quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Wojcieszków, a cidade do meu avô polaco

Wojcieszków é um município localizado no Noroeste da Voivodia (Estado) de Lublin. Conta com 7.210 habitantes e ocupa uma área de 10.886 ha. O município é essencialmente agrícola. Na estrutura de uso da terra dominam as áreas agrícolas, que ocupam 78% do município. As florestas e zonas arborizadas cobrem 1.417 hectares ou 13% da área total. A principal fonte de subsistência dos habitantes é o trabalho em fazendas particulares. Wojcieszków está distante de Lublin em de cerca de 70 km e de 20 km Łuków.

História
Wojcieszków foi fundada, em 1437, por Klement Beliński. No mesmo ano, foi erguida a igreja paroquial. Foi reconhecida como cidade pela Lei medieval de Magdeburg, em 1540, no reinado de Sigismundo, o Velho. Em 1802, Wojcieszków é citada num dicionário como sendo uma cidade de igreja, centro comercial e castelo.
Ao longo dos séculos a cidade foi progressivamente negligenciada e pauperizada. Em 1819, o Departamento Administrativo do Reino da Polônia, em Siedlce, elevou-a categoria de cidade. O que no século XIX, constituía um entrave ao desenvolvimento Wojcieszków, ou seja, suas florestas e pequenos morros de areia, agora pode ser seu trunfo.
A primeira mensagem histórica sobre Wojcieszków data de 1437 e conta da criação da paróquia. O fundador da paróquia foi herdeiro das terras de Wojcieszków, Klement Ciołek do clã do brazão Ciołek de Bielan. Klement comprou a vila de Wojcieszków pouco antes de 1437, de desconhecido chamado Wojcieszek, que teria sido o fundador, ou dono daquelas terras. O desenvolvimento dinâmico dos assentamentos levou à criação de uma paróquia em Wojcieszków, por causa da grande distância que havia até a igreja paroquial mais próxima Klement construiu a igreja da Santíssima Trindade. A ata de fundação foi assinada por Zbigniew Oleśnicki, bispo de Cracóvia, em 15 de junho de 1437.
As terras de Wojcieszków foi herdada pelo filho de Klement, Piotr. Entre 1509 e 1516, Wojcieszków passou a ser conhecida como Wola Wojcieszkowska. Em 1505, aquelas terras passaram as mãos de Mikołaj Dzik do brasão Doliwa, e é transformada numa freguesia rural. Um documento emitido na chancelaria real em Cracóvia, em 21 de janeiro de 1540, estabeleceu um novo nome para o lugar como sendo Cidade Nova, nome que não é aceito, pois em 1556, Wojcieszków é citada no na lei de Magdeburg. Depois da morte de Mikołaj, em 1564, Wola Wojcieszków tinha cerca de 350 habitantes, e sua pequena agricultura foi completamente liquidada, o que dificultava seu desenvolvimento.
A cidade passou, então, para as mãos de Mauryce Suchodolski. Wojcieszków diminuiu gradualmente. Durante a administração de Suchodolski, funciona em Wojcieszków uma destilaria, uma olaria, uma serraria e um moinho. Em 1771, Suchodolski criou a primeira biblioteca, que em 1807, possuía 173 obras. Em 1764, Mauryce edificou na Igreja, oito altares. Maurice morreu em Mikołaj (ao lado da vila Szczałb) em 1826. Dobra Wojcieszków foi herdada por Wojciech filho de Mauryce logo ao nascer, em Wojcieszków, em 1749, que viria ser presidente do Parlamento por quatro anos. Elevado à dignidade de conde da Galícia, Wojciech se casa, em 1774, com Petronelia. Eles tiveram quatro filhas e dois filhos, Jan e Franciszek. A filha Barbara, cega desde o nascimento, recuperou a visão em Szczałb. Para a cura de sua filha, como uma oferenda de agradecimento, Wojciech construiu uma capela em 1817 e, portanto, devido a que o milagre da cura ocorreu numa sexta-feira, neste memorial, toda sexta-feira de maio é realizado uma festa. Franciszek Suchodolski após cumprir o serviço militar no exército austríaco, estabeleceu-se em Wojcieszków. De seu avô Eligiusz Prażmowski, herdou o gosto pela música, e chegou a tocar em concertos na região Podlasie. Tocava violino com perfeição, foi um verdadeiro virtuoso, fato evidenciado pelo seu nome ser encontrado no "Dicionário de músicos polocos" de Albert Sowiński. Franciszek teve dois filhos, Edmund e Eligius. No final, os Suchodolski não foram capazes de manter a condição de cidade e em 16 de Outubro de 1821, por uma decisão do governador ela foi rebaixada a categoria de vila.
Após os Suchodolski, Wojcieszków foi adquirida, em 1876, por Tadeusz Plater e e Sophia Alexandrovich. Era então pároco da igreja o padre Tadeusz Leszczyński, que assinou o batistério de minha bisavó Anna, em 1880. 
Minha bisavó era filha de Antony Filip e Katarzina Ognik e chegou ao Brasil, junto com meu bisavô Piotr Jarosiński, em 20 de maio de 1911. Em 14 de junho, do mesmo ano, eles já estavam assentados na Colônia do Tronco, em Castro, no Paraná, com seus dois casais de filhos, nascidos em Wojcieszków, Wiktoria (nasceu em 1901), Bolesław - meu avô (nasceu em 1905), Józef (nasceu em 1908) e Maria (nasceu em fevereiro de 1911). 
Mas voltando a história de Wojcieszków, com os esforços e a ajuda significativa do Palácio Plater foi construído na virada de 1898-1899 uma nova igreja. Através dos esforços do Padre Tadeusz, em 1909, foi fundada a escola da igreja paroquial para 80 crianças e dirigida por freiras.
O conde Tadeusz Plater foi um fazendeiro e criador de destaque. Em 1885, levou para uma exposição agrícola em Varsóvia, sua criação de ovinos e lá foi condecorado com a medalha de ouro. Tadeusz Plater morreu em Wojcieszków em 06 de junho de 1918. Sua filha e herdeira, Maria, casou com o Conde Victor Zyberk. O casal Plater-Zyberk, aumentou a criação de ovelhas e de cavalos. Em 22 de março de 1937, na propriedade da Condessa Maria Plater-Zyberk (Victor morreu em Vilno, em 7 de novembro de 1918 e foi sepultado na Rússia) nasceu o cavalo Ramsés.

Ramsés foi reprodutor em Janów Podlaskie, que durante a Segunda Guerra Mundial, estava sob o controle das forças armadas alemãs. No fim da guerra, o cavalo foi levado junto com os outros cavalos polacos por para Cleverhof perto de Lübeck, para ser reprodutor no haras militar de Grabau. Ali montava Ramsés, o tenente Bielecki, que quando imigrou para o Canadá deu o cavalo para o Barão Clemens von Nagel, que estava começando a criar uma cultura de cavalos de esporte, próximo a Vornholz Oelde na Vestefália. Se não fosse por Clemens von Nagel Ramsés, Ramsés não poderia ter feito uma carreira tão longa. O novo proprietário do cavalo chegou a aprender o idioma polaco. O Barão sabia o valor genético de Ramsés e de sua própria experiência em trabalhar num conselho militar de prisioneiros em Racot. Ramsés demonstra um predomínio de características árabes: de tamanho médio, compacto, grande, olhos expressivos, elegante e poder que irradia do garanhão racial, e com a natureza dócil e tranquila. Uma fratura durante um treino na arena de adestramento, em 1948, terminou com a carreira esportiva de Ramsés. O cavalo polaco de Maria Plater permaneceu férteis até idade avançada. Em 1966, ele morreu. Até hoje, netos e bisnetos de Ramsés estão espalhados pelo mundo, conquistando medalhas olímpicas e desempenhando papel importante na criação de cavalos de esportes.

Bolesław Jarosiński (foto)

Mas nem só do garanhão vive a memória da cidade do meu avô Boleslau. Wojcieszków possui uma igreja bela e histórica e um cemitério, onde jaz a esposa de Henryk Sienkiewicz (Prêmio Nobel de Literatura em 1905), Maria Babskich. Atualmente além de muitos Ognik, Filip e Mazur, a cidade possui escolas primárias e secundárias, a Sociedade dos Amigos de Wojcieszków, a Associação da Juventude Católica e um clube de Futebol, o Orkan

Vilas Rurais
Muito provavelmente brasileiros do Paraná, descendentes de polacos, têm suas origens nas vilas de Wojcieszków, como meus parentes de Castro, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Curitiba e amigos de Cruz Machado, São João do Triunfo, Palmeira, Irati, Marechal Mallet, União da Vitória e São Mateus do Sul. Pois destas vilas rurais seus ancestrais imigraram em 1910, 1911 e 1912.
São elas: Burzec, Bystrzyca, Ciężkie, Ciężkie I, Glinne, Helenów, Hermanów, Kolonia Bystrzycka, Marianów, Nowinki, Oszczepalin Drugi, Oszczepalin Pierwszy, Otylin, Siedliska, Świderki, Wojcieszków, Wola Bobrowa, Wola Burzecka, Wola Bystrzycka, Wólka Domaszewska, Zofijówka, Zafibór.

LKP „ORKAN” WOJCIESZKÓW
Fundação: 1999
Uniforme: verde-branco
Endereço: 21-411 Wojcieszków, Okopowa 11
Telefone: (0-25)755-41-96
e-mail: lkporkan@o2.pl
Estádio: Park de Wojcieszków
campo 91mx54m, 200 lugares sentados

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Transmissão ao vivo do XVI Concurso Chopin



Para quem gosta e para quem detesta...música é sempre necessário... assista ao vivo a transmissão do Concurso Internacional Chopin de Piano direto de Varsóvia....clique aqui e assista agora 18:30 horário de Varsóvia e 14:30 horário de Brasília... pelo site do Concurso

http://chopin2010.pl/en/competitions/xvith-chopins-competition.html

 ou acesse pelo

http://chopin2010.pl/en.html

outros sites que estão transmitindo

TVP Kultura
National Audiovisual Institute
The Fryderyk Chopin Institute
Polskie Radio II

As transmissões ocorrem duas vezes ao dia  das 10 às 14 horas (horário de Varsóvia) das 17 às 21 horas (horário de Varsóvia) a diferença de fuso nestes dias de outubro é de 4 horas a menos no  Brasil, portanto até dia 23 sempre das 06 às 10 horas  e 13 às 17 horas de  Brasília.

Faworki, a cueca virada polaca

E não é que uma outra gostosura bastante comum, no Brasil, é de origem polaca. Vão anotando aí... estudiosos da diversidade cultural brasileira! Vocês que desconhecem a forte influência polaca na cultura brasileira.
Não bastasse os pączki serem polacos, ou seja, o sonho - aquele doce recheado com marmelada e cremes no Brasil e com creme de broto de rosas na Polônia - também a famosa "Cueca Virada", que muitos catarinenses pensam ser coisa de alemães e açoreanos, é o mais que tradicional Faworki polaco.
Pois, não é que me deliciei com eles, este fim de semana, numa casa de hospitaleiros polacos? ... Hummm! E com uma herbata góralska (rerbata guralsca - chá montanhês / chá preto com açúcar e vodca bem quente) então... Foi de lamber os dedos e beiços! Olha aí como estava meu prato:
Outros nomes polacos,  além de faworki, para esta gostosura são: chruścik, chruściki, chrust, chrusty, faworki, ou jaworki.  Chruściki, chrusty e faworki são as formas no plural das palavras chruścik Chrust, e faworek, respectivamente. A palavra polaca "faworki" originalmente se refere às fitas coloridas presas ao vestuário feminino ou masculino, especialmente fitas dadas à Cavaleiros medievais pelas suas damas. Etimologicamente a palavra "faworki" veio para a Polônia a partir do Faveur, palavra francesa, que significa "graça" ou "favor".
A palavra polaca "Chrust", por sua vez, significa "galhos secos de árvores quebrados" ou "mato". "Chruścik" é um diminutivo de "Chrust".
Os italianos fazem algo parecido e dão o nome de chiacchiere, enquanto franceses chamam de bugnes e os norte-americanos de Angel Wings.
A receita polaca? Sim! ...aí está:

Ingredientes
250 gramas de farinha de trigo
1 colher de chá de açúcar de confeiteiro
25 gramas de manteiga
1 ovo inteiro
2 gemas de ovo
1 colher de chá de nata ou creme de leite
1 colher de chá de vinagre de vinho

Preparo
Misture todos os ingredientes e amasse bem com as mãos até dar o ponto de estender a massa. Sobre a mesa enfarinhada, estenda a massa com rolo, o mais fininho possível. Corte em tiras e mais ou menos 10 cm de comprimento por 2 cm de largura. Faça um corte no meio (uma fenda de mais ou menos 4 a 5 cm). Puxe um das pontas da tira para dentro da fenda, até ficar retorcida. Faça o mesmo em todas as tiras. Leve para fritar em bastante óleo bem quente até que fique dourado em ambos os lados. Depois de frito, coloque sobre papel absorvente e salpique açúcar de confeiteiro.

sábado, 16 de outubro de 2010

"Pelé é único” e está fazendo 70 anos

Peço licença aos meus leitores, a Polônia, à revista Dinheiro, mas tenho que reproduzir a reportagem sobre os 70 anos do meu ídolo e de milhões de pessoas neste planeta Terra. Tive a oportunidade nesta vida de fazer duas entrevistas com o Rei. Foi no Encontro Mundial da Juventude, na cidade de Colônia, na Alemanha. O Papa Bento XVI estava lá para sua primeira visita oficial a sua terra natal como Papa da Igreja Apostólica Romana. Pelé estava lá na condição de convidado de honra da prefeitura alemã e de ídolo mundial dos jovens. Entrevistei-o para a TV Bandeirantes e para o jornal O Estado de SPaulo numa entrevista exclusiva.
Numa de suas respostas, o rei disse: "Parece que a gente está mais perto de Cristo. Quando o Papa pegou nas minhas mãos e falou: - o esporte é muito importante para o ser humano e eu quero parabenizá-lo pelo que você tem feito e continue trabalhando".
As reportagens foram ao ar e publicada. São as mais importantes do meu arquivo pessoal. Pois ali, longe das telas do Canal 100 das salas de cinema, das telas das TVs.. naqueles momentos que foram só meus... pude sentir a grandeza desse homem, desse brasileiro, que honra não só Três Corações, mas dignifica a raça humana neste Planeta chamado Bola. Pelé - ou Edson Arantes do Nascimento faz aniversário neste 23 de outubro. 




Por favor acompanhem a reportagem da "Dinheiro"... e meu obrigado a Eliane Sobral - jornalista - que assina o texto abaixo.

