sábado, 29 de setembro de 2007

Rynek e cidade velha de Cracóvia: sétima maravilha da Polônia


A cidade Velha e o Rynek Główny (rinék guuvni – Mercado Central) de Cracóvia ficaram em sétimo lugar entre as 7 maravilhas da Polônia, eleitos pelos internautas do jornal "Rzeczpospolita". A cidade velha de Cracóvia é a principal atração turística da Polônia, apesar da colocação no concurso. Em 2006, a cidade se tornou o terceiro destino turístico do continente, sendo suplantada apenas por Roma e Paris, com quase 10 milhões de visitantes, apenas nos meses de julho e agosto.
As origens da cidade remontam a idade da pedra, pelo menos. Mas foi apenas em 1038, que a cidade se tornou a capital do reino polaco. Status que manteve até 1596, quando o rei Segismundo III Vasa , filho da familia real Vasa da Suécia mudou a capital para Varsóvia (para ficar mais próxima da mãe, em Estocolmo). Mesmo assim, a cidade manteve sua posição de panteão nacional. Com exceção dos fundadores do reino Mieszko I (miechko) e Bolesław I (bolessuaf) e do último rei August Ponianowski, todos os demais reis, nobres, santos e heróis nacionais estão nas tumbas da Catedral de Cracóvia. A cidade permaneceu 127 sob domínio do Império Habsburgo de Áustria, sendo restituída a Polônia, apenas em 1918.
O Rynek foi assim denominado em 1257, quando da obtenção do status de cidade por Cracóvia, durante o período de administração do príncipe Bolesław V. A praça tinha o propósito de ser o local concentração dos moradores e de venda de produtos da cidade. Com 40.000 m², o Rynek é a maior praça central da Europa e está rodeada por antigos edifícios e palacetes construídos há vários séculos. No centro, está localizada a Sukienice (suquienitsse - mercados de tecidos), local utilizado atualmente em sua parte inferior por lojas de artesanato e souvenirs e em sua parte superior pelo Museu Nacional. Além disto, também estão localizadas no interior da praça a Capela de São Adalberto e o Ratusz (torre e antiga prefeitura e prisão da cidade). Num de seus cantos está localizada a igreja mais famosa da cidade, a Mariacka (mariatssca), ou Igreja de Santa Maria. Na qual esta o altar mais representativo do barroco polaco, esculpido todo em madeira. Famosos e tradicionais são alguns bares e restaurantes da cidade como a Piwnica pod Baranami (pivnitssa pod baranami) onde muitos ídolos da música popular polaca deram seus primeiros passos em direção ao sucesso, ou o restaurante "Wierzynek" (viejinek), e o clube de estudantes "Pod Jaszczurami". O restaurante Wierzynek existe desde o século 14. A lenda diz que, em 1364, o rei Casimiro – o Grande convidou monarcas de toda a Europa para se reunirem em Cracóvia. Com tantas visitas importantes, o rei pediu ao rico comerciante Mikołaj Wierzynek, que preparasse um festivo banquete. Wierzynek se esmerou e em seu palacete na Praça do Mercado foi além do esperado. Comida e bebida de excelente qualidade e ao final como despedida do banquete ofereceu presentes de muito valor aos comensais. Desde então, o Restaurante dos Reis tem sido palco de visitas importantes, que vão desde a rainha Elizabeth II ao presidente George W. Bush. Além dos palácios que foram moradia na idade média como Margrabska, Pod Krzysztofory, Zbaraskich, Szara, Hetmańska Montelupich, a cidade velha conta com edificios, que com o passar dos séculos foram abrigando lojas e escritórios reais, ou casas de câmbio como o Szara, pertencente então a um grupo de judeus. Por sua vez, o Montelupich abrigou o correio central. O monumento ao poeta Adam Mickiewicz foi levantado, em 1898, e logo transformado em ponto de encontro da população. A cidade velha e todo o entorno da praça central está dentro do Planty, o parque que circunda a antiga cidade murada. Esta área arborizada era o fosso medieval de proteção da cidade fortificada. Mas no século 19 os invasores austríacos derrubaram as muralhas, portões e guaritas de atalaia e secaram o fosso. Nesta área construiram o parque que existe até os dias de hoje. Da mesma forma, o austríacos obrigaram todos a transferirem os túmulos dos cemitérios existentes ao lado das igrejas para uma área afastada da cidade. Criando assim, o segundo maior cemitério da Polônia, o Rakowicki. Também neste período, os asutríacos derrubaram o manicômio existente na Ulica Szpitala (ulitssa chpitalna – rua hospital) e construíram em seu lugar o Teatro Juliusz Słowacki (iuliuch suovatssqui). Neste espaço, entre esta área verdde do mapa, encontra-se não só a cidade velha, mas o coração da nação polaca, pois muitos dos edifícios mais significativos da história da Polônia aqui estão, como o Castelo Real e a Catedral de Wawel, a Universidade Jagielloński, os teatros, as igrejas de Santo André, São Pedro e São Paulo, São Francisco de Assis, Dominicanos, São Casimiro, Santa Ana, São Tomás, e muitas outras. Em parte herança do comunismo, em parte da própria história secular da cidade, a maioria dos edifícios circundados pelo bosque são propriedades da prefeitura, da cúria metropolitana e da universidade. Todo este conjunto passou a fazer parte do Patrimônio Histórico Mundial em 1978, pela UNESCO. E do ponto de vista de atração turística, este conjunto é o maior, mais bonito e mais conservado da Europa Central, suplantando em muito Praga, em que pese todo marketing da cidade investido pelos Tchecos, como pagar para as produtoras de Hollywood gravar suas cenas ali.

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