sexta-feira, 7 de maio de 2010

Doda acusada de ultraje à Bíblia


A cantora Doda assoprou para um jornalista que "acredita mais em dinossauros do que na Bíblia", pois segundo ela, "é difícil acreditar em algo escrito por alguém que bebeu vinho azedo e fumou alguma erva". O jornalista escreveu estas declarações e agora a cantora está envolvida num processo judicial.
O juiz repreendeu o promotor, que recusou a defesa do conhecido Robert Nowak, defensor de seitas de ocasião, de instaurar um processo contra a cantora Doda, por insultar objeto religioso de adoração (como a Bíblia). O tribunal ordenou iniciar-se o processo e se consultar especialistas.
Os estudiosos da Bíblia e linguistas - como se poderia esperar - descobriram que falar sobre o livro sagrado dos judeus e cristãos, como criação de "convidados" bêbados é insultar o objeto de culto. Se assim for - reconheceu o Ministério Público - não há outra maneira de julgar.

Doda, portanto, é acusada de insultar sentimentos religiosos (a pena para estes casos vai de multa, trabalho social a até dois anos de prisão.)
Doda assim se torna a glória dos mártires perante o tribunal. A estonteante artista se torna um símbolo de coragem e de inconformismo. À semelhança do caso dos Lautsi, casal italiano, que luta no Tribunal de Estrasburgo contra o ensino religioso nas escolas do Estado, a polaca Doda é a bandeira para os fãs do novo e do livre. Algo que a torna mais do que um símbolo da luta dos não-crentes.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Conspiração internacional contra a Polônia?


A jornalista Jane Burgermeister tem essa reportagem postada no YouTube com muitas suspeitas sobre o acidente que vitimou 96 autoridades polacas no bosque que circunda o aeroporto da cidade russa de Smolenski. Sobra suspeitas não só para os russos como para a própria União Europeia.
Segundo suas deduções, o fato do presidente do Banco Central da Polônia, estar entre os mortos tem a ver com o país ser o único que não está em recessão econômica entre os 27 países da UE e ter um crescimento anual de 2.7%. O presidente do banco era contra a entrada da Polônia na zona Euro e a desvalorização do Zloty. Num vídeo feito no local do acidente, logo após o desastre, com as chamas ainda consumindo arvoredo e partes da fuselagem do avião, ouvem-se tiros. Para Burgermeister agentes russos queriam certificar-se de que não haveriam sobreviventes. Estes corpos continuam desaparecidos. Diz ainda que muitas pessoas dadas como mortas entre os 96, não estavam no avião. Foram mortos na Polônia, antes do embarque e continuam desaparecidos. Seriam deputados que se opunham aos russos e queriam o escudo antimísseis dos EUA instalados no território da Polônia. Ainda segundo Burgermeister, a Polônia foi o único país europeu a rejeitar a vacinação da gripe H1N1 (gripe suína) e isto também contrariou pesados interesses internacionais.
A jornalista teria sido demitida de seu emprego por pressão da OMS- Organização Mundial da Saúde.
Desde que foi demitida, Jane mantém um site na Internet http://theflucase.com onde denuncia crimes internacionais. Jane Burgermeister nasceu na Suíça de mãe irlandesa e pai austríaco. Tem dupla cidadania, portanto. É formada pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e já escreveu para as publicações Natureza, British Medical Journal, The Scientist, Agência Reuters e jornal The Guardian, entre outras publicações.
Ela foi correspondente europeia do site da Renewable Energy World, do qual foi repentinamente demitida em julho de 2009, após a apresentação de uma série de acusações criminais contra a Baxter e a OMS, alegando bioterrorismo com a intenção de cometer assassinato em massa.

Confira estas acusações em:
http://wakenews.net/html/jane_burgermeister.html

O foco da reportagem de Jane é um episódio ocorrido em fevereiro de 2009, quando filial austríaca da Baxter distribuiu 72 quilos de material de vacina contaminada com vírus vivos da gripe das aves a 16 laboratórios. Caso que deveria ser investigado pela polícia austríaca depois de acusações criminais. Mas elas foram arquivadas em 08 de abril, em Viena.
Fantasiosa? Mentirosa? Equivocada? Sinceramente... tudo é possível, inclusive ser tudo verdade.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Wajda vai a Moscou

