sábado, 6 de outubro de 2007

Direita: Não somos vassalos dos EUA

"Queremos continuar amigos dos Estados Unidos, mas não vassalos", afirmou Roman Giertych (guiertirrh), do Partido Liga da Família Polaca - LPR, criticando o envio de tropas polacas para o Afeganistão e Iraque. O ex-ministro da educação culpa o Presidente Lech Kaczyński (lérrh catchinhsqui)e o ex-presidente Aleksander Kwasniewski (kvachnievsqui) pelas mortes de soldados e o estado crítico do embaixador vítima de explosão de bombas esta semana em ruas de Bagdá. Segundo Giertych "a Polônia foi enviada para uma guerra ilegal no Iraque. E o que foi que o país ganhou com isso?" Ele se perguntou neste sábado, na convenção de seu partido na cidade de Lubartów. O LPR é o partido mais à direita do atual espectro político da Polônia e forma junto com o Samobrona (Autodefesa), do líder Andrej Lepper e o PiS (Lei e Justiça) dos gêmeos, os partidos mais conservadores desta campanha eleitoral. Pesquisa de opinião encomendada pela revista "Wprost" prevê que o partido dos gêmeos Kaczyński farão 41% dos assentos do parlamento, seguidos pelo oposicionista PO - Partido da Cidadania com 32% e a LPR - Liga da Família Polaca com 16%. As eleições parlamentares entram na semana decisiva, com debates entre estrelas da política, convenções partidárias e comícios em várias cidades da Polônia. No Brasil, polacos e descendentes que conseguiram a cidadania, poderão de posse do passaporte polaco votar nos consulados da Polônia de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasilia.

Mina de Wielicka: primeira maravilha da Polônia

Capela de Santa Kinga
Entre as 7 maravilhas da Polônia apontadas pelos leitores do jornal "Rzeczpospolita", a mina de sal „Wieliczka” conquistou o primeiro lugar. E isto não só pela sua beleza, mas por sua longa e inigualável história. Entre o século 13 a 1772 ela era chamada de Mina de Sal de Cracóvia. Mas ela é muito mais antiga, pois o sal encontrado no subsolo da cidade é do período miocenio. Depois disso com a ocupação austríaca, passou a ser chamada de simplemente de Wielicka, em função também de fazer parte do munícipio de Wielicka. Durante séculos, ela foi explorada comercialmente. O sal utilizado desde sempre na Polônia, ao contrário do Brasil, onde o sal é marinho (Salinas de Cabo Frio e Mossoró), foi o das minas subterrâneas. O sal de Wielicka, em determinado momento chegou a ser cotado em 1 kg de ouro, ou seja, o valor para um quilo de sal era equivalente a um quilo de ouro. O documento mais antigo a se referir a mina é do ano 1044, durante o reinado de Kazimierz I (kajimiéj - casimiro) quando foi escrito "magnum sal Wieliczka", em latim. Em 1951, a mina foi transformada no Museu Mineiro de Cracóvia. O governo da Polônia baixou um decreto, transformando a antiga mina comercial em atração turística, em 1976. Dois após, em 1978, ela foi inscrita pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 1989, a mina de sal de "Wieliczka" entrou para a lista de patrimônio ameaçado. Mas anos após, com muito esforço foi retirada da Lista. Ela é a única mina de sal explorada ininterruptamente desde a idade média até os dias de hoje. A mina possui 9 níveis, dos quais, o primeiro "Bono" está a 64 metros de profunidade e o mais profundo a 327 metros da superfície. São aproximadamente 3 mil espaços, entre corredores, cavernas, lagos e galerias com quase 300 km de extensão. Nestes espaços se desenvolveu um microclima único, com uma temperatura média entre 9 e 12°C, pressão atmosférica constante, ionização, alta concentração no ar de manganês, magnézio e calcário. Fazendo de suas galerias, um local excelente para reabilitação de pessoas com enferminades, principalmente respiratórias. No ano de 2006, a rota turística da Mina recebeu a visita de 1 milhão 65 mil e 857 turistas, sendo 58% composto por estrangeiros. Britânicos com mais de 57 mil e alemães com mais de 50 mil foram os dois maiores grupos de visitantes.Os turistas em quase duas horas de passeio percorrem menos de 10 por cento da mina. Num percurso de 3 km, visitam 20 galerias da profundidade de 64 até 135 metros abaixo da superfície da terra, atingindo apenas os níveis 1, 2 e 3. Nestas galerias estão expostas uma série de obras artísticas (estátuas, objetos e etc) feitas pelos próprios mineiros e por reconhecidos escultores. A Capela de Santa Kinga (Conegunda) é a maior galeria (caverna) da Mina. Está a 101 metros de profundidade e tem 54 m de comprimento, por 18 de largura e 12 m de altura. Tudo ali é feito de sal... Altar, quadros (Santa Ceia, A fuga da Sagrada Família para o Egito) estátuas (Santa Conegunda, Cristo, João Paulo II e Santa Bárbara) até os lustres (apenas as lâmpadas não são de Sal) A Capela é palco de missas e atos oficiais e até de gravações de discos de orquestras e concertos com Blackmore's Night e Nigel Kennedy. O ingresso individual custa 60 złotych (algo em torno de 45 reais) e a visita só pode ser feita com o acompanhamento de um guia, pois a possibilidade de alguém se perder pelos labiritos é muito grande. Infelizmente os guias falam apenas em polaco, inglês, alemão e francês. Assim, turistas brasileiros, espanhóis, italianos e de outras línguas têm que se servir de intérpretes dos guias.
Foram recepcionados nesta capela as maiores personalidades da história mundial, desde Nicolau Copérnico, Konrad Celtes, Joachim Rhetyka, tsar Aleksander I, imperador Francisco I, Johann Wolfgang Goethe, Fryderyk Chopin, Henryk Sienkiewicz e outros contemporâneos.

Descendentes e trabalhadores polacos no Mundo

Encontro recentre entre Presidente Lech Kaczyński e descendentes de polacos em Nova Iorque
A partir de primeiro de novembro, Luxemburgo abrirá seu mercado de trabalho para os polacos. O pequeno país da União Européia, mas nem por isso pobre (ao contrário um dos mais ricos da UE), será o sétimo país a abrir suas portas para os trabalhadores dos dez países incorporados à UE em primeiro de maio de 2004. As restrições que cairão não vão atingir os cidadãos de Malta e Chipre. Desde a entrada dos 10, apenas Grã-Bretanha, Irlanda e Suécia não colocaram barreiras aos trabalhadores polacos. Finlândia, Espanha, Portugal e Grécia levaram dois anos para abrir seu mercado de trabalho aos polacos e assim mesmo, não completamente. Itália fez isto em junho de 2006, a Holanda em maio de 2007. Áustria, Bélgica, Dinamarca, França e Alemanha, fizeram uma abertura setorizada. Assim em algumas áreas ainda permanecem as restrições à ampla liberdade de trabalho aos 10 novos países. Há pouco tempo, o governo alemão sinalizou que abriria estes setores apenas aos trabalhadores qualificados.
Emigrantes polacos nos Estados Unidos do século 19

PAÍS DE EMIGRANTES

A Polônia sempre foi um país de emigrantes. O governo acredita que entre 14 a 17 milhões de polacos vivam no exterior. As cifras, no entanto, não são precisas, pois aparentemente não distinguem polacos nascidos na Polônia de descendentes de polacos nascidos no exterior. É o caso do Brasil, por exemplo, em que a surrada cifra de 1 milhão e meio de polacos é assumida pelo governo polaco. E como sabemos este número mágico não tem sustentação em nenhuma estatística confíável. Baseia-se mais no "chutômetro", do que num estudo sério sobre a etnia no Brasil. Na minha tese de doutorado aqui em Cracóvia, analiso, polemizo e coloco sob suspeição esta cifra. Pelos minhas pesquisas e estudos, muito provavelmente a etnia polaca no Brasil já ultrapassou os 3,5 millhões de brasileiros e polacos.
Colônia de polacos na Sibéria (Rússia)
Seja como for, estes são os números que o governo da Polônia tem sobre seus cidadãos (talvez fosse melhor dizer representantes da etnia) no mundo: Estados Unidos tem entre 6 a 10 milhões de polacos; Alemanha, cerca de 1,5 milhão; Brasil, ao redor de 1,5 milhão, França, quase 1 milhão; Canadá, perto de 600 mil; Bielorrússia, entre 400 mil e 1 milhão; Ucrânia, entre 300 e 500 mil; Lituânia, entre 250 e 300 mil; Grã-Bretanha, cerca de 150 mil; Australia, entre 130 e 180 mil; Argentina, entre 100 e 170 mil; Rússia, cerca de 100 mil; Tcheca, entre 70 e 100 mil; e Cazaquistão, entre 60 e 100 mil (o governo desse país admite que são 1,5 milhão, os polacos ali). Mas, o próprio informe do governo, admite a dificuldade da confirmação destas estatísticas, ao mesmo tempo em que reconhece que estes números seriam cerca de 40% da população atual da Polônia, que beira os 40 milhões de habitantes. Grande parte destes "polskiego pochodzenia" são originários das grandes massas de emigrantes antes da primeira guerra mundial. Calcula-se que depois da II Guerra Mundial, entre 1956 e 1980 emigraram para os Estados Unidos e outros países ocidentais cerca de 800 mil polacos e com a queda do comunismo aproximadamente 270 mil polacos deixaram o país.
Casamento polaco, na colônia Cruz Machado (Paraná) em 1915
Estas "estimativas oficiais" se chocam com números recentes publicados diariamente na imprensa que apontam quase 2 milhões de trabalhadores polacos na Alemanha, meio milhão na Inglaterra e 300 mil na Irlanda, ou seja, somando estes números dá uma diferença de pelo menos 1 milhão e 150 mil polacos a mais fora da Polônia. E colocaria a nação com aproximadamente 60 milhões de indíviduos em todo o mundo. Uma cifra respeitável entre os países da Europa e do Mundo.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Rádio Maria também fala besteira



