segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Prefeito de Gdańsk é assassinado

Foto: AFP
O prefeito da cidade de Gdańsk, na Polônia, Paweł Adamowicz morreu nesta segunda-feira, após ter sido esfaqueado no coração, durante um evento de caridade neste domingo à noite.

A confirmação da morte foi divulgada pelo cirurgião Tomasz Stefaniak em um comunicado à imprensa local.

O prefeito "sofreu uma lesão grave no coração e outras lesões no diafragma e órgãos da cavidade abdominal", explicou o médico. "Não vencemos a morte", disse o ministro da Saúde, Łukasz Szumowski.

Paweł Adamowicz, de 53 anos de idade, chegou a ser operado no hospital universitário de Gdańsk, mas não resistiu ao ferimento.

O prefeito foi atacado por volta das 20h (horário local) por um rapaz, que invadiu o palco onde Adamowicz estava e após atingi-lo exibiu a faca ao público.

Momentos antes do ataque ao prefeito - Foto: Michał Kolanko
Em seguida, o agressor pegou o microfone e disse que tomou aquela atitude porque foi preso injustamente pelo governo anterior, tendo sido, inclusive, torturado.

Após o ataque ao prefeito, Stefan ficou claramente satisfeito com sua ação. "Olá, olá, meu nome é Stefan Wilmont, eu era um inocente na cadeia, eu era inocente na cadeia, o Partido da Plataforma Cívica me torturou, é por isso que Adamowicz morreu", gritou antes de ser detido pelos seguranças.

Foto: Grzegorz Mehring
Adamowicz era o prefeito há mais tempo na Polônia. Vinha sendo reeleito desde 1998. Pertencia ao PO - Partido da Plataforma Cívica, principal opositor ao governo nacional de extrema-direita que governa a Polônia atualmente.

Adamowicz participava da campanha tradicional caritativa da Polônia - Wielkiej Orkiestry Świątecznej Pomocy (Grande Orquestra da Caridade de Natal) - de arrecadação de verba para a compra de novos equipamentos para hospitais da cidade.

O assassino tem 27 anos e foi identificado pelo nome e a primeira letra do sobrenome (como de costume na Polônia) como sendo Stefan W.

O procurador-Geral da República Krzysztof Sierak já anunciou que o procurador Distrital de Gdańsk iniciou uma investigação sobre o assassinato de Paweł Adamowicz.

Stefan W. deve ouvir a acusação de homicídio, na qual ele agiu com motivações que merecem condenação especial. "Há dúvidas quanto à sanidade do acusado, por isso ele será examinado por dois psiquiatras especialistas" - disse Sierak.

 O Ministro da Justiça Zbigniew Ziobro declarou que o assassino, em 2014, foi condenado por uma série de assaltos à SKOK - Caixa da Cooperativa de Crédito e da sucursal da Crédito Agrícola, a cinco anos e meio de prisão.

Stefan W. atacou - usando um revólver as agências da SKOK "Stefczyka" e SKOK "Piast" além do Credit Agricole. Seus roubos foram calculados em 15 mil złotych (próximo de 15 mil reais). Durante o julgamento, ele se declarou culpado.

Anteriormente, ele também tinha atacado um policial. "Ele acabou cumprindo outra sentença", - informou a tenente-coronel Elżbieta Krakowska, porta-voz da polícia.

A vice-prefeita Aleksandra Dulkiewicz afirmou que "todos nos perguntamos como poderia acontecer que este homem atacasse com uma faca um homem inocente. Devemos enfatizar que Adamowicz é uma pessoa aberta. Ele se encontrava com os habitantes de Gdańsk o tempo todo - este era o princípio de seu mandato. Paweł Adamowicz sempre ouviu a todos e intervinha pessoalmente se achava que alguém deveria ser ajudado." 

Seu amigo Aleksander Hall, ministro do governo do primeiro-ministro Tadeusz Mazowiecki, na presidência de Lech Wałęsa, diz que Adamowicz conseguiu vencer a eleição de prefeito da cidade tantas vezes, porque ele era completamente apaixonado por Gdańsk.

"É o resultado de seu verdadeiro fascínio para com esta cidade e seu conhecimento, combinado com seu senso visionário", argumenta.

Foto: Jan Rusek
No entanto, Paweł Adamowicz, como muitos moradores da cidade, não era um legítimo gdanskiano, pois seus pais, os economistas Ryszard e Teresa, eram de Vilno, quando em 1946, a Polônia perdeu a cidade para a Lituânia. Embora eles viessem da mesma cidade, eles se conheceram apenas em Gdańsk, onde se casaram e tiveram os filhos, Paweł e Piotr.

Paweł Adamowicz desde criança esteve interessado na vida pública e, como ele mesmo lembrava, foi despertado na introdução da Lei Marcial. "Como muitos de meus colegas, em 13 de dezembro de 1981, senti que fui chamado para servir e conspirar. Não poderia ter sido um observador por mais tempo. A Pátria exigiu ação", escreveu em seu livro.

"Quando em 2 de maio de 1982, a polícia me deteve pela primeira vez. Eu tinha menos de dezessete anos. Meus pais depois de muitas horas vagando de delegacia em delegacia, finalmente me encontraram na delgacia de Nowy Port ", ele relembra sua luta contra o governo soviético de Jaruzelski, em seu livro.

Adamowicz estudou direito na Uniwersytet Gdańsk. Durante a greve estudantil na universidade, em maio de 1988, ele foi eleito presidente do Comitê Estudantil Grevista.

Após a queda da URSS, provocada pelos operários dos estaleiros de sua cidade, ele também começou a trabalhar em meio período na Voivodia (Estado) da Pomerânia e no Clube Parlamentar Cívico. Seu chefe era Jacek Starościak, o primeiro prefeito da cidade pós-1990.

Neste mesmo ano, ele foi escolhido para ser vice-reitor no departamento estudantil da universidade Em 1998, após participar por alguns anos do Conselho Municipal (equivalente Câmara Municipal) foi eleito pela primeira vez, prefeito da cidade onde nasceu.

Quatro anos depois, em 2002, Adamowicz manteve sua posição em uma eleição totalmente democrática. Ele venceu no segundo turno, derrotando o candidato do Partido SLD, Marek Formela.
Em 2006 e em 2010, ele ganhou no primeiro turno. Em 2014 e 2018, ele precisou de mais tempo para vencer. Em 2014, ele derrotou Andrzej Jaworski, e na última eleição derrotou Kacper Płażyński (ambos candidatos do PiS - Partido Direito e Justiça dos irmãos Kaczyński, que atualmente tem o Presidente da República, o Primeiro-Ministro e maioria absoluta no Congresso Nacional).

