quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Polaquinha ginasta é orgulho do Paraná

Marcelo Elias / Gazeta do Povo
Dona de quatro medalhas conquistadas na ginástica rítmica nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara – três de bronze e uma de prata –, Angélica Kwieczyński (descendente de imigrantes polacos), de Toledo, no Oeste do estado, ganhou a votação popular no Prêmio Orgulho Paranaense, pelo qual competiram os destaques do estado no esporte em 2011 – no total, foram 6.100 votos contabilizados pela internet. A cerimônia de premiação foi na noite desta quarta-feira no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. O prêmio é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Esportes, com o apoio da RPC TV.
A polaquinha Angélica superou nomes como Emanuel (vôlei de praia), Giba (vôlei) e Henrique Rodrigues (natação). Ela também ganhou a categoria rendimento esportivo entre as mulheres – votação feira por um júri técnico. Entre os homens o vencedor foi Emanuel.

O sobrenome Kwiaczyński tem sua origem em Kwiat=flor, numa livre interpretação o significado do sobrenome de Angélica seria florense, ou floriana.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Olga, a mais bela do "Top Model 2" da Polônia


Na final da segunda edição do "Top Model" Polônia, realizado neste fim de semana, em Varsóvia, a modelo vencedora foi Olga Kaczyńska, de 19 anos, e natural da cidade de Wrocław
A bela menina-moça tem tudo para seguir uma carreira internacional, pois está com inglês afiado na ponta da língua, além de possuir presença e carisma. Desde os 15 anos ela é contratada da agência de modelos ALL. Olga já desfilou em Milão e Barcelona. Gravou cenas no videoclip "Ostatnia noc" da banda "Farba". A imprensa polaca não informou se a modelo é da família dos gêmeos da política Lech e Jarosław, por ter o mesmo sobrenome.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

30 anos da Lei Marcial de Jaruzelski


Há 30 anos, deste 13 de dezembro, a Polônia comunista confinava o movimento Solidariedade ao silêncio. Movimento que desafiava pacificamente o bloco soviético por inteiro. Mas o gesto de força do general Wojciech Jaruzelski seria o último na Europa central e não impediria a queda do império oito anos mais tarde.
Era 13 de dezembro, noite de sábado para domingo, quando o general Jaruzelski, decretava uma lei marcial com o objetivo de pôr fim às atividades de um sindicato que tinha quase 10 milhões de membros, 16 meses depois de sua criação. Fato ocorrido durante a greve dos estaleiros navais em Gdańsk, em meados de 1980.
Como ação imediata da imposição da Lei, várias dezenas de milhares militantes sindicais foram detidos, começando por seu chefe carismático, o eletricista Wałęsa (pronuncia-se vauensa).
Durante quase 500 dias de liberdade, o Solidariedade esperava introduzir reformas econômicas num Estado comunista totalmente ineficaz. "Sempre tínhamos a sensação de estar na linha vermelha", recordou Bronisław Geremek, historiador que na época era conselheiro do sindicalista polaco.
Desde a primavera de 1981, Geremek havia sido informado de planos para deter a direção do Solidariedade. Apesar de tudo, o golpe "foi uma amarga surpresa", afirmou anos mais tarde.
Naquele dia 13 de dezembro não houve derramamento de sangue. Mas três dias depois, durante um ataque das forças de segurança, nove grevistas morreram na mina de Wujek, na Silésia.
O general Jaruzelski sempre afirmou que havia tentado proteger a Polônia de uma invasão dos soviéticos, inquietos com o ambiente de liberdade existente em suas fronteiras. Hoje, o general responde a processos num tribunal de Varsóvia, aos excessos que ele teria cometido no comando do governo da Polônia comunista. Considerado culpado, já em março de 2006, de "crime comunista" pela instauração da lei marcial, o ex-chefe de Estado, de 89 anos, vive em Varsóvia.
As alegações de Jaruzelski foram contestadas por Geremek ainda naquele ano de 2006. "No fim de 1981, no momento da instauração da lei marcial, não havia nenhuma preparação militar para intervir do lado soviético".
A lei marcial foi "suspensa" ao fim de 12 meses e anulada em 22 de julho de 1983.
Apesar das autoridades, o Solidaridade sobreviveu na clandestinidade. No início de 1989, quando a URSS de Michail Gorbachov preconizava uma mudança, o general Jaruzelski convidou o movimento anticomunista a discutir as reformas que terminariam por derrubar o regime, no que ficou conhecido como "Mesa Redonda".
Na edição de hoje do jornal Gazeta Wyborcza, o ex-líder, ex-presidente e prêmio nobel da Paz, Lech Wałęsa, diz que ele também se recorda de um outro dezembro. Sendo mais específico fala das greves de 1970. A entrevista foi concedida ao jornalista Jarosław Kurski.

