terça-feira, 31 de dezembro de 2013

No São Silvestre, o "sonho" polaco também pode ser oferecido


A verdadeira origem do "sonho" está na Polônia.
O doce foi introduzido no Brasil por imigrantes polacos, mais precisamente em Curitiba.
Recheado originalmente com geléia de broto de rosa, e por isso mesmo chamado de pączek (pronuncia-se pontchék) ou broto, botão, existe desde tempos imemoriais na mesa polaca.
No fim da idade média, um rei da Polônia, trouxe da França um grupo de confeiteiros para tornar mais elegante a culinária do país. Os franceses ao se depararem com o pączek ficaram enamorados....o que fizeram foi acrescentar fermento para que a massa ficasse mais delicada e polvilharam o bolinho frito com açucar...e pronto!
Durante as invasões prussas, os atuais alemães caíram de amores pelo doce polaco e o levaram para Berlim, onde deram ao doce polaco, o nome bobo de "Bolas de Berlim"....
Foi ali, que portugueses foram copiar as suas bolas de berlim. E por que não sonho, como no Brasil? É porque nossos patrícios lusitanos não sabiam da história, que os imigrantes polacos trouxeram para Curitiba.
Ah! E por que se chama sonho e não bolas de berlim, ou pontchek no Brasil? Simples, porque na Polônia, o pączek, com recheio de geléia de broto da flor rosa, tem seu dia nacional.
É a quinta-feira gorda antes do carnaval, quando os polacos reservam o dia para fazer os pączki e saírem nas ruas oferecendo a quem passar por eles. Apenas se pode comer o pączek oferecido.
Aliás para que os "sonhos" tidos enquanto se come, efetivamente se realizem só é permitido comer 2 pączek e meio nesse dia.
Como o pączek é comido no dia nacional do Sonho, na Polônia, os imigrantes polacos do Pilarzinho, Barreirinha, Santa Cândida resolveram abrasileirar o nome do doce e o cunharam como "Sonho"....
Apesar de ser degustado na quinta-feira antes do carnaval, nada impede que no dia de São Silvestre também se ofereça pączki aos amigos para que eles possam ter seus sonhos realizados em 2014...
Feliz Ano Novo, com os cumprimentos de um polaco-paranaense. Ah! Sim, e o recheio brasileiro, na falta da geléia de broto de rosa, pode ser marmelada mesmo...

Receita
Aqui está uma autêntica receita de sonho polaco:
2 kg de farinha de trigo
20 gramas de levedura
1 1/ 2 xícara de margarina
30-40 gramas de açúcar cristal
1 colher de sopa de sal
5 gemas de ovos
1/2 litro de leite
1/2 xícara de vodca
gordura para fritar
açúcar em pó para polvilhar
geléia de broto de rosas

Despeje a farinha em uma tigela, adicione o fermento,  2 colheres de sopa de açúcar e uma pequena quantidade de leite quente.
Quando a massa ganhar a consistência de um creme espesso adicione gemas batidas com o açúcar e o sal.
Amasse e adicione o restante do leite. Em seguida, sem interromper de amassar, adicionar a vodca.
A massa deve ficar lisa, brilhante. A massa agora deve descansar sendo coberta com uma toalha, em um lugar quente para crescer.
Só então começa-se a preparar as bolas com um diâmetro de cerca de 5 cm.  Abre-se uma cavidade e no centro, coloca-se o recheio (geléia  de rosa, marmelada), fecha-se a cavidade.
Cubra com um pano limpo e deixe crescer novamente.
Depois de alguns minutos as bolas recheadas estão prontas para serem fritas em gordura bem quente. Depois de escorrer a gordura, polvilhe com açúcar de confeiteiro.
Deixar esfriar e preparar-se para ter lindos sonhos enquanto degusta os pączki (pontchqui) polacos com recheio de geléia de broto de rosas.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Revista Exame: Polônia sem crise e crescendo

Quer uma Europa sem crise? Basta olhar para a Polônia
A Polônia foi o único país europeu que não entrou em recessão desde 2008. Sua receita anticrise? Apostou num modelo voltado para as exportações.

Texto de Guilherme Manechini, de Revista Exame



São Paulo - Em 2004, quando a Polônia entrou na União Europeia, o sonho de consumo da maioria dos habitantes do país era ter euros na carteira. Na época, mais de 60% da população polaca se dizia favorável à união monetária e pronta a abrir mão do złoty, a moeda oficial do país.

A ânsia em adotar o euro era sinal da pouquíssima confiança que os polacos tinham na própria economia, já que quase 20% da força de trabalho estava ociosa. Os resquícios dos tempos de um Estado socialista, sob influência da antiga União Soviética, ainda eram visíveis, com regiões inteiras do país vivendo na miséria.
Apesar da rápida abertura depois da queda da cortina de ferro, o país estava longe de cumprir os requisitos para entrar no clube do euro. Bom, sorte dos polacos. Passados quase dez anos, a população do país não quer nem ouvir falar em adotar a moeda comum. Desde 2008, o país foi o único europeu que não entrou em recessão.
Nos últimos cinco anos, o PIB polaco cresceu, em média, 3,5% por ano, enquanto na União Europeia o resultado foi de -0,2%. Destino de investimentos de grandes multinacionais, a economia polaca é tida como uma das mais dinâmicas da Europa. E tudo isso tem muito a ver com o złoty.
Desde a eclosão da crise, a desvalorização da moeda polaca foi de 30%. Segundo o último relatório de custos trabalhistas da Eurostat, a hora de um empregado polaco custa o equivalente a 7,4 euros — um quarto do valor pago a um trabalhador alemão.
Com essa vantagem comparativa, a Polônia consolidou-se como um polo de atração para empresas interessadas em montar no país estruturas industriais voltadas para a exportação. Em 2002, as exportações respondiam por 28% do PIB, número que saltou para 46% em 2012.
Com a economia da zona do euro em um lento processo de recuperação, os investimentos estrangeiros continuam chegando à Polônia. A americana Amazon, maior empresa de varejo eletrônico no mundo, oficializou a construção de três centros de distribuição. Ao custo de 150 milhões de euros, a alemã Basf está construindo uma fábrica para produzir autopeças.
Embora seja inegável que o câmbio tenha tido papel determinante na história de sucesso da Polônia, o bom momento do país também deve-se a uma sólida base. Em 1997, o país instituiu um teto de 60% do PIB para o endividamento público. Em 2012, a dívida pública ficou em 55,6% do PIB, ante a média de 85% dos países da União Europeia.
Ainda no fim dos anos 90, a Polônia também deu maior autonomia ao banco central, além de estabelecer a adoção do sistema de metas de inflação e maior controle sobre o crédito no país. Em seguida, adotou o regime de câmbio flutuante.
“As medidas implementadas no fim dos anos 90 permitiram ao país adotar uma política anticíclica durante a crise, o que foi fundamental para a Polônia continuar crescendo”, diz Agata Urbanska-Giner, economista do banco HSBC para o Leste Europeu. Em 2004, pouco antes de entrar na União Europeia, o país promoveu uma rodada de corte de impostos.
Com a ajuda do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, tratou de arrumar sua infraestrutura. Foram investidos 101 bilhões de euros em estradas, portos e aeroportos de 2007 a 2013. Outra rodada de 160 bilhões de euros será aplicada até 2020.
Em sua longa lista de conquistas, uma das que mais se destacam é a da área de educação. Em 2003, no primeiro ano do teste de matemática do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), a Polônia ficou em 23º lugar. Em 2013, aparece na 14ª posição, superando países como Alemanha, França e Inglaterra (o Brasil, no mesmo intervalo, passou de 30º para 58º).
Os progressos destes dez anos na área da educação já se fazem sentir no mercado de trabalho. Somente em 2012 a produtividade por hora cresceu 2,2%, o segundo melhor resultado do bloco. Levando em conta a estrutura demográfica, a Polônia também tem uma vantagem na comparação com a maioria dos vizinhos. É uma das nações na Europa com a maior proporção de jovens com idade entre 15 e 24 anos.

Quanto vai durar?
Parte dos economistas se pergunta se o modelo baseado nas exportações é sustentável no longo prazo. Essa dúvida aumentou recentemente com a diminuição das vendas para os países da União Europeia por causa da redução da demanda.
Essa queda de desempenho fez com que o primeiro-ministro, Donald Tusk, considerado um dos melhores líderes que a Polônia teve desde o fim do comunismo, demitisse no fim de novembro sete ministros — inclusive Jacek Rostowski, à frente das Finanças, a quem é creditada a boa performance do país.
“As mudanças são uma tentativa de fortalecer a popularidade do governo, que está atento às eleições parlamentares de 2015”, diz Magdalena Polań, economista do banco Goldman Sachs. Os economistas mais otimistas argumentam que o perfil da economia polaca está mudando.
Muitas multinacionais que chegaram atraídas pelos custos baixos e pela localização estratégica agora estão descobrindo que o país tem um mercado consumidor promissor. Segundo a consultoria inglesa Euromonitor, os polacos gastaram quase 300 bilhões de dólares em produtos de consumo em 2012.
Entre os dez maiores países emergentes, são os polacos que gastam mais — em média, 7.700 dólares por ano. As vendas de carro, por exemplo, devem crescer 5% em 2013 — ante uma previsão de queda de 2% na Alemanha.
Segundo a agência de classificação de risco Moody’s, a retomada da economia da zona do euro e o aumento do consumo interno deverão permitir um crescimento do PIB acima de 2,5% em 2014, um dos quatro melhores entre os 28 países da União Europeia.
Num país onde ninguém sabe o que é recessão há 22 anos, os cafés de Varsóvia continuam cheios e os consumidores seguem comprando em złotys.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Os 12 Pratos da Ceia de Natal Polaca


A Ceia de Natal é a celebração mais importante do ano para o povo polaco.

Embora esta refeição seja reservada para os mais próximos da família, costuma-se deixar uma cadeira vazia para um convidado inesperado ou mesmo um vagabundo.

A maioria dos pratos servidos são cozidos especificamente neste dia - e apenas uma vez por ano!

Este costume de véspera de Natal é guiado por tradição e não só por fé.  Assim católicos de famílias conservadoras, de famílias modernas e até por ateus comemoram a data com esta cozinha tradicional.

Não é permitido carne. No cardápio natalino estão apenas produtos tradicionais e sazonais disponíveis no inverno.

Estas tradições polacas da vigília natalina, incluindo a culinária, são uma combinação de costumes pagãos antigos com os religiosos introduzidos pela Igreja Católica, junto às tradições locais e várias culturas folclóricas.

O jantar, que tradicionalmente inclui doze pratos e sobremesas, pode durar por várias horas.

Normalmente, a Ceia de Natal começa quando a primeira estrela aparece no céu, ou seja, começa logo que escurece (nesta época às quatro da tarde já é noite) e prolonga-se até mais ou menos às onze da noite.

Antes de saírem para a igreja para orarem na Missa do Galo, algumas famílias que não fizeram as trocas de presentes no dia de São Nicolau, 6 de dezembro, aproveitam para a última troca de presentes.

Às vezes, os menus da ceia refletem aspectos multiculturais, como judeus, polacos, lituanos, alemães e outras minorias que conviveram juntas no passado multinacional polaco.

Antes de sentarem-se para comer, nada pode ser consumido até que todos os membros da família têm quebrado seus pedaços de óstia (Opłatek - pronuncia-se ópuáték) oferecidas um a um por todos e tenham feitos votos de boa saúde e prosperidade.

Durante a refeição, todos os hóspedes devem provar um pouco de tudo.

De acordo com as tradições, pedaços de feno estão espalhados por baixo da toalha de mesa como um lembrete de que Cristo nasceu em uma manjedoura.

Por que os polacos se servem de DOZE PRATOS na Ceia de Natal?



A tradição pede que doze alimentos tradicionais diferentes sejam servido durante a véspera de Natal polaco. Este número é o símbolo da riqueza, mas também o número doze de Apóstolos e representa ainda os doze meses do ano.

Embora no passado pagão, o jantar consistisse de um número ímpar de pratos. A preparação dos pratos tradicionais demanda um bom tempo.

Muitos restaurantes e lojas oferecem produtos prontos atualmente, mas os polacos ainda preferem cozinhar as receitas tradicionais da família, que segundo eles, possuem sempre um gosto melhor.

Alguns pratos específicos podem ser diferentes em função das  diferentes regiões do país, mas muitos deles são comuns à toda nação.

CONSOMÊ DE BETERRABA
"barszcz czerwone" com pasteizinhos em formato de orelha (Uszka)


A Ceia de Natal muitas vezes começa com um consomê (sopa rala) de beterraba vermelha - provavelmente a sopa mais popular para esse dia.

A versão natalina do barszcz varia de preparo, mas requer um pouco de leite azedo ("zakwas" - ou fermento), que deve ser preparada com alguns dias de antecedência.

Trata-se de beterraba crua, descascada e cortada em fatias, fermentadas, durante quatro a cinco dias, em água pré-fervida e gelada, com ou sem alho. Em seguida, é misturado, tanto com um caldo feitos a partir de cogumelos selvagens secos e um caldo de legumes.

Este barszcz tradicional de Natal geralmente é servido com pequenos bolinhos recheados com uma mistura de cogumelos porcini secos embebidos e cebola frita. Estes bolinhos ou pasteizinhos são chamados de "uszka", que significa "pequenas orelhas" em polaco.

O Barszcz é tradicionalmente servido no sul do país, particularmente na região de Podhale, perto das montanhas Tatras.
As "uszka" podem substituídas por grandes feijões brancos.

SOPA DE COGUMELOS NATALINA


Esta sopa que também é servido com muita frequência na Ceia de Natal é feita com cogumelos secos colhidos nos bosques e florestas polacas (os melhores são os borowników - semelhantes aos porcini italiano). E portanto, não são cultivados, mas nascem por contra própria.

O sabor de cogumelos secos florestais faz parte da herança culinária polaca. Esta deliciosa sopa geralmente vem com macarrãozinhos quadrados ou finos.

Outras sopas tradicionais da Ceia Natalina são a sopa de peixe de água doce (por exemplo, carpa), barszcz branco, sopa centeio azedo ou sopa de amêndoa.

