terça-feira, 12 de junho de 2012

Os guerreiros polacos na Euro 2012

Atenção locutores, narradores, comentaristas e repórteres brasileiros na Euro 2012 para a pronúncia correta dos nomes dos jogadores polacos:

Sestian Boénisrrrhhh
bert Levanvsqui
mien rquis
Voitchiérrrhh Chtchenchne
Eugen Polansqui
iácub Buachtchivsqui

cach pichtchék
mártchin vachivsqui
dóvks óbraniak
fau muvsqui
tchiei rebus

as sílabas ou letras em negrito e sublinhado são as tônicas ou mais fortes... a maioria das palavras e nomes polacos são paróxitonos, ou seja, a sílaba forte é a penúltima... letras mudas são mudas, por exemplo o w que tem pronúncia de V e não de U como em inglês... atenção, principalmente do ex-jogador Neto, comentarista da Band que ouve o Luciano e na sequência fala errado o nome do Muvsqui  e não muravisqui... viu ô ex- craque do Coxa. 

Para o jogo de hoje, estas são as escalações
POLÔNIA 
22 - Tytoń(goleiro) pronuncia-se Tetonh
2   - Boenisch
13 - Wasilewski
15 - Perquis
20 - Piszczek
5  - Dudka
7  - Polanski
10 - Obraniak
11 - Murawski
16 - Błaszczykowski (capitão)
9   - Lewandowski
Técnico: Franciszek Smuda - pronuncia-se Frantchichék Smuda

Rússia
16 - Malafeev (goleiro)
2  - Anyukov
4  - Ignashevich
5  - Zhirkov
12 - A. Berezutski
6  - Shirokov
7  - Denisov
8  - Zyryanov
17 - Dzagoev
10  - Arshavin (capitão)
11 - Kerzhakov  
Técnico: Dick Advocaat (Holanda)

No caminho dos russos

Na primeira página, de hoje, do jornal Gazeta Wyborcza a apreensão dos polacos com o jogo:
POSSIBILIDADE CONTRA OS RUSSOS
Os russos formam talvez o time mais harmonioso na Euro 2012, alguns jogadores polacos mal conhecem os seus adversários. Neste jogo antes de tudo é preciso muito mais para sobreviver. 

Na foto da esquerda a estrela polaca: 
Robert Lewandowski 
na da direita, a estrela russa: 
Andriej Arszawin


No horário brasileiro, o jogo é às 15:45horas com transmissão pela Band TV, com Luciano do Vale e Neto. E nos canais Sport TV e SportTV HD da Net e Sky.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

72 torcedores russos e croatas detidos


A polícia polaca anunciou que realizou 72 prisões desde o início da Eurocopa, na última sexta-feira.
Segundo o Ministério do Interior da Polônia foram registrados confrontos violentos nas cidades de Wrocław (pronuncia-se vrótssuaf) e Poznań (pósnanh), principalmente envolvendo torcedores croatas e russos
O Ministério do Interior indicou que mais da metade dos 72 detidos estavam sob influência de álcool. A preocupação maior, neste momento, está na tentativa de evitar problemas durante o confronto entre Rússia e Polônia, que será disputado nesta terça-feira em Varsóvia.
A partida é considerada como um possível foco de tensão entre os torcedores das duas seleções. Os dados oficiais revelam ainda que, desde o começo do torneio, a Polônia recebeu em torno de 905 mil torcedores nas Fan Zones e nos estádios.

Polacos deram exemplo em Curitiba

Por Fernando Freire 
Curitiba

Seleção de brasileiros descendentes de polacos aplicou sonora goleada de 18 X 0 nos descendentes de ucranianos de Curitiba
 A Eurocopa é o foco das atenções de quase todo mundo desde sexta-feira e até o dia 1° de julho. O evento, sediado na Ucrânia e na Polônia, reúne as 16 principais seleções europeias e craques como o Cristiano Ronaldo, Robben, Schweinsteiger e muitos outros. A cerca de 10 mil quilômetros dos países que recebem o torneio, descendentes fazem uma - improvável e genérica - final em Curitiba.