Lech Wałęsa alerta que a Radio Maryja em 95% das vezes realiza um bom trabalho, mas resta 5%, que são apenas absurdos e asneiras. O que estaria irritando tanto o ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz? - "Além de importantes autoridades, apenas o político Rydzyk não trai. Isto não se encontra no incêndio", afirmou o ex-lider do Sindicato Solidariedade ao site de notícias Pardon. Como se sabe o Padre Rydzyk joga importante papel nas eleições polacas. Credita-se a seus pronunciamentos na Rádio Maria (de sua propriedade) a eleição dos políticos conservadores na Polônia, tendo virado as previsões de vitória da esquerda nas últimas eleições presidenciais com foi eleito o atual presidente Lech Kaczyński. Apesar de não ser candidato nas eleições parlamentares do próximo dia 22 de outubro, Wałęsa é ouvido diariamente pelos meios de comunicação da Polônia.

Polacos no Iraque

Na longa missão no Iraque muitos soldados polacos perderam a vida

Os soldados polacos se enfraquecem no Iraque? É a pergunta que o jornal “Tribuna” fez ao chefe do departamento de controle MON, general Piotr Makarewicz (piótr macarewiTch). Segundo ele, em vez de enviar os soldados para missões distantes, deveria-se deixa-los treinar na Polônia. O general critica o fato, de que as divisões polacas estacionadas no Iraque não têm possibilidade de realizar exercícios. Os soldados quase não disparam, a única ação em que se envolvem é ajuda e policiamento. Para Makarewicz, isto é muito mal para a formação de um soldado do exército e o resultado é que logo após voltarem do Iraque, os soldados entram de férias, ou são liberados pelos médicos.
A Polônia é junto com a Grã-Bretanha o país com o maior contingente de soldados no Iraque, depois dos Estados Unidos. Esta situação teve início com o ex-presidente Kwaśniewski (kvachnievsqui) e continuou com a mesma com Kaczyński (catchinhsqui). Os efeitos políticos e práticos desta presença só têm sido negativos, porque mesmo os Estados Unidos não têm facilitado as coisas para o parceiro europeu. A liberação do visto para cidadãos polacos viajarem aos Estados Unidos, apesar dos vários acenos, ainda não foi atendido. Assim, além da pergunta do jornal “Tribuna”, outra deveria ter sido feita: O que a Polônia ganha com a presença de soldados no Iraque?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Um milhão de expectadores


Cena do filme gravada em Cracóvia
O filme de Andrzej Wajda (andjei vaida) já foi visto por mais de um milhão de pessoas. Segundo, a empresa ITI Cinema - distribuidor de "Katyń" exatamente 1.021.811 de pagantes passaram pelas bilheterias dos cinemas da Polônia, em dez dias de exibição. O filme está sendo exibido em 190 salas.


Elenco e equipe técnica depositam flores e velas na largo atrás do Castelo de Wawel, em Cracóvia, em homenagem às vítimas do exército soviético, após o encerramento das filmagens de Katyń

Bomba deixa embaixador ferido

Foto: Ceerwan Aziz / Reuters
Duas ou três bombas explodiram no trajeto do comboio do embaixador polaco em Bagdá. O ataque deixou ferido o embaixador da Polônia, Edward Pietrzyk (edvard pietjik) e matou um segurança. O embaixador saia de sua residência, às 9:00 horas da manhã de ontem, quarta-feira (03/10) quando se deu o ataque. No momento das explosões, Pietrzyk, conseguiu deixar o veículo, porém o segurança acabou atingido pelas labaredas que tomaram conta. Imediatamente acudiram soldados Norte-americanos que estavam na área, mas já não havia mais nada a fazer. Um helicóptero da empresa Blackwater levou o embaixador para o hospital, além de outros três seguranças feridos. O segurança de 29 anos, identificado como Bartosz Orzechowski acabou morrendo antes dos primeiros-socorros. No início da noite, o embaixador que foi ferido na cabeça e cerca de 20% do corpo, foi liberado pelos médicos e através da base Norte-americana, embarcou imediatamente para Varsóvia. Também morreram no ataque dois iranianos, um passageiro e o motorista de um táxi. Outros iraquianos também ficaram feridos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O polêmico Bartoszewski

