sexta-feira, 22 de abril de 2016

O Brasil foi descoberto em 1342 por Sancho Brandão

Pedro Álvares Cabral não "descobriu" o Brasil, naquele 22 de abril.

Ele tão somente cumpriu missão ordenada pelo rei Dom Manuel I de fazer "apenas" a confirmação das terras portuguesas descobertas em 1342, pelo capitão Sancho Brandão.

A Carta de 12 de fevereiro de 1343, do rei de Portugal Afonso IV ao Papa Clemente VI e guardada no Museu do Vaticano atesta e comprova a descoberta da Ilha do Brasil (com esse nome) no século XII. "Documentos do Arquivo Reservado do Vaticano", livro 138, folhas 148/149, junto com um mapa da região descoberta, no qual se vê a inscrição "Insula do Brasil".

“Diremos reverentemente à Vossa Santidade que os nossos naturais foram os primeiros que acharam as mencionadas ilhas do ocidente... dirigimos para ali os olhos do nosso entendimento e, desejando pôr em execução o nosso intento, mandamos as nossas gentes e algumas naos para explorarem a qualidade da terra, as quais, abordando as ditas ilhas, se apoderaram, por força, de homens, animais e outras coisas e as trouxeram com grande prazer aos nossos reinos.”

O rei Dom Afonso IV enviou junto com a carta um mapa da região descoberta com a inscrição — Insula do Brasil ou de Brandam.


Desde então, os portugueses monopolizaram o comércio do pau-brasil, proveniente da Ilha de Sancho Brandão.

A missão de confirmação de Pedro Álvares Cabral foi importante, já que o papa devasso, o valenciano Rodrigo de Boja, ou Papa Alexandre VI - tinha imposto o Tratado de Tordesilhas, aos dois reinos católicos da Península Ibérica.


domingo, 17 de abril de 2016

As sete cidades mais polacas fora da Polônia

Estima-se que os números da diáspora polaca seja de 20 milhões de pessoas, o que significa mais de metade da população da Polônia.
Pessoas de origem polaca vivem em todo o mundo, às vezes formando um grande e influente segmento da população nestas cidades estrangeiras, como Chicago ou Curitiba.


CHICAGO

Na verdade, Chicago não é a "maior cidade polaca fora da Polônia", mas é a que possui a maior concentração de uma comunidade polaca numa mesma cidade.
A área metropolitana de Chicago (não só o município) é habitada por aproximadamente 1,5 milhões de pessoas de ascendência polaca.
Há um bairro chamado "Little Poland" (Pequena Polônia) iniciado no século 19, com muitos restaurantes e lojas polacas, bem como o Centro Copérnico, um edifício remodelado para se assemelhar ao Castelo Real de Varsóvia.
A primeira grande onda de imigrantes da Polônia chegou à "cidade dos ventos", na década de 1850.
Os irmãos polacos de origem judaica Leonard e Phillip Chess (Lejzor e Fiszel Czyz) nascidos em Motol, na então Polônia, chegaram a Chicago em 1928, onde criaram o lendário estúdio de gravação "Chess Records", em 1950. Este selo musical foi o responsável pelos lançamentos de artistas célebres como Muddy Waters e Chuck Berry.

CURITIBA

A capital do estado brasileiro do Paraná é o lar de mais de 400 mil pessoas com raízes polacas. A esse número, soma-se outros 300 mil, na sua região metropolitana composta por 29 municípios.
A cidade possui uma quantidade bastante grande de vestígios da influência polaca que tem sido percebida desde a segunda metade do século 19, quando os polacos começaram a chegar em 1853 (Hieronim Durski e outros 13 polacos). Curitiba tem um grande parque em homenagem ao São Papa João Paulo II (polaco de Wadowice) e conhecidas barracas gastronômicas especializadas em pierogi, bigos e sonho, chamadas "Tadeu Rei do Pierogi" e "Pierogi do Miro", abertas a cada  noite em diferentes ruas da cidade.

PARIS
Foto: Marta Darowska
Muitos polacos ilustres, como Maria Skłodowska-Curie, Fryderyk Chopin e Adam Mickiewicz, têm fortes laços com Paris.
A vencedora duas vezes do prêmio Nobel (casada com um parisiense), repousa em um túmulo do Panthéon e o gênio da composição para piano viveu 18 anos de sua curta vida ali, e está enterrado no famoso cemitério Père-Lachaise.
A cidade, tornou-se um "hotspot Polishness" (Centro de Acesso da Polonidade) na década de 1830, quando uma onda maciça de imigrantes das regiões invadidas e ocupadas da Polônia fugiram de lá, após a "Revolta de Novembro" ter sido liquidada (famosa rebelião polaca contra o domínio russo, no século 19).
Ao longo dos anos, os polacos deixaram sua marca na cidade: há uma escola polaca em Batignolles e uma expressiva biblioteca polaca. Cerca de 300 mil pessoas com raízes polacas vivem atualmente na cidade.

NOVA IORQUE
Foto: Andrzej Bogacz
Com mais de 218 mil habitantes com raízes na Terra no Vístula, a "Big Apple" é muitas vezes chamada de cidade mais polaca dos Estados Unidos, juntamente com Chicago.
Um dos bairros da cidade, "Greenpoint", é chamado de Pequena-Polônia, devido à forte presença polaca, que começou a se estabelecer ali, no final do século 19.
Há muitas lojas de alimentos e restaurantes polacos e um "Greenpoint Arts Block Festival" temático polaco.
Michał Wojnicz, descobridor do famoso "Manuscrito Voynich", veio morar em Nova Iorque pouco antes da Primeira Guerra Mundial trazendo seu achado lendário com ele.  O precioso manuscrito se tornou propriedade norte-americana.

TORONTO
Foto: Andrzej Grabowski
Imigrantes polacos começaram a chegar a Toronto em números significativos na década de 1870.
Hoje a comunidade polaca da cidade conta com cerca de 200 mil pessoas, muitas das quais vivem no bairro Ronscevalles.
Esta área está repleta de estabelecimentos polacos como o lendário "Café Polonez", onde você pode saborear o "barszcz" tradicional e os "pierogi".
Uma vez por ano, a Ronscevalles Avenue é fechada para o Festival Polaco Ronscevalles, que apresenta performances, música e danças folclóricas.
Geddy Lee, membro da famosa banda Rush de rock canadense, nasceu em Toronto, descendente imigrantes polacos de origem judaica.

LONDRES
Foto: Piotr Małecki
Num certo sentido, Londres foi a capital da Polônia durante quase meio século. De 1940 a 1989 foi a sede do governo polaco no exílio, a continuação legítima do governo da Segunda República Polaca, que foi abolida pela Alemanha nazista e pela União Soviética, em 1939.
Após a queda do regime comunista imposta a Polônia, uma das consequências da Segunda Guerra Mundial, o governo no exílio devolveu sua insígnia à Pátria, mostrando simbolicamente que a verdadeira independência tinha sido finalmente recuperada.
Por causa da guerra muitos polacos emigraram para Londres, entre eles, Jan Pieńkowski, que se tornou um notável ilustrador de livros das crianças inglesas. Hoje, muitos dos cerca de 185 mil polacos que vivem na cidade são imigrantes recentes.

VILNO
Foto: Cezary Aszkielowicz
A Polônia e a Lituânia formaram uma união do final do século 14 ao final do século 18.
Os laços entre os dois países eram tão fortes que o poema épico nacional polaco "Pan Tadeusz" começa com as palavras "Lituânia, o meu país!".
A significativa influência polaca sobre Vilno remonta aos tempos de Władysław Jagiełło, duque lituano que se tornou rei da Polônia e Lituânia, em 1385. Ele levou para Vilno muitos artistas, comerciantes e artesãos de Cracóvia.
Hoje há cerca de 87 mil polacos que vivem em Vilno, a maioria dos quais residem ali desde que nasceram. Isso, mesmo com a perda do território polaco para os lituanos depois da segunda guerra mundial.
A cidade conserva a casa em que o grande poeta e dramaturgo polaco Juliusz Słowacki viveu em sua juventude, e uma Casa de Cultura Polaca.

Texto original: Culture.pl
Tradução: Ulisses Iarochinski

terça-feira, 5 de abril de 2016

Dieta diária dos proto-polacos

Foto: Marcin Stępień
Séculos atrás, o menu diário, típico, das tribos eslavas no território da moderna Polônia consistia de ervas e cogumelos. Eles consumiam uma grande quantidade de grãos, e quantidades modestas de carne e legumes, bem como a ancestral da sopa de beterraba, conhecida como barszcz. Não é exatamente uma dieta paleo, mas certamente é uma dieta polaca e modernos foodies preocupados com a saúde fariam bem em dar-lhe uma olhada.

Os historiadores postulam que as tribos eslavas chegaram à Europa Central em torno do 6º século a.C. Começaram a ser chamados polacos sob o domínio do príncipe Mieszko I no século 10, considerado como o primeiro chefe de Estado polaco.

As práticas culinárias descritas datam daquela época até o século 13, quando as coroas lituana e polaca eram unidas. Embora alguns desses costumes venham de muito longe, alguns ainda são observáveis ​​na culinária polaca contemporânea. Por exemplo, sopas com verduras (como a azeda ou com folhas de beterraba) são ainda muito populares.

Cogumelos para sobreviver
Foto: Daniel Pach
Então, o que os primeiros polacos e seus antepassados ​​comiam?

Normalmente, um monte de ervas e cogumelos (variedades não-alucinógenas). Ervas como endro, alho, mostarda e coentro eram usadas em sopas e para adicionar sabor a outros alimentos (não havia pimenta, ou mesmo açúcar naquela época). Cogumelos silvestres foram um importante complemento das refeições quando era necessário completar o estoque de alimentos agrícolas com forragens. Cogumelos secos eram conservados para os longos invernos.

Grãos preciosos
Kutia - Foto: East News
Grãos também foram importantes no cardápio. As culturas de grãos do período incluia milho, cevada, trigo e aveia. Foram usados ​​para uma refeição popular chamada bryjka. Este prato simples era feito a partir de grãos triturados e cozidos como mingau. Pode ser servido doce, com frutas e às vezes mel. Ou salgado, com ervas, sal e banha animal ou cogumelos. Frutas cultivadas incluíam maçãs, pêras e pêssegos, ameixas, cerejas e frutas vermelhas também eram consumidas.

Nada de galinhas
Encenação de uma cerimônia eslava nas margens do Rio Warta - Foto: Marcin Stępień
"Eles não comem as galinhas, porque eles acreditam que eles causam uma perda de força e uma erupção vermelha. Eles comem a carne de vacas e gansos, porque isso lhes faz bem". Estas palavras de Abraham Ben Jakub, viajante judeu que visitou territórios eslavos no século 10, descreve os hábitos de comer carne dos ancestrais dos polacos. Naquela época, proto-polacos também se mantinham com carne de porco, peixe e caça. A carne foi muitas vezes preservada pelo fumo.

Vegetais, raízes e sopa
Foto: Marszull - Fotonova/ East News
Sopas eram comumente feitas a partir de plantas e vegetais como cenoura e nabo. Uma certa sopa azeda era preparada com grãos azedos de centeio e era chamada de barszcz. O nome também era utilizado para designar várias outras sopas de plantas e vegetais. O Barszcz está vivo e bem, na Polônia, ainda assim, com muitas variedades disponíveis durante todo o ano: barszcz vermelho, barszcz branco ou borstch ucraniano.
Outra sopa estranha com raízes antigas é Żurek, caldo feito com farinha de centeio fermentado. Acredita-se que esta remonta a várias sopas à base de farinha, preparados por essas tribos eslava.

Bétula
Foto: Taida Tarabula

Para acompanhar suas refeições, os primeiros polacos e seus antepassados ​​bebiam seiva de bétulas, colhidas de árvores durante a primavera.
Outras bebidas não alcoólicas incluídas eram água natural e leite. Se queriam algo mais forte, tomavam piwo (cerveja), hidromel e kwaś, uma bebida de baixa fermentaçao feita a partir de água, pão integral, fermento e mel.
Se desejas um gole do passado, seiva de bétula, chamado de suco de bétula, ou kwaś, é possível encontrar nas prateleiras de uma loja polaca - elas ainda são populares!

Autor: Marek Kępa. Fontes: Kuchnia słowian czyli o poszukiwaniu dawnych smaków / culinária eslava ou na busca para o gosto de idade por Hanna e Paweł Lis, entrevista com Joanna Lurynowicz pela Rádio polaca em 26 de abril de 2015.

domingo, 20 de março de 2016

Dez pratos tradicionais da Páscoa polaca

Foto: Krzysztof Kuczyk
Sopa de centeio, salsicha branca, bolos com sementes de papoula ou requeijão: as inúmeras iguarias tradicionais da Páscoa na Polônia são surpreendentes, sofisticadas e inspiradas pela Primavera.
A páscoa é uma festa com carnes defumadas, salames, linguiças e presuntos, onde biała kiełbasa toma o lugar central.

Biała kiełbasa (pronuncia-se bia-ú-a kie-ú-bassa) - salsicha branca
Foto: Adam Kulesza
Biała kiełbasa - salsicha branca - é uma salsicha de carne de porco picada (com a adição de carne bovina) coberto por uma fina camada de tripas de porco e temperada com sal, pimenta, alho e manjerona. Se é na sopa Żurek ou entre as amostras de alimentos contidas na cesta de Páscoa, a salsicha branca é servida cozida, às vezes com rábano (rabanete), mostarda, ou ćwikła (pronuncia-se tchwicúa - salada picante de rabanete).

Żurek (jú-rék) - Sopa de farinha de centeio fermentada
Foto: Katarzyna Klich
Żurek ou żur (pronuncia-se jur) é uma sopa feita de farinha de centeio fermentada. Está guarnecido com salsicha branca fervida e metades de ovos cozidos.
Em tempos antigos, a Żurek e o arenque eram as principais iguarias pré-Páscoa, no período de jejum da Quaresma. Até o Sábado de Aleluia, as pessoas cansadas de tomarem esta sopa, davam-lhe um enterro festivo. Um pote com a sopa era enterrado ou derramado na terra. Quando não é um componente do funeral festivo, o Żurek é consumido durante todo o ano.

