terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Palavras polacas - 12


Pronúncia

Kask - cásk
Narty - nárte
Wiązania - vionzania
Kijki - kiki
Rękawice - rencávitsse
Gogle - gógle

A maioria das palavras polacas são paroxítonas, portanto a sílaba tônica, ou forte é a penúltima. Sublinhei as sílabas fortes, tônicas. Uma consoante sozinha no final das palavras, não é uma sílaba, portanto, não é a última.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Polônia: país mais católico do mundo

Missa na Catedral de Wawel em Cracóvia - panteão nacional

Cerca de 36 milhões de polacos se confessam católicos apostólicos romanos. Certamente é a maior proporção entre a população total de um país e uma única religião. Nem um outro país católico como Itália, Espanha, México ou Brasil possuem. Mais de 90% dos polacos são católicos da igreja do Papa Francisco.

Mas o Instytut Statystyki Kościoła Katolickiego (ISKK) (Instituto de Estatística da Igreja Católica) publicou esta semana uma pesquisa com base no ano de 2015. Os dados referem-se aqueles polacos que vão à missa aos domingos e àqueles que nestas missas realmente comungam.

A pesquisa apontou que a diocese com maior número de frequentadores das missas se encontra em Tarnów, cidade a 90 km de Cracóvia, com 70% dos católicos daquela diocese.

No dia em que a pesquisa foi realizada foram a igreja 10 milhões e 600 mil pessoas. Destas 4 milhões e 500 mil comungaram.

Isso não significa que apenas 40% dos polacos vão à missa, porque a pesquisa foi realizada apenas num único domingo. E missa tem todo dia e mesmo que não tenha missa, o polaco vai a igreja para rezar a qualquer momento e em qualquer dia.

Outras dioceses com alto percentual apontadas pela pesquisa com mais de 50% de frequentadores são de Rzeszów, Przemyśl e Cracóvia. Depois seguem as dioceses com mais de 30% de frequentadores daquela missa de domingo, em Szczeciń, Kamień, Koszalin, Kołobrzeg, Łódż e Zielona Góra.

O ISKK também registrou naquele dia que os padres realizaram 370 mil batismos, 360 mil primeiras-comunhão, 270 mil crismas e 134 mil casamentos.

Outro dado encontrado foi sobre quantos católicos de cada diocese moram no estrangeiro. O que dá bem uma ideia de que regiões da Polônia emigraram em maior número, os polacos para o exterior.

Estão no estrangeiro 73.224 pessoas da diocese de Szczeciń, 89.746 de Koszalin-Kołobreg, 65.418 de Elbląg, 83.152 de Toruń, 48.045 de Ełk, 85.646 de Poznań, 94.222 de Legnica, 54.165 de Wrocław, 108.002 de Świdnica, 85.967 de Opole, 65.731 de Radom, 112.678 de Lublin, 94.740 de Rzeszów e 92.388 de Przemyśl.

Em relação à população, as dioceses com menores números de emigrantes são Katowice com 50.150 pessoas de uma população de 1.759.993, Varsóvia com 75.413 pessoas de uma população de 1.529.930, Sandomierz com 36.986 pessoas de uma população de 752.730 e Cracóvia com 98.817 pessoas de uma população de 1.651.533.

De acordo com a pesquisa dos 39 milhões de habitantes, 32 milhões e 600 mil católicos vão a igreja regularmente, ou seja 82% dos católicos polacos.

Teto da Mariacka - Basílica Santa Maria de Cracóvia

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Palavras polacas - 11

Pronúncia

Bałwan - bauvan
Lód - lud
Kijkiquiiqui
Płatek śniegu - puaték chiniégu
Łyżwy - uejive
Narty - narte
Kij hokejowy - quii rokeióve
Krążek - cronjék
Sanki - sanqui


A maioria das palavras polacas são paroxítonas, portanto a sílaba tônica, ou forte é a penúltima. Sublinhei as sílabas fortes, tônicas. Uma consoante sozinha no final das palavras, não é uma sílaba, portanto, não é a última.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Governo polaco compra quadro símbolo de Cracóvia

A Dama e o Arminho, um dos quatro retratos femininos conhecidos de Leonardo da Vinci é a obra mais famosa exposta na Polônia.
Nesta quinta-feira, o quadro passou para as mãos do Estado através de um acordo secreto.