Abertura das Festividades com as bandeiras do Brasil, Ucrânia e Polônia
Para comemorar a disputa da Euro e confraternizar, ucranianos e polacos realizaram um amistoso no Estádio do Trieste, em Curitiba-PR, na manhã de sábado. 
O evento teve comida e roupa típicas, hinos dos países e até futebol - muito longe do apresentado nos gramados europeus, claro.
Antes da partida, a cônsul da Ucrânia em Curitiba, Larissa Mironenko, e o cônsul da Polônia, Marek Makowski, fizeram breve discurso e exaltaram a reunião.
Coral Polaco João Paulo II
Coral Ucraniano Haidamak
Depois, corais de descendentes cantaram o hino da Ucrânia, da Polônia e, por fim, do Brasil. A mistura cultural ficou evidente no grito de guerra do time vermelho, meio polaco, meio brasileiro. - Um, dois, três... Polska - gritaram os 11 titulares antes do jogo.


Quando a bola rolou, a Polônia massacrou a Ucrânia. Antes do intervalo, o placar já marcava 9 a 0 para os polacos
E depois do quinto gol, um torcedor mais animado não se conteve: - Tem que levar este time para jogar a Eurocopa lá - pediu, aos risos. 
No intervalo, as arquibancadas do Estádio do Trieste ficaram vazias. Os torcedores foram para a praça de alimentação, na parte interna.

Os polacos tinham à disposição o tradicional pierogi, além de recheio de ricota com batata e de carnes defumadas com repolho, bigos (semelhante à feijoada, mas só que com repolho no lugar do feijão) e sonho. 
Já os ucranianos puderam provar o perohê (o mesmo pierogi dos polacos) e o perohê com holubsti, o medivnêk (mel com nozes), o napoleon (folhada com creme), o muraveinyk (bolacha com nozes e papoula) e a zapicanka (requeijão com amêndoas). 
No sistema de som, porém, nada de músicas típicas. Durante os 15 minutos, canções brasileiras tocaram mais alto, como os sambas de Arlindo Cruz e de Jorge Aragão. Depois do intervalo, os descendentes de polacos não diminuíram o ritmo e marcaram mais nove gols: 18 a 0. Antes do apito final, alguns torcedores da Ucrânia protestaram. "Vergonha". Outros mostraram uma (falsa) confiança. "Vamos virar, time".
Animada, a torcida vermelha e branca até gritou o nome do goleiro adversário e tirou sarro. "Um, dois, três... Genillson é polonês". E, preocupado com a goleada, um jogador da Polônia brincou: - Pô, a gente vai causar uma guerra lá.
O atacante Carlos Henze Júnior, de 29 anos - que tem o experiente Schevchenko, artilheiro da Ucrânia, como referência - não balançou as redes, mas falou da importância da confraternização na capital paranaense: - O lema da Eurocopa é "fazendo história juntos". Este é um lema perfeito para a história de Polônia e Ucrânia. Esta amizade que está se formando entre os povos é um novo tempo. No Brasil, especialmente, em que a gente já tem o costume de ser um país multi-cultural, é importante mostrar esta integração pacífica e de muita amizade.
As torcidas de brasileiros descendentes de polacos e ucranianos no Estádio do Triste E.C. de Curitiba
Depois do jogo, o time azul, apesar da goleada sofrida, fez a festa, dançou e recebeu medalhas. O torcedor Meroslau Vodiani, descendente de ucraniano por parte de pai e mãe, comentou sobre o evento em Curitiba: - Foi uma oportunidade única de os países se cruzarem, se confraternizarem em um local que nos acolheu com muito carinho - afirmou. Os descendentes de polacos também comemoraram a conquista.
Eles, porém, preferiram uma canção brasileira e fizeram a coreografia do "Eu quero tchu, eu quero tcha", música da dupla João Lucas e Marcelo e que se tornou famosa pelas comemorações do craque Neymar, atacante do Santos.
O organizador do evento e secretário do Consulado da Polônia, Paulo César Kochanny, de 51 anos, comentou sobre a "Eurocopa em Curitiba". - A realização deste evento partiu por parte do Consulado Geral da Polônia, como idealizador disto. Imediatamente, nós convidamos o pessoal do Consulado da Ucrânia, para poder juntar grupo folclórico, coral e times de descendentes de polacos e de ucranianos. O objetivo principal era justamente a confraternização e a comemoração pela abertura da Eurocopa. Aqui no Brasil e principalmente no Paraná, a imigração é extremamente forte. Além do encontro esportivo, é também para colocar em foco as duas culturas.
Ao final do amistoso, as duas equipes desfilaram com as bandeiras da Ucrânia e da Polônia
Na Eurocopa tradicional, a Polônia tem um ponto no Grupo A. Ela empatou com a Grécia em 1 a 1 na sexta-feira, no Estádio Nacional de Varsóvia. Já a Ucrânia estreia hoje,  segunda-feira, pelo Grupo D. Ela encara a Suécia, no Estádio Olímpico de Kiev.

A Polônia na Euro 2012



Manchete de sexta-feira, dia 8 de junho, abertura da Euro2012, na Gazeta Wyborcza:
ISTO NÃO É SONHO, ISTO É A EURO
Começamos. Hoje às 18:00 horas no Estádio Nacional. Polônia X Grécia

No sábado, a manchete trouxe o empate:
VITÓRIA ATÉ A METADE
Polônia 1 X 1 Grécia

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Seleção alemã de futebol visita Birkenau

Klose e Podolski - Foto: Jakub Ociepa

Cerca de 30 pessoas da delegação da Federação Alemã de Futebol visitaram os campos de concentração e extermínio alemão de Auschwitz e Birkenau, na tarde de ontem.
Os jogadores polacos de cidadania alemã, Klose e Podolski juntos com os alemães Lahm, Loew, foram os únicos jogadores da equipe. Aqui eles estão diante do monumento às vítimas do Holocasto, no campo de Birkenau e caminhando de volta ao portão principal. Eles estavam com os semblantes claramente tristes e chateados. 
Diferente dos demais visitantes, eles começaram a visita pelo campo de Birkenau, na cidade de Brzezinka, segundo funcionários do Museu, porque não queriam comprometer a visita e causar tumulto no campo de Auschwitz, na cidade vizinha de Oświencim, normalmente mais visitado. 
A seleção de futebol da Alemanha estava chefiada pelo presidente da Federação Alemã de Futebol Wolfgang Niersbach e pelo treinador Joachim Loew
Na Alemanha, antes dos jogadores viajarem a Polônia, houve uma discussão, na imprensa, se a seleção alemã deveria mesmo visitar Auschwitz.
Henry M. Boder, escritor e jornalista alemão de origem judaica, nascido na Polônia, na "Der Spiegel", chamou o anúncio da visita, como um "gesto barato"
O jornalista discutiu com Dieter Graumann, dirigente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, que por sua vez disse acreditar que, "a visita dos jogadores de futebol a Auschwitz é uma mensagem dramática, isto porque os jovens jogadores não têm culpa, mas sinto-me responsável." 
Discussão semelhante ocorreu nas páginas dos jornais italianos. O Chefe da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo Abete, disse que a equipe vai visitar o antigo campo Italia, dia 06 de junho, dois dias antes do início do campeonato. "É um gesto que queríamos fazer, porque a seleção é um símbolo do país e deve haver relação dela para com isso também",disse Abete. 
Além deles, a Foundation Holocaust Educational Trust decidiu organizar uma reunião dos jogadores ingleses com  dois prisioneiros sobreviventes dos campos nazistas, e no encontro ocorrido ainda na Inglaterra, decidiram que também visitarão Auschwitz. A seleção holandesa é outra que deverá visitar o campo de concentração.
O Museu Auschwitz-Birkenau decidiu impor novas regras para os visitantes dos campos de concentração alemão nazista das duas cidades polacas, durante a Euro 2012. 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Audiências das rádios polacas


Algumas curiosidades sobre a audiência das emissoras de rádio na Polônia são interessantes. Em que pese a privatização de quase duas décadas, entre as onze mais ouvidas, as 4 emissoras estatais da Radio Polska ocupam lugar de destaque. A Jedynka se mantém em 3º lugar seguida da Trójka.
A rádio que começou clandestina e já decidiu eleições presidenciais, a Radio Maryja, do padre ultradireitista Tadeusz Rydzyk ocupa apenas a 5ª colocação.
A privada radio RMF de capital internacional se mantém no primeiro lugar já há alguns anos e com uma boa dianteira em relação a segunda colocada.
As emissoras de rádio de maior audiência na Polônia, segundo a firma SMG/KRC Millward Brown Company neste último trimestre são:

1ª - RMF FM - 24,30%
2ª - Radio ZET - 14,90%
3ª - Radio Polska Jedynka - 11,70%
4ª - Radio Polska Trójka - 8,20% 
5ª - Radio Maryja - 3,30% 
6ª - ESKA ROCK - 1,70% 
7ª - TOK FM - 1,40% 
8ª - Radio Polska Dwójka - 0,60%
9ª - Radio Polska Czwórka - 0,40%
10ª - CHILLIZET - 0,30% 
11ª - Radio PiN - 0,20%

