segunda-feira, 13 de agosto de 2007

No set de filmagens

Foto:Ulisses Iarochinski
Novembro passado, estava passeando na noite fria, (já tinha chovido e caia uma neve rala) quando de repente no Rynek (praça central) um agromerado de pessoas, trailers de artistas, gruas e no comando Andrzej Wajda dirigia cenas de seu próximo lançamento, "Katyń". Não foi a primeira, nem será a última vez que a praça mais famosa de Cracóvia serve de cenário para uma grande produção de cinema.

domingo, 12 de agosto de 2007

Cartunista Polaco vence em Portugal



O cartunista Grzegorz Szumovski, da Polônia foi o vencedor do Grande Prêmio do IX PortoCartoon-World Festival, organizado pelo Museu Nacional da Imprensa. A participação do IX PortoCartoon de 2007 bateu o recorde dos últimos anos ao receber mais de 1700 cartuns, de quase 500 cartunistas, de 60 países. O segundo lugar foi atribuído ao brasileiro Osvaldo da Silva Costa e ao italiano Alessandro Gatto. O terceiro foi para Ruan Tang Li, da China. O trabalho vencedor é relativo ao tema “globalização” e mostra um índio de arco e flecha dispararando um celular.
O júri internacional decidiu também atribuir 15 Menções Honrosas a artistas de 10 Países: Bélgica, Brasil, Espanha, Holanda, Irã, Turquia, Itália, Polônia, Israel e Portugal.

Wajda virá com Katyń

Foto: Paweł Mazur

O grande cineasta polaco Andrzej Wajda (pronuncia-se Andjei Váida) está nos últimos preparativos para o lançamento de seu mais recente filme, “Katyń”, em 17 de setembro no festival de Cinema de Gdynia (cidade no Norte da Polônia). O filme trata de uma das maiores chacinas do século XX.

O massacre de Katyń foi a brutal execução de polacos pelos russos durante a Segunda Guerra Mundial. Como o sistema de serviço militar polaco requeria título universitário para se tornar oficial da reserva, os soviéticos conseguiram reunir muitas cabeças da intelectualidade polaca e bielo-russas. No período, entre 3 de abril a 19 de maio de 1940, pelo menos 22.436 oficiais e 15.131 prisioneiros polacos foram executados. Além de outros 7.305 bielo-russos e ucranianos. Entre os que foram assassinados covardemente, em Katyń, estavam um marechal, 16 generais, 24 coronéis, 79 tenente-coronéis, 258 majores, 654 capitães, 17 capitães navais, 3.420 soldados, sete capelães, três proprietários de terras, 1 príncipe, 43 funcionários públicos, 85 trabalhadores privados e 131 refugiados. Também entre os mortos estavam 20 professores universitários; 300 médicos; 100 advogados, vários engenheiros e professores; e mais de 100 escritores e jornalistas, além de aproximadamente 200 pilotos da força aérea. Os russos executaram quase metade do Corpo de Oficiais do Exército Polaco.

E se diziam amigos por afinidade étnica e acordos pré-guerra. Uns grandes mentirosos e falsos estes russos, isso sim. Para não falar que foram tão cruéis quanto os alemães de Hitler.

E este é o Duppa

Para ouvir uma das músicas do CD, clique mais abaixo na nota (post) sobre a Banda Polaca, do Dante.

sábado, 11 de agosto de 2007

Eleições antecipadas

O primeiro-ministro Jarosław Kaczyński anunciou neste sábado que pode convocar eleições parlamentares antecipadas para outubro. Com o desacerto na coalização de direita que governa o país, os gêmeos Kaczyński (Lech é o presidente da República) não vêm outra saída do que antecipar, em dois anos, as eleições de novos deputados. A imprensa européia, não deixou por menos, e noticiou que o conservadorismo de extrema direita do governo polaco está por um fio. A TVE espanhola chegou a dizer que o governo Kaczyński é um retrocesso na União Européia e que os gêmeos estão sempre na contramão das decisões dos outros 26 países. Uma pesquisa de opinião destacou que 80% da população polaca aprova a antecipação. Mas para que isso aconteça é necessário que o atual parlamento se autodissolva.