Foto: Kuba Atys

3 maio de 2010. Andrzej Wajda se ajoelha no Cemitério dos Soldados Soviéticos, em Varsóvia. O cineasta confirmou que dia 9 de maio próximo estará em Moscou para as comemorações dos 65 anos do término da II Guerra Mundial.
Como se sabe, os russos não comemoram o 8 de maio como final da segunda guerra como faz todo o mundo ocidental. Para os russos o dia é 9 de maio. Está será a primeira vez que o cineasta aceita a comemoração russa, após o fim do comunismo. O ex-presidente polaco Aleksander Kwasniewski foi bastante criticado na Polônia quando foi a Moscou, nesta data, anos atrás.
Parece que os "ventos" que derrubaram o avião de Kaczynski está provocando uma aproximação nunca antes imaginada entre Polônia e Rússia. Nem mesmo durante o período comunista isto ocorreu. Novos "ventos" devem aproximar finalmente as duas maiores nações eslavas, numa história repleta de guerras, conflitos e ódios.
Mas não é só Wajda que fará este gesto. Também o clero, intelectuais e artistas, estão apelando: 09 de maio, vamos ao cemitério dos soldados soviéticos e acendamos velas em seus túmulos. Isto é Reconciliar-se
Cemitérios espalhados por toda a Polônia guardam milhares de túmulos de soldados soviéticos. Eles morreram em 1944 e 1945, quando iam tomar de assalto Berlim. Eles lutaram contra os alemães, obedecendo ordens de seus comandos, mas também enfrentavam o inimigo com um sentimento de injustiça cravado em cada coração. Para vingar suas famílias assassinadas, eles queimaram aldeias e destruíram a cidade símbolo dos alemães. A maioria destes soldados foram enterrados em várias cidades polacas. Quase 32 mil foram enterrados em Braniewo. 22 mil nas ruas (ulica - pronuncia-se utitssa) Żwirki i Wigury de Varsóvia, 11 mil enterrados em Bielsko-Biala, 8000 em Wroclaw.
Para o jornal Gazeta Wyborcza, o cineasta Andrzej Wajda explicou e apelou para que todos os polacos se reconciliem com os russos:

"Eu vou ao cemitério e vou acender uma vela, porque os soldados soviéticos lutaram pelo justo, também pela nossa causa. Devemos fazer todo o possível para conciliar polacos e russos. Especialmente hoje, quando os russos demonstram-nos solidariedade nesta tragédia, por outro lado, ressoam vozes de pessoas que querem nos conflitar.
Péssimas relações atribuem-se polacos e russos disto, que durante décadas nos governou a União Soviética, e são muito difíceis de separar da URSS e do sistema russo.
Deve-se, finalmente, acabar os ressentimentos e suspeitas. Os oficiais polacos mortos, em Katyn, foram por ordens de Stalin. É um crime do regime stalinista, não dos russos comuns. Nós não gostaríamos que algumas décadas depois da guerra ainda estivéssemos sobrecarregados com a responsabilidade pelos crimes do comunismo. Katyn deve parar de nos arrastar, de lançar sombras sobre nossa relação.
Os russos comuns eram tão vítimas do comunismo, quanto os polacos. Eu vi como sofriam com os comunistas muitos dos meus amigos russos, como Andrei Tarkovsky e Volodya Vysotsky. Eles eram tão atormentados, como muitos polacos, e isto é difícil de imaginar. Naqueles dias terríveis, a minha amizade com Wysocki era a esperança de um futuro - que, se nós confiarmos uns nos outros, nós estaremos juntos nos momentos mais difíceis, que iremos fazer juntos no futuro."

terça-feira, 4 de maio de 2010

Wycinanki- arte do papel recortado

Wycinanki de Łowicz

Wycinanki é versão polaca para a arte do papel recortado. Sua origem se perde nos séculos passados, mas segundo alguns estudiosos da tradição, teria começado com com recortes em cascas de árvores e couro. Wycinanki desde há muito são feitos com papéis coloridos colados em mobiliário ou vigas do telhado como decoração, pendurados nas janelas, ou ainda como cartões lembrando datas festivas como natal, páscoa e aniversário.
Wycinanki variar de região para região. Por exemplo, wycinanki criados na região de Kurpie normalmente são todos de uma cor só, enquanto wycinanki da região de Łowicz são multi-coloridos.
As técnicas incluem o corte, a perfuração, sangramento e a escultura de papel, bem como poder ser postados em várias camadas e depois colados juntos.
Entre suas inspirações estão representações de pavões, galos e outras aves, medalhões circulares ou em forma de estrela, flores e cenas decorativas alusivos a eventos particulares. Em algumas cidades e vilas existem competições para se criar o wycinanki mais bonito. Tradicionalmente é realizado nas áreas rurais da Polônia. As técnicas foram sendo passadas de geração em geração, com novos temas e idéias que tornaram o ato de recortar cada vez mais detalhados e intrincados.