CARPA NA VIGÍLIA NATALINA


A tradição da criação de carpas na Polônia é de pelo menos 700 anos. No entanto, tornou-se uma parte proeminente nas tradições culinárias polacas apenas após a Segunda Guerra Mundial.


A carpa é mais popular do que os peixes nobres como lixadeira (sander - um peixe russo), enguia ou lúcio. Atualmente a carpa da Ceia de Natal tem muitas variedades.

Os polacos desenvolveram espécies de carpas (por exemplo, Karp Zatorski), que são certificadas como produtos regionais de boa qualidade.

A carpa da vigília natalina é muitas vezes acompanhada de repolho azedo quente com cogumelos secos, uma salada de legumes ou batatas.

Existem inúmeras receitas locais, antigas e interessantes, incluindo a carpa com molho de cinza, carpa com cogumelos secos e creme ou recheado com salsa.

CARPA NO ESTILO JUDAICO


À moda da região da Małopolska (Voivodia da Pequena Polônia, cuja capital é Cracóvia).

Muitas famílias continuam a tradição de preparar a carpa no "modo judeu" para a ceia de Natal. No passado, esta era uma refeição tradicional dos judeus Ashkenazi que viviam na Europa Centro-Oriental.

Pedaços de peixe são cozidos lentamente em um caldo de peixe. É servida em com uma geléia natural de cebola, amêndoas, passas e pão macio.

ARENQUES (Śledzie)


Os arenques são muito populares na Polônia, em qualquer época do ano, e eles também são servidos no Natal.

Os polacos em países escandinavos e bálticos sabem como preparar este peixe saudável e tão polaco como o "herring" sueco. Há bastante variedade de receitas de arenques.

As preparações mais populares são os filetes clássicos ("Matjes") com óleo (os melhores são em óleo de linhaça), ou com creme de leite azedo, raiz forte, maçãs, cebolas picadas. Geralmente é servido com salada de legumes ou batatas.

PIEROGI


A iguaria polaca mais conhecida no exterior. A versão de Natal é aquela em que os pasteIzinhos são recheados com repolho e cogumelos secos da floresta secas, também chamados pelos italianos de funghi porcini.

Variedades regionais são bem interessantes - principalmente provenientes dos territórios orientais - como os pierogi doces recheado com ameixas secas ou defumadas, ou ainda com sementes de papoula.

KISZONA KAPUSTA
repolho azedo refogado


A vigília natalina cheira predominantemente como o aroma do repolho azedo, ou chucrute alemão.

A Kiszona kapusta sempre existiu na dieta polaca e é um dos preparos alimentares mais populares e reconhecidos da culinária polaca.

Quase todo mundo refoga o repolho azedo ou como recheio para pierogi ou ainda com um prato decorado com cogumelos secos da floresta, ou com feijões brancos. Alguns polacos também adicionam à gosto passas embebidas em licores.

CHARUTO DE REPOLHO
Gołąbki


O charuto de repolho é uma das iguarias mais consumidas durante todo o ano na Polônia.

Na culinária diária é geralmente recheado com carne, mas muda seu "jeitão" no Natal.

Nas casas onde são servidos na noite natalina, o recheio é vegetariano e contém cereais (trigo, cevada pérola ou arroz) e cogumelos secos da floresta (não cultivados, colhidos a esmo nos bosques e florestas polacas).

Não se sabe com certeza a origem do charuto se polaco, ou árabe. Enquanto na tradição polaca ele é preparado com folhas de repolho, entre os árabes e gregos, é mais comum o preparado com folhas de uva.

KUTIA


A kutia é uma sobremesa antiga, com origem na Europa do Leste e feita exclusivamente para a ceia de Natal.

Hoje, ainda é servido em muitos lares, onde as famílias têm algumas raízes na parte oriental da antiga Polônia.

É uma mistura de grãos não processados​​, cozidos de trigo, sementes de papoula cozidas, mel, frutas secas ou cristalizadas embebidas em uma pequena quantidade de vinho tinto doce e várias porções de amêndoas, grãos de girassol ou nozes.

No passado a kutia não só tinha um significado culinária, mas estava ligado também à crenças religiosas.

O VELHO PIERNIK POLACO


A bolo assado de gengibre - Piernik - na Polônia é uma tradição de várias centenas de anos.  O bolo de Toruń - a cidade de Nicolau Copérnico - já era conhecido no século 17.

A cozinha polaca antiga era cheia de especiarias exóticas, incluindo gengibre, canela e noz-moscada. O tradicional velho "piernik" polaco que ainda é preparado em muitos lares requer muito tempo e cuidado.

A massa é composta de mel, banha, açúcar, ovos, farinha e uma mistura de especiarias de gengibre. Deve ser feito com semanas de antecedência para amadurecer e ganhar o gosto muito especial do gengibre.

Em seguida, é preciso cortá-lo ao longo e comido com camadas de conservas de ameixa tradicionais ("powidła").

Ele permanece fresco durante um longo período de tempo. Os polacos também assam um monte de biscoitos de gengibre pequenos e além de comer servem como decoração da árvore de Natal.

COMPOTA DE FRUTAS SECAS
Kompot z suszu


Os polacos amam frutas secas e defumadas, especialmente são usadas em pratos natalinos. A compota é uma bebida popular e tradicional servida no final da noite de Natal.

É feito de frutas secas e defumadas cozidas, normalmente ameixas, maçãs, pêras, uvas passas e damascos. Sua finalidade mais apreciada é a acelerar a digestão.

BOLO COM RECHEIO DE SEMENTE DE PAPOULA 
Makowiec


Este pequena grão preto simboliza prosperidade e deve ser incluído no menu da ceia de natal.

Os bolos de semente de papoula são apreciados pelos polacos durante todo o ano, mas o bolo de semente de papoula natalino tradicional é um pouco diferente - as camadas da massa devem ser mais finas e as camadas do creme de semente de papoula doce devem ser mais grossas.

Em algumas regiões, são feitas algumas outras sobremesas com sementes de papoula para a véspera de Natal.

"Makówki", é uma tradicional sobremesa à base de semente de papoula, e chega a ser uma obrigação na Silésia, bem como o "makiełki", pão embebido em leite ou água, servido com frutas secas e mel, e uma compota de frutas secas.

Autor do texto: Magdalena Kasprzyk - Chevriaux, dezembro 2013
Fonte: original transcrito e traduzido do site culture.pl
Tradutor: Ulisses Iarochinski

P.S. E para beber?
Wódka...chá, cerveja e sucos.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Festival de Cinema Polaco chega a Belo Horizonte

A mostra de filmes polacos que já passou por Curitiba, Porto Alegre e Brasília, chegou a Belo Horizonte. No jornal O Tempo o jornalista Vinícius Lacerda assina matéria que traça um panorama e opiniões da curadora da mostra, que não são de todo verdade. "O cinema polaco não é mais depressivo e obscuro"...como afirma Karolina Malaczek.


Filmes do cinema polaco têm estado cada vez mais ao alcance do público belo-horizontino. Em outubro, o Cine Humberto Mauro realizou a exibição dos “Decálogos” de Kieślowski. Agora, chega à sala o 5° Festival Polaco de Cinema com mostra de curtas e longas-metragens que representam a produção cinematográfica do país entre 2010 e 2012.
Outros critérios que acompanharam a curadoria foram a acessibilidade e a diversidade. “Tentamos fazer a seleção de filmes que representam o cinema polaco, mas que, ao mesmo tempo, não sejam muito difíceis de se compreender e que não sejam carregados de história da Polônia para que a interpretação não seja interrompida por falta de referências. E, também, procuramos escolher obras de gêneros diferentes”, conta a curadora do festival, Karolina Malaczek.
Esse cuidado com a programação visa aproximar os brasileiros do cinema polaco por meio da exibição gratuita de filmes. Um objetivo possibilitado, quase exclusivamente, por meio de festivais e mostras, pois, apesar da tradição cinematográfica do país europeu e dos prêmios que seus filmes recebem – difícil esquecer da Trilogia das Cores, composto pelos filmes “A Liberdade É Azul” (1993), “A Igualdade é Branca” (1994) e “A Fraternidade é Vermelha” (1994), de Krzysztof Kieślowski – raramente os filmes entram no circuito comercial no Brasil. “Nossa cultura é muito diferente uma da outra e isso se reflete no cinema. Muitas vezes, filmes que fazem muito sucesso na Polônia têm resultado contrário aqui no Brasil. O cinema polaco é mais depressivo e mais obscuro, e o brasileiro gosta de filmes mais alegres”, diz a curadora ao justificar a falta da repercussão de filmes por aqui.
As diferenças, porém, mostram-se mais atrativas que repelentes, pelo menos é o que indica a história do festival. Além de estar em sua quinta edição, a procura é cada vez mais intensa e quem perde lamenta. “Recebemos diversas ligações depois das mostras de pessoas procurando cópias para assistir aos filmes ou porque não puderam ver e receberam indicação de alguém que viu ou por terem gostado muito e, por isso, querem mostrar para os amigos”, conta Karolina.
Além da boa receptividade do público, o número de instituições que apresentam interesse em sediar o festival também cresce. Um fato que poderia ser mais celebrado se a produção não enfrentasse o tradicional problema orçamentário. “Infelizmente temos uma limitação financeira por causa da questão do ‘copyritght’ que reduz muito a quantidade de locais onde os filmes podem ser exibidos”, diz. Filmes.
Realizado pela Embaixada da Polônia no Brasil, o 5º Festival Polaco de Cinema exibirá comédias, dramas e filmes de caráter histórico. Um deles é a co-produção entre Portugal, França e Polônia “Imagine”, que mostra a trajetória de Ian (Edward Hogg), um homem cego e recém-contratado por uma clínica oftalmológica em Lisboa. Sua chegada ao local provoca profundas mudanças na esperança e no modo de ver a vida dos pacientes. O filme recebeu ótimas críticas e foi vencedor da categoria melhor filme segundo a audiência, no Warsaw Film Festival 2012.
E para quem quer entender mais da história recente da Polônia, o filme “80 Milhões” certamente suprirá essa vontade. Baseado em fatos reais, o longa mostra a vida de um líder do movimento Solidariedade dias antes de ser decretada a Lei Marcial, em 1981. “Acredito que o público brasileiro vai se identificar pois, na época, o Brasil passava por um período similar ao retratado no filme”, diz Karolina.
Para ela, os dois curta-metragens de animação do festival, “A História da Polônia em Animação”, e “A Catedral”, ambos de Tomek Baginski, também merecem destaque pela qualidade. “Escolhemos filmes do Platige Image, um estúdio local vencedor de diversos prêmios internacionais”, conta a curadora.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Consulado Polaco, em São Paulo, fecha em 31 de dezembro

Consulado da Polônia em Curitiba desde 1920
FECHAMENTO DO CONSULADO DA POLÔNIA EM SÃO PAULO



COMUNICADO IMPORTANTE: o Consulado Geral da Polônia em Curitiba assume as competências
territoriais do Consulado Geral da Polônia de São Paulo, após o encerramento das suas atividades.

COMUNICADO IMPORTANTE: ATENDIMENTO em CURITIBA

1) PASSAPORTES
Os/As Solicitantes que estão renovando o passaporte ou já têm a cidadania polaca confirmada, possuem as certidões de nascimento/casamento polacas e o número PESEL, podem agendar o atendimento para solicitação do passaporte pelo site: http://www.e-konsulat.gov.pl
Mais informações sobre os passaportes AQUI

Informamos que os passaportes podem ser solicitados em qualquer consulado, também na Divisão Consular da Embaixada da Polônia em 

2) VISTOS
O agendamento de atendimento para solicitar o visto e o preenchimento de formulário é feito pelo site:http://www.e-konsulat.gov.pl
Instruções para agendar o atendimento e preencher o formulário AQUI
Atenção: os brasileiros não necessitam de visto Schengen (de curta estadia, até 90 dias).
Mais informações sobre os vistos AQUI

3) ASSUNTOS JURÍDICOS (legalizações, traduções, certidões consulares etc.)
Por favor, entre em contato por e-mail e apresente seu assunto: curitiba@msz.gov.pl

4) CIDADANIA - perguntas, dúvidas e início do processo.
Por favor, leia o nosso informativo geral sobre o assunto. Para receber as orientações mais detalhadas e específicas para seu caso, por favor, preencha o QUESTIONÁRIO e o envie por e-mail para: curitiba@msz.gov.pl  Aguarde a nossa resposta (podemos demorar até 30 dias para responder).


5) ASSUNTOS EM TRÂMITE, já iniciados no Consulado Geral da Polônia em São Paulo.

Estamos em fase de transferência dos documentos, processos e arquivos de São Paulo para Curitiba. Por favor, aguarde o nosso contato, ou envie sua pergunta por e-mail curitiba@msz.gov.pl depois de 15 de janeiro de 2014.

ESTADOS ATENDIDOS

Paraná PR
Rio Grande do Sul RS
Santa Catarina SC
São Paulo SP
Rio de Janeiro RJ
Minas Gerais MG
Mato Grosso MT
Mato Grosso do Sul MS
Espírito Santo ES
Bahia BA
Sergipe SE
Alagoas AL
Pernambuco PE

CÔNSUL GERAL
Marek Makowski

ENDEREÇO
Avenida Agostinho Leão Júnior 234
Bairro Alto da Gloria
CEP: 80030-110 Curitiba-PR
Tel. +55 41 3019-4662
Fax +55 41 3019-7909
e-mail: curitiba@msz.gov.pl
web: www.kurytyba.msz.gov.pl

DIAS E HORAS DE FUNCIONAMENTO
 de segunda a sexta das 9h00 às 12h00
Obs.: O atendimento só será realizado mediante marcação prévia

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Meus ancestrais polacos e portugueses




1. “recordai-vos dos feitos que vossos antepassados realizaram em seu tempo e merecereis uma grande glória e um nome eterno” (1 Mac.2:51).

2. “Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia. Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas. Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado é, como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo que mutilá-lo.” (Carls Jung).

3.
Meu coração polaco voltou
coração que meu avô
trouxe de longe pra mim
um coração esmagado
um coração pisoteado
um coração de poeta....polaco!
(Paulo Leminski)

4. Meu sobrenome Jarosiński vem "da uno paese lontano" come ha detto il Papa Giovani Paolo II, da distante Polônia, da Parafia Góra Jarosińska, em Jarocin, de Puławy, na região Lubelska, passando por Bochnia, Kraków, Warszawa, Dobre, Mińk Mazowiecki, Jędziejów, Radom, Wojcieszków. A data mais antiga conhecida de nascimento de um ancestral é 20 de julho de 1701, em Bochnia.