Jajko (pronuncia-se iáico) - Ovos
Foto: Marian Zubrzycki / Fotorzepa
O ovo simboliza a nova vida e a ressureição de Cristo. Tradições relacionadas com o ovo polaco incluem a coloração deles, a benção na igreja como parte da cesta de Páscoa, compartilhando-os ovos uns com os outros, desejando tudo de bom para o próximo ano e finalmente comendo-os com diferentes temperos.
Eles são servidos cozidos, recheados, fritos ou "crus". O ovo decorado (pisanka) é um ovo cozido muito apimentado, recheado com uma mistura de gemas, maionese, mostarda, cebola e creme de raiz-forte.

Śledź (chlédj) - Arenque
Foto: Adam Kulesza
Este peixe é tão popular na Polônia, como na Suécia, Holanda, ou Dinamarca. Ele está presente nas festividades, no Natal e na Páscoa. O peixe é servido eviscerado e descabeçado, em pedaços que foram marinados em vinagre, óleo, com ou sem legumes, geralmente envoltos com cebola crua picada.

Chrzan (rrêhjan) - raiz-forte
Foto: Roman Lipczyński
Ralar raiz-forte produz vapores pungentes e faz os olhos ficarem cheios da água, sejam brancas ou vermelhas ambas raízes-fortes vão bem com uma variedade de frios.
O tipo vermelho é chamado ćwikła e a sua cor é devida à adição de beterraba.

Mazurek (Ma-zú-rék) Bolo "pequena Mazúria"
Foto: Bartosz Krupa
O primeiro dos bolos a de fazer é o mazurek. Considera-se que a receita tenha chegado na Poland vinda da Turquia por volta do século 17. O bolo pode ser feito de diferentes tipos de massas e coberturas, como por exemplo de marmelada, chocolate, frutas secas ou nozes. O céu é o limite.

Sernik (Sér-nik) - torta de requeijão
Foto: Piotr Jedzura
O sernik é uma deliciosa torta de requeijão. Pode-se tentar substituir o queijo exclusivamente polaco chamado twaróg (pronuncia-se tvárug) por requeijão ou ricota, mas não vai ser a mesma coisa.
O queijo twaróg é mais denso, doce e menos úmido do que os queijos e menos suave do que ricota. Algumas fontes dizem que o sernik remonta à Grécia antiga e Roma. A Igreja Ortodoxa tem um equivalente à base de tvorog - em forma Paskha (é um doce de queijo em forma de pirâmide).

Babka (Báb-cá) - vovó
Foto: Piotr Wojnarowski
O airado da Páscoa - babka  - é um bolo de levedura não amassado e cozido em uma bandeja de Bundt (bundt é um bolo assado em uma forma bundt, assumindo uma forma anelar. Sugere-se que o nome "bundt" é derivado do Bundkuchen alemão, que é um bolo em formato de anel). Ele pode ser misturado com xarope de rum e regado com crosta de gelo, mas o costume dita que ele não tenha recheio. O nome deriva da palavra "babka (vovó)" e, provavelmente, refere-se à sua forma ampla da saia plissada de uma avó.

Makowiec (Má-co-viets) - bolo de recheio de semente de papoula
Foto: Lubomir Lipov
Entre a riqueza de bolos de Páscoa é o makowiec, um rocambole de semente de papoula, o mais polaco de todos. O ingrediente principal são sementes de papoula e usa-se o mesmo tipo de massa do Babka. A textura é crocante e de nozes, e às vezes é coberta com açúcar de confeiteiro.

Baranek (báránék) - Cordeiro da Páscoa
Foto: Bartosz Krupa
Feito inteiramente de açúcar e em forma de cordeiro, esta é uma peça central da tradicional cesta de Páscoa polaca. Em algumas regiões ele é feito apenas com manteiga moldada em formato de cordeiro. Muitas vezes tem uma bandeira vermelha em miniatura com uma cruz.

Texto: Marta Jezewska
Tradução: Ulisses Iarochinski

sexta-feira, 11 de março de 2016

Terminações dos sobrenomes polacos

Os sobrenomes polacos são reconhecidos principalmente por suas terminações. E isso, mesmo, entre outros sobrenomes de origem eslava como tcheco, russo, ruteno (atual ucraniano), eslovaco, búlgaro, macedônio, croata, servo, etc.
Explicações para identificá-los e dar significações são várias... polêmicas e inconclusivas. Mas, em geral, aceitam-se como bastante prováveis as que seguem abaixo, começando pelo famoso ski, que naturalmente não guarda relação alguma com tentativas frustradas de comparar com o idioma inglês, o que faria supor ter algo parecido com esquiar, ou céu.