Após negociações que correram em sigilo entre o Ministério da Cultura e a Fundação Czartoryski, terminaram em cerimônia de transmissão, no Castelo Real em Varsóvia.

O quadro foi comprado em Milão, no final do século XVI, pelo filho da rainha Isabel Czartoryska, esposa do último rei polaco August Poniatowski.

Em um anúncio, o ministério se refere à “solução definitiva do estatuto da coleção da família Czartoryski”. Mas o próprio ministro de Cultura, Piotr Glinski, falou em “compra”. “A quantia pela qual o Estado polaco compraria esta coleção (…) não teria nada a ver com seu preço de mercado, seria várias vezes menor”, declarou Glinski à rádio pública. O montante não é conhecido, mas a imprensa polaca calcula que seja 230 milhões de euros (mais de 1 bilhão de reais).

Esta coleção, uma das mais antigas e ricas da Europa, foi fundada em 1801 pela rainha Elżbieta Czartoryska para reunir e conservar obras de arte polacas e europeias quando seu país estava invadido e ocupado pelos Reinos da Rússia e Prússia e Império Austríaco, que derrubaram o reinado de seu marido.
O valor real da coleção, que contém milhares de objetos, entre eles o óleo Paisagem com o Bom Samaritano, de Rembrandt, é quase impossível de se calcular e pode ultrapassar muitos bilhões de euros.

Desde a queda da União Soviética, a coleção pertence à Fundação Czartoryski, fundada e presidida por Adam Karol Czartoryski, e tem sua residência oficial no Museu Czartoryski de Cracóvia. Com esta compra o quadro de Da Vinci que é um dos símbolos da cidade de Cracóvia vai mudar de cidade. O que desagrada em muito os cracovianos.
O governo quer garantir que a coleção nunca saia da Polônia, uma possibilidade que existe, enquanto pertencer à fundação que será um dia controlada pelos herdeiros de Adam Karol, de 76 anos, os quais nasceram no exterior e guardam poucos laços com seus ancestrais. “A intenção do ministro da Cultura é mantê-la na Polônia para as gerações futuras”, disse o ministério por email.

A negociação secreta com o Estado gerou fortes tensões com o conselho de administração polaco da Fundação, que reagiu renunciando. “O conselho não participou nas conversas, não teve nenhuma influência na redação do contrato nem na decisão sobre o futuro da instituição após sua venda ao Tesouro Público, nem na determinação do seu preço de venda que, segundo o que diz a imprensa, está longe do valor real” da coleção, lamentou o presidente que acabou por renunciar ao cargo, Marian Wolkowski-Wolski.

Fonte AFP

P.S. Mais uma das trapalhadas no governo de extrema direita que venceu as últimas eleições por ampla maioria da população do país. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Polônia mais dividida que nunca


A sociedade polaca está profundamente dividida após um ano do partido nacionalista e ultraconservador Direito e Justiça no poder, uma força populista e cujas reformas foram questionadas pelas instituições europeias.

O Partido Direito e Justiça (PiS) ganhou as eleições gerais de outubro de 2015 com a primeira maioria absoluta da democracia moderna polaca, graças, especialmente, ao apoio de idosos, população rural, grande parte do clero católico, trabalhadores de baixa formação e, em geral, ao descontentamento com a globalização.

A partir daí, o partido pôs em prática uma agenda que combina uma economia social com um rançoso tradicionalismo, alinhado com políticas nacionalistas, se distanciando de Bruxelas e com uma clara oposição para acolher refugiados.

Embora seus partidários aplaudam suas medidas, o número de críticos aumentou até o ponto em que toda a oposição se uniu em um único bloco contrário ao governo da primeira-ministra Beata Szydło, que é liderado pelo presidente do PiS, Jarosław Kaczyński.

"A Polônia está doente e sofre com a falta de democracia", afirmou o líder do Comitê em Defesa da Democracia (KOD), Mateusz Kijowski, um movimento popular que nasceu há um ano para lutar contra o Partido Direito e Justiça e que conta com cerca de 8 mil integrantes, fundamentalmente profissionais liberais, professores e empresários.

