirmações na época, ou entendeu mal o que ele tinha dito, ou intencionalmente escreveu o que quis.
A mensagem enviada pela Embaixada americana, de 2008, avaliou, com base no texto do jornalista, que a Polônia era um aliado natural dos EUA no Leste, e que sua política visava dissuadir a Rússia, além de o ministro encarar os russos como uma séria ameaça a estabilidade da região.
Na verdade, segundo Sikorski, ele disse naquela oportunidade aos jornalistas dos EUA que "o governo polaco acreditava que a Rússia poderia vir a ser uma ameaça dentro de 10 a 15 anos, mas que após a crise na Geórgia esta ameaça poderia ocorrer em apenas 10 a 15 meses".
Sikorski teria reclamado que a "OTAN tinha se tornado um clube de desdentados da política e alertou que a Polônia não poderia ignorar a possibilidade de repetição do cenário da Geórgia, na Ucrânia". Escreveram na mensagem os representantes da Embaixada dos EUA na Polônia para Washington.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os novos prefeitos na Polônia

Na Polônia, as localidades têm status diferentes devido a população. Dai decorre também o título do administrador. Em cidades maiores, o título de prefeito é President Miasto (cidade), nas cidades menores, o título de prefeito é Burmistrz e ainda, nas pequenas o título do administrador é Starosta e na pequininhas, Wujt. 
Nesta relação abaixo estão apenas os 101 prefeitos eleitos das últimas eleições municipais de novembro. Estes são denominados de presidente da cidade: