sábado, 17 de novembro de 2018

Tuwin: O poeta polaco das crianças

Julian Tuwin conhecido pelo pseudônimo de "Oldlen" tinha origem judaica. Tuwim realizou outros trabalhos além da poesia, como na literatura infantil e na música junto com seu primo Kazimierz Krukowski. Tuwim, cujo nome deriva da palavra hebraica "טובים" ( "Tovim", que traduzido seria "bom"), 

Tuwin é considerado um dos autores mais importantes da literatura polaca e co-fundador do movimento literário "Skamander". Em 1935, ele recebeu o Laurel de Ouro da Academia Polaca de Literatura.

Em 1919, ele foi co-fundador e líder, juntamente com outros grandes poetas, como Jarosław Iwaszkiewicz e Antoni Słonimski, de um grupo de poesia experimental denominado "Skamander".

O poema "O Baile da Ópera" ("Bal w Operze") é considerado um suas obras-primas, juntamente com outros dedicados ao público infantil como "Lokomotywa" e "Kwiaty Polskie".

Ele também escreveu ensaios como "Do prostego człowieka" (Para um homem simples) e "My, Żydzi Polscy" (Nós, judeus polacos).

Durante a Segunda Guerra Mundial foi obrigado a emigrar para a Romênia e depois acabou no Brasil com alguns outros poetas polacos, como Jan Lechoń.

Retornou a Polônia, em 1946, quando o país estava sendo ocupado pelo regime soviético através de eleições fraudulentas.

Julian Tuwim nasceu em 13 de setembro de 1894, na cidade de Łódź, e faleceu em 27 de dezembro de 1953 (aos 59 anos) em Zakopane, na Polônia. A causa da morte diagnosticada foi parada cardiorrespiratória.

Seu corpo foi transladado para o Cemitério Militar de Powązki, em Varsóvia, onde foi sepultado. Era casado com Stefania Tuwimowa. Estudou em sua cidade natal até ingressar na Universidade de Varsóvia, onde se formou em direito e filosofia.

Um dos seus poemas:

OKULARY

Biega, krzyczy pan Hilary:
"Gdzie są moje okulary?"

Szuka w spodniach i w surducie,
W prawym bucie, w lewym bucie.

Wszystko w szafach poprzewracał,
Maca szlafrok, palto maca.

"Skandal! - krzyczy - nie do wiary!
Ktoś mi ukradł okulary!"

Pod kanapą, na kanapie,
Wszędzie szuka, parska, sapie!

Szuka w piecu i w kominie,
W mysiej dziurze i w pianinie.

Już podłogę chce odrywać,
Już policję zaczął wzywać.

Nagle zerknął do lusterka...
Nie chce wierzyć... Znowu zerka.

Znalazł! Są! Okazało się,
Że je ma na własnym nosie.

ÓCULOS

Corre, o Sr. Hilário grita:
"Onde estão meus óculos?"

Procura na calça e no sobretudo
No sapato direito, no sapato esquerdo.

Revira tudo no guarda-roupa
Roupão amassado, casaco amassado.

"Escândalo!" - ele grita - inacreditável!
Alguém roubou meus óculos!

Olha debaixo do sofá, no sofá,
Ele olha em todos os lugares, bufando, ofegando!

Procura na lareira e na chaminé
No buraco do rato e no piano.

Quer arrombar o assoalho,
Começa a chamar a polícia.

De repente, olha para o espelho ...
Não querendo acreditar ... Ele olha novamente.

Acabou. Ele encontrou! Está com ele!
Ele os tem em seu próprio nariz.

Desenho animado

O poema cantado, faz parte do DVD "MUZALINKI podróże małe i duże", produzido pelos Muzalinków, com as melhores músicas polacas para crianças - letras sábias e intemporais, com interpretações de pequenos artistas.



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