Fonte: Gazeta Wyborcza

Obama condecora "pos morten" herói polaco

O presidente americano, Barack Obama, homenageou nesta terça-feira com a Medalha da Liberdade, máxima honra civil nos Estados Unidos, personalidades como o cantor Bob Dylan, o astronauta aposentado John Glenn e a ativista mexicano-americana Dolores Huerta, e o polaco Jan Karski, aos quais descreveu como seus "heróis pessoais". Durante uma cerimônia na Ala Leste da Casa Branca, Obama outorgou a medalha a notáveis representantes dos campos político, social e cultural que, em sua opinião, deixaram uma marca na vida do país e compõem um grupo "fenomenal"
"Cada um dos homenageados nesta terça-feira foi abençoado com uma extraordinária quantidade de talento. O que distingue esses homens e mulheres é o incrível impacto que tiveram em tanta gente, não de forma breve e deslumbrante, mas de maneira sustentada ao longo de toda uma vida", declarou Obama, ao afirmar que todos, sem exceção, "enriqueceram nossas vidas". 
"Muitas destas pessoas são meus heróis. Cada um dos que estão sobre este palco marcou minha vida de forma profunda", destacou Obama. 
 Glenn recebeu o prêmio por ter sido o terceiro americano a viajar para o espaço e o primeiro a orbitar a Terra. Segundo Obama, é "um herói em todos os sentidos". Seus serviços ao país não se limitaram ao espaço sideral, já que, durante seu mandato como senador, segundo Obama, "encontrou novas formas de fazer a diferença" e, em 1998, voltou a fazer história ao viajar pela segunda vez para o espaço, aos 77 anos. "Ele pede a todos que não digam que teve uma vida histórica para que não o ponham no passado, pois continua fazendo coisas", disse Obama, mantendo o teor de brincadeiras na cerimônia.
Entre os condecorados Obama prestou três homenagens póstumas: Juliette Gordon Low (1860-1927), fundadora do grupo "Girl Scouts", Jan Karski (1914-2000), militar americano de origem polonesa que lutou contra o regime nazista, e Gordon Hirabayashi (1918-2012), sociólogo americano que liderou a resistência ao envio de americanos de origem japonesa a campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. O presidente americano disse que também entregará a medalha ao presidente israelense Shimon Peres, Prêmio Nobel 1994, quando o receber na Casa Branca no próximo mês.