O rei do marketing

Prestes a completar 70 anos, Edson Arantes do Nascimento não pisa nos gramados há mais de três décadas. Mas a grife Pelé ainda se mantém em plena forma no campo do marketing e fatura R$ 30 milhões por ano.

Por Eliane Sobral


Com a voz suave e pausada, dona Neli vem se desdobrando nos últimos dias para agradecer – e declinar – quem lhe telefona em busca de uma entrevista com o chefe. Na mesa do escritório, estão anotados mais de 238 telefonemas – entre eles o do presidente de Israel, Shimon Peres, e do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que gostariam de homenagear o chefe de dona Neli no sábado 23, quando ele completa 70 anos.
"Tem pedido de entrevista do Japão, da França, de Hong Kong e até dos Estados Unidos, onde o futebol masculino nem é tão forte assim”, diz Neli Cruz, que, há dez anos, é a secretária particular de Edson Arantes do Nascimento.
Já faz mais de 30 anos que Pelé pendurou as chuteiras e neste período o mundo viu surgir novos craques do futebol – dos franceses Michel Platini e Zinedine Zidane ao argentino Diego Armando Maradona, passando por Ronaldo Fenômeno –, mas nenhum deles alcançou o patamar do eterno camisa 10 do Santos.
Pelé não foi apenas uma máquina de fazer gols. Foram 1.284 no total, sendo 95 só com a camisa da Seleção Brasileira. Ao longo da vida, o Rei do Futebol associou sua imagem a uma centena de produtos e fez de si próprio uma das marcas mais valiosas do mundo.
O mercado publicitário e os especialistas nesse tipo de avaliação dizem que quem quiser explorar a marca Pelé por 20 anos terá de desembolsar nada menos que R$ 600 milhões. Detalhe: isso depois de 30 anos de aposentadoria do craque.

Ao longo da vida, o ex-jogador já emprestou sua imagem para mais de uma centena de marcas e produtos. Vendeu de tapetes a refrigerantes. De aparelhos de tevê a remédio para disfunção erétil. E até hoje Pelé ilustra campanhas publicitárias, participa de eventos e dá palestras. Só com esse tipo de atividade, o empresário Edson Arantes do Nascimento fatura R$ 30 milhões por ano. Segundo DINHEIRO apurou, Pelé não faz propaganda por menos de R$ 2 milhões.
Neste cachê estão incluídos dois dias de filmagens e fotografias para seis meses de veiculação. Se a empresa quiser tê-lo em algum evento ou que ele participe de palestra, há um adicional de 10% sobre o valor total da campanha publicitária. O que explica tamanho apelo publicitário tanto tempo depois de o craque ter deixado os gramados?


“Ele está num patamar em que nenhum outro esportista está. Talvez Mohamed Ali. São marcas acima do bem e do mal e o que explica é o fato de ele ter construído mais coisas boas do que ruins na carreira”, diz o publicitário Washington Olivetto, que também já escalou o jogador para ilustrar as campanhas da lã de aço Bombril.
O publicitário tem razão. Se Pelé foi uma unanimidade dentro de campo, não se pode dizer o mesmo de Edson Arantes do Nascimento. Ele se envolveu em algumas confusões que, fosse outra sua trajetória, poderiam ter minado sua imagem. Quando seu filho Edinho foi preso sob acusação de envolvimento com tráfico de drogas, o próprio Pelé disse que foi um pai ausente.
Nas ruas, porém, o que se ouvia eram frases de solidariedade ao sofrimento do pai que descobre o filho viciado. Pelé também se recusou a reconhecer a paternidade de Sandra Regina Machado – fruto de um romance na década de 60. O caso ganhou as manchetes dos jornais e, por anos, Pelé se negou a dar o sobrenome a Sandra.
A moça morreu em 2006 e Pelé nem sequer foi ao funeral. “Ele sabe usar todos os recursos da mídia para se manter em evidência e o fato de referir-se a si mesmo na terceira pessoa, cria uma barreira natural entre o homem e o mito”, diz o consultor Jaime Troiano.
Num país com carência de ídolos, Pelé vai se safando das confusões de Edson Arantes do Nascimento como se não fosse com ele. “É como teflon, nada cola”, diz Troiano. Não é só no Brasil.

Contratado pela Mastercard desde 2004 para participar de eventos, Pelé nunca tinha estrelado uma campanha publicitária para a marca. No início deste ano, porém, foi a principal estrela da propaganda criada pela empresa para a Copa do Mundo.
No filme, um rapaz tira foto do ídolo e leva para o pai completar um álbum de figurinhas. A Mastercard passou meses pensando em quem poderia fazer o papel de ídolo. Foi o então chefe do marketing global da marca, Laurence Flanagan, quem sugeriu: por que não Pelé? “Precisou um americano, que não entende nada de futebol, falar o óbvio”, lembra Cristina Paslar, diretora de marketing da Mastercard no Brasil.
Poucas empresas que utilizam o craque como garoto-propaganda o fazem na intenção de aumentar as vendas, segundo elas mesmas explicam. “Estamos em busca dos atributos que ele tem como personalidade mundialmente reconhecida”, afirma Hugo Janeba, vice-presidente de marketing da Vivo.
E ele não vê nenhuma contradição entre usar um senhor de 70 anos em campanhas de um segmento tecnologicamente avançado como o de telefonia celular. “Pelé tem 70 anos, mas não pode dizer que não seja moderno”, completa Janeba.
No início do ano, a Vivo produziu um vídeo no qual o último gol do craque é marcado com a camisa da Seleção Brasileira. Resultado: o filme teve mais de dois milhões de page views na internet.
“Agora vamos fazer uma versão de três minutos dando parabéns pelos 70 anos”, diz Janeba. E prossegue. “Pelé é um exemplo de vida, é um cara muito simples e sincero. O índice de rejeição a ele é um dos menores do mundo entre as celebridades e os esportistas.”
É o que mostra o levantamento exclusivo feito pela agência de publicidade Y&R para DINHEIRO sobre a percepção dos consumidores sobre a marca Pelé (confira no quadro). “Ele hoje não é um esportista.
É avaliado na categoria das celebridades e, por conta disso, pode-se associá-lo a qualquer produto, de qualquer marca, de qualquer setor”, explica Marcos Quintela, presidente da agência.
Dos 48 atributos avaliados no trabalho da Y&R, Pelé está acima da média das demais celebridades em 39, como inteligência, originalidade, gentileza, simplicidade, entre outros.
Para profissionais de marketing, Pelé reúne as qualidades que toda marca quer ter. “Pelé é único”, dizem os consumidores. E é isso que a Vivo vai buscar para se diferenciar em um mercado em que tem concorrentes ferozes do calibre de uma Oi ou de uma TIM.
Dona Neli diz que Pelé vai comemorar os 70 anos só com a família, em Santos, onde construiu sua sólida carreira. Uma solidez que vem de longa data. Em 1969, Pelé excursionava com o Santos pela África e parou uma guerra civil que acontecia no Congo. As duas forças rivais anunciaram o cessar fogo enquanto o rei do futebol estivesse por lá. Não é para qualquer um, entende?


P.S  E não é que o jornal Gazeta Wyborcza em sua edição Wiborcza bizeness publica sobre a reportagem da IstoÉ Dinheiro também... CLARO, NADA MAIS NATURAL EM SE TRATANDO DO MAIOR ATLETA DO SÉCULO XX e ainda não apareceu ninguém no horizonte do XXI para substituí-lo.