O KOD organizou ao longo deste ano várias mobilizações contra as políticas do PiS e, em maio, com apoio do bloco opositor, conseguiu reunir cerca de 240 mil pessoas na capital Varsóvia naquele que é considerado o maior protesto desde a queda da Cortina de Ferro, embora o núcleo duro de eleitores do PiS também tenha protagonizado vários atos de apoio ao Executivo.

Kaczyński gosta de insistir que protagoniza uma espécie de "contrarrevolução cultural" para conter a influência da União Europeia, que, na opinião do político, solapou as tradições polacas e a cultura de seu país, e acusa os liberais de terem vendido a pátria aos interesses europeus.

Essa "contrarrevolução cultural" é especialmente incômoda para coletivos urbanos, europeístas, partidários da igualdade de gênero, do aborto, ambientalistas, defensores do casamento gay e, sobretudo, os que são favoráveis ao acolhimento de refugiados no país.

Mas o Direito e Justiça não fica apenas nas palavras e iniciou uma série de reformas que causaram temor em Bruxelas, especialmente a do Tribunal Constitucional e a nova lei dos meios de comunicação, que, segundo a oposição, submete os veículos de informação públicos ao controle do governo polaco.

A reforma do Tribunal Constitucional, que deixou praticamente paralisada esta instituição e impossibilita que ela controle de forma efetiva as políticas do Executivo, mereceu as críticas não só da Comissão Europeia (CE), mas dos Estados Unidos e de instituições internacionais.

A Comissão Europeia abriu em fevereiro uma investigação sobre esta polêmica reforma que poderia concluir com a suspensão do direito de voto europeu a Polônia como sanção, se for confirmado que a mesma infringiu os padrões democráticos e de direitos humanos da UE.

As políticas do PiS também trazem preocupação aos empresários locais, enquanto os investidores estrangeiros se sentem ameaçados por um governo que declarou prioritário promover os interesses nacionais, com impostos especiais para os setores dominados pelo capital estrangeiro.

A presidente da Confederação de Empresários Polacos (Konfederacja Lewiatan) e ex-ministra da Indústria, Henryka Bochniarz, reconheceu "o risco de que a Polônia seja percebida como um país antieuropeu, antiquado e fechado" pelo "patriotismo econômico" do atual governo, que gera "incerteza" entre os empresários.

Fonte: EFE
Nacho Temiño.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A cada vez mais atraente Varsóvia


Uma capital cada vez mais dinâmica, onde grupos internacionais e "startups" procuram um lugar. Varsóvia é uma das cidades europeias com um maior ritmo de desenvolvimento. Conheça as razões que tornaram a capital da Polônia num pólo privilegiado de negócios.

O ritmo de desenvolvimento de Varsóvia, traduz-se na concentração do maior número de estabelecimentos comerciais na Europa Central, totalizando mais de 4,5 milhões de metros quadrados. Há aqui mais de 27 mil empresas de capital estrangeiro.

Em 1992, a General Electric tornou-se numa das primeiras multinacionais a abrir uma filial nesta cidade. Hoje em dia, conta com cerca de 6.500 funcionários no país que trabalham nos setores da aviação, energia, equipamento médico e tecnologias de informação.

“Passados 25 anos, temos a noção de que foi uma decisão acertada vir para aqui e que levou até a uma expansão da nossa atividade, uma vez que o capital humano é excecional. Há vários recursos disponíveis aqui tanto para as startups, como as grandes empresas. Há um acesso privilegiado a profissionais bem preparados e dispostos a trabalhar”, afirma Beata Stelmach, diretora executiva da GE Polônia.

“Toda mundo gosta de sair em Varsóvia”

Varsóvia acolhe 30% das cerca de 2.400 "startups" polacas. A Startup Poland é uma ONG que ajuda projetos empresariais a darem os primeiros passos. “Estamos em plena expansão, mas o crescimento ainda podia ser maior. Promovemos trocas de conhecimentos e de boas práticas entre empreendedores. Criámos pontos de encontro, como o centro de criatividade, onde decorre o nosso programa de desenvolvimento”, declara a responsável, Julia Krysztofiak-Szopa.

E esse programa consiste em delinear o potencial comercial de cada "startup", identificar o alcance internacional, fornecer acompanhamento específico e incentivar à interação entre projetos. Ao mesmo tempo, os responsáveis municipais apostam em parcerias entre grupos internacionais e empresas polacas.