Jacek Borowski, jornalista de Varsóvia, em sua conta no Facebook escreveu, "Stefan W., que matou Paweł Adamowicz não é um caso isolado de um animal que merece a mais severa punição e condenação. Não é uma "exceção excepcional" do além. Stefan W. é um filho de todos nós e o filho de tudo isso que foi feito, e como foi feito, neste país após a chamada "recuperação da liberdade". Ele é filho de cuspir na esquerda, glorificar fascistas, permissão para espalhar a igreja ... Ele é uma criança de 27 anos, cuja vida se encaixou completamente no tempo que se passou desde 1989... Ele é o fruto das lições religiosas nas escolas, programas "engraçados" de televisão de algum viajante do caralho, bandas de rock subitamente convertidas à santidade, funcionários do Estado usando camisetas da grife "Red is Bad", bonecas monstruosas zombando de Jerzy Owsiak e sua Grande Orquestra da Caridade de Natal, um outro milhão de pequenas incontroláveis histórias... Então, não fodam agora, que vão dar uma porrada nele, porque foram vocês quem criaram esse Mário, seus Mágicos de merda."

E nesta mesma segunda-feira, às 17 horas, o rosário foi rezado na Basílica de Santa Maria. Às 18 horas, começou manifestação ao redor da fonte de Netuno, no centro da cidade.

O mesmo ocorreu em várias outras cidades da Polônia, como Varsóvia, Szczeciń, Lublin, Cracóvia, Katowice, Olsztyń, Białystok e Toruń, onde o povo foi às ruas e igrejas católicas para guardar o luto pelo prefeito assassinado.


O presidente do Conselho Europeu da União Europeia, o polaco Donald Tusk foi ao velório do companheiro de partido.


Foto: Bartosz Bańka

Tusk foi um dos que falaram: "Caro Paweł, estamos aqui com você, seus amigos. Nós viemos aqui como um Gdańskiano. Todos se lembram de você desde a juventude. Você sempre esteve lá onde teve que mostrar uma cara boa e corajosa, onde teve que enfrentar o mal. Toda a sua vida foi baseada nisso. Para si e para todos nós, defenderemos nossa Gdańsk, nossa Polônia, a nossa Europa contra o ódio, o desprezo e a violência. Nós prometemos a você, Paweł. Tchau." 


Foto: Michał Ryniak
Tusk, assim como Lech Wałęsa também é de Gdańsk (que os ocupantes alemães teimaram em chamar de Dantzig por 150 anos). Outros famosos da cidade são o filósofo alemão Emanuel Kant, e o escritor também alemão Günter Grass , prêmio Nobel de Literatura (porque na época a cidade estava ocupada pela Prússia-Alemanha).

Na missa rezada, no centro da cidade portuária do mar Bático pelo arcebispo da cidade, compareceram vários personalidades polacas, como o ex-presidente Wałęsa, que ficou ao lado de seu desafeto político Jarosław Kaczyński.

Milhares de polacos manifestaram seu luto pelo assassinato do prefeito e seu protesto contra o ódio e a violência.

Ouviu-se uma voz forte cantar Krzyk Cyszy o (Som do Silêncio - Sound of Silence, de Paul Simon). Triste, amargurado, raivoso, maravilhoso, tocante!



Żegnaj, Pawle!
Foto: Renata Dąbrowska

Texto: Ulisses Iarochinski
Fontes: jornais Rzeczpospolita, Gazeta Wyborcza, TVN 24, AFP, Reuters.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Artista mineira coloriza fotos de prisioneiros de Auschwitz

A artista mineira Marina Amaral realizou um trabalho de restauro e colorização de fotos preto e branco que a levou a ter acesso a quase 40 mil fotos cedidas pelo Memorial e Museu de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.

A ideia da mineira foi mostrar com cores o horror escondido nas faces dos prisioneiros do nazismo de Hitler.

Se alguém ainda crê, e pior...espalha que o Holocausto não existiu, deve ser internado num hospício ou condenado a prisão perpétua por divulgar mentiras.

O trabalho de Amaral é mais do que surpreendente é impressionante, por dar mais emoção a quem vê.

Por exemplo, a foto da menina polaca Józefa Glazowska, que aos 12 anos de idade, recebeu o número 26.886 no Campo de Concentração e Extermínio Alemão Nazista de Auschwitz, na Polônia ocupada pelos alemães durante a 2ª Guerra Mundial.


O local foi o maior campo de concentração nazista da Segunda Guerra Mundial. Lá, cortaram seu cabelo, a obrigaram a usar um uniforme listrado e a fotografaram. O preto e branco do retrato desapareceu pelas mãos da mineira Marina Amaral, que humanizou ainda mais o registro.

A artista é idealizadora do projeto Faces of Auschwitz que pretende dar cor a uma parte da história cinzenta do campo de concentração. “Eu tinha feito uma proposta ao Memorial de Auschwitz, que guarda as fotos dos prisioneiros, em 2016. Mas o pessoal ficou um pouco receoso. Só que quando eu postei a foto daquela menina de 14 anos na internet, eles viram que o trabalho era legal. Depois, até replicaram e aí consegui ter acesso ao material”, disse ela.

A menina a que Marina se refere é Czesława Kwoka, de 14 anos, prisioneira do campo de concentração, morta em 1943. O Memorial e Museu de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, liberou quase 40 mil fotos para Marina. Até agora ela já coloriu 25. Cada retrato demora quase duas horas para ficar pronto. O trabalho é feito no Photoshop.


12 de março de 1943 | A menina polaca de 14 anos, Czesława Kwoka, nº 26947) foi assassinada em Auschwitz com uma injeção de fenol no coração. Ela foi deportada por alemães da região de Zamość como parte de seu plano de criar "espaço vital" no leste.


“É preciso fazer uma pesquisa para tentar encontrar as cores mais parecidas com a realidade. No caso das fotos do campo de concentração há uma facilidade. O uniforme é padrão, né? Para saber a cor da pele, dos olhos, dos cabelos, há documentos que descrevem as características de cada prisioneiro. No certificado de óbito também é possível encontrar esses detalhes. A gente também buscar saber de que cor era o triângulo bordado no uniforme que identificava os prisioneiros”, disse Marina.


Czesława Kwoka nasceu em 15 de agosto de 1928 em Wólka Złojecka, uma vila rural na região de Zamość. Ela chegou a Auschwitz em 13 de dezembro de 1942 em um transporte de 318 mulheres. Sua mãe Katarzyna (foto acima) também foi deportada. A mãe recebeu o número 26949 e morreu no campo em 18 de fevereiro de 1943.

Além de judeus, o campo de concentração recebia ciganos, gays, deficientes físicos e mentais, além de prisioneiros políticos. Cada “perfil” era identificado com um triângulo diferente. Marina esteve em Auschwitz este ano para conhecer o trabalho do memorial e ainda gravar um documentário sobre os registros.

O estudante Seweryn Głuszecki morreu aos 16 anos em Auschwitz
Fotos: Marina Amaral / Arquivo Pessoal
“A gente estuda, lê livros, vê filmes, mas não é nada comparado com o que a gente encontra e sente quando está lá. É horrível. É um incômodo físico mesmo. Ficamos quatro dias lá e pudemos ver a sala onde essas fotografias eram tiradas”, contou ela.

O documentário ainda não tem data de lançamento. Já o projeto Faces of Auschwitz já está na internet e vem aos poucos ganhando novas imagens.
O polaco August Kowalczyk era ator
Fotos: Marina Amaral / Arquivo Pessoal
Uma delas é de August Kowalczyk. Nascido em 1921, o polaco era ator. Trabalhava no teatro, na televisão e no cinema. Ele se alistou no Exército durante a 2ª Guerra Mundial, foi preso na Eslováquia e levado para Auschwitz. Ele foi um dos poucos a conseguir escapar do campo de concentração.