Palikot em defesa da cultura polaca

Fot. Michał Łepecki
O polêmico deputado polaco Janusz Palikot, visitou ontem, o túmulo de Czesław Miłosz (Tchessuaf miuóch), Prêmio Nobel de Literatura, em Cracóvia, e leu o poema do poeta, "A política". Palikot ao fim da recitação pediu financiamento da cultura polaca, e não para as igrejas e o exército.
"Espero que Miłosz seja ainda enterrado no castelo". Em sua opinião, Lech Kaczyńki, foi enterrado no Wawel precipitadamente. "Em um futuro próximo, ninguém aqui vai se lembrar dele." disse o deputado.
Palikot também pediu que, assim como as igrejas são renovadas, renovadas sejam as casas de cultura. Propôs transferência de um por cento do orçamento do Estado para a cultura, às expensas do Exército. "A Polônia é famosa por seu teatro e cultura, e não pelo Exército."
Após a reunião sobre o túmulo, Palikot foi para o Hotel Europejski, em frente a estação ferroviária central de Cracóvia, onde realizou uma convenção regional do seu movimento sob o lema "Menos dinheiro para o exército, mais cultura".
Lá disse que a Polônia recebe dinheiro da OTAN e os Estados Unidos. "Estamos empenhados na guerra, mas não há nenhum benefício a partir desta". E levantou a questão dos vistos. Ele sugeriu a introdução de cobrança aos Norte-americanos poderem visitar a Polônia. "Não pode estar certo que nossos soldados estejam morrendo nas frentes no Afeganistão e no Iraque, e em troca ouvir apenas promessas de se abolir vistos para os polacos entrarem nos Estados Unidos." afirmou Palikot.
O deputado também sugeriu mudanças no orçamento. "Basta inserir o registro de que a cultura tenha menos de um por cento do orçamento. O postulado a a se aplicado deverá ser o de proibir os fundos concedidos ao exército, em detrimento da cultura. Não se muda a mentalidade dos polaco assim, chutando a bola, precisamos também comungar com cultura", argumentou.
O movimento de apoio a Janusz Palikot atraiu uma multidão nas ruas de Cracóvia. Os defensores da política não conseguiram entrar no quarto salão do hotel. O principal convidado foi Robert Leszczyński, que apresentou o projeto de alterações na lei dos direitos autorais.

Polacos de União da Vitória

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O lenço do Boczon

Ele é leitor assíduo deste blog. Confesso que eu nem tanto do dele. Mas a Internet tem esse "dom" de aproximar polacos de várias tribos...e aqui está uma das criações de Cláudio Boczon (pronúncia do sobrenome do artista: Bótchón). Ele é Artista plástico, designer e poeta bissexto, estudou na UFPR e na EMBAP. Desde 1998 participa de salões de arte e exposições coletivas e individuais no Brasil e exterior, além de festivais de poesia, sendo premiado algumas vezes. Trabalha com pintura, gravura e fotografia, e também tem feito pesquisas genealógicas e iconográficas sobre sua origem eslava.


Neste poema OS LENÇOS ÀS POLACAS ele revela seu amor à ávó e com fina ironia localiza os "poloneses".


há horas em que me faltas
e peço que, ainda ao pé da cama,
à gravura de Jesus-Maria-José
desfies teu terço,
e que, a vela das almas que acendes,
a sombra da tua fé
desenhe nos sarrafos das paredes


sentado no caixote de lenha
olhando as cinzas que brasas
também foram madeira,
sozinho e calado sorvo
o café que há tão pouco
passastes do pano ao bule
à caneca de folha esmaltada com flores
e, em azul, "saudade"

na folhinha com dias dos santos
é sábado, 20 de julho
há sete anosprocuro teu lenço,
mas faltam lenços às polacas
que, com as saias sobre as calças,
reclamavam: "zimno, mésmo"!
e iam a pé, na estrada-velha,
rezar na Capela da Matka Boska Bolesna,
na Colônia Thomaz Coelho

broa, banha e sal já tenho,
pierogui na feira, dança no teatro,
casa de tronco, artesanato
- essas coisas de polonês -
mas do pouco polaco que penso,
falta sempre nas cabeças polacas
um lenço

VI. 2003 – para minha babcia Apollonia Kocholi, nascida Mazur

A primeira sopa da volta

Neste retorno a Cracóvia, fazia falta mais que tudo o paladar. Busquei no bairro judeu do Kazimierz (cajimiéjem-casimiro) aquela zupa (sopa) que não me sai da cabeça nestes tempos de exílio brasileiro. E tinha que ser naquele meu "velho" conhecido restaurante camponês: o CHŁOPSKIE JADŁO (ruópsquie iáduo - comida camponesa). O que fica na ulica (ulitssa-rua) św. Agnieszki 1, 31-071 Kraków, tel. (12) 421 85 20.
Reparem na sequência de fotos para sentir o ambiente e a atmosfera do campo polaco...


Agora sim! Feitos os pedidos, o Kelner (garçon) traz numa taça de novo design a insubstituível cerveja OKOCIM (ocótchimm) junto com uma tábua de bater carne com uma imensa faca, dois potes de cremes e duas fatias de pão camponês. Num pote está servido requeijão temperado com cebolinha, pimenta e sal. Ah! E o outro pote? Nada menos do que a famosa "bãnha" de polaco... Sim! Gordura de porco com torresminhos... é de morrer só nesta entrada... Eita! "pãum con bãnhá" dos polacos da Barreirinha. Não é mesmo Tadeu Poeta?




Epa! Espera um pouco que ainda não foi nada. O melhor está chegando nesta cumbuca de broa. Olhem bem... e vejam se é possível encontrar sobre uma mesa algo tão especial. Com o requeijão, o pão e o piwo (cerveja) do lado, só resta abrir a tampa e saborear a melhor e mais gostosa sopa do mundo. Zupa Grzybowa (zupa gjibóva - sopa de cogumelos) do CHŁOPSKIE JADŁO.


Sei...querem saber a receita? Está bem...aí vai:

Ingredientes
Meio aipo pequeno
1 maço de salsinha
3 cenouras
5 batatas médias
Meia porção da parte branca do alho-poró
25 gramas de cogumelos frescos mistos
1 cebola grande
150 ml de nata
1 colher de sopa de farinha de trigo
2 litros de água
3 colheres de óleo
sal e pimenta
1 tubinho de caldo de vegetais

Preparo
Lavar e descascar os legumes. O aipo e a cenoura devem ser cortados em cubinho e em seguida cobertos com água. Acrescente toda a salsinha picada. Tempere com sal, tape e deixe cozinhar cerca de 20 minutos.
Durante este tempo, corte em cubinhos as cebolas e frite brandamente no óleo. Adicione os cogumelos limpos e cortados e deixe por um tempo na fritura.
Despeje o conteúdo dos legumes e da fritura numa outra panela com a mesma água. Cozinhe por mais um tempo acrescentando sal, pimenta, a batata, alho-poró e o caldo. A farinha deve ser bem misturada com creme azedo e, em seguida, endurecer com algumas colheradas do caldo. A sopa pode ser servida dentro da broa sem o miolo.
Esta sopa do restaurante do Kazimierz tem ainda um cubinhos de macarrão, que devem ser cozidos à parte e ao dente. Não cozinhar o macarrão junto com a sopa, porque este absorve muito líquido e sopa pode perder todo o sabor. Assim, adicionar o macarrão cozido somente depois da sopa pronta e antes de ser servida dentro da cumbuca de pão.
Smaczenego!