Altar com wycinanki de Kurpie

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Polônia na Expo 2010 de Shangai

Foto: Anna Rudawska

O autor do projeto artiquetônico do Pavilhão da Polônia, na Expo 2010 de Shangai (China) é o grupo formado pelos arquitetos Wojciech Kakowski, Marcin Mostafa e Natalia Paszkowska. A aparência exterior do pavilhão foi inspirada na tradição do artesanato polaco, a Wycinanki (papéis recortados). Possui 3 mil metros quadrados.

O pavilhão polaco representa o país, profundamente enraizado na tradição, mas também um país dinâmico e moderno. A Expo de Shangai bateu o record de países participantes. São 192 países e 50 organizações internacionais. O Brasil, inclusive.

Já estive em duas destas exposições, na Sevilha 1992 e na Lisboa 1998. Realmente marcantes! Monumentos conhecidos no mundo inteiro foram construídos especialmente para estas exposições e ficaram como patrimônio da humanidade, como a Torre Eiffell de Paris, o Atomium de Bruxelas, A torre Vasco da Gama de Lisboa, a Isla de la Cortuja de Sevilha.

3 de maio, Dia Nacional na Polônia

Dia 3 de maio é uma das datas nacionais da Polônia, a outra é 11 de novembro. Hoje se comemora a Constituição de 1791. A primeira Carta Magna da Europa e a segunda do mundo.
A Polônia vive dias de aquecimento de seu patriotismo, após a comemoração trágica dos 70 anos de Katyń, com a morte de 96 pessoas a bordo do avião presidencial. O poema abaixo do poeta Jarosław Marek Rymkiewicz, confronta o patriotismo que os polacos praticam nos tempos que correm.

Ojczyzna jest w potrzebie - to znaczy: łajdacy
Znów wzięli się do swojej odwiecznej tu pracy
Polska - mówią - i owszem to nawet rzecz miła
Ale wprzód niech przeprosi tych których skrzywdziła
Polska - mówią - wspaniale lecz trzeba po trochu
Ją ucywilizować - niech klęczy na grochu
Niech zmądrzeje niech zmieni swoje obyczaje
Bo z tymi moherami to się żyć nie daje
i dalej:
I znowu są dwie Polski - są jej dwa oblicza
(...) Dwie Polski - ta o której wiedzieli prorocy
I ta którą w objęcia bierze car północy
Dwie Polski - jedna chce się podobać na świecie
I ta druga - ta którą wiozą na lawecie
Ta w naszą krew jak w sztandar królewski ubrana
Naszych najświętszych przodków tajemnicza rana
Powiedzą że to patos - tu trzeba patosu
Ja tu mówię o sprawie odwiecznego losu
(...) To co nas podzieliło - to się już nie sklei
Nie można oddać Polski w ręce jej złodziei
Którzy chcą ją nam ukraść i odsprzedać światu
Jarosławie! Pan jeszcze coś jest winien Bratu!
(...)
To brzmi jak najnowszy wykwit wielkiego, drapowanego na romantyzm patriotyzmu. Ale też kapie fałszem.


tradução livre:
Pátria é na necessidade - ou seja, patifes
Novamente tomou a sua obra eterna aqui
Polônia - eles dizem - e isto até é coisa boa
Mas primeiro vamos pedir desculpas àqueles que foram prejudicados
Polônia - dizem - maravilhosa, mas você precisa um pouco de
Civilizá-los - deixá-los de joelhos sobre as ervilhas
A esperteza muda seus modos
Porque deseja estes pêlos que não se dá
e, além disso:
E, novamente, há duas Polônias - são duas as faces
(...) Duas Polônias - aquela sobre o que sabiam os profetas
E que o leva para os braços da meia-noite de carro
Duas Polônias - uma quer agradar ao mundo
E a outra - é esta que se leva no transporte
Esta no nosso sangue e vestida com roupas reais padronizadas
Nossas ancestrais sagradas feridas misteriosas
Dizem isto é patético - aqui é preciso patetas
Aqui eu estou falando sobre o que destino eterno
(...) O que temos compartilhado - que já não posso consertar
Os quais querem colocá-la nas mãos dos ladrões
Aqueles nos querem roubá-la e vender para o mundo
Jaroslaw! Você ainda deve algo irmão!
(...)
Isto parece como a mais nova grande erupção, planejada no romântico patriotismo. Mas também com falsidade.