Segundo Michał Olszewski, vice-presidente da Câmara de Varsóvia, “a cidade de Varsóvia está tentando juntar grandes marcas, grandes empresas, com startups, lançando programas onde todos possam colaborar na resolução de problemas, que muitas vezes são questões que dizem respeito a nós, enquanto representantes municipais. As principais razões para uma empresa se instalar em Varsóvia são a acessibilidade do mercado, uma força de trabalho bem preparada e boa infraestrutura, que promovem a qualidade de vida desta cidade”.



A capital polaca atrai cada vez mais turistas: em 2015, contaram-se mais de 6,5 milhões de visitantes, que procuram também os diversos eventos culturais que caraterizam esta cidade. Além disso, tem tido igualmente muita procura no chamado turismo de negócios, que se reflete na organização de congressos, por exemplo.

O francês Philippe Godard veio viver em Varsóvia há 4 anos. Trabalha como diretor do hotel Sofitel. “Desde 2012, ano em que se organizou o Campeonato Europeu de Futebol, o interesse por Varsóvia cresceu bastante. E é um interesse tanto na área do lazer, como no turismo de negócios”, salienta.

Philippe nos levou numa visita guiada por um dos seus lugares favoritos, uma espécie de mercado cheio de restaurantes, numa cidade que já o seduziu completamente.

É uma cidade extremamente moderna, muito aberta. Comparando com outras cidades, há aqui uma atmosfera um pouco à americana. E é uma mistura muito interessante. Por um lado, uma cultura europeia antiga e, por outro, a modernidade e energia americanas. Toda mundo gosta de sair em Varsóvia, tanto no verão, como no inverno. A grande diferença é que, no verão, as pessoas vão passear ao ar livre. No inverno, vão passear, mas em espaços interiores. Temos aqui um exemplo: estamos no meio da semana e isto aqui está cheio de gente. Há vida. As pessoas também costumam ir a casa dos amigos, mas gostam de sair. Os polacos são muito sociáveis. Sente-se muito em Varsóvia esta vontade de descobrir outras culturas, de abertura em relação aos outros”, considera.

Texto publicado em Euronews

Assista o vídeo desta reportagem da TV Euronews

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A decisão surpreendente do Vaticano: Jędraszewski

O arcebispo Jędraszewski substituirá o cardeal Dziwisz em Cracóvia.
Foto de Marcin Stpie

O novo cardeal metropolitano de Cracóvia será o Arcebispo Marek Jędraszewski, de Łódź. Ele vai substituir o Cardeal Stanisław Dziwisz que vai se aposentar.

O longevo secretário particular do Papa João Paulo II, Dziwisz já deveria ter se aposentado há dois anos, quando completou 75 anos de idade em abril de 2014, ano da canonização de João Paulo II. O Papa Francisco permitiu-lhe dirigir a diocese até o fim da Jornada Mundial da Juventude.



Dziwisz ficou muito mais tempo, porque a Polônia mudou seu Núncio Apostólico. E é o Núncio quem determina o preenchimento de vagas nas dioceses. Na verdade, ele nomeia depois de uma consulta com os bispos locais e sacerdotes da diocese, que aponta três candidatos. Entre estes, o Papa escolhe seu favorito (mas pode também escolher alguém de fora desta lista).

Dom Salvatore Pennacchio é o novo núncio, na Polônia, desde 31 de outubro. O Papa Francisco o nomeou no lugar do arcebispo. Celestino Migliore, que depois da Jornada Mundial da Juventude foi enviado para as missões na Rússia.

A nomeação em Cracóvia é a primeira decisão pessoal Arcebispo Pennacchio. 

O Arcebispo Jędraszewski "primus eterna"?

O Arcebispo Marek Jędraszewski tem 67 anos de idade. Em 1997, ele era bispo auxiliar. Estudou em Poznań, Cracóvia e Roma. Desde 2002 é professor de filosofia.

Jędraszewski inicialmente foi considerado um clérigo aberto e moderno. Defendeu sua tese de doutorado em 1979. Nela, escreveu sobre as realizações de Emmanuel Levinas, um filósofo francês que foi inspiração para os estudos de Jozef Tischner.