P.S. Todas as fotos são de minha autoria...tiradas nos intervalos do sonho realizado...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"Não nos transformem em artistas"...

Mário Sepulveda - o animador dos mineiros e segundo a ser resgatado


Acompañado de su esposa y dos hijos, Sepúlveda fue el primero en contar su experiencia, luego de estar casi tres meses sin estar con sus seres queridos y viviendo bajo una incertidumbre.
Sepúlveda comenzó relatando que "siempre tuve fe en los profesionales que hay en Chile. Esto fue una prueba de amor que Dios nos puso acá".
Agregó que "estoy súper contento que me haya tocado este momento. Pero este país debe entender que podemos hacer cambios en el mundo laboral. El empresario tiene que dar las armas para que los mandos medios hagan cambios a nivel laboral".
Pero no se quedó ahí el "Perry", como es conocido por su amigos, y entregó un ferviente llamado: "Lo único que les pido es que nos no traten como artistas o periodistas, sino que sigan tratando como el Mario, el trabajador, el minero..."
Fue más allá y recordó que "abajo estuve con Dios y con el diablo. Pero me agarré de la mejor mano, de la mano de Dios y en ningún momento titubeé que Dios me iba a sacar".


Perdoem-me por reproduzir em língua espanhola o relato sobre o resgate do segundo mineiro chileno... mas assistindo pelo Canal 3 da Telivisão polaca não pude conter as lágrimas....

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A volta ao Przegorzaly e a realidade polaca

Foto: Ulisses Iarochinski
Esta foi a última imagem do Przegorzaly, que tive meses atrás. Fazia muito frio, mas muito frio: 25 graus negativos. A lata de cerveja não deu para tomar...pois o conteúdo era pura pedra.
Mas agora de volta ao Przegorzaly, encontro um Sol "malemolente" e o verde amarelado das àrvores como se estivessem a minha espera. Foram alguns meses distante deste paraíso de Cracóvia. Situado no Park Wolski e bem próximo do zoológico tudo aqui é tranquilidade e paz. Como podem ver na foto abaixo... não há como comparar a beleza daqui com nenhum outro lugar.

Foto: Ulisses Iarochinski
Estava 11 graus quando desci do avião no aeroporto de Balice, a dez minutos daqui. Mas quando eram 18 horas e o sol se pondo já tinha descido a 2 graus. Um frio denso, seco, mas muito melhor do que o frio úmido de Curitiba. Como novidade... finalmente estão asfaltando a subida da colina. A estradinha de paralepídos estava pedindo socorro... e olha que isso, desde que cheguei aqui em 30 de setembro de 2002.

 Foto: Anna Jarecka
Mas foi ligar a televisão... a TVP, para recordar o som e a fala dos jornalistas polacos para ter conhecimento de um grave acidente na estrada. Uma colisão brutal, causada pelo nevoeiro da manhã. As informações são de que 18 pessoas morreram. Não que o trânsito polaco seja uma maravilha. Mas, embora seja muito melhor do que o brasileiro, ainda falta muito para o trânsito da Polônia se equiparar aos países escandinavos. Aliás, ninguém supera Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia quanto ao baixíssimo número de acidentes, mortes e feridos no trânsito.
Mas o acidente de hoje foi muito grave para os padrões polacos. Há pelo menos três décadas não ocorria algo semelhante. Um ônibus bateu contra um caminhão nos arredores da Nova Cidade de Pilica. Nas Voivodias da Mazóvia e de Łódź foi decretado luto de três dias.
O acidente ocorreu a cerca de 6:18 horas da manhã na estrada 707, em Pilica Grójec (Voivodia da Mazóvia), no trevo de Rawa Mazowiecka.
De acordo com Magdalena Zalewska Siczek, dois feridos foram transportados para o hospital, mas os médicos, infelizmente, não puderam salvá-los. As perícias preliminares mostram que as vítimas são trabalhadores sazonais que iriam ao pomar para colher maçãs. O motorista do caminhão Volvo que colidiu de frente com o ônibus Wolkswagen ficou levemente ferido e passa bem no hospital. A polícia informou que ele estava sóbrio.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Turismo abortivo


Marek Raczkowski publicado na revista polaca "Przekroj", número 40/2010.


Floresce o turismo do Aborto... na dobra do jornal Kraj (País)

komorowski revoga duas decisões de Kaczyński

Foto: Wojciech Olkuśnik

O Presidente da Polônia, Bronisław Komorowski, decidiu retirar do Tribunal Constitucional dois pedidos feitos anteriormente pelo Presidente Lech Kaczyński, onde o falecido questionava a constitucionalidade das alterações nas eleições presidenciais, e a Lei sobre o NIK.
A decisão de Komorowski foi anunciada nesta, sexta-feira, pelo gabinete presidencial. A primeira, dizia respeito à apresentação de propostas para investigar o cumprimento da emenda constitucional da lei sobre a eleição do presidente, estabelecendo um novo horário de votação nas eleições presidenciais, ou seja entre 8:00 e 22:00 horas, e não como agora, entre 6:00 e 20:00 horas.
A segunda medida em estudo estava em conformidade com a alteração da lei de constituição da Câmara Superior de Controle - NIK realizada por uma auditoria externa em nome do Presidente.
O Gabinete da Presidência sublinha que tanto na avaliação do Sejm (Câmara de Deputados), quanto do Procurador-Geral, o parecer consultado TK, não viola a Constituição nem a independência do NIK.
O gabinete presidencial salienta que Komorowski tem exercido o direito de retirar o pedido junto ao Tribunal, em conformidade com a legislação aplicável.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Arte brasileira em Łódź


A artista plástica brasileira expôs suas instalações na Galeria Atlas Sztuka de Łódź (pronuncia-se uúdji), na Polônia. Aqui ela aparece dentro de uma de suas ilusões.
Regina Silveira nasceu, em 1939, em Porto Alegre. De 1974 a 1993, ela pertenceu ao Departamento de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde obteve um doutorado e um mestrado. Ela passou vários anos lecionando na Universidade do Texas, em Austin, e na Universidade de Porto Rico. Silveira tem mostrado seu trabalho em mais de oitenta exposições individuais e mais de cento e cinquenta e coletivas. Seu trabalho é conhecido principalmente em países da América Latina, onde expôs o seu trabalho na Argentina, Equador, Uruguai, Colômbia, Peru, Chile, Guatemala e Porto Rico. A artista fez também várias exposições nos Estados Unidos (Nova Iorque, Houston, Washington, Chicago, Portland, Filadélfia, Miami, Austin, Honolulu). Na Europa, suas obras não são tão conhecidos, mas já as mostrou em Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Dinamarca, Bélgica e Hungria.
A artista em seu trabalho centra-se na na ilusão do espaço, luz, sombra, tempo, e seu falecimento. A janela principal da Galeria, em Łódź, desempenha um papel importante na formação da membrana que liga o interior da galeria com o seu exterior.
A instalação, intitulada "profundidade" é orientada para o espaço e revela a profundidade da imagem criada em um piso plano. Linhas de janelas, cobertas em breve perspectiva, produz efeito posterior execução no espaço. Ele funciona como uma profundidade virtual, capaz de provocar distúrbios na percepção espacial e dar lugar para o espectador um sentimento de preocupação.