O mesmo não aconteceu com a holandesa Deliana Rademakers. Presa por ser testemunha de Jeová, ela foi deportada para o campo nazista e morreu um mês depois, em 1942.

“A foto, quando ela é colorida, acaba tocando mais as pessoas. E este trabalho é mostrar como esse período foi forte e terrível. E como essas pessoas sofreram”, disse Marina.

Deliana Rademakers foi mandada para Auschwitz por ser testemunha de Jeová
Foto: Marina Amaral / Arquivo Pessoal
Mais de um milhão de pessoas - que agora aparecem morenas, loiras, de olhos castanhos, azuis, com cicatrizes negras e feridas vermelhas - morreram no campo de concentração entre 1940 e 1945.

Fotos: Marina Amaral / Arquivo Pessoal
JANINA NOWAK
Fotos: Marina Amaral / Arquivo Pessoal
Fotos: Marina Amaral / Arquivo Pessoal
Janina foi uma das 50 mulheres que fugiram do campo de Auschwitz.

Janina Nowak era uma polaca nascida em 19 de agosto de 1917, em Będów, perto de Łódź. Ela foi deportada para o campo nazista alemão de Auschwitz em 12 de junho de 1942 e recebeu o número de prisioneiro 7615. Janina foi a primeira prisioneira do sexo feminino que escapou de Auschwitz.

Em 24 de junho de 1942, Janina escapou de um grupo de trabalho, conhecido como Kommando, que consistia de 200 mulheres polacas trabalhando perto do rio Soła, secando o feno. Depois que ela foi dada como desaparecida, os soldados da SS nazista tentaram, sem sucesso, persegui-la.

Exasperados pela perda de seus prisioneiros, as SS levaram as prisioneiras remanescentes do Kommando de Nowak de volta ao campo. Os oficiais políticos do campo interrogaram os outros membros do Kommando sobre os detalhes de sua fuga.

As mulheres, por sua vez, deixaram seus captores sem respostas. Como os oficiais do campo foram incapazes de punir Nowak por ganhar sua liberdade, a raiva deles foi imposta à suas companheiras.

Naquela noite, como punição, as mulheres do Kommando de Nowak foram forçadas a cortar o cabelo (antes eram apenas prisioneiras judias que tinham o cabelo cortado no campo).

No dia seguinte seguinte, todo o Kommando foi re-designado como uma companhia penal e enviado para um dos sub-campos de Auschwitz, chamado Budy, localizado a cerca de 6 km do acampamento principal.

As acomodações em Budy consistiam em um antigo prédio da escola, um barracão de madeira em ruínas, uma pequena cozinha e latrinas, todas cercadas por arame farpado.

As mulheres da companhia penal foram forçadas a trabalhar em condições extremamente adversas, limpando lagoas próximas, cortando juncos e cavando valas de drenagem - tudo isso foi empreendido como parte de um esquema alemão para transformar Auschwitz em um centro de pesquisa agrícola.

Poucos dias depois, o ex-Kommando de Nowak foi acompanhado em Budy por um grupo de 200 prisioneiras do sexo feminino, composto por judeus franceses e cidadãos eslovacos.

A companhia penal foi surpreendida por um grupo de kapos alemães, que brutalizaram suas acusações em nome do cumprimento das metas de produção estabelecidas por seus supervisores de campo alemães da SS.

Depois de escapar de Auschwitz, Janina Nowak conseguiu chegar a Łódz. Ela evitou as autoridades até março de 1943, quando foi presa.

Em 8 de maio de 1943, Nowak foi levada novamente a Auschwitz, onde recebeu um novo número de prisioneiro - 31529.

Em 1943, ela foi transferida para KL Ravensbrück, onde foi libertada no final de abril de 1945.

MARINA AMARAL
O trabalho repercutiu tanto que a mineira foi convidada a fazer parte do projeto “Faces of Auschwitz” que é uma colaboração entre o Museu Auschwitz-Birkenau, ela, Marina Amaral, e uma equipe de acadêmicos, jornalistas e voluntários.

O objetivo do projeto é homenagear a memória e a vida dos prisioneiros de Auschwitz-Birkenau, colorindo as fotos de registro retiradas do arquivo do museu e compartilhando histórias individuais daqueles cujos rostos foram fotografados.

Em outubro de 2018, a equipe do projeto Faces of Auschwitz viajou na companhia da mineira Marina Amaral para o Memorial e Museu de Auschwitz-Birkenau, na cidade de Oświęcin, onde está localizado o campo de concentração nº 1, na Polônia.

Marina à esquerda acompanhando as filmagens



Parte da equipe com Marina ao centro
Fazem parte do Nick Owen, Chris Anthony, Michael Frank, Marina Amaral, Beatriz Oliveira, Dr. Waitman Beorn, Maria Zalweska e o especialista do Museu de Auschwitz Witold Łysek,

Texto: Thais Pimentel, G1 Minas e Ulisses Iarochinski (com adaptações e complementos)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Mazowsze canta Wśród nocnej ciszy

A canção polaca da Missa do Galo!
É difícil imaginar uma performance mais polaca desta canção do que do principal grupo folclórico da Polônia, o Mazowsze e suas belas cantoras.
"Entre o silêncio noturno" - esta canção polaca foi criada na virada dos séculos XVIII e XIX.

Foi publicada pela primeira vez em 1853 em um apêndice (II e III) para livro de cânticos da igreja pelo padre Michał Marcin Mioduszewski.
Nos dias de hoje é esta música que geralmente começa a missa da vigília da meia-noite (Missa do Galo).


Wśród nocnej ciszy głos się rozchodzi:
Wstańcie, pasterze, Bóg się wam rodzi!
Czym prędzej się wybierajcie,
Do Betlejem pospieszajcie
Przywitać Pana.
Poszli, znaleźli Dzieciątko w żłobie
Z wszystkimi znaki danymi sobie.
Jako Bogu cześć Mu dali,
A witając zawołali
Z wielkiej radości:
Ach, witaj Zbawco z dawna żądany,
Cztery tysiące lat wyglądany
Na Ciebie króle, prorocy
Czekali, a Tyś tej nocy
Nam się objawił.
I my czekamy na Ciebie, Pana,
A skoro przyjdziesz na głos kapłana,
Padniemy na twarz przed Tobą,
Wierząc, żeś jest pod osłoną
Chleba i wina.
tradução:
Em alta noite a voz se
estendeu:
Vinde pastores, Deus por
nós nasceu!
/: Pressurosos levantai-vos,
A Belém apressai-vos:
Saudar ao Senhor!:/
Do céu os anjos hinos
vêm cantar,
e nos convidam para
também clamar.
/: Glória a Deus lá
nas alturas,
e da terra às criaturas:
"a paz do Senhor"

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Cineasta polaco Kazimierz Kutz morreu



Kazimierz Kutz foi diretor de cinema, teatro e televisão, roteirista e político.