Kurski - Eu estou lhe chamando porque temos 30º aniversário da lei marcial.
Wałęsa - Eu não comemoro desastres, e essa foi uma derrota.

Kurski - Mas depois veio a vitória.
Wałęsa - - Lembro-me de dois dezembros. Aquele, do ano 70, que foi um protesto desesperado. Mas o de 81 é outra questão. Houve organização, houve entusiasmo, houve fervor. As pessoas queriam a reforma. Esta deveria ser resolvida em dezembro. Mas para mim, não me atenho a prisão nem mesmo vingança. Com o "solidariedade" tinha que falar sobre paz, enquanto nas ruas chegavam os tanques.

Kurski - No caso de dezembro de 1970, o senhor apelou por uma anistia. Isto não é uma isentar de responsabilidade, mas renunciar à punição. O senhor acredita que a anistia deva ser estendida a Kiszczaki e Jaruzelski?
Wałęsa - É preciso verificar se era possível a intervenção soviética. Porque se eles acreditavam e estavam com medo, então também é preciso avaliar de forma diferente. Não se trata de julgar alguém. Isto deve ser contabilizado em termos históricos e nos danos causados à nação pelos generais. Milhares de pessoas se foram! Muita gente sofreu. Há a necessidade de se conceder indenizações a eles. Precisa-se colocar em ordem as coisas más que este dia arrastou. Deve-se, finalmente, tirar conclusões daquele momento para o futuro.

Kurski - Como líder daquele "Solidariedade", o que o senhor gostaria de dizer aos polacos no 30º aniversário da lei marcial?
Wałęsa - Que nós lutamos muito bem! Quero agradecer a luta pacífica. E entre tantos, agradecer ao Sr. Bronisław Geremek, termos derrotado o poder de forma pacífica. Estou orgulhoso de que ele não aceitamos métodos de luta, que tentaram nos impor o inimigo. Pois então teríamos muito mais vítimas. A não utilização de força foi a nossa força. Gloriosa Sociedade! Infelizmente, o poder, que não podia se dar bem, se não conversasse com o primaz Glemp, nem com Wałęsa, este merece uma avaliação negativa.

Kurski - E o que o senhor diria hoje, aos generais do Conselho Militar de Salvação Nacional? Ainda há alguns poucos deles ainda vivos.
Wałęsa - Eu tenho conversado com eles. Eles estavam convencidos de que eramos alvos de mísseis em cidades polacas. Eles viram mapas de ataque à Polônia. Ninguém no mundo poderia acreditar que houvesse uma chance de escapar dos soviéticos, porque eles tinham que acreditar. Ninguém teria acenado com um dedo para nos defender. Para não mencionar: declarar uma guerra. Era apenas um pesadelo, ou os soviéticos estavam dispostos a pressionar aqueles botões? Os generais acreditavam que a intervenção queimaria dois terços dos polacos. Bem, como ser um juiz agora? Havia um poucos vilões, mas havia alguns que pensavam que eu era bom, era só preciso domá-lo, porque o "Solidariedade" não tinha conhecimento de tudo que ameaçava. Afinal, ninguém acreditava no fim do comunismo naquele momento de nossas vidas. Köhl e Genscher, mesmo quando eles estavam na Polônia, em 1989, e eles disseram que o Muro de Berlim caiu, eu não acredito nisso. Isto é só o que todos nós eramos em 1981!

Kurski - Qual foi a pior do estado marcial?
Wałęsa - Divisões. Antes de 13 dezembro estávamos juntos. E, em seguida, foram cavadas divisões que ainda existem. Foi um crime à nacionalidade.