A Banda Polaca será sonora

O livro "A Banda Polaca - humor do imigrante no Brasil Meridional" será lançado com trilha sonora. Dia 26 de setembro - na casa Romário Martins - será lançado também o CD do polaco, empresário e compositor Gláucio Karas, que tem o nome artístico de Isidório Duppa. Para abrir o baile, ouçam uma das músicas (Dante Mendonça).
Clique aqui para baixar o arquivo e ouvir "Xaxixão vermelho" em

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A Mariacka de Cracóvia


A Mariacka (igreja Basílica de Santa Maria) foi construída no século 13, no lugar de uma antiga igreja em estilo românico. Na gótica renascentista Mariacka se destaca o altar, esculpido em madeira e considerado a maior expressão gótica da Polônia. Sua torre mais alta (onde um corneteiro toca o “Hejnal”, todas as horas cheias do dia) possui uma coroa, que simboliza o status de capital do reino. A coroa está a 81 m de altura e foi colocada ali, em 1478, representando duas histórias ocorridas em 1408. A coroa tem 2,4 m de diâmetro, 1,3 m altura e pesa 350 kg. As 8 pontas de cobre de 1,2 m, cada uma, mais abaixo, são banhadas em ouro e estão numa altura de 65.5 m de altura e foram colocadas ali 1666. A torre menor tem 62 m de altura.

Rynek sempre belo

Foto: Prefeitura de Cracóvia
O Rynek Główny - Praça do Mercado Central - de Cracóvia fica ainda mais belo com o Sol e o céu azul do verão. Ao fundo, pode-se divisar o Kopiec Kosciuzki, um dos pontos mais altos da cidade e mais atrás a Montanha do Przegorzały (à esquerda), onde moro. No Rynek, estão além da Sukienice, do Ratusz, da Mariacka, da capela de São Adalberto mais 47 kamienice (edifícios), a maioria destes, restaurados no século 19. Considerada a maior praça medieval da Europa com seus 10 acres, ou 40.468,54 m2, ela tem muita história para contar, a começar pelos seus principais edifícios.

Polônia se nega a devolver arte alemã


Manuscrito de Mozart - final do Kyrie
Foto: Mozart Geburtshaus

O jornal Herald Tribune publicou, esta semana, notícia de que o governo da Polônia se nega a atender pedido da Alemanha para que retornem a este país, objetos de arte alemã que se encontram guardados em território polaco.
Na semana passada, o jornal alemão "Frankfurter Allegemeine Zeitung" criticou a Polônia por não devolver objetos de arte que pertencem a civilização alemã.
O Ministério das Relações Estrangeiras da Polônia, por sua vez, reagiu dizendo que a crítica e o pedido são completamente infundados. Em seu comunicado, o Ministério disse que objetos de artes, livros, manuscritos e materiais de arquivo de origem alemã encontrados em território polaco depois da Segunda Guerra Mundial foram assumidos pela Polônia com base em atos "legais apropriados”. Qualquer menção às reivindicações alemãs referentes à Segunda Guerra Mundial é por demais dolorida. O ministério polaco lembrou que a Polônia foi invadida pelos alemães, em 1939, e que a ocupação brutal de cinco anos resultou na morte de seis milhões de cidadãos polacos.
Evidentemente, o Allegemeine Zeitung não lembrou de criticar seu próprio país por não devolver o fruto de saques nazistas nas artes polacas durante os anos de guerra. Não lembrou das bibliotecas que foram queimadas, dos arquivos que foram destruídos, do bombardeio que arrasou Varsóvia, quando foram dinamitados marcos culturais, igrejas e palácios reais polacos. Para não falar dos roubos de obras de arte valiosíssimas que nunca mais retornaram ao solo da Polônia.
O jornal de Frankfurt reclama os tesouros da Biblioteca do Estado Prusso, onde se encontrava uma coleção de livros alemães inestimáveis, além de manuscritos, que os soldados de Hitler transferiram de Berlim para 29 lugares espalhados pelo Terceiro Reich, numa tentativa de protegê-la dos bombardeios Aliados. Aproximadamente 500 caixas de madeira com milhares de manuscritos e documentos foram escondidas no Castelo de Książ nos Sudetos polacos, e mais tarde, transferidos para um convento mais ao Sul. Segundo o jornal, este tesouro se encontra atualmente na Biblioteca Jagielloński de Cracóvia.
O diretor Zdzisław Pietrzyk da Biblioteca confirma a guarda da Universidade Jagielloński, mas lembra que uma parte desta mesma coleção já foi devolvida para a Alemanha, em 1977, quando o líder da Polônia comunista, Edward Gierek, presenteou seu colega comunista alemão Oriental, Erich Honecker, com sete pautas musicais. Entre elas,
o manuscrito original de Mozart para a ópera "A Flauta Mágica” e partes do manuscrito de Beethoven para a “Nona Sinfonia”.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Jovens Judeus equivocados