Morreu hoje aos 89 anos de idade. Dirigiu mais de 20 longas-metragens, incluindo “Sól ziemi czarnej”, “Śmierć jak kromka chleba” e “Pułkownik Kwiatkowski” ("Sal da terra preta", "Morte como fatia de pão" e "Coronel Kwiatkowski"). Um tema frequente de suas obras cinematográficas era a vida dos habitantes de sua nativa Alta Silésia.

Kutz nasceu em 1929 na cidade de Szopienice, que é hoje um dos distritos de Katowice. Ele era filho de Franciszek Kuc, ferroviário e insurgente da Silésia. Kazimierz passou a usar a grafia do sobrenome Kutz (germanizado), porque era assim que sua família usava obrigada pela ocupação alemã, no século XIX.

Ele se formou no segundo grau numa escola da cidade de Mysłowice e depois fez a faculdade de direção de cinema na Escola Superior de Cinema de Łódź.

Ele começou sua carreira como assistente de Andrzej Wajda, que ajudou com a finalização de “Pokolenia” ("Geração"). Ele fez sua estréia aos 30 anos com o filme de guerra “Krzyż Walecznych” "Cruz dos Bravos".

Seus outros filmes foram, entre outros, “Nikt nie woła” ("Não chame jamais"), "Ludzie z pociągu" (Povo do trem) ou a comédia “Upał” (Calor), que foi produzido em cooperação com o "Kabaret Starszych Panów" (Cabaré dos senhores).

Os chamados "anos 60 e 70" trouxeram grande fama e reconhecimento a ele. Tríptico da Silésia, que consistia em “Sól ziemi czarnej”, “Perła w koronie” e “Paciorki jednego różańca” ( "Sal da Terra Negra", "Pérola na Coroa" e "Miçangas (contas) de um Rosário").

Em dezembro de 1981, ele foi internado por "manter contato com ativistas anti-socialistas" e "atitude negativa em relação às autoridades partidárias e à realidade sócio-política do país". Pouco tempo depois, ele se demitiu do cargo de diretor-chefe do TV Katowice em protesto contra o massacre de mineiros na mina "Wujek".

Depois de 1989, ele se tornou diretor da TV Cracóvia. Na década de 90, fez um cinema comprometido: “Śmierć jak kromka chleba” (A morte como uma fatia de pão) sobre a pacificação do "Wujek" e “Pułkownika Kwiatkowskiego” (Coronel Kwiatkowski) - uma comédia que conta a história de um ginecologista mobilizado logo após a guerra em Varsóvia com o ator Marek Kondrat no papel-título .

Na década de 1990, Kutz se envolveu na política, iniciando com sucesso uma carreira Senado, em 1997, a partir da lista de candidatos do partido União da Liberdade. Ele ganhou o mandato quatro vezes: em 2001, 2005, 2007 e 2011 pelo partido Platforma Obywatelska (Plataforma Cívica) e como candidato independente. Em 2015, ele decidiu não se candidatar à reeleição.

O diretor foi casado três vezes e sua última esposa foi a atriz Iwona Świętochowska-Kutz. Ele teve quatro filhos - Gabriel, Timoteusz, Wiktor e Kamila.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Mostra de curtas polacos em Fortaleza


Fortaleza sedia o "Polish Wave", mostra que exibe uma seleção de curtas-metragens produzidos na Polônia.

O evento terá o Cinema do Dragão como espaço, em sessão única e gratuita, na sexta-feira, 14 dezembro, às 19h30min. Estarão presentes no evento a cônsul honorária da Polônia em Fortaleza, Hanna Zborowska Neves, e o Consul Geral da Polônia em Brasília, Piotr Grejcz.

Esta é a quinta vez em que a mostra itinerante chega a Fortaleza. Pelo mundo, o evento se espalha ainda por salas de cinemas de Polônia, Bélgica e Alemanha. Os selecionados para a para edição deste ano, são curtas lançados em 2017 e 2018, nos gêneros documentário, animação e ficção, revelando parte da produção polaca mais recente.

A programação tem 89 minutos, com exibição de 4 filmes. Confira as sinopses e os traillers:

"Volte"
(Wolta)
Direção: Monika Kotecka Karolina Poryzała / documentário / Polônia 2015 / 14 minutos

Zuzia tem doze anos e treina volteio artístico há vários anos. Ela é a pedra angular que coroa a pirâmide humana. Uma nova temporada começa e junto a ela, a graça e a leveza dos movimentos se perdem.
Click na palavra  Trailler para assistir

"O Maravilhoso Mágico de U.S"
(Czarnoksiężnik z krainy U.S. - The Wizard of U.S.)
Direção: Balbina Bruszewska / Polônia 2017 / animação / 23 minutos

Uma sátira social baseada na história de L. F. Baum. Um misterioso tornado pega Dorothy e a leva para um lugar incomum. Ela segue a estrada de tijolos amarelos para o Mágico que certamente fará seus sonhos se tornarem realidade.
Click na palavra  Trailler para assistir

"Heimat"
Direção: Emi Buchwald / Polônia 2017 / filme / 24 minutos

Cinco membros de uma família peculiar se encontram na delegacia de polícia. Três crianças crescidas precisam testemunhar contra um homem que espancou o pai.
Click na palavra  Trailler para assistir

"Borra de café"
(Fusy - Dregs)
Direção: Kordian Kądziela / Polônia 2017 / filme / 28 minutos

Beata é uma taróloga do telefone e está aconselhando muitas pessoas no seu trabalho. Sua vida muda drasticamente, quando uma de suas leituras quase leva a uma tragédia.
Click na palavra  Trailler para assistir

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Sonhos de uma Polônia completa


Desde as últimas eleições parlamentares na Polônia houve muitas mudanças no país. E provavelmente haverá ainda mais delas - só que para a próxima mudança a Polônia ficará sem espaço entre os rios Odra e Bug ... Então, o que fazer? Elementar, meu caro Watson!

Em nossa opinião, chegou a hora de ampliar o tamanho da magnífica Polônia para as dimensões que acomodarão todas as ideias de amor de nós todos!

Admitimos: a implementação da proposta para mudar as fronteiras da Polônia significa o fim da existência de uma dúzia de Estados independentes, bem como uma importante redução de alguns outros.

Mas não queremos causar conflitos internacionais. Todas as áreas sobre as quais descrevemos a seguir, estão, conforme, os acordos bilaterais e o direito internacional e assim devem - em nossa opinião - pertencer à Polônia por um longo tempo, legalmente. Então ninguém deveria protestar, certo? É hora da história e da justiça serem finalmente feitas.

Evidência de que tudo isso era e deve voltar a ser nosso:

LITUÂNIA
É fácil. A união em Krew, em 1385, sem qualquer dúvida, afirma que todo o Grão-Ducado da Lituânia estará permanentemente ligado (Latin Applicare) à Polónia. Nós aderimos a esta versão até hoje.

LETÔNIA
Costumava ser a Curlândia. E o Pacto de Vilnius, de 1561, diz que metade da Curlândia (incluindo Riga) se juntou a Polônia diretamente, e do resto da Letônia de hoje favoreceu a Rzeczpospolita - que de fato é mesmo.

ESTÔNIA
A nossa gente a visitou antes, mais exatamente, em 1600, quando o Rei Zygmunt III Waza oficialmente, formal e legalmente incorporou (leia-se: uniu) a Estônia à Polônia.

