segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Deputado polaco no Brasil

O deputado Adam Abramowicz ladeado pelo sobrinho Łukasz e pela irmã Alicja em frente estação tubo, na praça Tiradentes, em Curitiba. Foto: Ulisses Iarochinski.

O deputado Adam Abramowicz está no Brasil para concretizar um sonho. Há alguns anos, o representante da cidade de Biała Podlaska, no Sejm (Congresso) da Polônia, pelo partido PiS (Prawo i Sprawdliwości- Direito e Justiça - mesmo partido do Presidente Lech Kaczyński) promove um encontro da família Abramowicz. No começo eram apenas familiares da Polônia, mas ano a ano foram chegando ao encontro anual de Biała Podlaska parentes encontrados em outros países como Alemanha, Estados Unidos e Canadá. Algum tempo atrás, Adam descobriu que um dos irmãos de seu avô imigrou para o Brasil.
Não teve dúvidas então, em organizar uma viagem ao Brasil para encontrar os representantes brasileiros da família Abramowicz, em Guarani das Missões, no Rio Grande do Sul. Lá conheceu os primos Miguel, Adriano, Ângelo e outros, além da matriarca dos Abramowicz no Brasil, a senhora Flávia, com quase 70 anos.
Depois de uma semana em Guarani das Missões, o deptudado polaco foi conhecer Foz do Iguaçu e chegou em Curitiba, no fim de semana. Após conversar com a cônsul Dorota Joanna Darys para saber detalhes das ajudas que o governo polaco e a instituição Wspólnota Polska oferece aos brasileiros descendentes de polacos em termos de promoção cultural e educacional, prometeu trabalhar no parlamento polaco para que estas ajudas crescam mais e de forma mais efetiva.
No dia seguinte, Adam Abramowicz conheceu o centro da "Cidade Sorriso" e embarcou na jardeira do turismo (ônibus da prefeitura) que percorre os principais pontos turísticos da terceira maior cidade polaca no mundo. Pagou o bilhete de 16 reais, para ele, a irmã Alicja Abramowicz-Stasiak, o sobrinho Łukasz Stasiak e para o jornalista Ulisses Iarochinski que acompanha o pequeno grupo como guia e intérprete. Adam e família desceram no Jardim Botânico, na Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski, na Torre Panorâmica das Mercês e no Bosque do Papa João Paulo II, onde se negou a fotografar a fantasmagórica estátua do pontíficie polaco. Mas entrou na capela, na casa das exposições e na casa da família polaca, além da estátua do astronômo polaco, o revolucionário Mikołaj Kopernik. No domingo, pela manhã, foi a missa rezada em idioma polaco, na igreja de Santo Estanislau, na rua Emiliano Perneta.
Antes de voltar a Polônia, ainda esta semana, o deputado Abramowicz visita o Rio de Janeiro, Ouro Preto-MG e São Paulo. Disse ter notado uma diferença muito grande entre o Rio Grande do Sul e o Paraná e que se encantou com a modernidade de Kurytyba e as soluções urbanísticas e turísticas da capital dos paranaenses. Já sabia que Curitiba concentra o terceiro maior contingente de representantes da etnia polaca em todo o mundo, perdendo apenas para Chicago e Varsóvia. Quando inteirado de que Cracóvia é cidade gêmea de Curitiba, ficou desapontado por existir quase ou nenhum intercâmbio entre as duas cidades. Segundo ele, Curitiba pode oferecer soluções urbanísticas e receber em troca um patrimônio cultural imenso que permitirá entender e reconhecer a influência polaca na história dos curitibanos, ligados por laços étnicos ainda muito fortes com mãe-pátria Polônia. Prometeu esforços no sentido de aproximar mais as duas cidades e de buscar recursos para que o governo e instituições na Polônia promovam mais eventos polacos no Brasil. Finalmente disse que vai dar atenção a questão da cidadania para brasileiros descendentes de polacos, sejam estes emigrantes do período da partilha, ou após 1920.