Abertura da instalação de Regina Silveira ocoreu no último dia 24 de setembro e permanecerá exposta até 7 de novembro, de terça a sexta-feira, no horário das 16 às 20 horas. No sábado e domingo, o horário é das 11 às 17 horas. Entrada livre. Galeria Atlas Sztuka, ulica Piotrkowska 114/116 tel. 042 632 77 50. www.atlassztuki.pl



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os polacos de 1891 no Brasil

O Consulado Geral da Polônia, em Curitiba, reforça o convite com uma homenagem a tradutora Sofia Dyminski depois do lançamento do livro "Imigrantes Poloneses no Brasil em 1891" de autoria de Pe. Zygmunt Chelmicki.


O livro mostra o mundo político e social do Brasil do fim do século XIX visto por um estrangeiro. É esta perspectiva, a do padre Zygmunt Chelmicki, que dá colorido especial ao leitor. Filho de família fidalga, o padre católico empreendia intensa atividade comunitária, editorial e política. Veio ao Brasil, nos primeiros meses da nascente República brasileira e suas anotações de viagem resultaram neste livro, que relata a vida não apenas de seus patrícios na nova terra, mas também o ambiente político e social do Brasil naquela época. Chelmicki era um homem admirável, espírito inquieto e pesquisador incansável. Sua obra se revela um guia seguro para conhecer, por via de olhos europeus, o universo social do Brasil do fim do Império e princípio da República. Chelmicki veio ao Brasil atendendo a convite para retratar a real situação vivida pelos polacos que haviam trocado sua pátria pelo país da América do Sul. Naquela época diversas famílias estavam emigrando em busca de melhores condições de sobrevivência. A missão do sacerdote era mostrar que a realidade não era tão favorável. Ao contrário, muitos enfrentavam a miséria e a fome no novo país.
Nos seis primeiros dias que passou no Rio, Zygmunt Chelmicki (pronuncia-se Zigmund Réumitzqui) encontrou 500 imigrantes. Todos eles teriam ficado doentes pelo menos uma vez com moléstias prolongadas, como a febre amarela. O sacerdote faz uma descrição chocante da figura do imigrante polaco no Brasil.
"Caminhando pelas ruas da cidade, nas proximidades do cais ou becos malcheirosos, ao encontrar um ser parecido com pessoa humana, expressão doentia nas faces, rosto chupado, olhar anuviado, abatido e arrastando os pés com dificuldade, com roupa rasgada e na cabeça um boné surrado, nem pergunte quem ele é, de onde vem. Pode estar certo: é um imigrante polaco", descreve Chelmicki.
Em São Paulo, a situação revelada pelo padre polaco era menos desesperadora. Ele conta que ali era menos difícil para alguém com profissão definida encontrar emprego. Nas palavras do próprio autor: "São Paulo não me pareceu tão deprimente como lá no Rio". Porém, a situação encontrada por ele no interior do estado, nas fazendas produtoras de café, foi diferente. Chelmicki concluiu que apenas alguns imigrantes podiam conseguir emprego. "Quanto aos restantes, um destino cruel os aguarda".


Paraná
Depois de desembarcar em Paranaguá, como os últimos imigrantes polacos de lá tinham ido para Curitiba, Zygmunt Chelmicki pegou o primeiro trem para Morretes e Antonina. Ele visitou fazendas de cana-de-açúcar nos dois municípios e viajou para Curitiba. Segundo o sacerdote, apesar de a cidade estar preparada para receber algumas centenas de visitantes, já abrigava 5.200 imigrantes.
"A situação dos imigrados não difere nada daquilo que vi até agora. Muitos deles já provaram o amargor nas colônias, e acabaram evadindo-se das províncias de Santa Catarina e até do Rio Grande, vindo a pé até Curitiba. Semanas após semanas ficaram errando pelas matas até que finalmente chegaram aqui", relata Zygmunt Chelmicki. O livro tem 
353 páginas. 


A Tradutora


A tradutora Sofia Winklewski Dyminski nasceu na Polônia e junto com a família chegou ao Brasil nos anos 20. Ela conta que o livro do Padre Chelnicki, publicado em Varsóvia, em 1892, sempre acompanhou seu pai. Sofia chegou ao Brasil aos 11 anos de idade e desde então residiu em São Paulo e se mudou para o Paraná em 1933. Passou 8 anos de sua juventudade em Paranaguá, lugar que marcou profundamente a sua personalidade e influenciou decisivamente na sua formação artística devido ao constante contato com o mar e a vida litorânea.
 Em 1950, após ter residido em várias localidades do interior do Paraná e Santa Catarina fixou-se definitivamente em Curitiba, onde começou a sua atividade artística, cursando a Escola de Belas Artes do paraná, sendo aluna do Professor Guido Viaro e orientada pela Professora Adalice Araújo.
 Como artista plástica, realizou 10 exposições individuais e participou de inúmeras exposições principais coletivas, além das exposições dos Salões Paranaenses, Salões da Primavera, Salões de Arte Religiosa Brasileira em Londrina e coletivas comemorativas como Salão da Mulher e Salão Terceira Idade no exterior (Ohio e Suissa) como artista representativa da Arte Paranaense. Seu nome consta na Enciclopédia Delta Larouse (verbete com ilustração), Dicionário de Arte de Roberto Pontual - Rio de Janeiro 1ª Edição. Recebeu como pintora os seguintes prêmios: 1º Prêmio Cidade de Londrina no 1º Salão de Arte Religiosa, Prêmio Aquisição 21º Salão Paranaense de Belas Artes, Prêmio Aquisição no 19º Salão Paranaense de Belas Artes, Medalha de Bronze no Cinquentenário da Universidade Federal do Paraná, Medalha de Bronze no 15º Salão de Belas Artes da Primavera.



Chelmicki quando participante do Conselho Regente da II República da Polônia recém-instalada, em 1918, andando pelas ruas de Varsóvia junto com outros membros do conselho de governo.
O Autor


Zygmunt Chelmicki nasceu em 10 de maio de 1851, em Varsóvia, e morreu em 03 de julho de 1922. Ele foi um padre católico polaco, além de ativista social, jornalista e editor. O Pe. Zygmunt Chelmicki pertencia a uma antiga família da nobreza polaca, cujos ancestrais feudais eram senhores de Chełmice Dobrzyń. Zygmunt fez o ensino secundário no ginásio de Chelmno, onde se formou em 1868. No mesmo ano, entrou no seminário em Plock. Em foi ordenado, em 1872, subdiácono. Ele continuou seus estudos teológicos em 1872, em Münster (ortodoxos). Depois de voltar para casa, foi ordenado sacerdote, em 20 de Setembro de 1873. Em 1877, mudou-se para Varsóvia, onde recebeu do então administrador da Arquidiocese a Igreja Paroquial do Espírito Santo (ex-Paulista). Função que que ocupou até sua morte, em 1922.
Contudo, Chelmicki, desde 1881, trabalhou como editor do jornal de Varsóvia "Słowo" (Palavra). Em 1891, Zygmunt viajou ao Brasil com o objetivo de investigar a situação dos imigrantes polacos que estavam sendo assentados no país. Os frutos desta viagem foi o livro que publicou no ano seguinte. Em seu relato, ele derrubou muitas das miragens da Imigração, mostrando o brutal sofrimento de fome e miséria dos imigrantes polacos.
Em 1900, ele se tornou editor de uma edição monumental das "Obras da Biblioteca Cristã". Como parte dessa ação foi "Referência da Enciclopédia da Igreja". De 1905 a 1914 exerceu um papel preponderante na Stronnictwie Polityki Realnej. O apogeu da atividade política do Padre Chełmicki aconteceu nos anos 1916-1918. Em 17 de setembro de 1917, ele foi designado secretário do Conselho de Regência da Polônia restaurada. Em 11 de novembro de 1918, juntamente com a aclamação do Marechal Józef Pilsudski, como presidente da II República da Polônia, o Padre Zygmunt teve encerrado seu papel político no Conselho. Ele foi sepultado no cemitério de Varsóvia.
Já a tradutora Sofia, naturalizada brasileira, levou mais de 30 anos para concluir a tradução do livro que está sendo lançado. Ela conta que em certos momentos teve receio de terminar a tradução, pois o livro poderia ser mal interpretado pelas autoridades brasileiras. A crítica mordaz do padre polaco poderia trazer dissabores à tradutora. Tentando ser o mais fiel ao pensamento do autor, Sofia, ao concluir a tradução sentiu que o texto em português estava incompreensível, assim pediu ajuda a colaboradores que lhe ajudaram a corrigir, adaptar e deixar o texto traduzido, além de mais compreensível, muito mais agradável de ler.