KALININGRADO
A cidade (ainda sob o nome Królewiec) e seus arredores uniram-se às terras polacas, em 1525, como parte do famoso príncipado de Hołd. Em nossa opinião, esse ato não perdeu sua relevância até hoje.

BIELORRÚSSIA
É um pouco complicado, mas vamos tentar explicar. Bem, contra o nome que ostenta mos dias de hoje, a Bielorrússia desde o início foi o componente mais importante ... do Grão-Ducado da Lituânia. Assim, o que diz respeito à Lituânia (ver: União em Krev) também se aplica à Bielorrússia.

UCRÂNIA-RUTÊNIA
Quase todos os líderes rutenos, desde o rei Bolesław - o Bravo até Józef Piłsudski fizeram parte do  exército da Polônia. Mas para confirmar isso de uma vez por todas, aquelas terras foram juntadas pelo Sejm - Congresso Nacional Polaco e mais tarde confirmadas pela União de Lublin, em 1569.

MOLDÁVIA
Em 1387, o chefe local prestou homenagem ao rei polaco Władysław Jagiello. Além disso, os moldávios repetiram seu gesto de submissão à Polônia muitas vezes - e ainda nos lembramos disso.

RÚSSIA
Em 1610, os russos ofereceram a coroa do czar ao nosso rei Władysław Waza, e nós a aceitamos. Evidentemente, a situação ficou complicada, mas não vamos entrar em detalhes. Eles queriam ser russos com cara de Polak? Eles finalmente serão!

REPÚBLICA TCHECA
O rei Bolesław Chrobry juntou a República Tcheca a Polônia já em 1003. Após uma pequena secessão, em 1421, os tchecos voltaram a oferecer-nos a sua coroa (desta vez para  nosso rei Władysław Jagiello e finalmente admitindo quem realmente tem o direito de se sentar em Hradczany.

ESLOVÁQUIA
Foi unida com a Polônia por Bolesław Chrobry, já em 1001. Que não haja dúvidas, embora a paz contida em Poznań, em 1005, tenha temporariamente tirado muitas terras da Polônia, foi a Eslováquia que nos deixou para sempre.

HUNGRIA
A quem os húngaros deram a coroa em 1440? Quem? Isto é, ao rei polaco Władysław III! Nosso rei (futuro Varne), é claro, levou esta coroa, selando para sempre os direitos polacos àquelas terras. Não havia de ser nossos sobrinhos? A irmã do grande rei polaco Casimiro Piast foi rainha Ełżbieta da Hungria e nos deu a rainha e santa Jadwiga (Edvirges).

CROÁCIA
No início do século XII, a bela Croácia encontrou-se nas mãos da Hungria - assim, tornou-se parte da Polônia junto com a Hungria em 1440. Essa promoção "2 em 1" já era assim desde então.

TRANSILVÂNIA
Adquirimos os direitos à Transilvânia (outrora húngara, agora parte da Romênia) em 1440, num pacote junto com a Hungria e a Croácia. Mas que ninguém vá brigar, nossa autoridade foi finalmente confirmada pelo príncipe da Transilvânia, Stefan Batory, que foi a partir de 1576, o rei da Polônia.

VIENA
O Marechal e futuro rei da Polônia, Jan III Sobieski foi tão bom que, depois de derrotar os turcos na Áustria e expulsado os otomanos muçulmanos da Europa Católica Romana, em 1683, deu ordens ao seus hussardos e voltou para casa educadamente. Nós não somos tão legais. Nós ganhamos a batalha de Viena - Viena é nossa! E mais salvamos a Europa. O mínimo que os Habsburgos deviam fazer era nos presenteas com Viena.

SUÉCIA
Vamos ver a ordem dos acontecimentos. 1587: Zygmunt Waza, um príncipe sueco, torna-se o rei da Polônia. 1592: Sigismundo III Vasa, rei da Polônia, torna-se rei da Suécia. Então nós fomos os primeiros - então tudo o que aconteceu depois é nosso.

FINLÂNDIA
Como já estabelecemos os direitos polacos para a Suécia, a questão da polidez de cem por cento da Finlândia - entre os séculos XIV e XIX pertencentes à nossa Suécia - é apenas uma formalidade!

POMERÂNIA DO OESTE
Em 1121, o rei polaco Bolesław Krzywousty restituiu a Pomerânia inteira (quase depois de Rostock) aos territórios polacos. E nós temos recibos por eles assinados Warcisław I, o duque da Pomerânia.

ALEMANHA
Terras a leste de Dresden, o rei polaco Bolesław Chrobry libertou-as da ocupação alemã já em 1002. Sua integração a Polônia finalmente e para sempre confirmou a paz em Budziszyn em 1018. Alguma pergunta?

BERLIN
Não temos isso por escrito, mas as fotos tiradas em maio de 1945 não deixam dúvidas: a bandeira polaca é hasteada sobre o Portão de Brandenburgo, em Berlim! Conclusões óbvias surgem por conta própria.

GÂMBIA
Dzielna (e, lembre-se, Polônia) em 1651, Kurland comprou suas colônias - sucatas de terra - ao largo da costa da África Ocidental. Hoje neste lugar está a capital da Gâmbia. Você precisa de mais evidências de que Gâmbia é nossa?

MADAGASCAR
Em 1776, nosso homem, o nobre Maurycy Beniowski, foi proclamado por nativos o rei de Madagascar. O que é a "vontade da nação"  senão,  sagrada - e isto valeu tanto no século XVIII como vale agora, no século 21, para a Polônia.

FONTE: O artigo apareceu na revista CKM - nº 3 de março de 2016

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Hoje é meu aniversário 3 de dezembro


Meu aniversário de um ano de idade, há muitos 3 de dezembro atrás. Seguro pela mãos do meu pai Cassemiro (Kazio), minha mãe Eunice, minhas tias Ana Maria e Célia e o tio Paulo (o olho do lado esquerdo).

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Festas natalinas polacas em Curitiba

Programação
11h00 - Início das festividades
12h00 - Almoço típico
13h30 - Banda Lyra de Curitiba
14h00 - Apresentação de grupos folclóricos e étnicos
- da Polônia: Wisła, Junak, Wiosna, Szarotka
- de outras etnias: italiano, alemão, ucraniano, português, espanhol, etc.
17h00 - Encenação do Auto de Naral - JASEŁKA - com o grupo Wisła, coral João Paulo II (maestrina Maria Helena Kantor)

FEIRA DE PRODUTOS TÍPICOS
- Enfeites natalinos e comidas típicas polacas
- Exposições de presépios típicos da cidade da Cracóvia, da Polônia (cedidos pelo Consulado Geral da República da Polônia, em Curitiba e do acervo particular de Danuta Lisicki de Abreu. Além de miniaturas de presépios confeccionados por descendentes de imigrantes polacos.