foto: Tel Aviv University
Aconteceu esta semana, na Universidade de Tel Aviv, em Israel, um encontro internacional Israel-Polônia, reunindo professores, estudantes e diversas entidades, para discutirem a “Marcha de Estudantes Judeus” a Auschwitz.
Ao que consta, o que chocou o ministro da cultura polaco, Waldemar Dąbrowski, em 2003, continua ocorrendo, mesmo depois da intensa participação dos estudantes católicos da Polônia, que atenderam ao chamamento do ministro e junto com israelenses e estrangeiros de origem judaica marcham até o campo de concentração alemão. Os equivocos, agora são, não só dos estudantes israelenses, mas também dos estudantes de origem judaica de outros países.
Não se sabe ainda com certeza se são os professores destes estudantes, a falta de informação, ou a idade precoce para uma visita de tal magnitude num local de tristes recordações (Diga-se de passagem, não só para judeus, mas também para ciganos, católicos, mulçumanos e diversas etnias), a causa de tantos disparates históricos.
Frases como: “Nossa! Não sabia que Auschwitz era na Polônia.”; “Então foram os polacos que mataram os nossos judeus!”; “Os polacos são anti-semitas.”;
Ou então, perguntas como: “O nome da cidade é Oświęcim? Que engraçado!”; “Por que esta marcha é realizada na Polônia e não na Alemanha?”; Por que não vamos para o campo de concentração de Munique?”; "Os alemães não nos querem na Alemanha?", "Os polacos estão explorado turismo com nosso sofrimento, é isso?".
O fato dos campos de concentração de Auschwitz, Birkenau, Belzec, Majdanek, Chelmno, Sobibór, Treblinka e outros terem sido edificados em território polaco, tem levado estes estudantes de origem judaica a deduzirem que o Holocausto foi obra dos católicos polacos e não dos alemães de Hitler. Numa confusão histórica que só fomenta discriminação e desentendimento. O que precisa ficar claro para estes estudantes é que a Polônia foi vítima e não carrasco; que a Polônia durante séculos foi a única terra dos judeus (expulsos pelos reis católicos da Espanha, Portugal, França, Itália, Alemanha e outros países); que muitos dos fundadores do Estado de Israel nasceram em território polaco e ali se casaram com católicos, aprenderam a comer pierogi e a beber vodka.