domingo, 2 de maio de 2010

Os selecionados do Concurso Chopin 2010


Terminou a fase eliminatória do XVI Concurso Chopin 2010 e foi anunciada a lista dos 81 jovens pianistas que voltarão a Polônia, em outubro, para a fase final e decisiva. Ainda antes das eliminações, o prof. Andrzej Jasiński, presidente do júri nestas eliminatórias, anunciou que, três pessoas tinham chegado para o concurso, vencedores de competições importantes: como os russos Miroslav Kultysheva e Daniil Trifonov, e representando os Estados Unidos, Claire Huangci. Eles se juntaram aos 209 candidatos inscritos.
Infelizmente, uma nuvem de vulcão em abril, impediu a chegada de todo o grupo de pianistas inscritos. Então eles tiveram a oportunidade de chegar em data posterior, o que acabou acontecendo nestes últimos dois dias. Nem todos chegaram, pois o visto de alguns havia expirado. Mas seja como for, os jurados selecionaram 81 pianistas,um número muito maior do que era esperado.
Entre as delegações por países, da China foram selecionados 7, mais 5 de Taipei e 1 de Hong Kong, totalizando 13 concorrentes chineses. A equipe japonesa tem o maior grupo com 16 pessoas (contando com 1 pianista que representa os EUA).
Os polacos tiveram 7 concorrentes classificados. A Coréia do Norte classificou 4 e a Rússia 9, enquanto os americanos 4 (sendo um deles japonês). Não conseguiram classificação para a fase final nenhum dos candidatos da Bielorrússia, bem como representantes da Ilha de Páscoa, Finlândia, Indonésia, Colômbia, Coreia do Sul, Romênia, Sérvia, Síria, Tailândia, Hungria, Uzbequistão e Grã-Bretanha. O Brasil não teve nenhum concorrente.
Na lista dos selecionados alguns são nomes já bastante conhecidos, como a russa Yulianna Avdeev, Rachel Cheung (que foi uma criança-prodígio) de Hong Kong, bem como aqueles que estiveram no festival de Duszniki, como o lituano Lukas Geniusas, o ucraniano Denis Jdanov (ele e a russa Avdeev foram os vencedores do festival polaco Rubinstein e a a competição Paderewski da cidade de Bydgoszcz.
O concurso é realizado em Varsóvia desde 1927.
Os 81 selecionados para a final do mais importante concurso de pianistas em todo o mundo. Concurso que o brasileiro Artur Moreira Lima venceu na década de 60.