Lançamento
* 09/10/2010 (sábado) às 16h30
Bienal do Livro do Paraná (Curitiba)
Estação Convention Center - Shopping Center Estação
Estante do Senado Federal (C03 e B02)


Homenagem consular
* 10/10/2010 (domingo) às 10h00
Homenagem a tradutora
Solar do Rosário (Curitiba)
R. Duque de Caxias, 4.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Brazilian Hit em Cracóvia



O DJ brasileiro, Alex Baxter, curtindo seu exílio particular em Varsóvia já há algum tempo, finalmente vai animar uma festa em Cracóvia. E será nesta sexta-feira, dia 9, na Plac Szczepański, nr. 3, no Materia Klub.
Baxter informa que além do som, com muito samba e ritmos latinos vai ter "Exotic Drinks" como caipirinha, mojito, caipiroska, cuba libre. Cada aperitivo destes por apenas 8 zł.
Alex vai estar acompanhado de Tomasz Majewski com sua bateria e percussão ao vivo.

LATIN COMERCIAL, REGGAETON, MERENGUE, SALSATON, BRAZILIAN MUSIC, BACHATA, DANCEHALL, CUMBIA, LATIN HIP HOP, LAMBADA, KIZOMBA, LATIN HOUSE itp...EXCLUSIVE INTERNATIONAL HIT´s on LATIN REMIX COMERCIAL HITS SALSA L.A and CUBANA RUEDA DE CASINO and TIMBA.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Vencedor do prêmio Nike de Literatura


Não! Não é anúncio da gigante dos produtos esportivos. A capa do jornal Gazeta Wyborcza, desta segunda-feira, 4 de outubro de 2010, com as letras garrafais da Nike fala do maior prêmio da literatura polaca da atualidade.
O grande ganhador deste ano é o autor do livro "Nasza Klasa", ou "Nossa classe, Tadeusz Słobodzianek. E o feito se reveste de maior importância, por ser a primeira vez que um drama ganha uma edição do prestigiado prêmio, em seus catorze anos de história.
Anteriormente, apenas uma única vez uma peça de teatro chegou à final do Prêmio Nike. Foi "Kartoteka rozrzucona", de Tadeusz Różewicz, indicada em 1998.
"Obrigado, ao júri que apreciou o drama. É também uma recompensa para o drama polaco", disse Slobodzianek, ao receber, neste domingo, a estatueta do prêmio Nike, idealizada pelo designer prof. Gustaw Zemła, junto com um cheque de 100 mil złotych das mãos do diretor do jornal, Adam Michnik.
O Prêmio é uma promoção da "Gazeta Wyborcza" e da Fundação Agory.Akcja. O "Nossa Classe", resume-se em torno do massacre ocorrido, em Jedwabne, em 1941. Conta sobre alunos de uma classe da escola primária, composta por polacos católicos e judeus, de uma pequena cidade no Leste da Polônia. Slobodzianek apresenta, em seu livro, as histórias daqueles alunos dos anos 20 do século passado até os dias atuais. Juntos, aqueles alunos, vão aprender, brincar, cair na vida adulta, e durante a guerra se tornarão algozes e vítimas.

Quem é o vencedor


Slobodzianek tem 55 anos, nasceu em Jenisejski, na Sibéria, onde seus pais se conheceram, no exílio, durante a ocupação soviética. Ao retornarem para a Polônia, ele passou a viver em Bialystok. Estudou teatro na Universidade Iaguielônica, na década de 70. Começou a escrever críticas de teatro nas publicações "Student" e "Polityka", sob o pseudônimo de Jan Koniecpolski, depois trabalhou com editor literário e diretor de teatro Lódz, Poznan, Varsóvia e Bialystok.
Tadeusz estreou como dramaturgo, em 1980, com um texto para teatro de fantoches, "A história do mendigo e o burro". Seus dramas estão imersos na mitologia da fronteira polaco-bielorrussa, o mais importante é "Ilya o Profeta", "Czar Nicolau" e co-escrito por Piotr Tomaszuk "Turlajgroszek.
O material para escrever "Nossa classe", Slobodzianek começou a selcionar em 2001, logo após a revelação da verdade sobre o massacre em Jedwabne. Buscou inspiração, entre outros, no livro de Jan Tomasz Gross, "Vizinhos" e no filme de Arnold Agnes com o mesmo nome do livro, além do livro de Anna Bikont, "Nós de Jedwabne".
A peça ficou pronta em 2008, a sua estreia mundial aconteceu um ano depois, no National Theatre de Londres. O público polaca só poderá assisti-la, em outubro, agora, no Teatro Wola de Varsóvia, dirigida pelo diretor eslovaco Ondrej Spišák.


domingo, 3 de outubro de 2010

O judeu Toni Curtis

O leitor Gerson Guelmann, descendente de imigrantes polacos-judeus do Leste da Polônia e paranaense de Curitiba, nos informa de curiosidades sobre o ator Toni Curtis, "que morreu na última 5ª feira aos 85 anos, cujo nome verdadeiro era Bernard Schwartz. Toni, ou Bernard foi um grande ativista das causas judaicas. Filho de judeus húngaros, ele e outra judia de origem húngara, a famosa cosmetologista Estée Lauder (nome verdadeiro Josephine Esther Mentzer) ajudaram na restauração da Sinagoga Dohany de Budapeste, a 2ª maior do mundo (a 1ª é o Templo Emanu-El em Nova Iorque).
Bem próximo dali, nasceu Theodor Herzl, o fundador do Sionismo moderno. No entorno da Sinagoga, que chegou a ser usada como estábulo, estão sepultados 2.000 judeus húngaros mortos de fome e frio no inverno de 1944/5, durante a ocupação nazista. Ali, há uma escultura de uma grande árvore, em cujas folhas lêem-se os nomes de judeus húngaros assassinados no Holocausto, como uma homenagem do ator a seu pai."