Os sobrenomes mais populares da Polônia

-EWSKI, -OWSKI, -IEŃSKI, -IŃSKI, E -YŃSKIS
O -ski é um sufixo adjetivado, que pode ser adicionado diretamente a um termo base - como "padeiro (Piekarz, em idioma polaco)" - Piekarski, que significa, então: "de padeiro", ou pode ser envolvido a outros sufixos.

Dois caracteres comuns que podem preceder -ski são:
1) -EW- ou -OW- (basicamente a mesma coisa, depende se o radical termina em uma consoante classificada como dura ou suave); e
2) -IN- ou -IEN- ou -YN.
O -YN é adicionado a radicais que terminam em consoantes duras, os outros dois são adicionados em radicais"suaves"; para todas as intenções e propósitos, -IEN- pode ser considerado como uma variante do -IN-, muitas vezes indicando alguma diferença dialetal na pronúncia.

Ambos prefixos têm significado possessivo, de modo que -owski / -ewski e -i [e] ński / -yński significa "do / dos".
Nas combinações, o sufixo -iński e -yński o N é suavizado e pronunciado como o NH em português, e grafado em polaco com acento agudo (-iński e -yński).

Outra ocorrência destes sufixos aparece adicionado aos sobrenomes sem o -SKI, como em Jan "João" - Jański  - "de João" e Janów (plural) que significa "dos Joões", (Como ninguém diz Joães, o natural é dizermos Joões, porque a maior parte dos substantivos terminados em -ão fazem o plural em -ões: barracão, bofetão, botão, cordão, tampão, esfregão, etc.)
Vemos localidades chamadas Janów, o que significa "[lugar] de João." Outros sufixos também podem ser adicionados a esses, como vemos em Janowo, que também significa "[lugar] de João," e Lipiny,"[local] das lipas" (de Lipa, "Tília (espécie de árvore").

Linguistas eslavos têm escrito artigos sobre quando e por que são usados os suficos -ew - / - ow-  adicionados em alguns casos, e -em - / - yn- em outros. Uma vez que um dos conjuntos de sufixos -ow / -ew e -in / -yn foi adicionado a um termo para formar um nome de lugar X, o caracteres em /yn mais -ski podem ser ainda adicionados a eles para dizer, com efeito, "um de X"

Assim o termo kowal é "ferreiro", está presente nos sobrenomes Kowalew ou Kowalewo, que significa "[local] do "ferreiro", e Kowalewski é "uma pessoa do lugar do "ferreiro".
Ou Lipa que é "tília", Lipiny que é "lugar das tílias", e Lipiński é "uma pessoa do lugar das tílias". Aliás, os caracteres -yn / -em são adicionados, às vezes, sem a vogal anterior, obtendo-se sobrenomes como Lipno, que também significa "lugar das tílias"; o nome desta localidade, também, pode aparecer no sobrenome como Lipiński. Estes processos são muito comuns na formação  dos sobrenomes polacos.

Estas aglutinações de sufixo -ewski / -owski e -iński / -yński também podem ser adicionadas diretamente aos substantivos, por vezes, simplesmente para indicar uma ligação.
Assim Łomża (pronuncia-se uomja) que é o nome de uma cidade, na Polônia, tem em łomżyński uma forma adjetiva, cujo significado é "de Łomża", ou melhor "natural de Łomża". Algo como usado, em português, com a terminação ENSE, em paranaense que significa natural "do Paraná").

Também há uma considerável sobreposição de significados entre, Janów ("parentes de", ou "local do João") e Janowski ("parentes de João", ou "de um de lugar de João"].
Às vezes, ambos os sobrenomes são usados, numa mesma família, dependendo do cartorário de plantão. Porém as formas -SKI tendem a predominar; embora entre os mais antigos aparecessem os chamados Janów.
Como acontece com qualquer aspecto da onomástica, não generalize - pois praticamente qualquer coisa que se disser que é correta, na maioria, das vezes pode ter exceções gritantes.

- "Eu sou um -SKI, eu devo ser de origem nobre!"*
Uma e outra vez se ouve "Alguém dizer que sobrenomes que terminam em -ski são pessoas da nobreza.
Será isso verdade?
Apesar da arrogância embutida na expressão,  ainda assim, é uma questão legítima.

Se estes sobrenomes tivessem sido encontrados nos registros de cartórios, ou igrejas do século 14, então sim, os sobrenomes que terminavam em -ński eram designativos de pessoas da nobreza. E que os sobrenomes que terminavam em -owicz ou -ik, ou qualquer outro sufixo não o eram.
Antes de qualquer discussão, basta dizer que não havia essa distinção, pelo simples motivo de que naquela época, todos os sobrenomes eram nobres! Em outras palavras, apenas os nobres utilizavam sobrenomes. Os plebeus não tinham sobrenome...apenas nome.