Marcha de estudantes israelenses

Foto: Jarmen

Desde 1988, o Ministério da Educação de Israel promove a "Marcha de estudantes judeus", em cooperação com a organização „March of the Living”, na Polônia.
Na primeira marcha, realizada sempre no mês de abril, estiveram cerca de 1,5 mil estudantes israelenses, no trajeto de 70 km entre Cracóvia e Auschwitz (na cidade de Oświęcim, na Polônia). Em 2003, o Ministro da Cultura da Polônia, depois de ler na imprensa, declarações equivocadas dos estudantes israelenses sobre a história da segunda guerra mundial, convocou todos os estudantes polacos a se juntarem aos israelenses. O que chocou o ministro foi que muitos destes estudantes de segundo grau de Israel estivessem surpresos de que o campo de concentração alemão era na Polônia e não na Alemanha. Alguns, nas entrevistas, deduziam então de que quem assassinou os judeus na segunda guerra mundial eram os polacos e não os alemães, numa completa inversão de valores. O chamamento do ministro polaco levou mais de 20 mil estudantes de 50 países a marcharem até o campo de concentração, em 2005. Nas solenidades daquele ano estiveram presentes também os primeiros ministros de Israel – Ariel Szaron, e da Polônia – Marek Belka, e o prêmio Nobel Elie Wiesel. Em anos anteriores também estiveram na marcha os ex-presidentes Aleksander Kwaśniewski, da Polônia e Ezer Weizman, Mosze Kacaw, de Israel, além dos primeiros ministros Jerzy Buzek, da Polônia, e Benjamin Netanjahu, de Israel. Em 2006, esteve Szymon Peres.
Neste ano, de 2007, estiveram marchando também cerca de 150 estudantes brasileiros de origem judaica, procedentes de São Paulo.

Vandalismo em Częstochowa

Foto Polícia de Częstochowa
O prefeito de Częstochowa, Tadeusz Wrona, reuniu estudantes de arte, na última terça-feira, para limpar cerca de 100 túmulos, no cemitério judeu da cidade, que foi profanado com símbolos nazistas por vândalos. A Polícia descobriu, no domingo, inscrições SS, suásticas e frases de "Fora judeus", escritas em alemão, nas lápides. A Polícia ainda não descobriu quem são os culpados.
O líder dos rabinos na Polônia, Michael Schudrich, foi junto com o prefeito acompanhar os trabalhos de limpeza dos estudantes. O rabino disse que, "muito freqüentemente o resto da sociedade tolera estas coisas. Mas neste caso, o prefeito e os jovens não ficaram sentados em casa esperando que outros limpassem isto. Eles vieram e agiram, não ficaram só no discurso”.
A Polônia foi casa de mais de 3.5 milhões de judeus - a maior comunidade judia da Europa - até a Segunda Guerra Mundial, quando então, a maioria foi assassinada pelos alemães. Estima-se que vivam hoje 30.000 judeus no país predominantemente católico.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Futebol Polaco

O campeonato polaco de futebol 2007/2008 já começou...após duas rodadas o Legia Varsóvia está em primeiro. O campeão do ano passado, Zagłębia Lublin perdeu neste fim de semana para o Wisła Kraków (dos brasileiros Jean Paulista e Kleber) por um a zero.

O Wisła não jogou a primeira rodada pois estava em Chicago nos EUA onde venceu o torneio internacional que contou com o Sevilha da Espanha e o Reggina da Itália. Na foto, o lateral esquerdo, Kleber, após troca de camisas com jogador do Sevilha, levanta a taça de campeão.

Kleber campeão em Chicago

Foto: Imprensa de Chicago

E na foto abaixo, o atacante Jean Paulista, considerado pela crítica polaca, o mais técnico e habilidoso brasileiro do campeonato polaco, com a famosa camisa branca do Wisła, domina a bola no campo dos espanhóis. Por sua vez, o ex-Coxa Branca, Adriano, agora no Sevilha, pelo segundo ano consecutivo, amargou uma derrota para o time de Cracóvia. A primeira derrota aconteceu na comemoração dos cem anos de existência do clube de Cracóvia, ano passado.