Kurski - E essas divisões ainda são mantidas?
Wałęsa - - Não, não. Divisões políticas devem existir, porque este é o pluralismo. Digo apenas para não destruir-se mutuamente e não destruir o futuro polaco.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Wiosna, o grande campeão do Festival

Grupo Folclórico Polaco Wiosna de Campo Largo
E Lourival Araújo Filho, bisneto de polaco pelo lado materno, foi o grande vencedor do V Festival de Folclore Polaco promovido pelo Consulado Geral da República da Polônia, em Curitiba.
O grupo folclórico Wiosna (primavera) de Campo Largo orientado pelo "Tio Lori" ficou em primeiro lugar na categoria Juvenil e segundo no Infantil. Os anos de dançarino no Wisła do Paraná e no Słowianki da Universidade Iaguielônica de Cracóvia, além do curso de danças folclóricas da Universidade Católica de Lublin não foram em vão. Coreógrafo dos mais compententes, Lourival está com tudo e não está prosa.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Jacelka neste domingo em Curitiba


Chamada da TV e-Paraná para as comemorações do Natal no Bosque João Paulo II, em Curitiba, neste domingo, a partir das 12:00 horas. A Jacelka, presépios de natal polacos estão expostos numa das casas do Bosque.
Apresentações de grupos folclóricos de várias etnias de Curitiba, além de Coral e barraquinhas com muitas guloeimas típicas.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vem aí o 5º Festival Folclórico Polaco de Curitiba

Grupo Wiosna de Campo Largo-PR
Por iniciativa do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba, o 5º Festival Infanto-Juvenil de Folclore Polaco neste fim de semana. O festival, segundo os organizadores, tem por objetivo o congraçamento e o desenvolvimento do folclore polaco entre as crianças e jovens de 5 a 15 anos. O grupo Wiosna (na foto) já foi vencedor em duas edições do festival e já se apresentou em outros Estados, como a Polfest de Guarani das Missões, no Rio Grande do Sul. Ano a ano o número de participantes tem aumentado. Este ano estes são os grupos concorrentes:

· Grupo Folclórico Hercílio Malinowsky (São Bento do Sul – SC)
· Grupo Folclórico Karolinka (São Mateus do Sul – PR)
· Grupo Folclórico Kraków ( Mallet / Col. Rio Claro – PR)
· Grupo Folclórico Mali Polacy (Virmond – PR)
· Grupo Folclórico Mazury (Mallet – PR)
· Grupo Folclórico Wawel (São José dos Pinhais / Col. Murici – PR)
· Grupo Folclórico Wiosna (Campo Largo – PR)
· Grupo Folclórico Zabawe Poslkie (Campo Largo / Col. D. Pedro II – PR)
· Grupo Folclórico Piaskowa (Indaial – SC)

Este ano, espera-se a participação de 300 crianças que com trabalho e dedicação, mantém e desenvolvem em suas comunidades as danças do folclore polaco.

Local: Teatro Bom Jesus (R. 24 de Maio, 135 - Centro – Curitiba-PR)
Dia: 11 de dezembro (domingo)
Horário: 16h00 Entrada Livre

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ortega e Gasset e a Rebelião das Massas

Um trecho do texto do filósofo espanhol José Ortega y Gasset, em 1926, alertava no que ia dar a "indignação" do povão europeu: nazismo, fascismo, comunismo e outros ismos menos votados, mas tão mortais quanto.


José Ortega y Gasset
Em Rebelião das Massas, Gasset fala da geração pós primeira guerra:


“Esse homem-massa é o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado... carece de um ‘dentro’, de uma intimidade própria, inexorável e inalienável, de um eu que não se possa revogar. Eis porque está sempre disposto a fingir que é alguma coisa. Só tem apetites, pensa que só tem direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza”, diz Gasset já no prológo de sua obra.


Gasset identificou neste homem ressentido, cheio de certezas sobre seu lugar no mundo e o chamou de “senhorzinho satisfeito”. Este senhorzinho foi o centro das doutrinas coletivistas do século 20, o nazi-fascismo e o comunismo, que quase levaram à Europa à ruína.


Sobre ele, diz Gasset: “Este personagem, que agora anda por todas as partes e impõe sua barbárie íntima em todos os lugares, é, de fato, o menino mimado da história humana. O menino mimado é o herdeiro que se comporta exclusivamente como herdeiro... o senhorzinho pensa que pode se comportar em qualquer lugar como em sua casa, pensa que nada é fatal, irremediável e irrevogável.”


E continua: “Mas acontece a mesma coisa se ele decide ser revolucionário: seu aparente entusiasmo pela [...] justiça social serve-lhe de disfarce para poder desvencilhar-se de qualquer obrigação – como a cortesia, a veracidade e, acima de qualquer outra coisa, o respeito ou a admiração pelos indivíduos superiores.”