Políticos de vários partidos se dividiram esta semana à respeito das declarações do professor Władysław Bartoszewski (vuadissuaf bartochevisqui) ex-ministro de relações exteriores da Polônia e ex-prisioneiro de Auschwitz feitas, no sábado passado, na convenção do partido PO – Platforma Obywateslka (platforma obivatelsca – plataforma da cidadania), em Cracóvia. Alguns concordaram e outros partiram para a retaliação de forma grosseira. Para estes, a gestão de Bartoszewski como ministro das relações exteriores foi um desastre e, portanto, ele não teria moral para fazer este tipo de declaração. Para os defensores, por outro lado, o ex-prisioneiro de Auschwitz é uma das últimas reservas morais da nação. O ex-ministro afirmou que existem pessoas que “querem ver morrer no país a liberdade e a estabilidade”. Para ele “o governo da Polônia é administrado por pessoas sem competência, e que o funcionamento dos partidos também é de incompetência diplomática”. Bartoszewski declarou que a Polônia precisa de governo, e não de desgoverno. “São necessárias pessoas de respeito, respeitadas por outras pessoas e não gente com ódio cada vez mais crescente”. Por fim, o ex-prisioneiro dos alemão-nazistas apelou para que os políticos de seu país não frustrem a crença na Política. Bartoszewski foi ministro das relações exteriores por duas vezes. A primeira, em 1995, e a segunda entre 2000 e 2001. Entre 1997 e 2001, ele foi Senador da República.

Kwaśniewski é o preferido

Foto: Jacek Turczyk
Com vistas às próximas eleições parlamentares antecipadas, a televisão polaca promoveu, nesta segunda-feira, um debate entre o primeiro ministro Jarosław Kaczyński (iarossuaf catchinhsqui) e o ex-presidente da República Aleksander Kwaśniewski (aleqssander qvachnievsqui). Segundo a empresa de pesquisa TNS OBOP, o ex-presidente foi melhor no debate.
Para 40% dos telespectadores, Aleksander Kwaśniewski foi o que mais convenceu com seus argumentos. Para 28%, Kaczyński foi o mais convincente. Para o jornal "Dziennik", que encomendou a pesquisa, Kwaśniewski agradou mais ao público jovem, entre 18 e 29 anos (44%) e às pessoas com diploma superior (44%). O Premier teve maiores simpatizantes entre as pessoas de 30 a 39 anos e acima dos 60. A sondagem foi realizada por telefone e ouviu 800 pessoas adultas.
Os percentuais evidenciam que as pessoas, que já eram adultas durante o Comunismo preferem a política conservadora dos gêmeos Kaczyński, enquanto aqueles que nasceram no final e início do Capitalismo, preferem as idéias mais à esquerda de Kwaśniewski.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Padroeira da Polônia

Quadro original na padroeira da Polônia, Obraz Matki Boskiej Częstochowskiej (quadro de Nossa Senhora de Częstochowa - tchenstorrova), nos Montes Claros, na Polônia.

Tusk vai buscar votos na Irlanda


O líder do PO (Platforma Obywatelski - Plataforma da Cidadania) Donald Tusk viajou a Irlanda para conseguir os votos dos mais de 250 mil polacos que trabalham naquela Ilha. Tusk, afirmou em Dublin que seu partido vencerá as próximas eleições parlamentares de 22 de outubro e que está pronto para formar um coalizão com o atual primeiro ministro Jarosław Kaczyński (iarossuaf catchinhsqui), e com o ex-presidente Aleksandr Kwaśniewski (aleksandr kvachnievsqui). Tusk que está trabalhando muito neste sentido e a chance de ganhar é real. As últimas pesquisas dão vitória ao partido de oposição PO, mas estas também davam vitória ao partido nas últimas eleições presidenciais, mas abertas as urnas, Tusk havia derrotado pelo gêmeo Lech Kaczyński (lerrrhh catchinhsqui). (foto: Adam Hawałej)

