segunda-feira, 25 de abril de 2016

3 ex-presidentes clamam por democracia na Polônia

Wałęsa, Komorowski e Kwaśniewski
Três ex-presidentes polacos lançaram um ataque frontal contra o partido de extrema-direita no poder e fizeram um apelo a todos os polacos para que defendam a democracia, em um documento publicado nesta segunda-feira.

Lech Wałęsa, Aleksander Kwaśniewski, Bronisław Komorowski e outras sete personalidades, entre elas antigos líderes do sindicato Solidariedade, acusam o partido Direito e Justiça (PiS) de Jarosław Kaczynski de "destruir a ordem constitucional e paralisar o trabalho do Tribunal Constitucional".

Além disso, afirmam que "os responsáveis pelas violações da Constituição pagarão as consequências", segundo um texto publicado na primeira página do jornal Gazeta Wyborcza.

"As declarações e as ações antieuropeias e xenofóbicas dos dirigentes atuais minam a coesão da União e servem aos interesses da Rússia imperialista", segundo os signatários do apelo.

Declaram que apreciam a atitude da comunidade euro-atlântica e da União Europeia, cujas "discussões, resoluções, opiniões e recomendações não são uma "ingerência nos assuntos internos da Polônia", mas traduzem um problema justificado em relação à situação de nosso Estado e os direitos dos cidadãos".

Apoiam "a posição digna e responsável dos juízes do Tribunal Constitucional" e do Comitê de Defesa da Democracia (KOD), um movimento criado como oposição às controversas reformas iniciadas pelo PiS.

Os signatários deste apelo diferem na avaliação de muitos problemas polacos, mas nós compartilhamos uma crença comum de que um pré-requisito para qualquer mudança razoável é manter a democracia na Polônia:

Lech Wałęsa, presidente da Polônia em 1990-1995
Aleksander Kwaśniewski, presidente da Polônia em 1995-2000 e 2000-2005
Bronisław Komorowski, presidente da Polônia em 2010-2015
Włodzimierz Cimoszewicz, primeiro-ministro polaco, em 1996-1997, ministro das Relações Exteriores, 2001-2005
Andrzej Olechowski, ministro das Relações Exteriores em 1993-1995
Radosław Sikorski, ministro das Relações Exteriores nos anos 2007-2014
Ryszard Bugaj, ativista e especialista do "Solidariedade",
Władysław Frasyniuk, líder do "Solidariedade" preso político,
Bogdan Lis, líder do "Solidariedade" preso político
Jerzy Stępień, líder do "Solidariedade", presidente do Tribunal Constitucional, em 2006-2008.

primeira página de 25 de abril de 2016

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O Brasil foi descoberto em 1342 por Sancho Brandão

Pedro Álvares Cabral não "descobriu" o Brasil, naquele 22 de abril.

Ele tão somente cumpriu missão ordenada pelo rei Dom Manuel I de fazer "apenas" a confirmação das terras portuguesas descobertas em 1342, pelo capitão Sancho Brandão.

A Carta de 12 de fevereiro de 1343, do rei de Portugal Afonso IV ao Papa Clemente VI e guardada no Museu do Vaticano atesta e comprova a descoberta da Ilha do Brasil (com esse nome) no século XII. "Documentos do Arquivo Reservado do Vaticano", livro 138, folhas 148/149, junto com um mapa da região descoberta, no qual se vê a inscrição "Insula do Brasil".

“Diremos reverentemente à Vossa Santidade que os nossos naturais foram os primeiros que acharam as mencionadas ilhas do ocidente... dirigimos para ali os olhos do nosso entendimento e, desejando pôr em execução o nosso intento, mandamos as nossas gentes e algumas naos para explorarem a qualidade da terra, as quais, abordando as ditas ilhas, se apoderaram, por força, de homens, animais e outras coisas e as trouxeram com grande prazer aos nossos reinos.”

O rei Dom Afonso IV enviou junto com a carta um mapa da região descoberta com a inscrição — Insula do Brasil ou de Brandam.


Desde então, os portugueses monopolizaram o comércio do pau-brasil, proveniente da Ilha de Sancho Brandão.

A missão de confirmação de Pedro Álvares Cabral foi importante, já que o papa devasso, o valenciano Rodrigo de Boja, ou Papa Alexandre VI - tinha imposto o Tratado de Tordesilhas, aos dois reinos católicos da Península Ibérica.