Os não-nobres, ou plebeus, só começaram a usar sobrenomes regularmente - a partir do século 17. Mas esta não é uma afirmação de todo verdadeira, pelo simples fato de que não se encontram documentos, ou registros de pessoas plebéias antes de 1600 que as mencionasse; não há evidências à respeito de quando a prática de sobrenomes hereditários imutáveis ​​se espalharam para a a plebe dos centros urbanos e para os camponeses. Mas, em geral, a maioria dos estudiosos concorda que os camponeses raramente usavam sobrenomes antes do ano1600; embora existam exceções para cada regra.

Assim, ao mesmo tempo -ski  pode ser indicativo de origem nobre. Mas isso deixou de ser verdade, há uns bons 300-400 anos atrás. Quando o uso de sobrenomes de qualquer natureza, deixou de ser exclusivo dos nobres, bem como as formas dos próprios nomes.

O que significa -SKI?
Na língua polaca é um sufixo adjetivo, significando simplesmente "de, em conexão com, pertencente a." A forma caracteres + ski é uma maneira de dizer que "de alguma forma ele está associado a caracteres precendentes." Assim Warszawa significa "Varsóvia", e Warszawski "de Varsóvia".

Em sobrenomes, onde aparecem um ou dois caracteres seguidos de -ski normalmente indicam alguma ligação estreita com alguém. Assim Piekarski, em geral, pode tanto significar "parentes do padeiro", ou "uma pessoa da localidade do padeiro".
Existem subconjuntos de sobrenomes -SKI que são especialmente propensos a se referir ao lugar de origem como em Bydgoski, que literalmente pode ser considerado como "de Bydgoszcz", e que significaria "uma pessoa de Bydgoszcz,  ou alguém ligado a Bydgoszcz."

A consequência prática disso é que um monte de sobrenomes com -SKI referentes a lugares são ambíguos; eles podem referir-se a um número ilimitado de diferentes localidades com nomes derivados a partir da mesma forma basal. Assim, Warszawski pode não estar se referindo a capital da Polônia. Pois pode haver outro lugar, ou dois, ou mais com nomes começando em Warszaw-.
O sobrenome, por si só, não dá nenhuma pista que se está se referindo a uma determinada localidade. Por exemplo, há uma Warszawa na antiga região da cidade de Zamość; há também uma Warszawice na região da cidade de Siedlce; há uma Warszawiaki na antiga região da cidade de Lublin; e uma Przedmieście Warszawskie na região da cidade de Elbląg. É possível que o sobrenome Warszawski possa estar se referindo a qualquer uma delas.

Obviamente, na maioria das vezes Warszawski remete para a capital da nação. Mas não há garantia de que seja isto! No momento, em que se assumir que, o sobrenome Warszawski tenha vindo de Warszawa, pode-se estar incorrendo em erro, pois este sobrenome em questão pode estar, na verdade, referindo-se a localidade na região de Zamość. E então, as buscas por origens, fica comprometida e difícil. Por isso, os sobrenomes devem ser interpretados à luz da história de uma família específica - é a única maneira de certificar-se de que se está focando no lugar certo.

Claro, também está, que um monte de sobrenomes com -SKI não se referem a lugares. Piekarski pode também estar se referindo ao lugar chamado de Piekary ou algo semelhante; Szczepański normalmente significa "filho ou parente de Szczepan (Estevão)". Nosalski pode significar simplesmente "parentes do grande nariz" (nosal). Este sufixo pode ser adicionado a todos os tipos de raízes, se eles se referem a um lugar de um antepassado, de residência, ou de origem, de sua ocupação, de seu primeiro nome, de sua característica física mais óbvia, e assim por diante.

-SKI versus -SKA
A questão é simples: adjetivos polacos têm diferentes formas para os sexos. Sobrenomes que terminam em -ski são considerados também para refletir o sexo da pessoa. Assim Janowski é a forma nominativa para o masculino e Janowska é a mesma forma só que para o feminino. As terminações diferem nos outros casos declinativos também: "de Janowski" é apresentado com a terminação ego, assim Janowskiego é o mesmo sobrenome só que se referindo a um homem, e com ej  é o mesmo Janowska, apenas que declinado para Janowskiej, ou seka está se referindo a uma mulher.

-CKI e -ZKI
Sobrenomes que terminam em -cki / -cka e -zki / -zka,  essencialmente, são apenas variantes de -ski / -ska. Certas palavras terminam com consoantes que, quando combinadas com o -ski básico final, produzem uma mudança de pronúncia. Assim Zawadzki vem de "Zawada" ("obstrução, fortaleza" +-ski. O -A final em Zawada cai, dando a forma Zawadski. Mas é difícil pronunciar -d- seguido por um -S-, assim se adotou Zawadzki com Z que é a maneira mais precisa de soletrar esse sobrenome.