Racławicka: Um enorme quadro panorama


Na cidade de Wrocław (pronuncia-se: vrossúaf) há um museu especialmente construído para abrigar um único quadro. Parece improvável, mas é verdade.

Também pudera o quadro que representa a Batalha de Racławice (pronuncia-se: Rassúavitce) tem 15 metros de altura por 114 de comprimento. Ou seja, corresponde mais ou menos a um edifício de 6 andares. Para visualizá-lo é preciso estar dentro dele.

Explico, ele é montando em forma circular, já que o prédio do museu foi especialmente construído em formato circular, assim a obra em óleo está disposta na parede com suas extremidades se tocando. Retrata a vitória do herói de dois mundos Tadeusz Kościuszko, que lutou pela Independência dos Estados Unidos e da Polônia.
Uma cena de Raclawicka

Foto: Museu Panorama Raclawicka




O Panorama da Batalha de Racławice é o mais antigo e único exemplar existente de panorama pintado na Polônia.

A idéia de pintar a célebre batalha foi do pintor Jan Styka (1857–1925) em Lwów, que convidou o renomado pintor Wojciech Kossak (1857–1942) para participar no projeto.

Eles foram ajudados por Ludwik Boller, Tadeusz Popiel, Zygmunt Rozwadowski, Teodor Axentowicz, Włodzimierz Tetmajer, Wincenty Wodzinowski e Michał Sozański.

O projeto foi concebido como uma manifestação patriótica que comemorava o 100º aniversário da Batalha vitoriosa de Racławice, episódio famoso da Insurreição de Kościuszko, um ato heróico mas no qual cai tentando defender a independência polaca.

A batalha foi lutada no dia 4 de abril de 1794 entre a força regular dos insurretos e temerosos camponeses armados de foices sob o comando de Kościuszko (1746–1817) e o exército russo comandado por Tormasov. Para a nação que tinha perdido sua independência, a memória desta vitória gloriosa era particularmente importante.


Endereço:
Jana Ewangelisty Purkyniego 11, 50-155
Wrocław, Polônia

domingo, 5 de agosto de 2007

Salomé de Olbinski



Outro poster do Rafał. Realmente ele é super (nova gíria polaca - influência estrangeira no idioma). Olbinski nasceu na Polônia, em 1945, arquiteto, pintor, designer, ilustrador e artista de poster. Desde 1981 vive em Nova Iorque, o que permitiu que sua obra fosse conhecida em todo o mundo. Frequentemente faz ilustrações para as revistas Time, Der Spiegel e Newsweek. Leciona atualmente na Escola de Artes Visuais de Nova Iorque.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Curitibanos na Lista de Schindler

Para quem não sabe ainda, o filme de Spilberg, "Lista de Schindler", foi inteiramente gravado em Cracóvia. Outra informação é que dois curitibanos trabalharam no filme como figurantes. Mauro Kraenski e Rogério Piasecki, na época, eram estudantes na Universidade Jagiellonski. No filme, a cena de evacuação dos judeus do bairro do Kazimierz para o outro lado do rio Vístula é marcante. Não só pelo clima dramático e de horror, mas também porque, por dois rápidos segundos, aparece na tela grande, o rosto de Rogério, fazendo as vezes de um judeu.
Ponte de ferro do Podgórze
Foto Prefeitura de Cracóvia
A foto, mostra a ponte de ferro por onde os judeus passaram a pé, em direção ao para o guetto criado pelos nazistas, no bairro do Podgórze. Além da ponte, pode-se ver, ao fundo, o Castelo de Wawel e a torre da catedral metropolitana.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Leminski em polaco

Moje polskie serce wróciło

Serce, które mój dziadek

Przyniósł mi z daleka

Serce zdruzgotane

Serce podeptane

Serce poety

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Meu coração de polaco voltou

Coração que meu avô

Trouxe de longe pra mim

Um coração esmagado

Um coração pisoteado

Um coração de poeta.