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vitrine da Braspol em Porto Alegre

Ulisses Iarochinski - Foto de Estácio Nievinski

Momento de emoção ao falar na III Vitrine Literária, em Porto Alegre, neste sábado, dia do meu aniversário (fato desconhecido dos presentes ao evento).
Com uma razoável, mas qualificada plateia o evento da Braspol marcou pela reunião de estudiosos da polonidade brasileira, muitos dos quais nem descendentes de polacos o são.
Simples e muito bem organizado por Sidnei Ordakowski, Estácio Nievinski e Wilson Rodzycz, o evento apresentou palestras e comunicações muito elucidativas e criativas.

As eleições russas interessam?

Há séculos, pelo menos desde que o rei Władzisław, polaco que invadiu e tomou o Principado de Moscou, em 1612, que a Polônia vive às "turras" com a Rússia. Além do comunismo imposto o fato mais recente aconteceu com a queda do avião presidencial polaco em Śmoleński (cidade que no passado foi polaca e hoje está em território russo.
Escrevo isto para justificar aqui neste blog sobre coisas da Polônia e dos polacos o texto abaixo de Fabrício Yuri Vitorino, mestrando pela USP em língua e literatura russa, formado em Jornalismo pela UFF e Letras Português-Russo pela UFRJ, com especialização na MGU de Moscou.
Ter informações sobre o que se passa na Rússia é importante para os polacos. A troca de cadeiras que faz o militar Vladimir Putin na "democracia" russa é impressionante. Ele era o Presidente, que foi eleito primeiro-ministro, que pode voltar a ser eleito Presidente. Leiamos o que diz o Fabrício:

A SOPA DE LETRINHAS DOS PARTIDOS E A BRIGA PELO PODER

Ontem, dia 4 de dezembro, foi dia de eleição parlamentar na Rússia. São 97 mil colégios eleitorais para a eleição de 450 deputados entre quase três mil candidatos de sete partidos.
Na luta por uma cadeirinha na Duma, para um mandato de 5 anos, temos esportistas, como o ex-tenista Marat Safin, o ex-boxeador Nikolai Valúev, o ex-jogador do Chelsea Alexey Smertin e as ex-campeãs mundiais de ginástica Alina Kabaeva e Svetlana Jorkina. Temos ainda a primeira mulher astronauta da história, Valentina Tereshkova, o prêmio Nobel de Física 2000, Zhores Alferov, e o suspeito de matar o agente Alexandr Litvinenko em Londres, Andrei Lugovoi.
Bom, antes de falar um pouco sobre o dia eleitoral e sobre o ‘карусель’, o carrossel, esquema de fraudes mais popular da Rússia, vou tentar explicar um pouquinho quem são os partidos, como eles se alinham e o que se esperar deles.
Единая Россия
O mais importante de todos, atualmente, é o conservador Единая Россия, (Edinaya Rossia, ou Rússia Unida). É liderado pelo premiê Vladimir Putin e domina os quadros nacionais e regionais já há mais de uma década. Até a eleição de hoje, controlava 315 dos 450 assentos da Duma, o que garante ao governo a maioria de 2/3 para aprovar quaisquer alterações à Constituição.
É a base de apoio ao Kremlin (leia-se a Putin). Pelo ER, Putin será candidato a presidente ano que vem, enquanto o atual presidente será o principal candidato ao parlamento. Em seguida, será nomeado premiê. Ou seja, uma troca de empregos.
O ER defende uma estabilidade econômica e social e está sempre buscando reviver o status de superpotência da Rússia. É centrista e conservador, baseando-se nos valores russos e na ideia de uma identidade nacional russa única, o que gerá muita polêmica onde quer que isso seja debatido.
Коммунистическая партия Российской Федерации
Em seguida, levando em consideração a representatividade política, vem o Коммунистическая партия Российской Федерации (Komunisticheskaya Partya Rossiskoi Federasyi, ou Partido Comunista da Federação Russa, PCRF). Liderado pelo sempre polêmico Gennady Zyuganov (que no vídeo abaixo diz que Jesus foi o primeiro comunista e cita a Bíblia para provar), tem a segunda maior bancada na Duma, com 57 deputados.