Estes são meus ancestrais paternos e maternos, geração a geração:
1. Antoni Jarosiński e Anna Gądek
2. Jakub Jarosiński (*20/7/1701 - + 21/4/1777 em Bochnia) e Dorota Sokołowska (*1714 - + 25/4/1774)
3. Adam Jarosiński (*1745 em Bochnia) e Marianna Gicała
4. Jakub Jarosiński (*8/6/1786 em Bochnia) e Rozalia Kostrzewa
5. Andzej Jarosiński (*25/11/1810 em Bochnia) e Joanna Wiśniewska (+ 1845)
6. Jan Jarosiński (*23/12/1834) e Wiktoria Jackowska (em Dobre)
7. Piotr Jarosiński (*28/12/1880 em Dobre - +5/12/1955 em Castro PR) e Anna Filip (*15/5/1878 em Wojcieszków - +1972 em Castro PT)
8. Bolesław Jarosiński (15/1/1905 em Wojcieszków – 21/12/1944 Castro PR) e Paulina Hazelski (*25/1/1908 em Palmeira PR - +8/10/1978 em Harmonia PR)
9. Kazimierz Jarosiński (*8/7/1936 em Castro PR - +4/8/1961 em Harmonia PR) e Eunice Pereira da Silva (*18/8/1937 em Palmeiral MG - +25/4/2012)
10. Ulisses Iarochinski nasceu em Harmonia, Monte Alegre PR.

Outros ramos (paternos)
1. Anna Filip (bisavó) nascida em Wojcieszków, filha de Antoni Filip e Katarzyna Ognik
2. Paulina Hazelski (avó) nascida em Palmeira PR, filha de Wiktorio Hazelski e Anna Baninski
3. Wiktorio Hazelski (bisavô) nascido na Polônia, filho de Filip Hazelski e Jadwiga Hazelska
Outros ramos (materno)
1. Eunice Pereira da Silva (mãe) filha de Honorato Pereira da Silva e Maria Cândido Pereira da Silva
2. Honorato Pereira da Silva (avô) nascido em Santa Rita Sapucaí MG, filho de José Pereira da Silva e Ana Possidônio de Jesus
3. Maria Cândido Pereira da Silva (avó) nascida em Silvianópolis MG, filha de Francisco Pereira da Silva e Maria Cândido da Silveira.

* Para os parentes e amigos maternos não reclamarem do meu lado polaco, vai aí um pouco do que encontrei do meu lado português:
Meus avôs maternos Honorato e Maria (eram primos) descendem de Faustino Pereira da Silva, que chegou à região das Minas Gerais, em São João Del Rey, em 1725, vindo de Viana do Castelo, Norte de Portugal.
Seu irmão José Pereira da Silva resolveu ficar na Capitânia de Pernambuco.
Os Pereira da Silva existentes do Brasil apenas são meus parentes de também forem descendentes de Faustino e José Pereira da Silva de Viana do Castelo...Os demais são uniões de Pereiras e Silvas no Brasil, outro tanto de escravos libertos que adotaram os sobrenomes de seus antigos "donos".

sábado, 30 de novembro de 2013

A dinâmica economia da Polônia

Traduzido de:
Bloomberg Businessweek
Global Economics

Artigo: Como a Polônia se tornou a economia mais dinâmica da Europa
Stephan Faris

O mais antigo Café, em Varsóvia, continua aberto, quase sem interrupção, desde o final do século 18. Na salão do andar de cima, um jovem Fredyryk Chopin tocou em um de seus últimos concertos, antes de emigrar para Paris.
Durante a ocupação nazista 1939-1945, o Café era estritamente para alemães. Quando a cidade se levantou no final da guerra, o edifício, como grande parte da cidade velha em torno dele, completamente destruída, foi reconstruído a partir de fotografias.
O Café, estatal sob o comunismo e privatizado em 1989, após a queda da cortina de ferro, foi vendido a um jornalista e um a músico de jazz. "E agora", diz o empresário polaco Adam Ringer, sentado no café, no início de outubro, "ele foi comprado por uma empresa internacional."
Ringer, 64 anos, reabriu o Café no início deste ano, sob o nome Green Caffè Nero, uma cadeia de Cafés do sócio de Ringer, outro parceiro polaco, e da cadeia  Caffè Nero da Grã-Bretanha. "Aqui você tem toda a história da Polônia ", diz ele . "Olhe para a parede. Cada tijolo é diferente . Eles foram reunidos a partir das ruínas de Varsóvia do pré-guerra." Embora, sejam sempre conscientes do passado, ele e seu compatriota, estão avançando. A receita, na maioria dos locais de sua cadeia, é de até 10 por cento maior, em relação ao mesmo período do ano anterior, e a empresa está em rápida expansão. "As pessoas estão muito mais ricas do que eram, e você pode facilmente sentir isso", diz ele .
Crescimento ano a ano do PIB

Com grande parte da Europa ainda lutando para se recuperar do impacto da crise financeira de 2008, a Polônia se destaca como uma ilha improvável de sucesso econômico, um lugar onde as empresas e os indivíduos planejam o crescimento, em vez do declínio.
Em 2009, quando o Produto Interno Bruto da União Europeia contraiu 4,5 por cento, a Polônia foi o único país da grupo que viu sua economia crescer, em 1,6 por cento. A economia da UE como um todo permanece menor do que era no início de 2009 e não se espera recuperação de suas perdas até o final do próximo ano. Nesse mesmo período, a Polônia projeta desfrutar de um crescimento acumulado de mais de 16 por cento. "A Polônia não sentiu a crise, realmente", diz Ringer.
Existem várias razões para a Polônia, um país de 38,5 milhões, com mais de 200 anos de trágica história, de repente, encontrar-se em uma posição de fazer inveja. Ela tem uma grande economia interna, uma classe política amistosa aos negócios, e potencial hiperresponsável de um país em desenvolvimento, que deseja aproximar-se ainda mais de seus pares ocidentais.


Variação do PIB real desde 2008
Ela está desempenhando um papel cada vez mais influente nas negociações da UE, muitas vezes posicionando-se como uma voz de moderação nas discussões sobre a forma de reequilibrar uma Zona Euro fora de ordem.
Os segredos de recuperação da Polônia remontam à era pós-comunista, quando seus líderes empurrados através de um conjunto de reformas dolorosas, mas, em última análise eficazes. Duas décadas mais tarde, o país beneficiou-se de uma infusão de ajuda externa no momento preciso, quando outros membros da UE estavam sendo derrotados pela crise financeira. A história do milagre polaco é uma prova da importância de políticas prudentes,  mas também tem um tanto de sorte.
"Lembro-me de como era há 20 anos atrás", diz Ringer. "Cinzento, sujo, pessoas nervosas, sempre trabalhando." A rua fora de seu Café, até recentemente, uma via de asfalto, agora é uma pista estreita calçada ladeada por outras calçadas largas, onde os turistas à noite se misturam com os estudantes da universidade mais próxima. A 20 minutos a pé fica o que já foi a sede do Partido Comunista da Polônia, de cócoras sobre um pequeno quarteirão. De 1991 a 2000, foi a casa do Warsaw Stock Exchange. Hoje, uma concessionária Ferrari e uma loja de artigos de luxo Montblanc são seus vizinhos.