Mas, só para complicar as coisas, a combinação -dz-, nesse caso, é realmente pronunciada como -ts-, que é como os polacos escrevem quando usam a letra -C-. Então, Zawacki é outra maneira de ortografia que mesmo sobrenome, ou seja, é o mesmo com o -dz, Zawadzki.
De qualquer maneira, Zawadzki ou Zawacki, é pronunciado aproximadamente "zah-vá-ts-qui," e significa apenas "da obstrução ou da fortaleza", ou "pessoa de um lugar chamado Zawada ou Zawady porque, ao mesmo tempo, havia uma barreira, ou uma fortaleza naquele lugar".

-Ski versus -Sky
Muitas pessoas estão sempre perguntando coisas como "Se ele é soletrado com -Sky, então é um sobrenome judeu?" ou "Posso concluir que o meu Jablonsky era de origem tcheca, em vez de polaco?"

Historicamente as grafias de sobrenomes da Europa do Leste variaram muito, o que não permite estabelecer uma regra assertiva para esta dualidade -ski versus -sky.
A regra de ouro, no entanto, é que -ski normalmente é associado aos polacos; e -sky pode ser associado com os tchecos, ucranianos, russos, etc. Há milhões de exceções, mas uma regra básica para se entender, é  apenas isso, com I no final é polaco, com Y os outros eslavos.

Isso porque as regras de ortografia polaca dizem que -K- nunca pode ser seguido por -y, mas apenas por -i.

A religião não é realmente um fator na grafia dos sobrenomes. Os judeus que foram assimilados pela cultura das nações onde se inseriram tendiam a usar qualquer ortografia considerada como correta no lugar onde passaram a viver. O grafia -sky em polaco é incorreto, então, os judeus que viviam entre os polacos normalmente grafavam -ski.

Já os judeus que viviam entre os tchecos grafavam -sky, porque isso era o correto em tcheco. Se eles vivessem no que é hoje a Bielorrússia, ou na Rússia, ou na Ucrânia - como milhões fizeram - seus nomes foram escritos no alfabeto cirílico, e poderiam ser grafados em nosso latino tanto como -ski, como -sky, -skiy, -skyi, -skyj , -skij, e assim por diante.

Na maioria, das vezes, grafava-se como -sky, de modo que a ortografia parecesse predominar entre os imigrantes judeus, no caso dos que foram para os Estados Unidos. Mas houve e há uma abundância de judeus nos Estados Unidos, que grafam seus sobrenomes com -ski, significando que são originários da Polônia.

Parece haver uma tendência entre os falantes alemães e inglês para soletrar o sufixo eslavo como sendo -sky, a tal ponto que até mesmo imigrantes polacos nestes países pararam de lutar contra essa grafia e passaram a aceitar esta ortografia imposta pelo país estrangeiro.

É possível que a influência tcheca tenha orientado alemães e povos de língua inglesa. No -sky tcheco (na verdade, com um acento sobre o y) esta é a ortografia correta. Como, ao longo dos séculos os alemães sempre estiveram às voltas com a nação tcheca, sempre por questões de invasões e ocupações de territórios essa ligação pode tê-los convencido de que -sky fosse correto para grafar esse sufixo para todos os povos eslavos.

-OWICZ Ou -EWICZ
Este sufixo simplesmente significa "filho de". Aqui, também, a diferença entre -owicz e -ewicz não é de grande importância para os não-linguistas; alguns nomes tendem a mostrar-se com um ou outro sufixo, e alguns mostram-se com ambos. Mas o significado da do segmento caracteres + -owicz ou caracteres + -ewicz é  apenas "filho de alguém."

O que aconteceu aqui é que o possessivo final -ow / -ew teve o sufixo -icz orientado para ele. Assim -icz sufixo ou -ycz é para os polacos, "filho de", assim que "filho de Jan" = Janicz ou Janycz; Já "Filho de Kuba (diminutivo de Jakub)" passou a ser Kubicz ou Kubycz. Mas como o tempo passou os poloneses foram influenciadas pela tendência de outros eslavos usar -owicz ou -ewicz vez do -icz simples.

De todos modos, -owicz é apenas a maneira polaca de grafar o sufixo que estão em muitos outros nomes eslavos como -ovich ou -oviĉ (o chamado Hacek em tcheco). A ortografia varia de língua para língua, mas quase sempre significa "filho de".

-Ak - / - EK / -IK / -KA / -Ko /-Uk / -YK
Sufixos com um -K- geralmente aparecem como diminutivos.
Em outras palavras, Jan é a forma polaca de "João", e Janek ou Janko é o "Joãozinho", em português.
Em Portugal, no Brasil e nos demais seis países de língua portuguesa é praticamente inexistente sobrenomes terminados em inho. Em polaco (e outras línguas eslavas) existem centenas deles. A maioria tem um -K- em algum lugar, ou o -K- foi modificado pela adição de novos sufixos (por exemplo: -czak, -czyk). Como regra geral, em sobrenomes ,um sufixo com -K- significa algo como "pouco", "pequeno" ou "filho de".