É o sucessor legítimo, ideológico e político, do Partido Comunista da União Soviética, a maior e mais popular legenda de esquerda do país. Uma enorme e massiva fonte de apoio ao PCRF são os aposentados, trabalhadores comuns e moradores de áreas rurais e distantes do país, os ‘esquecidos’ pela Rússia de Moscou.
Embora seja conhecido como um partido de ‘nostálgicos’ e ‘velhos’, o Partidão Russo tem feito um notável esforço, nos últimos anos, para recrutar jovens a seus quadros. Com o discurso estilo ‘раньше было лучше’ (Ranshe bylo luche – antes era melhor), condenam o capitalismo e focam fortemente no patriotiosmo russo.

Либерально-Демократическая Партия России
Em terceiro lugar, temos o Либерально-Демократическая Партия России (Liberalno Demokraticheskaya Partya Rossii, ou Partido Liberal Democrático da Rússia, LDPR), que tem como líder outra figura lendária da política russa, Vladimir Zhirinovsky. Tem 40 representantes na Duma, cujo interesse primordial é defender… Zhirinovsky. Formado em 1990, É um dos partidos mais antigos da Rússia.
Recentemente, adotou um discurso mais abertamente nacionalista e pan-eslavista, defendendo os interesses do que chamam de ‘russos étnicos’. Assume ser o único partido genuinamente de direita do país e busca criar um ‘estado forte’, com slogans contra o Oeste, a Europa e os EUA. É outra legenda a se fortalecer com a classe trabalhadora e moradores de áreas rurais.
Confere o estilo de Zhirinovsky, quando ele debate com uma estudante os motivos pelos quais a Rússia não seria um país democrático.


Справедливая Россия
Dos quatro grandes, o Справедливая Россия (Spravedlivaya Rossia, ou Rússia Justa) é o mais fraco, com 38 representantes na Duma atualmente. É liderado por um político influente e camaleônico chamado Sergei Mironov, desde 2006, quando foi criado, a partir da união dos partidos Rodina (Pátria-Mãe), do Partido da vida e do Partido dos Aposentados.
Usa slogans socialistas moderados, de centro-esquerda, promovendo justiça social, ordem e estabilidade. Apesar de ter crescido às custas do apoio dado a Putin e Medvedev, recentemente seus quadros mudaram sua política, reposicionando o SR como ferreno oponente do Rússia Unida. Vale lembrar o episódio em que Mironov, dentre outros deputados, não cumprimenta Putin no parlamento.

Российская Объединённая Демократическая Партия “Яблоко”
Do segundo time dos partidos políticos, o Яблоко (Yabloko, ou Partido da União Democrática ‘Maçã’) é o mais ‘cool’ de todos. Social-democrata, é liberal, promove valores democráticos e defende os direitos humanos e a liberdade civil em prol de uma economia de mercado. Ou seja, tudo o que não existe atualmente na Rússia.
É mais conhecido atualmente por sua atividade em protestos do que por ações política, já que perdeu muito do pouco espaço recentemente. Apesar de não ter representantes na Duma, conta com o apoio de muitos intelectuais e foca na eleição de seus líderes, Grigory Yavlinksy e Sergei Mitrokhin, atualmente na Duma da cidade de Moscou.
Agora, maçã? Sim, sim, é uma ideia liberal. A maçã simboliza uma ideia de que todos devem ter direito a uma mordida. Além do mais, Yabloko é um acrônimo dos nomes de seus fundadores: YAvlinsky, Boldirev e Lukin, YABL.

Правое дело
Uma nova força, ainda sem representatividade, na política russa é o Правое дело (Pravoe Delo, ou Causa Direita). Formado em 2007 pelo oligarca bilionário Mikhail Prokhorov, tem orientação centro-direitista, é mais uma representação dos homens de negócios, empregados do setor privado e alta classe em geral.
Defende a diminuição da máquina pública e de seu funcionalismo, é pró-Ocidente e quer, inclusive, que a Rússia se candidate à União Europeia. Tende a ser liberal e modernista, por isso encontra pouco espaço na cabeça dos russos.

Патриоты России
A última e mais estranha representação política significante da Rússia é o Патриоты России (Patrioty Rossii, Patriotas da Rússia). Como diz o nome, tem uma orientação ao mesmo tempo comunista, extremista de esquerda e nacionalista.
Basicamente, defende a construção de um estado forte e sua expansão, através da a nacionalização dos propriedades privadas ilegais, é contra o ocidente e tem estranhos desejos de controle e rearranjo étnico. É liderado por Gennady Smigin, mais um oligarca e ex-poderoso membro do Partido Comunista da FR.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sikorski cobra responsabilidades da Alemanha