Realização: Memorial Papa João Paulo II
Local: Bosque do Papa, Rua Mateus Leme (próximo ao portal polaco)
Data: 02 de dezembro de 2018
Horário: Das 11h00 às 18h00 
Informações: tel. (41) 3313 71 94


sábado, 17 de novembro de 2018

Tuwin: O poeta polaco das crianças

Julian Tuwin conhecido pelo pseudônimo de "Oldlen" tinha origem judaica. Tuwim realizou outros trabalhos além da poesia, como na literatura infantil e na música junto com seu primo Kazimierz Krukowski. Tuwim, cujo nome deriva da palavra hebraica "טובים" ( "Tovim", que traduzido seria "bom"), 

Tuwin é considerado um dos autores mais importantes da literatura polaca e co-fundador do movimento literário "Skamander". Em 1935, ele recebeu o Laurel de Ouro da Academia Polaca de Literatura.

Em 1919, ele foi co-fundador e líder, juntamente com outros grandes poetas, como Jarosław Iwaszkiewicz e Antoni Słonimski, de um grupo de poesia experimental denominado "Skamander".

O poema "O Baile da Ópera" ("Bal w Operze") é considerado um suas obras-primas, juntamente com outros dedicados ao público infantil como "Lokomotywa" e "Kwiaty Polskie".

Ele também escreveu ensaios como "Do prostego człowieka" (Para um homem simples) e "My, Żydzi Polscy" (Nós, judeus polacos).

Durante a Segunda Guerra Mundial foi obrigado a emigrar para a Romênia e depois acabou no Brasil com alguns outros poetas polacos, como Jan Lechoń.

Retornou a Polônia, em 1946, quando o país estava sendo ocupado pelo regime soviético através de eleições fraudulentas.

Julian Tuwim nasceu em 13 de setembro de 1894, na cidade de Łódź, e faleceu em 27 de dezembro de 1953 (aos 59 anos) em Zakopane, na Polônia. A causa da morte diagnosticada foi parada cardiorrespiratória.

Seu corpo foi transladado para o Cemitério Militar de Powązki, em Varsóvia, onde foi sepultado. Era casado com Stefania Tuwimowa. Estudou em sua cidade natal até ingressar na Universidade de Varsóvia, onde se formou em direito e filosofia.

Um dos seus poemas:

OKULARY

Biega, krzyczy pan Hilary:
"Gdzie są moje okulary?"

Szuka w spodniach i w surducie,
W prawym bucie, w lewym bucie.

Wszystko w szafach poprzewracał,
Maca szlafrok, palto maca.

"Skandal! - krzyczy - nie do wiary!
Ktoś mi ukradł okulary!"

Pod kanapą, na kanapie,
Wszędzie szuka, parska, sapie!

Szuka w piecu i w kominie,
W mysiej dziurze i w pianinie.

Już podłogę chce odrywać,
Już policję zaczął wzywać.

Nagle zerknął do lusterka...
Nie chce wierzyć... Znowu zerka.

Znalazł! Są! Okazało się,
Że je ma na własnym nosie.

ÓCULOS

Corre, o Sr. Hilário grita:
"Onde estão meus óculos?"

Procura na calça e no sobretudo
No sapato direito, no sapato esquerdo.

Revira tudo no guarda-roupa
Roupão amassado, casaco amassado.

"Escândalo!" - ele grita - inacreditável!
Alguém roubou meus óculos!

Olha debaixo do sofá, no sofá,
Ele olha em todos os lugares, bufando, ofegando!

Procura na lareira e na chaminé
No buraco do rato e no piano.

Quer arrombar o assoalho,
Começa a chamar a polícia.

De repente, olha para o espelho ...
Não querendo acreditar ... Ele olha novamente.

Acabou. Ele encontrou! Está com ele!
Ele os tem em seu próprio nariz.

Desenho animado

O poema cantado, faz parte do DVD "MUZALINKI podróże małe i duże", produzido pelos Muzalinków, com as melhores músicas polacas para crianças - letras sábias e intemporais, com interpretações de pequenos artistas.



terça-feira, 13 de novembro de 2018

Cultura polaca no Uruguai

Não! Não existiu apenas o famoso goleiro Mazurkiewicz de polaco no Uruguai. Embora Ladislao Mazurkiewicz Iglesias tenho sido, um dos polacos mais famosos do mundo, por sua atuação no Mundial 70 do México, a quantidade de imigrantes da Polônia que chegaram a antiga Província Cisplatina é imensa.


O Governo do Uruguai declarou há poucos dias no âmbito das comemorações centenário da restauração da independência da Polônia a grande contribuição de imigrantes polacos para a cultura do país sul-americano.

A ministra da cultura e educação do Uruguai, María Julia Muñoz, recordou ainda os principais marcos na história do país europeu. Durante um evento, organizado pela Sociedade Polaca Marechal Józef Pilsudski para festejar 100º aniversário da restauração da independência da Polônia, ocorrida em 1918, a ministra destacou a importância da contribuição que fizeram para sociedade uruguaia, os migrantes polacos.

Muñoz explicou que, embora não se saiba muito sobre as histórias de vida dos polacos que chegaram no Uruguai entre a segunda metade do século XIX e início do século XX, as histórias de alguns são particularmente lembradas porque "os destinos foram fortemente unidos entre o polaco e o uruguaio".

A ministra Muñoz exemplificado especificamente com o caso das irmãs Paulina e Luisa Luisi Janicki, filhas de pai italiano e mãe polaca e cujos avós maternos foram exilados na França e na Argentina antes de se instalar em Montevidéu em 1887.

"Os Luisi Janicki eram uma família de trabalhadores e educadores de pensamento muito liberal para a época. As filhas cresceram em uma atmosfera de liberdade e rebeldia, todas estudaram magistério  e vários cursos universitários", disse Muñoz.

"Luisa era um jornalista, crítica literária e poeta (...) Paulina foi a primeira mulher uruguaia que obteve o título de doutor em medicina em 1908 e dedicou muita atenção ao estudo da influência das condições sociais e de trabalho sobre a saúde das pessoas uruguaias", acrescentou.

Nesse sentido, a ministra salientou que os uruguaios devem agradecer muito ao povo polaco por sua contribuição no ensino e na cultura uruguaia.

"Nós temos que dizer obrigado por terem vindo para nossas terras, graças por nos ensinar que os países antigos trouxeram para nós a sua cultura, sua arte, sua vocação científica e graças a eles por manter suas tradições, porque nos fazem ter uma visão mais ampla dos problemas mundiais", disse ela.

Por sua vez, o primeiro conselheiro e chefe do departamento de Política e Econômia da Embaixada da Polônia no Uruguai, Marceli Minc, em seu discurso fez um breve relato dos marcos históricos da Polônia.

Em particular, o diplomata destacou as realizações do primeiro governo depois de recuperar a independência em 1918, quando o primeiro chefe de Estado do país, Józef Pilsudski, introduziu reformas sociais importantes para a nação, como o voto das mulheres, sendo o primeiro país da Europa Central a permitir a participação das mulheres nos processos eleitorais.

"O primeiro governo socialista, foi muito curto, mas reformas muito importantes foram introduzidas como a jornada de trabalho de oito horas, a legalidade dos sindicatos e o direito à greve", disse Minc.

"O Marechal Pilsudski alguns dias após a tomada do poder por decreto estabeleceu a lei eleitoral, onde as mulheres passaram a ter os mesmos direitos que os homens, por isso, juntamente com a Segunda República, há cem anos as mulheres polacos receberam o direito de votar" reafirmou .