Britânicos tiram crianças de casal polaco

A polícia britânica tirou de seus pais criança de 3 meses de seus pais polacos. Anna e Bartek Giruć, no ano passado, sairam de Gdańsk, para morarem em Cardiff. Acompanhava-os a filha de 4 anos, Natalia. Anna estava grávida de 7 meses. Bartek começou a trabalhar num bar. Ana ficou em casa cuidando da pequena. Depois, quando as crianças estivessem mais crescidas, Anna planejava arrumar também um emprego. No último dia 22 de agosto, nasceu o filho Alan. Anna teve problemas no parto. "Mas o menino nasceu saudável como um peixe", afirmou o pai Bartek, ao matutito "Fakt". A felicidade contagiava a pequena família. Uma manhã, o pequeno Alan acordou chorando, alguma coisa doia muito. Os pais imediatamente o levaram ao hospital, pois a criança não parava de gritar de dor. O diagnóstico médico apontou: derrame. Dois dias depois, o bebê começou perder a visão. Dia e noite os pais permaneceram no hospital, não dormiam e as coisas só pioravam. Anna diz que o médico olhava para ela desconfiado e ela não entendia o motivo. Após alguns dias voltaram para casa, pois a criança não reagia favoravelmente. Mas o médico, a polícia e o serviço social inglês tinham outros planos. Planejaram retirar a cirança da guarda dos pais. Comunicaram a família que assim o fariam. Disseram que cuidariam da criança, enquanto ela estivesse doente. Natalia e Alan foram encaminhadas a uma família inglesa, onde ninguém naquela casa nunca falou polaco na vida. Segundo a polícia, os pais verdadeiros spo poderiam ver os filhos duas horas por dia. Os país inconformados, procuraram ajuda, escreveram ao juizado, ao consulado polaco. Por mais de um mês, batalharam pelos filhos, até que o juíz de Cardiff concordou que as crianças podiam ficar com a avó, que havia chegado da Polônia, para apoiar a filha na recuperação dos filhos. Apesar da decisão, os pais da criança estariam impedidos de morar com os filhos. Não podem se ausentar de Cardiff, pois seus passaportes foram retidos. Assim, enquanto todo este estranho processo não tenha fim, ninguém da família pode sair da Inglaterra.

domingo, 30 de setembro de 2007

Casa de madeira é polaca

Casa de madeira típica de imigrante polaco no Sul do Brasil. Este tipo de habitação é mais uma contribuição à cultura brasileira. A casa de tábua, na vertical, é muito comum na região Leste da Polônia até hoje. Os mais antigos imigrantes polacos no Brasil são originários da Silésia (região Sudoeste) e da antiga Galicia (Sudeste da Polônia) onde é comum a casa de toras de madeira encaixadas e posicionadas no sentido horizontal. Mas no Leste, as casas são de parede dupla de madeira com as tábuas e os sarrafos colocados na vertical. Como também as ripas das cercas são o complemento deste tipo de habitação e originárias do Leste polaco. Foi este tipo de construção polaca que aliada a abundância de madeira (Pinheiro, perobás e outras) mudaram o panorama do Sul do Brasil. E a forma de comprovar esta influência é constatar que a tradição italiana e alemã é de casas de pedra e as moradias portuguesas de casas de taipa (bambus recobertos com barro) ou apenas tijolos. Português só usava madeira para fazer paiol, ou estrabaria, nunca casas de moradia. A casa na foto é moradia do artista curitibano "polskiego pochodzenia" Isidorio Duppa.

sábado, 29 de setembro de 2007

Doda na Playboy Polska

A cantora Doda - Dorota Rabczewski é a capa da Revista Playboy - edição Polônia, do mês de outubro. Fotografada por Marlena Bielińska, profissional polaca que já teve fotos publicadas na Vouge e Playboy de outros países. Segundo a Editora Marquard Media Polska, este número da revista terá 10 mil exemplares a mais. O último recorde ocorreu no mês de junho quando foram vendidos 55. 527 exemplares. Esta é a segunda vez que a cantora sensação de 23 anos ocupa a capa da Playboy polaca. E quem escolheu sua volta foram os próprios leitores, após uma promoção da editora onde se perguntava quem deveria estrelar a edição de outubro. A resposta foi "a loira Heroina polaca da cena musical, inquestionável estrela por sua beleza, talento e mulher sex sem concorrentes. Doda nasceu em 5 de fevereiro e tem as seguintes medidas 90 - 63 - 88. Olhos cor de "cerveja", 1,69 m, 50 kg, veste 36 e sapatos 38. A carreira de cantora começou aos 13 anos. Atuou durante 4 como atriz no teatro de Varsóvia. Depois de ter cancelado vários espetáculos neste mês de setembro, devido a uma forte que a deixou afônica, Doda, volta a se apresentar no Sudeste polaco, neste domingo, às 21 horas, em Rzeszów (jéchóf).