O ministro das relações exteriores da Polônia, Radosław Sikorski está nas primeiras páginas do principais jornais europeus nesta semana. Também os principais telejornais destacam o discurso do polaco Sikorski feito nesta segunda-feira, em Bruxelas.
Entre frases fortes como: "Aprofundamento da integração ou desintegração", o ministro polaco cobrou dos alemães: "Exigimos da Alemanha, para o bem da sua e da nossa zona do euro, que nos ajude a sobreviver e a prosperar. Alemanha! Você sabe que ninguém mais é capaz de fazer isso". Sikorski advertiu ainda: "Bem, provavelmente eu seja, o primeiro ministro das Relações Exteriores polaco da história, a dizer que, começo a preocupar-me menos com a potência do que com a inatividade alemã."
Curiosamente nestes dias de crise na zona do Euro, os comentaristas e jornalistas brasileiros falam muito da Grécia, Portugal, Espanha, Itália e França. Mas esquecem e não citam linha sequer que a Presidência da União Europeia e do Parlamento Europeu neste momento é da Polônia.
O presidente polaco Bronisław Komorowski é o presidente de turno atual da UE, em Bruxelas (Bélgica), e o cientista e eurodeputado polaco Jerzy Buzek é o presidente do Parlamento Europeu, com sede em Strasburgo (França).
Também não citam que a Polônia é o país de melhor desempenho econômico entre os 27 países membros, há três anos. E que a crise apesar de vizinha não fez e parece que não fará estragos na Polônia.
Santa ignorância dos "comentaristas" brasileiros, ou censura deliberada?

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cidades polacas tentam atrair estudantes

Centro velho de Poznań
Convite pessoal do prefeito de Poznań incentiva o estudo de atletas olímpicos em sua cidade. Em Wrocław existe um concurso de boletins (index) dirigido à estudantes do ensino médio oferecendo bolsas e dormitórios em casas de estudantes grátis. As duas cidades promovem campanhas pelo país todo, inclusive com out-doors nas ruas e estradas.
O prefeito de Poznań, há três anos envia estes convites pessoais para alunos do ensino médio de todo a Polônia. Sua ação tem colhido seus frutos: centenas de diplomados atenderam ao convite. Anna Wawdysz do departamento de desenvolvimento da cidade de Poznań diz que logo que chegam, os estudantes recebem informações sobre a cidade e a Voivodia (Estado) da Wielkopolska. Segundo ela, estas ações fazem parte de um programa de desenvolvimento da cidade para os próximos 20 anos.
"Poznań está tentando pegar o que há de melhor em Cracóvia. Os poznanianos enviam convites pessoais aos nossos vencedores alunos todos os anos. Os formandos da minha escola já argumentam que são tentados a aceitar o convite, pois nenhuma instituição acadêmica da própria cidade os conhece e se interessa por eles. Além dos mais as ofertas de bolsas de estudo e gratuidade nos dormitórios estudantis não são de ignorar", admite Stanisław Pietras, diretor da Escola V de Cracóvia.
Wiktor Kuropatwa, vencedor de um concurso estudantil e estudante da classe 3 da escola V afirma que recebeu ligações telefônicas de Poznań e de Varsóvia. "Eu poderia pensar em estudar em Varsóvia. Mas prevaleceu, por questões práticas, minha idéia de permanecer na minha cidade e tentar estudar na Universidade Iaguielônica, de Economia, ou na AGH".

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Suicídios nos Tatras polacos

Fotó: Marek Podmok3y 

"Às vezes, as imagens do meu filho voltam à memória. O momento em que o encontrei foi o pior da minha vida", diz o prefeito Andrzej Makowski, em voz baixa. "Ele tinha 25 anos e aconteceu três meses antes do casamento." São declarações em uma reportagem sobre a região Podhale (Sul da Polônia), onde suicídios ocorrem duas vezes mais do que no resto do país.
"Não quero saber se havia elementos de depressão, ou alguma outra coisa tenha prevalecido, mas a morte tinha um significado para eles", continua a falar o prefeito Makowski. "A Dr. Yvona Koszewska (psiquiatra da Cumulus Foundation) disse que a depressão é uma doença dos tempos modernos, e que as pessoas cada vez mais estarei serão acometidas por ela. Mesmo quando ela diz que as estatísticas de suicídios em Podhale parecem tão ruins, penso que se precisa fazer algo sobre isso".
A maioria daqueles que tirou a própria vida nos últimos anos tinha entre 20 e 30 anos.
Baseado em dados dos anos entre 1999-2007 (adquiridos em hospitais e polícia) houve na região das Montanhas Tatras 130 tentativas de suicídio, dos quais 117 terminaram em morte. Os suicidas eram em sua maioria homens. 11 vítimas ainda não tinham 18 anos. As taxas de suicídio nos Tatras são 1,7 vezes superior à média polaca. O pior índice foi o de 2003, quando nas Montanhas Tatras, foram cometidos 2,7 vezes mais suicídio que a média em todo o país. No distrito onde estão os Tatras existem uma população de cerca de 13 mil crianças e jovens. Entre estes, 1,5 mil têm transtornos mentais.
Os casos de suicídio na região das montanhas da Polônia rendeu um filme, "THE WIND HALNY" (O vento Hala", do diretor Jakub Brzosko.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Folclore polaco de Varsóvia em Curitiba