Paulo Leminski, Polonaises, 1980.
Tradução Anna Róża Orzech

Culpa do Bush?

Caiu a ponte de Minneapolis. É culpa do Bush? Ou será que é do Bin Laden? Fosse no Brasil, a direita impedernida (que tem saudades de Hitler, Stalin e Médici) já estaria culpando o Lula através da grande imprensa e de emails idiotas...
Por outro lado, como é que a nação mais poderosa e orgulhosa do mundo pode construir pontes que caem? Engraçado que ela também foi reformada como a pista de Congonhas. Será que são os engenheiros, ou os operários que não sabem reformar?

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Castelo da idade média

Um castelo que vale a pena visitar é o de Czorsztyn. Alguns filmes retratando a idade média já foram gravados ali. Fica a beira de um grande lago e das montanhas Tatras e da reserva natural “Zielone Skałki”.
Castelo de Czorsztyn
Foto Ulisses Iarochinski

O Castelo de Czorsztyn fica quase na fronteira com a Eslováquia e foi construído no século XIII. Serviu muitas vezes de pouso para o rei Casimiro – “O Grande”, da Polônia, em suas viagens a Hungria e Áustria. Também fizeram uso do magnífico castelo, os reis Ludwik Węgierski e Władysław Jagiełło. Foi incendiado em 1795 e por causa disso durante séculos foi apenas ruínas. Décadas atrás ao se tornar parte do Parque Nacional Pieniny foi finalmente restaurado. Polacos, Eslovacos, Tchecos, Húngaros e Austríacos são seus mais assíduos visitantes. Muito próximo fica outra atração bastante apreciada: descer as águas tranqüilas do rio Dunajce em canoas de troncos, conduzidas pelos típicos montanheses polacos até a cidade de Krościenko Nad Dunajcem.


Raffting no rio Dunajce


Foto Ulisses Iarochinski

terça-feira, 31 de julho de 2007

Igreja das Múmias

Mais uma atração turística de Cracóvia, que você não vai encontrar nos manuais de viagens e nem ouvir dos guias turísticos. E se você perguntar pelas ruas, ou mesmo, nas centenas de livrarias da cidade, não vai ter resposta. Alguns, ao ouvir, "Igreja Święt Kazimierz", vão indicar a "Igreja Bożego Ciało", no bairro judeu do Kazimierz.
Talvez isso se deva, por que os monges Franciscanos-Reformados não queiram propaganda de suas catacumbas. Mas a igreja das múmias européias existe ali na Ulica (rua) Reformacka, 4, sim! Não são como aquelas tradicionais múmias de sarcófagos egípcias, com bandagens e tudo mais, não! Pois são múmias vestidas com suas próprias roupas mortuárias. Foram colocadas no porão da igreja dos Franciscanos-Reformados ao longo dos últimos séculos.




Foto Ulisses Iarochinski

Como estas primeiras, de quatro monges, colocadas no chão de terra batida da catacumba no início dos anos 1600. Durante a segunda guerra mundial, os soldados alemães levaram mais de duas mil múmias para que Jozef Mengeli fizesse experiências em Auschwitz. Restaram apenas setenta múmias. Na época do comunismo, as catacumbas podiam ser visitadas diariamente, mas há alguns anos é possível somente visitar o porão da igreja uma vez no ano, no dia primeiro de novembro, dia de "Todos os Santos". E por apenas 15 minutos! A explicação para a existência de múmias não embalsamadas seria a existência de um microclima no porão da igreja. Estão em perfeito estado, os corpos de nobres polacos e europeus; de um soldado de napoleão e de um bispo, que deve ser canonizado santo, em razão de seus milagres.
Verdade é que algumas múmias estão em processo de deterioração. A causa seriam as constantes visitas que ocorreram nas últimas décadas, daí o porque da restrição para apenas um dia de visitação no ano. Sendo que no último ano não foram permitidas visitas.