Rynek e cidade velha de Cracóvia: sétima maravilha da Polônia


A cidade Velha e o Rynek Główny (rinék guuvni – Mercado Central) de Cracóvia ficaram em sétimo lugar entre as 7 maravilhas da Polônia, eleitos pelos internautas do jornal "Rzeczpospolita". A cidade velha de Cracóvia é a principal atração turística da Polônia, apesar da colocação no concurso. Em 2006, a cidade se tornou o terceiro destino turístico do continente, sendo suplantada apenas por Roma e Paris, com quase 10 milhões de visitantes, apenas nos meses de julho e agosto.
As origens da cidade remontam a idade da pedra, pelo menos. Mas foi apenas em 1038, que a cidade se tornou a capital do reino polaco. Status que manteve até 1596, quando o rei Segismundo III Vasa , filho da familia real Vasa da Suécia mudou a capital para Varsóvia (para ficar mais próxima da mãe, em Estocolmo). Mesmo assim, a cidade manteve sua posição de panteão nacional. Com exceção dos fundadores do reino Mieszko I (miechko) e Bolesław I (bolessuaf) e do último rei August Ponianowski, todos os demais reis, nobres, santos e heróis nacionais estão nas tumbas da Catedral de Cracóvia. A cidade permaneceu 127 sob domínio do Império Habsburgo de Áustria, sendo restituída a Polônia, apenas em 1918.
O Rynek foi assim denominado em 1257, quando da obtenção do status de cidade por Cracóvia, durante o período de administração do príncipe Bolesław V. A praça tinha o propósito de ser o local concentração dos moradores e de venda de produtos da cidade. Com 40.000 m², o Rynek é a maior praça central da Europa e está rodeada por antigos edifícios e palacetes construídos há vários séculos. No centro, está localizada a Sukienice (suquienitsse - mercados de tecidos), local utilizado atualmente em sua parte inferior por lojas de artesanato e souvenirs e em sua parte superior pelo Museu Nacional. Além disto, também estão localizadas no interior da praça a Capela de São Adalberto e o Ratusz (torre e antiga prefeitura e prisão da cidade). Num de seus cantos está localizada a igreja mais famosa da cidade, a Mariacka (mariatssca), ou Igreja de Santa Maria. Na qual esta o altar mais representativo do barroco polaco, esculpido todo em madeira. Famosos e tradicionais são alguns bares e restaurantes da cidade como a Piwnica pod Baranami (pivnitssa pod baranami) onde muitos ídolos da música popular polaca deram seus primeiros passos em direção ao sucesso, ou o restaurante "Wierzynek" (viejinek), e o clube de estudantes "Pod Jaszczurami". O restaurante Wierzynek existe desde o século 14. A lenda diz que, em 1364, o rei Casimiro – o Grande convidou monarcas de toda a Europa para se reunirem em Cracóvia. Com tantas visitas importantes, o rei pediu ao rico comerciante Mikołaj Wierzynek, que preparasse um festivo banquete. Wierzynek se esmerou e em seu palacete na Praça do Mercado foi além do esperado. Comida e bebida de excelente qualidade e ao final como despedida do banquete ofereceu presentes de muito valor aos comensais. Desde então, o Restaurante dos Reis tem sido palco de visitas importantes, que vão desde a rainha Elizabeth II ao presidente George W. Bush. Além dos palácios que foram moradia na idade média como Margrabska, Pod Krzysztofory, Zbaraskich, Szara, Hetmańska Montelupich, a cidade velha conta com edificios, que com o passar dos séculos foram abrigando lojas e escritórios reais, ou casas de câmbio como o Szara, pertencente então a um grupo de judeus. Por sua vez, o Montelupich abrigou o correio central. O monumento ao poeta Adam Mickiewicz foi levantado, em 1898, e logo transformado em ponto de encontro da população. A cidade velha e todo o entorno da praça central está dentro do Planty, o parque que circunda a antiga cidade murada. Esta área arborizada era o fosso medieval de proteção da cidade fortificada. Mas no século 19 os invasores austríacos derrubaram as muralhas, portões e guaritas de atalaia e secaram o fosso. Nesta área construiram o parque que existe até os dias de hoje. Da mesma forma, o austríacos obrigaram todos a transferirem os túmulos dos cemitérios existentes ao lado das igrejas para uma área afastada da cidade. Criando assim, o segundo maior cemitério da Polônia, o Rakowicki. Também neste período, os asutríacos derrubaram o manicômio existente na Ulica Szpitala (ulitssa chpitalna – rua hospital) e construíram em seu lugar o Teatro Juliusz Słowacki (iuliuch suovatssqui). Neste espaço, entre esta área verdde do mapa, encontra-se não só a cidade velha, mas o coração da nação polaca, pois muitos dos edifícios mais significativos da história da Polônia aqui estão, como o Castelo Real e a Catedral de Wawel, a Universidade Jagielloński, os teatros, as igrejas de Santo André, São Pedro e São Paulo, São Francisco de Assis, Dominicanos, São Casimiro, Santa Ana, São Tomás, e muitas outras. Em parte herança do comunismo, em parte da própria história secular da cidade, a maioria dos edifícios circundados pelo bosque são propriedades da prefeitura, da cúria metropolitana e da universidade. Todo este conjunto passou a fazer parte do Patrimônio Histórico Mundial em 1978, pela UNESCO. E do ponto de vista de atração turística, este conjunto é o maior, mais bonito e mais conservado da Europa Central, suplantando em muito Praga, em que pese todo marketing da cidade investido pelos Tchecos, como pagar para as produtoras de Hollywood gravar suas cenas ali.