Chamada da TV E-Paraná em exibição no Canal 9 de Curitiba sobre a apresentação dos grupos folclóricos da Universidade de Varsóvia e do Wisla de Curitiba, neste sábado, às 20 horas, no auditório da UTFPR, av. 7 de setembro, 3165.

Festival de Violão de Wrocław está imperdível


Está acontecendo na cidade de Wrocław (pronuncia-se vrotsssúaf) desde o dia 18 de novembro o Festival Wrocław do Violão 2011.
O evento que reúne alguns dos melhores violonistas da Europa vai até o próximo dia 27. Na programação, concertos com nomes consagrados mundialmente como os espanhóis Paco de Lucia e Javier Carlos Moreno, o italiano Antonio Forcione, o escocês Preston Reed e os polacos Marcin Czarnecki e Piotr Dębowski do Duo Los Desperados.
O festival acontece desde março 2001 e foi uma iniciativa por músicos de Wrocław e também graças à boa vontade das instituições culturais da cidade. O festival possui até estatuto e este diz que seus fins são a popularização da música de violão e guitarra acústica, bem como promoção de violonistas e guitarristas talentosos ligados à Wrocław e a Região da Baixa Silésia. Desde a sua criação tem aliado concertos com artistas dos mais ilustres, a professores (inclusive acadêmicos) a amantes de guitarra de toda a região.
Entre as apresentações desta edição estão:

Carlos Piñana (Espanha)
FLAMENCO SHOW BODY & SOUL
18.11.2011, 20 horas
Impart Art Centre, 17 Mazowiecka Str., Wroclaw

Javier García Moreno (Espanha)
CLASSICAL MASTERS
19.11.2011, 18 horas
Stara Giełda, 16 Solny Square, Wroclaw

Antonio Forcione (Italia)
JAZZ AND SOUTHERN MUSIC
19.11.2011, 20 horas
Firlej Club, 56 Grabiszyńska Str., Wroclaw

New Tango Bridge - Grzegorz Frankowski (Polônia)
TANGO ARGENTINO
20.11.2011, 18 horas
Impart Art Centre, 17 Mazowiecka Str., Wroclaw

Quarteto Cracóvia de Violões (Polônia)
DANCE MUSIC OVER THE AGES
22.11.2011, 19 horas
Marketplace - Old Town Hall, Wroclaw

Los Desperados (Polônia)
Os maiores sucessos
23.11.2011, 19 horas
Marketplace - Old Town Hall, Wroclaw

Stefan Grasse Trio (Alemanha)
Música Latinoamericana
24.11.2011, 18 horas.
Mleczarnia Club-Café, 5 Wlodkowica Str., Wroclaw

Michael Langer (Austria)
THE CLASSICS AND IMPROVISATION
25.11.2011, 18 horas
Mleczarnia Club-Café, 5 Wlodkowica Str., Wroclaw

Grupo Spectral (Polônia)
SWISS COMPOSERS’ MUSIC
26.11.2011, 18 horas
Stara Giełda, 16 Solny Square, Wroclaw

Preston Reed (Escócia)
FINGERSTYLE SHOW
26.11.2011, 20 horas
Synagoga pod Białym Bocianem, 7 Włodkowica Str., Wroclaw

Paco de Lucía (Espanha)
O rei do Flamengo
27.11.2011, 18 horas
Centennial Hall, 1 Wystawowa Str., Wroclaw

Oficinas e Masterclasses

Javier Garcia Moreno
19 de Novembro (sábado), 10:00-13:00, Academia de Música em Wroclaw
Roch Modrzejewski
27 de Novembro (domingo), 10.am - 01:00, Academia de Música em Wroclaw