O herói polaco
Jan Karski  nasceu em 24 de junho de 1914, em Łódż, na Polônia e morreu em 13 de julho de 2000, em Washington, Estados Unidos. Foi membro da Resistência polaca na Segunda Guerra Mundial e mais tarde acadêmico na Universidad de Georgetown.
Em 1942 e 1943, Karski informou ao Governo polaco no exílio e aos Aliados ocidentais sobre a situação dos polacos durante a Ocupação da Polônia (1939–1945), especialmente a destruição do Gueto de Varsóvia, e foi o primeiro a denunciar a existência secreta dos campos de extermínio nazistas. Depois de se formar numa escola da escola de sua cidade natal, Kozielewski ingressou na Universidade Jan Kazimierz de Lwów (hoje Lviv, na Ucrânia) e graduou-se em Direito e Diplomacia, em 1935.
Durante o serviço militar obrigatório serviu como um sargento junto aos oficiais da Artilharia Montada da Escola Włodzimierz Wołyński. Concluída a sua formação entre 1936 e 1938, ocupou vários postos diplomáticos na Alemanha, Suíça e Reino Unido. Após um breve período em janeiro de 1939 iniciou seu trabalho no ministério das Relações Exteriores da Polônia.
Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Kozielewski foi mobilizado e serviu em um pequeno destacamento de artilharia no leste da Polônia. Aprisionados pelo Exército Vermelho conseguiu esconder a sua verdadeira identidade e, fingindo ser um soldado, foi entregue aos alemães durante uma troca de prisioneiros de guerra polacos, o que o salvou da matança de Katyń.
Em novembro de 1939, estava sendo levado de trem para um campo de prisioneiros no território da Polônia ocupada pelos alemães), Kozielewski conseguiu escapar e chegar a Varsóvia. Lá ele se juntou a ZWZ - o movimento de resistência polaco, primeiro da Europa ocupada, que daria origem ao Exército do Povo (Armia Krajowej).
Nessa época adotou o nome de guerra Jan Karski, que mais tarde tornou-se seu nome legal. Outros pseudônimos que ele usou durante a Segunda Guerra Mundial, Piasecki, Kwasniewski, Znamierowski, Kruszewski, Kucharski e Witold.
Em janeiro de 1940, Karski começou a organizar missões como mensageiro de correio a partir da resistência polaca ao governo polaco no exílio. Como mensageiro Karski fez várias viagens secretas entre a França, Grã-Bretanha e Polônia. Durante uma missão, em julho de 1940, foi preso pela Gestapo nas Montanhas Tatras, na Eslováquia.
Depois de sofrer tortura acabou por ser transferido para um hospital em Nowy Sącz, de onde escapou. Após um breve período de reabilitação ele voltou à ativa no Departamento de Informação e Propaganda do Quartel da Armia Krajowej. Em 1942, foi escolhido por Cyryl Ratajski, Delegado da AK junto ao Governo polaco para realizar uma missão secreta para o primeiro-ministro WŁADYSŁAW SIKORSKI, em Londres. Karski deveria contatar Sikorski e alguns outros políticos polacos e informá-los sobre as atrocidades nazistas na Polônia ocupada.
Para reunir provas Karski foi introduzido duas vezes por líderes judeus nos subterrâneos no Gueto de Varsóvia para mostrar em primeira mão o que estava acontecendo aos polacos de origem judaica.
Da mesma forma, disfarçada como um guarda ucraniano, foi parar no campo de extermínio de Belzec. Em 1942, Karski relatou ao governo polaco, a Grã-Bretanha e aos Estados Unidos sobre a situação na Polônia, especialmente a destruição do Gueto de Varsóvia.
Também trouxe da Polônia informações em microfilme sobre o extermínio dos judeus europeus na Polônia ocupada pela Alemanha. O Ministro das Relações Exteriores polaco, o conde Edward Raczynski, pode assim enviar para os aliados informações mais precisas sobre a situação de seu país com o material de Karski.
Karski se reuniu com políticos polacos no exílio, incluindo o primeiro-ministro e membros de partidos como PPS, SN, SP, SL, os judeus Bund e Poalei Zion. Ele também falou com Anthony Eden, secretário das Relações Exteriores britânico, e incluiu uma descrição detalhada do que ele tinha visto em Varsóvia e Belzec.
Em 1943, Londres foi visto com o famoso jornalista Arthur Koestler. Ele viajou para os Estados Unidos e informou ao presidente Franklin D. Roosevelt. Seu relatório foi um fator importante no engajamento do Ocidente.
Em julho de 1943, Karski novamente pessoalmente informou a Roosevelt sobre a situação na Polônia. Durante a reunião, Roosevelt subitamente interrompeu a exposição de Karski e perguntou sobre as condições de vida dos cavalos na Polônia ocupada.
Em 07 junho, Karski reuniu-se com muitos governos e líderes cívicos nos Estados Unidos, incluindo Felix Frankfurter, Hull de Cordell, Joseph William Donovan e Wise Stephen. Frankfurter, sobre o relatório Karski foi bastantecético. Mais tarde, diria: "Eu não disse que ele estava mentindo, eu não podia acreditar nele. Há uma diferença."
Karski apresentou o seu relatório para a mídia, para os bispos de várias denominações (incluindo o Cardeal Samuel), a membros da indústria cinematográfica e estrelas de Hollywood, mas sem sucesso.
Em 1944, publicou Karski no Courier da Polônia: A História de um segredo de Estado, onde ele relatou suas experiências na Polônia durante a guerra.
O livro era originalmente para ser transformado em filme, mas isso nunca foi feito. O livro provou ser um grande sucesso, com mais de 400.000 cópias vendidas nos Estados Unidos até o final da Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Holanda treinará no estádio do Wisła Kraków

Segurança simula atendimento de emergência no estádio do Wisła
O estádio do Wisła Kraków, em Cracóvia, a partir desta segunda-feira, passa oficialmente para a UEFA, como sede temporária da seleção holandesa de futebol.
Os laranjas vão fazer todos seus treinamentos durante a Euro2012, no estádio recém inaugurado da principal equipe do futebol polaco na última década. 
Os jogadores holandeses ficaram hospedados no Hotel Sheraton, próximo ao Castelo real de Wawel. Os fãs poderão vê-los treinando no dia 06 de junho (17:30 h, com entrada livre). Espera-se 25 mil torcedores para o treinamento de portões abertos.