1 Soo Jung Ann - República da Coreia
2 Leonora Armellini - Itália
3 Yulianna Avdeeva - Rússia
4 Fares Marek Basmadji - Síria/Polônia
5 Evgeni Bozhanov - Bulgária
6 Marek Bracha - Polônia
7 Wai-Ching Rachel Cheung - China/Hong Kong
8 Fei-Fei Dong - China
9 François Dumont - França
10 Denis Evstuhin - Rússia
11 Yury Favorin - Rússia
12 Anna Fedorova - Ucrânia
13 Madoka Fukami - Japão
14 Lukas Geniušas - Rússia/Lituânia
15 Leonard Gilbert - Canadá
16 Jayson Gillham - Austrália
17 Eri Goto - Japão
18 Giuseppe Greco - Itália
19 Antoine de Grolée - França
20 Peng Cheng He - China
21 Bo Hu - China
22 Ching-Yun Hu - China/Tajpei
23 Shih-Wei Huang - China/Tajpei
24 Claire Huangci - EUA
25 Junna Iwasaki - Japão
26 Julian ZhiChao Jia - China
27 Kaoru Jitsukawa - Japão
28 Aljoša Jurinić - Croácia
29 Airi Katada - Japão
30 Lusine Khachatryan - Armênia
31 Nikolay Khozyainov - Rússia
32 Da Sol Kim - República da Coreia
33 Sung Jae Kim - República da Coreia
34 Marie Kiyone - Japão
35 Yaron Kohlberg - Israel
36 Ilya Kondratiev - Rússia
37 Jacek Kortus - Polônia
38 Marcin Koziak - Polônia
39 Sheng-Yuan Kuan - China/Tajpei
40 Naomi Kudo - Japão/EUA
41 Miroslav Kultyshev - Rússia
42 Hanchien Lee - China/Tajpei
43 Eri Mantani - Japão
44 Guillaume Masson - França
45 Vladimir Matusevich - Rússia
46 Maiko Mine - Japão
47 Shota Miyazaki - Japão
48 Kotaro Nagano - Japão
49 Mamikon Nakhapetov - Geórgia
50 Mariko Nogami - Japão
51 Kana Okada - Japão
52 Yuma Osaki - Japão
53 Anke Pan - Alemanha
54 Esther Park - EUA
55 NiPanod David Pfeffer - Israel
56 Marianna Prjevalskaya - Espanha
57 Ilya Rashkovskiy - Rússia
58 Joanna Różewska - Polônia
59 Takaya Sano - Japão
60 Louis Schwizgebel-Wan - Suíça
61 Yury Shadrin - Rússia
62 Ishay Shaer - Israel
63 Meng-Sheng Shen - China/Tajpei
64 Natalia Sokolowskaya - Rússia
65 Rina Sudo - Japão
66 Pan Hyung-Min Suh - República da Coreia
67 Hannah Sun - Austrália
68 Jiayi Sun - China
69 Mei-Ting Sun - EUA
70 Gracjan Szymczak - Polônia
71 Xin Tong - China
72 Danil Trifonov - Rússia
73 Hélène Tysman - França
74 Andrew Tyson - EUA
75 Irene Veneziano - Itália
76 Paweł Wakarecy - Polônia
77 Yuri Watanabe - Japão
78 Mu Ye Wu - China
79 Ingolf Wunder - Áustria
80 Denis Zhdanov - Ucrânia
81 Eric Zuber - EUA

sábado, 1 de maio de 2010

Grodzieńska morreu

Foto: Albert Zawada

O mundo ficou um lugar mais triste. Na casa dos artistas, em Skolimów, morreu Stefania Grodzieńska, escritora, atriz, bailarina, uma pessoa cheia de charme e de humor extraordinário.
Dois anos atrás, já com pouco mais de 93 anos de idade, Stefania deu entrevista ao jornal "Gazeta Stołeczna" dizendo que ainda tinha planos profissionais. Dizia-se viciada em leitura de livros sobre a vida do prof. Bartoszewski e de Jurek Owsiak. Um dos planos de Stefania era bastante lúdico, queria nos próximos dois anos e meio, ler muito mais. Dizia para os médicos, que as pessoas com vícios de 96 anos de idade deviam ser respeitados. Infelizmente, o plano nunca será realizado.
Ela era uma pessoa cheia de graça e charme. Seu encanto era sentido em seus livros. Tinha uma ironia cortante, mas nunca um humor malicioso. Stefania tinha classe e talento.
Embora nascida em Łódź (pronuncia-se uudji), viveu em Moscou e Berlim, e ansiava por Paris, mas sempre foi mais ligada a Varsóvia. Ali, em 1933, encontrou um emprego como dançarina no Teatrinho Cyganeria. Quatro anos mais tarde, enquanto trabalhava no programa "Słońce", no Cyrulik Warszawski, conheceu Jerzy Jurandot. Eles ficaram juntos por 42 anos até a morte dele. Ela sobreviveu à ocupação alemã, mas após a libertação, foi parar em Lublin, onde Stefania se tornou a primeira locutora de rádio do pós-guerra. Depois se mudou para sua terra natal, onde começou a trabalhar no Teatro Syrena. Mais tarde, mudou-se para Varsóvia. Stefania enquanto tarbalhava no teatro, escrevia colunas para "Szpilki", e ainda trabalhava em rádio e editora de entretenimento da TVP - Telewizja Polska.
Contudo, Stepania Grodzieńska riu muito quanda foi chamada de a Primeira Dama do humor polaco. Um de seus livros publicados se intitulava "Wspomnienia chałturzystki" e nestas suas memórias dizia, "Nós não temos nada."