Veja tenta desconstruir o mito

Foto: Antonio Nunes Jimenes/AFP

A revista Veja (será que ainda é digna de ser chamada de revista?) traz nesta semana uma matéria em "comemoração" à morte de Che Guevara, ocorrido em 8 de outubro de 1967, na floresta boliviana. Como não poderia deixar de ser, o antijornalismo domina todos os parágrafos. O texto, como um todo, assinado por Diogo Schelp e Duda Teixeira, tenta destruir um mito, o qual eles próprios não ainda conseguiram entender. Mesmo porque, a imparcialidade que uma revista semanal deveria ter, é jogada fora ao optar apenas por entrevistas e fontes que fizeram da desconstrução do mito Che, o motivo de suas vida. Praticamente todas as fontes moram em Miami, (paraíso dos fugitivos da Ilha) são ou foram ligados à CIA. Ou seja, credibilidade nenhuma para serem fontes "unilaterais" do texto. Não há um contraditório na matéria, não há citação, ou depoimento de uma única voz em defesa de Guevara e seu mito. Está mais do que evidente, a intenção da revista em achincalhar com a esquerda e seus mitos. São frases, expressões, pessoas, que trazem embutidos um ódio e inverdades impressionantes. "Ler é preciso, viver não é preciso" (parodiando Pessoa), mas infelizmente estes dois "jornalistas" - fora a liberdade de expressão, que agora a Direita também goza (antes ela impedia isso com a censura) - foram infelizes. Eles tergiversam a verdade, pecam por falta de imparcialidade e tentam conscientes (ou seria inconsciente?) mudar a interpretação histórica dos fatos, demonstrando não cultuarem a honestidade e ética jornalística tão necessárias num mundo de mentes plural. Já na capa a deliberada intenção de usar o ícone para vender o exemplar para àqueles que são criticados no próprio, como sendo jovens ignorantes e manipulados pela esquerda. O uso da foto de Alberto Korda, na capa, tem o sentido evidente de atrair cultuadores, apesar da frase: a farsa do herói. Há de se perguntar, mas que é herói pra Veja e seus dois jornalistas: Pinochet? Franco? Mussolini? Mengele? Evidentemente, que num sistema democrático, o contraditório deve existir e é bem vindo. Concordar com este texto está no direito de todos os fascistas, mas discordar dele também está no direito de todos os demais. E não há nisto posicionamento nem na Esquerda e muito menos na Direita. Pois sempre existe a terceira via; o uno é tríplice e eu nasci no dia 3. Portanto longe da dialética marxista e do céu e inferno dos protestantes e do bem e do mal dos católicos e outras religiões monoteístas, não vou desejar "boa" leitura, mas sim uma leitura atenta e reflexiva. Atente-se para algumas frases com a deliberada intenção de denegrir e nunca de informar:
- era apenas "el chancho", o porco, porque não gostava de banho e "tinha cheiro de rim fervido".
- foi um ser desprezível.
- Che tem seu lugar assegurado na mesma lata de lixo onde a história.
- Politicamente dogmático, aferrado com unhas e dentes à rigidez do marxismo-leninismo em sua vertente mais totalitária, passa por livre-pensador.
- regime policialesco de Fidel Castro.
- os exilados cubanos são vozes de maior credibilidade.
- um comandante imprudente, irascível,
- A frente de comportamento mais desastroso foi a de Che,
- A maioria era apenas gente incômoda.
- Seus bens agora me pertenciam".
- se tornou um assassino cruel e maníaco.
- em uma família de esquerdistas ricos na Argentina.
- o argentino "desprezava os técnicos e tratava a nós, os jovens cubanos, com prepotência".
- Daí em diante o argentino tornou-se uma figura patética.
- Como guerrilheiro, foi eficiente apenas em matar por causas sem futuro.
- Boa-pinta, saía ótimo nas fotografias.
- mas a pinta de galã lhe garantia um aspecto juvenil.
- sua roupa imunda.
- determinação exacerbada e narcisista de conseguir tudo aqui e agora.- o supremo comandante, aparece cada dia mais roto, macilento, caduco, enquanto se desmancha lentamente dentro de um ridículo agasalho esportivo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Pontagrossense em Cracóvia