Desempenho do mercado de ações da Polônia

Desde a queda da cortina de ferro, a Polônia remodelou-se para uma economia de livre mercado. De 1989 a 2007, a sua economia cresceu 177 por cento, ultrapassando seus vizinhos da Europa Central e Oriental, e a uma só vez quase que triplicou de tamanho, resultado de uma série de medidas agressivas tomadas pelo governo após o colapso do comunismo. Os controles de preços foram rigorosos, os salários foram congelados, o comércio foi liberalizado, e a moeda polaca, o Złoty, tornou-se conversível. Essas políticas deixaram milhões sem trabalho, mas libertou a Polônia para começar a se recuperar de décadas de má gestão. A economia tem um novo impulso com a entrada na UE do país, em 2004.
No início da crise financeira global, a carga da dívida pública da Polônia foi inferior a 50 por cento do PIB, baixa se comparada com muitos países europeus, resultado de uma cláusula em 1997 em sua constituição ao limitar o endividamento público a 60 por cento do PIB.

O crescimento do PIB ano a ano da Polônia
A dívida individual e empresarial foi relativamente contida, colocada em xeque por regulação financeira rigorosa e uma aversão cultural à contrair empréstimos. "Que países sofreram os maiores falências?", pergunta Leszek Balcerowicz, economista e ex-vice-primeiro ministro, que foi o arquiteto das reformas mais importantes do país. "Aqueles que já tiveram os booms. Uma das principais razões pelas quais nós não sofremos uma recessão é porque não permitimos o boom para nos desenvolver."
Os Empréstimos do setor privado começaram a subir nos dois anos antes da crise, mas não tanto, o que quando o fundo caiu fora do mercado de crédito global, empresas e indivíduos encontravam-se perigosamente no vermelho. "Nós estávamos atrasados ​​para a festa", diz Marcin Piatkowski, professor de economia na Universidade de Kozmiński, de Varsóvia. "E tudo acabou antes que tivéssemos tempo de ficar bêbados."


Dívidas como uma parcela do PIB
Muitas das características da economia polaca são compartilhadas por seus vizinhos da Europa Central e Oriental, os quais sofreram profundas recessões catastróficas nos primeiros anos da crise. A Polônia, porém, tinha uma vantagem adicional: Foi o beneficiário de um estímulo keynesiano quase acidental que chegou a tempo, impulsionando o consumo interno e salvando a economia. "Enquanto outros países seguiram políticas de austeridade, os gastos do governo, na Polônia, na verdade subiram", diz Gavin Rae, professor da Universidade de Kozmiński e autor de "O retorno da Polônia para o capitalismo". "No momento da crise , o pé foi colocado sobre o pedal. "

Foi feito uma série de cortes de impostos, incluindo uma queda na taxa no pico de 40 por cento para 32 por cento, entrou em vigor na Polônia, assim como nas primeiras ondas de choque da crise que foram varrendo o mundo.
Enquanto isso, o orçamento da UE para 2007-2013 que, entre outras coisas, distribui ajuda dos países mais ricos da União para os membros mais pobres, fez da Polônia seu maior beneficiário de subsídios, regando o país com alguns 101,5 bilhões de euros (137 bilhões de dólares). Embora não tenha sido rotulado como um pacote de estímulo, a combinação da Polônia de aumento de gastos e cortes de impostos era tão grande em termos per capita como os 800 bilhões de dólares do American Recovery and Reinvestment Act of 2009.
As coisas passaram rápido na Polônia. O país havia sido eleito, juntamente com a Ucrânia, para sediar a Eurocopa 2012, um dos maiores eventos de esportes do mundo. Autoridades polacas, de vereadores ao presidente, estavam ansiosas em utilizar o torneio como uma vitrine nacional, acrescentando os gastos do governo com os fundos recebidos.
O resultado foi transformador. Em toda a Polônia, cidades grandes e pequenas passaram por reformas muito necessárias. Além de novos estádios, desde estações ferroviárias, praças e corredores para os aeroportos foram atualizados. Antes da recente onda de infra-estrutura, os polacos gostavam de dizer, que a única estrada real do país foi a construída por Adolf Hitler. A que se estende da cidade de Wrocław até a fronteira com a Alemanha, que já foi conhecida como a escadaria mais longa da Europa, isto devido, a sensação causada por se conduzir sobre suas lajes de concreto desconexas.
Para polacos mais antigos, como Adam Ringer que pode se lembrar como as coisas costumavam ser, o contraste pode ser de tirar o fôlego. Mesmo aqueles jovens demais que não viveram sob o comunismo existe uma sensação palpável de aceleração. "É difícil imaginar como as coisas foram comparadas com o que temos agora", diz Grzegorz Inglot, conselheiro executivo de administração da Inglot , uma grande empresa de cosméticos polaca. Aos 23 anos, ele nasceu no ano após a queda do Muro de Berlim. "A Polônia está crescendo ano a ano ", diz ele . "Novos investimentos, novas estradas, novos edifícios. É apenas mais um pouco de tudo."
Em outras capitais do Continente, shopping centers costumam se estabelecer na periferia, espremidos pelos preços dos imóveis e edifícios existentes nos centros das cidades. Na Polônia, a destruição da guerra e a estagnação comunista não deixaram muitos lotes não utilizados ou subutilizados para a reconstrução.
O icônico Palácio da Cultura e Ciência de Varsóvia, um arranha-céu stalinista construído pela União Soviética na década de 1950, é ladeado de ambos os lados por centros comerciais, oferecendo marcas que vão desde Guess?, Hugo Boss, H&M até Nike, Adidas e Timberland, para não mencionar Burger King, Subway, KFC e McDonald. "Nós tivemos 20 anos de transformação e crescimento, mas ainda temos de recuperar o atraso", diz Leszek Baj, repórter de economia no jornal diário Gazeta Wyborcza. completado por sua colega, Patrycja Maciejewicz: "Queremos comprar o que toda a gente na Europa está comprando."