Assim Jan é "João", Janek ou Janko é "pequeno João, Joãozinho", Jankowicz é "filho do pequeno João", Jankowo é "[o lugar] do pequeno João" (ou "do filho de João"), e Jankowski é "originário do local do pequeno João ou o filho de João".

O uso original desses sufixos era para indicar uma forma diminutiva. Mas também passou a ser utilizada de outras maneiras, o que geralmente significa "associado com, relacionado com, exibindo a qualidade de." Nowak vem de Nowy, "novo" + -ak, para significar "pessoa nova no lugar", e Stasik significa "aquele associado com Staś" = "parentes de Staś", que por sua vez é diminutivo do diminutivo de Stasiu, do nome Stanisław.

Além disso, estes sufixos são adicionados frequentemente a substantivos para servir como um termo para uma pessoa ou objeto relacionado com qualquer que seja a base de uma raiz significativa.
Assim Bartek começou como um diminutivo de Bartłomiej (Bartolomeu), e significava "pequeno Bart, ou filho de Bart." Mas, uma vez que, Bartek passou a existia como um nome, ele pode ser usado como substantivo, que significa também "caipira, camponês, homem do campo, sertanejo".

Isso aconteceu porque as pessoas passaram a entender Bartek como sendo um nome popular entre pessoas das áreas rurais, e por isso passou a ser usado como um substantivo comum para tais pessoas. Ao como Bastião, de Sebastião que passou a ter conotação de gente simples, caipira, em português.

Da mesma forma, sowa que significa "coruja", e sówka, que literalmente é traduzido para "bufo", embora seja um termo para um tipo específico de coruja,  a Athene noctuae. Mas também é usado como um termo para a família Noctuidae de mariposas.
Aparentemente algo sobre essas mariposas lembrou às pessoas os mochos (da família Strigidae, da ordem Strigiformes), e o termo preso. Assim, há que se ter cuidado quando interpretar sobrenomes com estes sufixos diminutivos: o "pequeno X" pode ser vir a ser um termo para algo que não é facilmente perceptível.

-IAK
Essencialmente, o sufixo -iak é a mesma coisa que -ak; ambos são sufixos diminutivos, mas -iak difere apenas na medida em que envolve suavizar ou palatalização da raiz consoante final. Assim, em alguns nomes vemos -ak adicionado diretamente a uma raiz sem palatalização, por exemplo; Nowak, Pawlak e, em outros, temos a palatalização, em Dorota + -iak = Dorociak, Jakub + -iak = Jakubiak, Szymon + -iak = Szymoniak.

O significado básico de -ak / -iak é diminuto, mas especialmente quando aplicado aos primeiros nomes, ele tende a ter um significado patronímico. Assim, "Jakubiak" significa "pequeno Jakub".
No entanto, ele não é usado exclusivamente dessa forma, por exemplo, há um substantivo "Krakowiak", que significa "uma pessoa de Cracóvia". Sufixos polacos raramente têm um único e tão somente um significado.

-ANKA, -ina / -YNA, -OWA / -EWA, -ÓWNA / -EWNA
Finalmente, estes sufixos diferentes dos outros já mencionados em que eles não são partes intrínsecas dos sobrenomes. Jankowski é um nome diferente do Jankowicz; Já Jankowiczowa não é um sobrenome diferente do Jankowicz, mas apenas uma forma especial dele.
Estes sufixos todos marcam versões femininas de sobrenomes que tomam a forma de substantivos, e não de adjetivos terminados em -ski ou -cki ou -zki. Para chegar ao sobrenome base tem-se que remover o sufixo (e às vezes adicionar um final): Jankowiczowa = é a Sra. Jankowicz, ou Kościuszkowa = Sra. Kościuszko.

No polaco padrão -owa ou -ewa indica uma mulher casada, e -ówna / -ewna uma solteira. Jankowiczowa é a Sra Jankowicz, mas Jankowiczówna é senhorita Jankowicz; Kowalewa = Sra. Kowal, Kowalewna = srta. Kowal.

Os sufixos -ina / -yna são adicionados a sobrenomes que terminam em -a substantivo derivado, e geralmente indicam uma mulher casada; a forma correspondente para as mulheres solteiras é -anka ou -ianka (às vezes -onka ou -ionka). Então a Sra. Zareba é a "pani Zarębina", e Srta. Zareba é "panna Zarębianka."

Acrescente-se, porém, que em dialetos regionais, às vezes, há -anka ou -onka adicionado aos adjetivos de sobrenomes, e até mesmo utilizado para a mulher, de modo que a Sra. Kowalski pode aparecer como "Kowalszczanka". Isso não está correto em polaco convencional; mas pode-se usar nos registros de algumas regiões, especialmente do Nordeste e Sudeste da Polônia.

Texto: W. F. Hoffman
Tradução para o protuguês: Ulisses Iarochinski