Palestras metodológicas para professores:
19 de Novembro (sábado), 10:00-13:00, Academia de Música em Wroclaw

As palestras realizadas por:
Piotr Zaleski, tema de palestras: Alguns aspectos do ensino a tocar o violão em escolas de música primário e secundário.
Marek Zielinski, tema de palestras: Importância de Estudios Sencillos e Estudios Nuevos Sencillos Leo Brouwera no processo de educação dos alunos nas escolas primárias e secundárias de música - part.2

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Polacos são trabalhadores compulsivos


Em idioma polaco... pracoholik, em inglês... workaholic! Na verdade, isto que dizer que os polacos são compulsivos, fanáticos, loucos por trabalho. Pelo menos é o que indica uma pesquisa de opinião pública realizada em 85 países e onde foram ouvidas mais de 12 mil pessoas.
Os polacos trabalham até depois do fim do expediente e ainda levam trabalho para casa. 35% dos trabalhadores polacos passa mais de 8 horas por dia no trabalho, e mais de 40%, regularmente leva serviço para casa para terminá-lo à noite. O trabalhador polaco faz isso com a freqüência de mais de 3 vezes por semana. Eles não trabalham em grandes corporações, mas em pequenas empresas. Como resultado da pesquisa, em 48% dos casos eles são empregados de empresas de pequeno porte, que muitas vezes necessitam levar afazeres para casa. Tal expediente também é comum em 29% dos casos em empresas de grande porte.
"A pesquisa mostrou que a fronteira entre trabalho e casa é cada vez mais estreita. E isso pode afetar negativamente na saúde dos trabalhadores e em seu desempenho global. O resultado desse intenso trabalho pode causar depressão, desânimo, ou até mesmo doenças", diz Jarosław Pilch do sede polaca da empresa Regus.
A mesma pesquisa informa que apenas 5% das mulheres trabalham 60 horas por semana. Em relação aos  homens 12% deles realizam uma jornada de mais de 60 horas semanais.  As mulheres também levam menos serviço para concluir em casa do que os homens, que fazem isso pelo menos 3 vezes por semana.

P.S. A pesquisa foi publicada na edição de hoje do jornal Gazeta Wyborcza.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Folclore da maior qualidade em Curitiba





Neste sábado, dia 26/11, às 20 horas, no auditório da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, na av. 7 de setembro, 3165, em Curitiba se apresentam mais uma vez juntos a Cia. de Cantos e Danças da Universidade Politécnica de Varsóvia e o Grupo Folclórico Polaco Wisła (Wissúa) do Paraná.


Os dois grupos já se apresentaram juntos no último dia 9 de julho de 2011 na Polônia. O encontro aconteceu durante o tour do grupo folclórico curitibano por 16 cidades da Polônia.
A companhia polaca da Universidade Politécnica de Varsóvia já fez mais de 3000 apresentações em todo o mundo. Recebeu o Colar de prata e de bronze dos Duques da Borgonha, a placa de prata Charles Cross da Academia de Música da Franca, a Artemis de Ouro do Festival Internacional de Izmir e também o 1º. Prêmio do Festival Harmonia de Lindenholzhausen na Alemanha (1999).


Cia. Canto e Dança da Universidade Politécnica de Varsóvia
Na Polônia já foi agraciada com a Sereia de Ouro da Prefeitura de Varsóvia, a Ordem do Mérito do Ministério das Relações Exteriores da Polônia, por promover a canção polaco no exterior.
A companhia de Canto e Dança da Universidade de Varsóvia foi um dos primeiros grupos folclóricos a surgir dentro das universidades da Polônia. Sua fundação é de 1951. Em seu repertório estão presentes músicas e danças de diferentes regiões da Polônia como polonaise, mazurka, kupalnocka, Kujawy, Piotrków, Rzeszów, Krakowiak, Kurpie.
Já o grupo curitibano foi fundado em 1928 pelo professor Tadeusz Morozowicz como "Grupo Folclórico Polaco do Paraná" e foi oficializado em 03 de Janeiro de 1960, como "Grupo Folclórico Polonês Wisła". O grupo é pelo governo da Polônia como um dos mais autênticos grupos folclóricos polacos além fronteira, o que lhe valeu a comenda "Oscar Kolberg", considerado o "pai" do folclore polaco.


Grupo Folclórico Polaco Wisła do Paraná

Exposição Skłodowska reabre em Curitiba