Preço de um Złoty em Euros
Mesmo que os subsídios da UE abastecendo seu crescimento, a Polônia tem se beneficiado de permanecer fora da moeda comum. De setembro de 2008 a fevereiro de 2009, o złoty perdeu cerca de um terço de seu valor em relação ao euro, antes de se estabilizar no final daquele ano em cerca de 70 por cento do seu valor de pico.
O impulso resultou rapidamente em competitividade global para as empresas polacas com o reequilíbrio realizado, o qual as economias mais fracas da zona do euro ainda estão lutando para alcançar. Medido em euros, o valor das exportações polacas caíram 15,5 por cento entre 2008-2009, mas em termos de złoty cresceu 4,4 por cento. A queda do złoty não só fez exportações polacas ficarem mais competitivas, mas também elevou o custo relativo das importações.
O resultado foi uma benção para as empresas locais, que cada vez mais estão se concentrando em qualidade. De pé, na Flagship Store Inglot, no luxuoso shopping Galeria Mokotów, em Varsóvia, Greg Inglot diz que sua empresa "sentiu uma pequena desaceleração, mas não foi nada grande. Nossos números foram subindo ano a ano".
Inglot, que produz 95 por cento de seus cosméticos em fábricas polacas perto da fronteira com a Ucrânia, continua uma expansão doméstica bastante rápida, tendo aberto 113 lojas desde 2009, a maioria delas em novos shopping centers. A empresa abriu sua primeira loja nos EUA, em 2009, na Times Square, de Nova York.
Ela agora está 31 locais nos EUA e em outros 50 países, incluindo Bielorrússia, Dubai, Guatemala, Malásia e Filipinas. Como os polacos ficaram mais ricos, os seus gostos se tornaram mais sofisticados.
Três anos atrás, quando Jacek Rusiecki e seu irmão Michał abriu seu restaurante na cidade de Jawor, não muito longe da fronteira com a República Tcheca, o mercado de cerveja era dominado por cervejarias multinacionais que comercializam marcas polacas produzidas em massa. Os dois irmãos foram os únicos a introduzir cervejas de microcervejarias e que rapidamente se multiplicaram pelo país. "Agora estamos em todo o lugar", diz Michał, 31 anos.
Os polacos de sua geração estão começando a exigir a qualidade dos produtos procurados por consumidores em grande parte do resto da Europa. "Nossos pais se lembram de um momento em que alguém de alta patente do Partido Comunista sabia melhor do que eles como se devia provar uma cerveja", diz Jacek, de 28 anos. E completa Michał: "Estamos voltando a explorar os sabores que estavam aqui antes da Primeira Guerra Mundial".

"O consumidor mudou", diz Małgorzata Starczewska-Krzysztoszek, economista-chefe do Lewiathan, confederação de empregadores privados da Polônia. "Eles querem ter boa qualidade por um bom preço." Quando, em 2009, Starczewska-Krzysztoszek pesquisou ​​pequenas e médias empresas, 60 por cento dos entrevistados disseram que estavam planejando competir em preço e nada mais. "Eu fiquei muito preocupada", diz ela. "Tentei explicar que não podíamos competir com a China e a Índia." Em 2012, quando ela verificou os números outra vez, apenas 10,6 por cento disseram que planejavam competir em preço. Quase a metade disse que eles estavam focados na qualidade.

Taxa de desemprego da Polônia
Apesar de sua expansão, a Polônia não está totalmente protegid contra as vicissitudes do ciclo de negócios. Um ligeiro aumento do desemprego em 2012, vindo não muito tempo depois do alarde da EuroCopa, levou a uma queda repentina nos gastos do consumidor. Muitas empresas de construção tinham se oferecido menos para projetos de infra-estrutura da Polônia, levando o setor a entrar em recessão.
As cidades encontraram-se com modernos estádios gigantes, mas sem planos para preenchê-las. Os estádios são em grande parte inúteis, sendo usados mais para conferências, concertos, e ocasionalmente para jogos de futebol, pois estes não conseguem pagar por sua manutenção, e muito menos pagar os empréstimos que foram tomadas para financiá-los. "O gasto deu à economia um impulso, mas, a longo prazo, não era necessariamente um investimento sábio para o país", diz Rae.
A Polônia também deve atacar alguns desafios fiscais de longo prazo. O governo está empurrando para diante o limite da dívida constitucional e está desesperado por dinheiro. Muitos polacos dizem que uma recente mudança no sistema de pensões, em que os fundos de capital fechados estão sendo transferidos para o sistema estatal, é motivado por um esforço para reforçar os balanços. "Eles fizeram muito na contabilidade de forma criativa para manter o déficit", diz Andrew Kureth, editor-chefe do Warsaw Business Journal, um semanário de língua inglesa.
Crescimento do PIB projetado da Polônia

O desemprego continua persistentemente elevado em 10,3 por cento. Entre os jovens, o índice é de 26 por cento. Em setembro,  sindicatos do país organizaram uma das maiores manifestações desde 1989, em protesto às condições de trabalho. O primeiro-ministro Donald Tusk reformulou recentemente seu gabinete, demitiu seu ministro das Finanças, e prometeu "uma aceleração do crescimento econômico."

Apesar de alguns problemas inevitáveis, os polacos têm motivos para permanecerem otimistas. O crescimento no próximo ano deverá ser de 2,5 por cento, impulsionado em parte por uma recuperação em regiões da UE, especialmente a Alemanha, destino de mais de 25 por cento das exportações polacas. O orçamento da UE para 2014-2020 foi a primeiro na história da UE que viu cortes na despesa total, mas o dinheiro alocado para a Polônia cresceu, no entanto.
Por causa de uma combinação de fatores, incluindo - o seu tamanho e proximidade com a Alemanha, maior economia da UE, a Polônia é escolhida para receber €105.800.000.000 (euros), tornando-se mais uma vez o maior beneficiário entre os Estados membros. Os fundos são esperados para começar a fluir até o final de 2014.
Não é só o dinheiro que está derramando dentro do Green Caffè Nero, Adam Ringer opera um centro de treinamento que ajuda os médicos a se preparar para novas posições em toda a Europa. Quando ele começou há 13 anos, os alunos eram quase exclusivamente polacos.
Nos últimos anos,  os médicos polacos começaram a receber salários atraentes em casa mesmo, e o centro de treinamento de Ringer viu de repente gregos, espanhóis, portugueses e croatas se inscreverem. "Você pode imaginar um médico grego chegando a Varsóvia para aprender norueguês e, em seguida, movendo-se para a Europa Ocidental?", pergunta Ringer. "Essa é a União Europeia aqui mesmo." E a Polônia é um lugar onde, por enquanto, tudo parece possível.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Livreto de Canções polacas de Józef Gallus


"O mais novo cancioneiro polaco", organizado por Józef Gallus, publicado em Bytom, na Polônia, traz uma seleção das mais amadas canções e cantos religiosos, patrióticos, e populares da Polônia.
Impresso na Editora Católica. Não tem nada escrito sobre o ano da publicação, mas certamente deve ser do início da década de 20 do século passado.
É uma raridade e me foi presenteado pelo amigo compositor e radialista Cláudio Ribeiro.
Em 7 cm x 11,5 cm x 2,5 cm com 502 páginas concentra 446 cantos. 
Estes são alguns dos cantos e hinos do livreto:
>23.
"Niebieszkiego dworu Pani,
Do Ciebie z płaczem wołamy
Ewy synowie wygnani,
Litości Twojej żądamy.

Ty najbliższa Twego Syna,
Powiedz Mu o naszej doli,
Niech wad naszych zapomina,
Lepszego byty pozwoli.

Matko! ny dziećmi Twojemi,
Patrz na stan nasz nie na winę,
Módl się za nami grzesznemi,
Teraz i w śmierci godzinę." 

>84.
Melodia "Pije Kuba do Jakóba".

"Hej Wołyńce, Ukraińce,
Dalej na koń wszyscy!
Żwawo, żywo, nie leniwo,
Bracia nasi bliscy!
Kto w lenistwie żyje, tego we dwa kije,
Łupu cupu, cupu łupu, tego we dwa kije.