Ex-bailarino do grupo Folclórico polaco Wisła (vissúa - vístula), de Curitiba, Edilson Ribeiro de Lima, veio pra Polônia há muito anos para estudar. "Para Ponta Grossa, só volto para visitar meus familiares. Descobri que a Polônia é o meu lugar", afirma. Concluídos os estudos e louco por Cracóvia, acabou ficando. Hoje é cidadão polaco e um dos mais conceituados professores de dança e preparação corporal de artistas do teatro da Polônia. Neste sábado, junto com bailarinos Robert Jażdżewski (robert iajidjievsqui) e Jolanta Gruzera (iolanta), promovem um dia inteiro de dança brasileira e ritmos latinos, no aniversário da Szkoły Tańca "Styl" (chcóui tanhtssa stil - escola de dança estilo) na Ulica Wybickiego 3a (ulitssa vibitssquiego - rua do Wybicki). No final, às 20.00, Edilson Lima junto com Robert faz um show especial para os participantes do curso de dança.

Piwo em Araucária

A Quarta Festa da Cerveja Polaca, de Araucária, no Paraná, com muito pierogi, bigos, broas, bolos e tortas é neste dia 6 de outubro. A Fest Piwo (fest pivo - festa da cerveja) é um esforço do grupo folclórico Wesoły Dom (vessóui dom - alegre casa) de uma das mais polacas cidades brasileiras. Em Araucária, na colônia Thomas Coelho, os imigrantes polacos, apresentaram ao Brasil, no século 19, pela primeira vez um carroção puxado por 2 parelhas de cavalo. Até então, os brasileiros só conheciam o carro de boi, uma tradição portuguesa. O feito acabou causando a "guerra da erva-mate". Enquanto os cablocos brasileiros transportavam duas cangas de erva-mate no lombo de burros por dia, de Araucária até Curitiba, onde estavam as fábricas de chá e chimarrão Mate Leão e Mate Real, os imigrantes polacos com a leveza e rapidez transportavam a erva 14 vezes por dia em seus carroções eslavos. Sim, a Polônia ensinou o Brasil a fazer o transporte com carroções e abandonar o pesado e lento carro de boi!
P.S. O endereço da Festa é Chacará do Soczek, av. Archelau de Almeida Torres, 2182, Jardim Iguaçu, Araucária, Paraná.

Sul do Brasil tem nova Cônsul

No lançamento da "Banda Polaca - Humor do Imigrante no Brasil Meridional", de Dante Mendonça, a simpática e bela presença de Dorota Joanna Barys, a nova Cônsul Geral da Polônia, para o Sul do Brasil. Foto de Roberson Nunes.

O governador Roberto Requião recebeu esta semana no Palácio das Araucárias a nova cônsul da Polônia, em Curitiba, Dorota Joanna Barys. A reunião foi uma apresentação da cônsul, que chegou há poucos dias no Brasil para servir de elo entre os polacos e descendentes dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No encontro, também esteva presente o secretário da Indústria e Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho. Segundo Barys, a Polônia quer intensificar as relações comerciais e culturais com o Paraná. “O nosso objetivo é realizar mais encontros em breve para que possamos discutir a possibilidade de firmar novos acordos de cooperação. O governador, por sua vez, mostrou-se muito interessado em novas parcerias”, afirmou. Dorota Barys aproveitou para convidar o governador Roberto Requião a uma viagem a Polônia.



P.S. Mensagem de Dante Mendonça - Caro Ulisses: o lançamento do livro aqui, em Curitiba, foi um sucesso. Melhor dizendo, um relativo sucesso, não fosse a frente fria e a chuva que fez o nosso leitorado trocar o cachecol e o sobretudo pela pantufa e pijama. Ainda não fizemos a contabilidade de quantos livros venderam. Importante relatar que apareceram polacos, poucos, de cada colônia, mas o que muito me honrou foi a presença da Cônsul Geral da Polônia, Dorota Joanna Barys. Muito bonita, jovem, descontraída e muito bem humorada, Dorota foi uma das primeiras a adquirir um exemplar e encantou a todos.