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Começa o XVI Concurso Chopin



Neste domingo, começa o XVI Concurso Internacional de Piano Fryderyk Chopin. Será que algum dos sete polacos selecionados conseguirá repetir o triunfo de Rafał Blechacz, de cinco anos atrás?
A história do concurso começou em 1927, e embora a luta inicial do prof. George Zurawlew se passou uma época, em que a concorrência continua a suscitar enorme emoção comparada apenas com aquelas conquistas esportivas.
Uma vez a cada cinco anos, por quase três semanas, a música de Chopin ocupa o centro de todas as atenções na Polônia.
Para o crítico musical Stanisław Dybowski, "as competições de hoje podem ser divididas em dois grupos: Turismo - organizado para popularizar algumas localidades, o fundador e o artista; e as competições de prestígio, projetadas exclusivamente para os profissionais do instrumento. E justo aqui, Chopin está no topo."



Rafał Blechacz - Foto: Piotr Bernaś

Esta competição, em Varsóvia, desde o início é um evento dedicado à música de um único compositor. Daí a sua extraordinária dificuldade, porque os pianistas em fases sucessivas, devem demonstrar domínio das diferentes formas de interpretação. E também a maneira correta de tocar uma mazurka e uma polonaise, que só os membros conhecem.
Na primeira etapa, os jovens pianistas desempenham a "etude noturna", a "balada" ou "scherzo". Na segunda, devem tocar a "valsa mazurca polaca". Na terceira, é a vez de interpretarem a "sonata", e o último dos dois concertos. É necessário ter uma resistência real quanto ao estado físico e o mental. Pois, na fase final tem-se que lidar com as formas de grande porte, realizadas junto com a Orquestra Filarmônica. Como regra geral, apenas a fase final é ponto mais fraco das audiências, isto porque, os pianistas que tocaram soberbamente até este momento culminante, podem estar bastante agitados com ritmo da maratona pianística.

Novas regras

O XVI Concurso que culmina com "Ano Chopin 2010" tem sido anunciado como um avanço, porque houve mudança no sistema de classificação. Cada um dos jurados pode votar apenas "sim" ou "não". As discussões são permitidas, mas os pontos são apenas uma função auxiliar, pois o resultado será divulgado somente após o fim da competição. A avaliação será feita por apenas doze jurados, incluindo os pianistas Martha Argerich, Nelson Freire (Brasileiro), Dang Thai Son, Kevin Kenner e Piotr Paleczny. O Presidente do júri é o prof. Andrzej Jasiński, e o presidente honorário, prof. Jan Ekier.

Em abril, aconteceu a competição de pré-qualificação, quando 81 competidores foram selecionados. O concurso é aberto a pianistas de todas as nacionalidades, nascidos entre 1980-1993. Este ano, o concurso está dominado pelos asiáticos, pois são 17. Dos quais, oito são do Japão e outros oito, da China. A Polônia conseguiu classificar sete pianistas. São eles: Fares Marek Basmadij (nasceu em 1986, filho de pai sírio e mãe polaca, com estudos em Gdańsk e Dublin), Marek Bracha (nasceu em 1986, com estudos em Varsóvia e Londres), Jacek Kortus (nasceu em 1988, estudos em Poznan, cinco anos atrás chegou a final), Marcin Koziak (nasceu em 1989, estudos em Cracóvia), Joanna Różewska (nasceu em 1988, estudos em Varsóvia), Gracjan Szymczak (nasceu em 1986, estudos em Wrocław, ganhou os estudos no concurso de 2005) e Paweł Wakarecy (nasceu em 1987, estudos em Bydgoszcz).
Também retorna o austríaco Ingolf Wunder, que ganhou a simpatia do público há cinco anos, mas não chegou à final naquele concurso. Os russos estão com um forte grupo de jovens pianistas, onde se destacam Julianna Awdiejewa, Mirosław Kultyszew e Daniiło Trifonow.

O Vencedor do prêmio receberá uma medalha de ouro e 30 mil euros. Também estão incluídos prêmios especiais da Sociedade Fryderyk Chopin para o melhor desempenho (3.000 Euros), Prêmio da Rádio Polska para o melhor desempenho de mazurcas (3.000 Euros), o Programa Nacional Concerto Filarmônico para o melhor desempenho (3,000 Euros), Prêmio Reitor da Universidade de Varsóvia de Música para o melhor desempenho da "Polonaise-Fantaisie op. 61" (3.000 Euros). Um prêmio especial da Fundação Krystian Zimerman para o melhor desempenho da sonata (12.000 euros). Há ainda prêmios além do regulamento como tocar com a Filarmônica de Nova Iorque, em Varsóvia, em 29 de outubro; e em Nova Iorque, em janeiro; e com a Orquestra da NHK, em Tóquio. Tradicionalmente, o vencedor grava CD na prestigiada Deutsche Grammophon.
Todas as audições do XVI International Chopin Piano Competition, além de concertos de Argerich e de Freire podem ser seguidos na transmissão pela rádio Polska 2 e TVP Kultura. Em www.chopin.tvp.pl serão apresentados resumos diários e entrevistas com os participantes, e concertos (sessões da manhã e da tarde I, II, III). O concerto final dos vencedores estarão disponíveis não apenas na transmissão direta.

Júri

Ludmil Angelov (Bulgária), Akiko Ebi (Japão) Goetzke, Bernd (Alemanha), Adam Harasiewicz (Polônia), Krzysztof Jabłoński (Polônia), Andrzej Jasiński (Polônia) Kenner Kevin (EUA), Ivan Klansky (República Tcheca), Alberto Nose (Itália), Piotr Paleczny (Polônia), Boris Petrushansky (Rússia), Jerome Rose (EUA), Jacques Rouvier (França), Marta Sosińska-Janczewska (Polônia), Wojciech Świtała (Polônia), Xu Hong (China), Dina Yoffe (Israel).

Programação

3-07 outubro 2010 - a primeira etapa das audições
09-13 outubro de 2010 - a segunda etapa das audições
14-16 outubro de 2010 - Entrevistas da Fase III
18-20 outubro de 2010 - Final
20 outubro de 2010, em aproximadamente às 23:00 - Anúncio dos resultados do concurso, em entrevista coletiva
21 de outubro de 2010, às 20:00 - Concerto dos Vencedores
22 de outubro de 2010, às 12:00 - Cerimônia de atribuição de prêmios
22 de outubro de 2010, primeira repetição do Concerto dos vencedores às 19:30
23 de outubro de 2010, às 19:30, segunda repetição do concerto dos vencedores

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Malik sobe nas árvores do Planty

Cecylia Malik
Um projeto de louco de Cecylia Malik denominado Drzewołazka registra diariamente sua subida em uma árvore diferente. Malik conta que se inspirou no livro de Italo Calvino "Barão Drzewołaz".
Cecylia é autora do "projeto 365 árvores" que está acontecendo em Cracóvia. Na instalação montada no Planty, ela planeja subir, sábado, na última árvore, em frente ao Colegium Nowum, da Universidade Iaguielônica, às 19 horas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Polacos vão continuar trabalhando no exterior

O jornal Gazeta Wyborcza, desta segunda-feira, 27 de setembro de 2010, traz como manchete principal de primeira página:

Polacos em trabalho sazonal no estrangeiro

Segundo o principal veículo de imprensa diário da Polônia, "Dia primeiro de maio, de 2011, será totalmente aberto aos polacos o mercado de trabalho na Alemanha e Áustria. Será uma nova onda de emigração. Infelizmente para nós, haverá consequências piores do que nos seis anos anteriores", - advertem especialistas.