Wy Litwini i Żmudzini,
Łączcie się w gromady,
Dalej w szyki, łap za piki,
Marsz za nami w ślady -
Kto jak baba gnije, tego we dwa kije -
Łupu cupu, cupu łupu, tego we dwa kije.

Podolacy, jacy tacy,
Dalej do pałasza.
Niech biegusy ruszą w kłusy,
Tam gdzie ziemia nasza.
Kto się przed nią kryje, tego we dwa kije -
Łupu cupu, cupu łupu, tego we dwa kije.

Marsz do Słucka, Mińska, Łucka,
Wilna i Kamieńca!
Na swej grzędzie bijmy wszędzie,
Wroga odszczepieńca.
Kto go nie pobije, tego we dwa kije -
Łupu cupu, cupu łupu, tego we dwa kije.

W tamtym kraju, gdyby w raju,
Wolność nam zabłyśnie.
Tam dziewczyna, jak malina,
Słodko nas uściśnie.
A kto bez niej żyje, tego we dwa kije -
Łupu cupu, cupu łupu, tego we dwa kije.

Gdy Ojczyzna, piękna, żyzna,
Zyska swe granice,
Wtdey z koni, szabla z dłoni -
I łap za szklanice.
A kto teraz pije, tego we dwa kije -
Łupu cupu, cupu łupu, tego we dwa kije.

>442.
"W morzu przegłada się gwiazda srebrzysta,
Jak lustro gładka toń przezroczysta;
Płyń barko moja, pogoda sprzyja,
Niech cię prowadzi święta Łucya!

Burza w noc cichą gdy nie zagraża,
Wolniej oddycha pieśń marynarza,
Z wesołą piosnką skały omija,
Bo go prowadzi święta Łucya.

O Neapolu, prześliczny kraju,
Kto cię nie widział nie poznał raju;
Jako dziewica świeża, radosna,
Tam się uśmiecha wieczysta wiosna.

Czego się spieszysz w noc cichą, jasną.
Gwiazdy ukaża brzeg, nim zagasną;
Natura wdzięki swoje rozwija,
Zeglarzy wspiera święta Łucya.





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Inscrições abertas no mais antigo festival de cinema da Polônia

Estão abertas as inscrições para a 54º edição do Festival de Cinema de Cracóvia que acontece entre os dias 25 de maio e 1º de junho de 2014. As inscrições para o mais antigo festival de cinema da Polônia são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 30 de novembro. 
A organização do evento abre exceção apenas para obras concluídas depois de 31 de outubro, que poderão ser inscritas até o dia 31 de janeiro do ano que vem. Filmes brasileiros podem ser inscritos para a Competição Internacional de
Kino Kijów - local do Festival de Cinema de Cracóvia
Curtas-Metragens (ficção, animação ou documentário, com duração máxima de 30 minutos); para a Competição Internacional de Documentários (filmes de caráter documental, com duração superior a 30 minutos); ou para a Competição Internacional DocFilmMusic (documentários sobre música, com duração superior a 30 minutos).
As obras devem ter sido finalizadas após o dia 1º de janeiro de 2013 e permanecerem inéditas em solo polaco.
Os filmes selecionados entrarão na disputa aos prêmios Dragão de Ouro e de Prata, Chifre de Ouro e de Prata e Clarim de Ouro, de acordo com a categoria.
Realizadores interessados devem preencher o formulário de inscrição e imprimir a página de confirmação no final do processo. O impresso deve ser assinado e enviado para o email selekcja@kff.com.pl.
O filme inscrito pode ser enviado através de um link para visualização online, protegido ou não por senha; por meio de upload no próprio site do festival; ou pelo envio postal de uma cópia, em DVD, para o endereço informado no regulamento.
Em qualquer um dos casos, a cópia enviada deve conter legendas em inglês. Para mais informações, acesse o site do 54º Festival de Cinema de Cracóvia.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Greenpeace protesta derramando carvão nas ruas de Varsóvia

Por Giuliana Miranda, Enviada especial*

VARSÓVIA, POLÔNIA, 18 de novembro (Folhapress)
 - A última semana da conferência mundial do clima começou movimentada. Ativistas ignoraram o frio e se dividiram em vários protestos pela cidade. O alvo, dessa vez, foi a indústria do carvão, que começa hoje seu encontro mundial também na capital polaca, em uma "coincidência" de datas que foi considerada uma afronta aos ambientalistas.
De manifestantes pendurados em um prédio público até um coral de de tosses, os protestos foram variados.
Ativistas do Greenpeace escalaram a sede do Ministério da Economia e levantaram uma faixa que perguntava: "Quem comanda a Polônia? A indústria do carvão ou o povo?".
Pouco depois, manifestantes ligados a diversas ONGs se reuniram na frente do ministério também para protestar contra a conferência e a exploração do carvão no país.
Eles espalharam notas falsas de dinheiro e confetes pretos, em uma alusão à origem suja dos recursos. Além disso, um pulmão inflável gigante também foi usado como símbolo do dano à qualidade do ar.
No microfone, ativistas se revezavam nas palavras de ordem contra a indústria do carvão, em discursos que eram traduzidos em inglês e em polaco.
Apesar dos recursos cênicos, a manifestação não pareceu atrair muita gente. Menos de 200 pessoas acompanharam os protestos. Mesmo assim, havia dezenas de policiais no entorno da praça e do prédio do ministério.
Perguntada se estaria frustrada com a pouca adesão dos polacos - cujo país tem mais de 70% da energia derivada do carvão-, uma ativista respondeu: "É porque é segunda e está frio, não é que as pessoas não se importem".
A alguns quilômetros dali, outro protesto ocupava o entorno do Estádio Nacional de Varsóvia, onde acontece a COP-19. O protesto causou um pouco de confusão no trânsito, mas não chegou a tumultuar o dia do polaco.
Dentro do estádio, uma série de microatos marcaram o dia. Em um dos mais inusitados, ONGs promoveram o casamento da "senhorita Clima" com o "senhor Combustíveis Fósseis" para ressaltar os problemas ambientais.
Do outro lado da cidade, Christiana Figueres, a secretária executiva da UNFCCC (Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) era uma das palestrantes do Encontro Mundial do Carvão, que tanto irritou os ambientalistas.
Ela precisou defender sua decisão de participar do encontro, dizendo que a indústria de carvão é um problema, e que eles precisam ser incluídos no diálogo para que sejam transformados em parte da solução.
Cientistas de 27 países, incluindo os brasileiros Emílio La Rovere (UFRJ) e José Moreida (USP), divulgaram hoje uma declaração conjunta que reforça o status de risco ao aquecimento global que o uso do carvão representa. Segundo os especialistas, a ideia que a indústria quer passar, de um carvão verde, com usinas com alta eficiência energética, não existe do ponto de vista de emissões.

*A jornalista Giuliana Miranda viajou a convite da Deutsche Welle Akademie


P.S. Protestar é fácil....o difícil é produzir energia num país, que não tem usina nuclear (nem pode ter), que não tem hidroelétricas (95% do país é planície), que o vento bate muito fraco (estão sendo instaladas algumas unidades eólicas) não tem petróleo, não tem gás natural....Só restou o carvão....querem tirar isso também e condenar à morte por frio todos os polacos no inverno?