Resumindo, Minc avaliou que devido a estes avanços sociais, ainda no início dos anos 20 do século passado, a Polônia teve uma história turbulenta com inúmeras tentativas frustradas de recuperar seu status de nação independente após 123 anos de invasões e ocupações estrangeiras e os danos causados ​​pela Segunda Guerra Mundial, mas foi o povo que "unido" formou a nação que é hoje.

"Eu encontrei uma frase de Jorge Luis Borges, onde ele diz em uma ode que ninguém é a nação, mas todos juntos somos e acho que os polacos daquela época se comportaram dessa maneira", disse Minc.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

As comemorações da Recuperação da Independência da Polônia

Governantes da Polônia, no centenário da recuperação da independência do país marcham à frente de grupos de extrema-direita nas comemorações nas ruas da capital Varsóvia.
O banner  da frente diz “Marcha da Independência - Morte aos inimigos da pátria”
e o cartaz atrás "E cuidar das crianças e dos jovens que precisam especialmente de uma face renovada da terra ... o traidor da nação e da fé é aquele que gostaria de criar crianças e jovens com um copo de cerveja ou com um copo de vinho na mão. - Abençoe Markiewicz - Quem é com Deus
Foto: Radek Pietruszka/EPA - Shutterstock
O presidente da república que ordenou ao judiciário que derrubasse a medida da prefeita de Varsóvia para que os grupos neonazistas não desfilassem neste domingo - 11 de novembro - dia do centenário da recuperação da independência da Polônia, depois de 123 anos de invasão e ocupação do país pelas potências estrangeiras da época Reino da Rússia, Reino da Prússia (atual Alemanha) e Império da Áustria marchou junto com aqueles grupos de extrema-direita, que ano passado, neste mesmo dia, envergonharam a Europa e o mundo, fazendo da Polônia motivo de chacotas, anedotas e piadas.

O objetivo do presidente Andrzej Duda era promover a unidade e celebrar os sacrifícios das gerações passadas na criação da moderna nação polaca. Mas depois de dias de disputas e controvérsias, a comemoração do Dia da Independência do país, neste domingo, acabou destacando as profundas divisões da Polônia.

O presidente Duda e ministros caminharam na frente de uma manifestação patrocinada pelo governo nacional, pelas ruas de Varsóvia, atrás de uma enorme faixa vermelha e branca com a inscrição “Para você, Polônia”.

E Duda disse à multidão que "esta marcha deveria unir todos os polacos", acrescentando: "Que esta marcha seja para todos".

O presidente Andrzej Duda, ao centro, disse que a marcha "deve unir todos os polacos", mas a manifestação de Varsóvia escancarou as divisões do país.
Foto: Agata Grzybowska/Agencja Gazeta/ Reuters
Mas alguns metros atrás dos funcionários do PiS - Partido Direito e da Justiça, pertido do governo no poder estavam ativistas de extrema-direita conhecidos por promover slogans racistas, homofóbicos e supremacistas brancos.

Alguns exibiram mensagens a favor de uma Europa branca, contra refugiados e bandeiras da União Europeia foram queimadas. De um modo geral, porém, o grau de radicalização foi menor do que em anos anteriores, pois fora Varsóvia e Gdańsk onde três neonazistas foram presos, as demais cidades contaram apenas com a participação do povo que só desfilou e cantou os hinos e canções nacionais polacas, num ambiente de festa.

Apenas em Varsóvia, incetivados pela atitude descabida do presidente da república, centenas de fascistas encobertos em uma névoa vermelha provocada por chamas de sinalizadores, gritavam: "Use uma foice, use um martelo, esmague a ralé vermelha". Outros gritavam: "Polônia Branca".

Os neonazistas marcharam segurando uma bandeira polaca com o slogan "Deus, Honra, Pátria" e centenas de bandeirinhas da Polônia. Alguns usavam balaclavas e agitavam as bandeiras verdes do grupo ultranacionalista Revival Nacionalistas da Polônia. Também foram visíveis as bandeiras do Forza Nuova, um grupo neofascista italiano.

As faixas e bandeiras do extremistas de direita - Foto: 
Nenhum membro da oposição ou figuras públicas participaram do evento, que segundo a polícia atraiu 250 mil pessoas, e que os críticos disseram que foi uma rendição do Dia da Independência a grupos radicais. Um dos que não aceitaram participar da encenação do presidente Duda, foi o mítico Lech Wałęsa.

A passeata seguiu dias de turbulência judicial depois que a prefeita de Varsóvia baniu a Marcha da Independência organizada todos os anos por grupos de extrema direita. Entre eles estão o Campo Radical Nacional, que ativistas dos direitos humanos há anos afirmam que deveriam ser ilegais.

Enquanto a Polônia festejava seu centenário particular, em Paris, mais de 60 mandatários mundiais comemoravam o mesmo 11 de novembro, mas com outro significado: o fim da primeira guerra mundial.

A marcha polaca, que nos anos anteriores envolveu confrontos violentos com a polícia, ganhou as manchetes internacionais no ano passado, quando os manifestantes gritavam: “Polônia pura, Polônia branca” e “refugiados saiam!”

Um pequeno grupo fascista carregava banners com o slogan “Europa Branca das nações fraternas”.

Os organizadores da passeata fascista do ano passado contestaram a proibição da prefeita Hanna Beata Gronkiewicz-Waltz, e um tribunal de Varsóvia atendendo pedido do presidente da república tomou partido, chamando a decisão de “censura preventiva” da prefeita.

Antes dessa decisão, porém, as autoridades decidiram realizar uma passeata promovida pelo governo central no lugar da Marcha da Independência, provocando mais raiva dos nacionalistas.

Mas depois da raiva, grupos de extrema-direita e o governo acabaram concordando em caminhar juntos em uma manifestação dividida em duas partes - uma para os funcionários públicos e outra para os extremistas de extrema-direita.

Apesar das preocupações anteriores, a marcha de domingo foi até pacífica. Mas Andrzej Rychard, sociólogo da Academia Polaca de Ciências, denominou a situação de "mau sinal".

O governo de extrema-direita no poder, disse ele, agora se vê preso pelos grupos radicais depois de anos "flertar com eles".

"Como cidadão, estou indignado com o fato das autoridades terem sido incapazes de forçar os neonazistas a desistirem de suas próprias bandeiras e se ater apenas às bandeiras polacas", disse Rychard. "Eu também não entendo como aconteceu que estes - nacionalistas - que são politicamente irrelevantes, se tornaram um parceiro para o governo."

O cada vez mais eurocético partido do governo, que se desentendeu com a União Europeia pelas tentativas do partido de assumir o controle do Judiciário independente da Polônia, tornou-se o primeiro membro do bloco a iniciar um processo que poderá fazer com que o país perca seus direitos de voto nas instâncias da UE.

As divisões políticas também prejudicaram a cerimônia oficial no domingo, na Praça Pilsudski, em Varsóvia, batizada em homenagem ao general Józef Pilsudski, um dos pais da independência da Polônia, com a inauguração de uma estátua do Presidente da II República, Ignacy Mościcki, que governou o país de 1929 a 1939.

A principal delegação do evento foi liderada pelo presidente Andrzej Duda, pelo primeiro-ministro Mateusz Morawiecki e pelo líder do PiS - Partido  Direito e Justiça, Jarosław Kaczyński.

Mas Donald Tusk - o presidente do Conselho Europeu, ex-primeiro-ministro da Polônia e feroz oponente do atual governo - estava na parte de trás, pouco visível, aparentemente se distanciando dos políticos do partido conservador do governo disse: “Eu sei que muitas vezes discutimos sobre a forma do nosso país. Eu sei que às vezes fazemos isso intensamente”, disse Tusk enquanto se dirigia à multidão e pedindo: “Perdoe-nos, Polônia.”

Krystyna Skarzynska, professora de psicologia da Universidade de Varsóvia, disse que a dinâmica da cerimônia reflete "mesquinharia e hipocrisia" nos comentários dos principais líderes políticos. "Eles têm nos falado até a morte sobre essa necessidade de união, mas eles não receberam nem mesmo Donald Tusk durante a cerimônia", disse ela em uma entrevista.

"Eles não mencionaram Lech Wałęsa, que desempenhou um grande papel na independência da Polônia."

Wałęsa (pronuncia-se vauensa), ex-presidente e líder icônico do movimento social Solidariedade, tem sido durante anos um fervoroso crítico do Partido Direito e Justiça e se recusou a celebrar este aniversário com o atual governo.

Vídeo do jornal Gazeta Wyborcza marcando hora a hora as manifestações do dia e principalmente das manifestações dos neonazistas que ocorrem após às 15 horas:



MANIFESTAÇÕES NO RESTO DO PAÍS


Nas demais cidades, grandes, médias e pequenas a participação dos grupos de extrema-direita apoiados pelo presidente da República e pelo Primeiro-Ministro foi praticamente inexistente.

O povo polaco foi para as ruas manifestar sua alegria pela comemoração dos cem anos de recuperação de uma República que se consagrou na história como a primeira do mundo moderno, sendo instituída muito antes da francesa (1777) e da americana (1776).

A MARCHA E O ESPETÁCULO DE CRACÓVIA

A Marcha pela manhã - Foto: Jakub Porzycki

Foto: Jakub Porzycki
Foto: Jakub Porzycki

Foto: Jakub Porzycki
Em Cracóvia, no Rynek Główny (Praça do Mercado Principal) a festa foi o dia inteiro, encerrada com shows no palco armado em frente ao belíssimo prédio renascentista do Sukiennice (Mercado de Tecidos) artistas populares da Polônia.

Foto: Tomasz Kaleta

A Mazurka de Dąbrowski - Hino Nacional da Polônia - foi tocada ao meio-dia por um clarinetista da Torre da Basílica Mariacka para comemorar o centenário da recuperação da independência da Polônia.

O músico também chamado de Hejnalista (porque de hora em hora ele toca o Hejnal das quatro janelas do torre mais alta da igreja) depois de tocar o hino nacional soou a famosa corneta tradicional com o Hejnal.

Na Praça do Mercado - Rynek Głowny - o hino foi cantado pela multidão de cracovianos e turistas. Eles lotaram não só a Praça, mas também as ruas de acesso e adjacentes. Muitos cercaram o monumento ao poeta Mickiewicz e a parte superior do Palácio dos Tecidos (Sukiennice).


O espetáculo
O prefeito reeleito pela quinta vez, Jacek Majchowski (sem partido) junto com vários artistas abriu o espetáculo da noite.
Foto: Bogusław Świerzowski

Os artistas do Teatro Loch Camelot, liderados por Ewa Kornecka, juntamente com o público reunido no Rynek, cantaram as mais belas canções  e também as canções patrióticas polacas.



O concerto foi organizado pelo diretor da Biblioteca da Canção Polaca, Waldemar Domański. O gabinete do Prefeito da Cidade de Cracóvia preparou para esta ocasião 8.000 cópias em papel dos hinos e 4.000 das canções mais populares chamadas de krakusek.






LUBLIN MARAVILHOSA
Lublin comemorou excepcionalmente em alto e bom tom os 100 anos. As autoridades da cidade  quiseram chamar a atenção para o papel que Lublin desempenhou no processo de construção de um país livre - aqui, em 7 de novembro de 1918, foi formado o governo de Ignacy Daszyński, o primeiro governo da Polônia independente. E muito antes disso, em 1530, foi assinada nesta cidade a União das duas Nações, Polônia e Lituânia, que formaram conuntamente a primeira República do mundo pós-renascença.

Foto: Jakub Orzechowski

As principais celebrações ocorreram na Praça do Castelo. No programa, além de tocarem o hino nacional e levantarem a bandeira nacional, houve saudação de honra e desfile de batalhões da cavalaria. 


A celebração dos 100º aniversário da recuperação da independência não terminaram neste domingo, em Lublin, isto porque no próximo dia 19 de novembro, haverá o concerto da família "A to własznie Polska!" (com grupo de música e dança 'Lublin' de Wanda Kaniorowa que vai atuar junto com a orquestra filarmônica da cidade) e até 15 de dezembro deverão ocorrer outros encontros comemorativos organizados pela Academia da Independência de Lublin dirigidas a vários grupos etários (pelo Museu de Lublin).



CORRIDA DA INDEPENDÊNCIA EM POZNAŃ





O patrono da rua em um cavalo branco, pássaros com asas de prata, um aviador segurando enormes bandeiras brancas nas mãos e croissants tradicionais de São Martin - o santo padroeiro da cidade. Este foi o ponto alto das comemorações da capital do voivodia da Wielkopolska (Grande Polônia).

Multidões de pessoas comemoraram o 100º aniversário da recuperação da independência da Polônia e  também o santo do dia Święty Marcin, na rua com seu nome.

Um colorido desfile partiu da Feira Internacional de Poznań sob o slogan "Louvor da Liberdade". O desfile percorreu a rotatória Kaponiera até o palco montado na Praça Mickiewicz.

Animadores, artistas de rua, músicos, reconstrutores e representantes de organizações não-governamentais participaram do desfile.

POMBOS EM GDAŃSK

Os habitantes de Gdańsk encheram a rua Podwale Staromiejskie, onde começou o desfile. Os organizadores estimam que mais de 30.000 pessoas participaram das cerimônias. A passeata seguiu pelas ruas: Podmlyńska - Wielkie Młyny - Rajska - Jan Heweliusz - Korzenna - Kowalska, e chegou ao monumento de Jan III Sobieski no Mercado de Madeira.

Depois de breves discursos, incluindo o do prefeito de Gdańsk, Paweł Adamowicz, o povo reunido cantou a Mazurka Dąbrowskiego e foram soltos 1100 pombos no céu.
Foto: Dariusz Kula
O único indidente registrado na cidade foi a prisão de três homens de extrema-direita membros de grupos neonazistas. Em suas casas foram encontrados estiletes e porretes.

Fontes:Deutsche Welle, Reuters, AS/efe/dpa Gazeta Wyborcza e The New York Times  (Joanna Berendt)
Tradução e adaptação para o português: Ulisses Iarochinski