Grande domingo polaco em Pequim

O domingo não poderia ter sido melhor para a equipe polaca nas Olimpíadas de Pequim. Dia de medalhas de ouro, prata e bronze. Com isso a Polônia, no momento está em 15 lugar na classificação geral. São até aqui 3 de ouro, 3 de prata e uma de bronze. No remo skiff quadrúplo veio a primeira medalha, que foi entregue a cada um dos quatro remadores. Ainda no masculino o remo polaco conquistou a prata no quatro sem leve.

Ouro no remo para Konrad Wasielewski, Adam Korol, Michał Jeliński e Marek Kolbowicz.
Foto: Aly Song Reuters


Foto: Reuters

Depois foi a vez de um verdadeiro mestre. Medalha de bronze em Sydney 2000. Primeiro ginasta polaco a ter um salto denominado com seu sobrenone "blanik". Leszek Blanik não esteve em Atenas 2004. Classificado para Pequim apenas 3 meses atrás, o ginasta polaco deixou todos os competidores para trás e colocou no peito a medalha de ouro na ginástica esportiva. No primeiro salto Leszek Blanik conseguiu a nota 16.600. No segundo passou bem com 16.475 e finalmente após duas tentativas conquistou o primeiro lugar na final com a excelente média de 16.537. Blanik não permitiu que o francês Thomas Bouhail medalha de prata o ultrapasse embora tenha num dos saltos conseguido a mesma nota que ele. A medalha de bronze ficou com o russo Anton Gołocuckow.

Foto: Bartosz Bobkowski / AG
Logo em seguida veio a prata no levantamento de peso até 94 kg para Szymon Kolecki. E mais uma de bronze para Agnieszka Wieszczek, na Luta Livre até 72 kg. Aga venceu ao derrotar a espanhola Maider Unda.
Foto: Issei Kato - Reuters


A primeira medalha de ouro da Polônia ja tinha sido conquistada na sexta-feira, pois coube à um polaco a primazia de ser o primeiro a ganhar uma medalha de ouro no atletismo dos Jogos Olímpicos de Pequim. O campeão foi Tomasz Majewski, de 2,04m e 130 kg. Com a marca de 21m51, ele venceu a final do arremesso de peso, nesta sexta-feira, no estádio Ninho de Pássaro.
Foto: Reuters

E para completar o domingo a Polônia ao vencer os russos deu o primeiro lugar na chave ao brasileiros no Vôlei Masculino. A Rússia que venceu o Brasil nos dois últimos jogos entre estes dois países, no mundial do Rio de Janeiro e nestas Olimpíadas não resistiu a bravura e emoção dos polacos. Foi uma partida eletrizante, os russos começaram massacrando no primeiro set por 25 a 17. Os polacos se recuperaram em seguida, mas foi difícil ...venceram o segundo set por 26 a 24. No terceiro os russos voltaram a vencer com a mesma dificuldade dos polacos por 26 a 24, mesmo placar no set anterior só que para equipe diferente. No quarto set era tudo ou nada para a Polônia, mas os comandados do baixinho argentino Louzano não esmoreceram e venceram por 25 a 23. No último e decisivo set, os nervos estavama flor da pele de ambos os lados. A forte equipe russa não conseguiu conter o ímpeto polaco e perdeu por 15 a 12. Com o resultado dessa batalha entre eslavos quem levou a melhor foi Giba e companheiros, que acabaram em primeiro no grupo pelo "average" dos sets, já que o Brasil ganhou da Polônia mas perdeu para os russos, estes por sua vez perderam para os polacos. Brasil em primeiro, Rússia em segundo, Polônia em terceiro. Todos estavam invictos até perderem para seus rivais.

A explosão de alegria do técnico da Polônia, o argentino Raul Lozano e do astro Sebastian Świderski.
Foto: Piotr Nowak

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Wisła Kraków perde de quatro


E o campeão polaco Wisła Kraków fez feio no Camp Nou, perdendo de goleada para o Barcelona por 4 a zero, na última quarta-feira. Acanhada por definição a equipe de Cracóvia não conseguiu chegar à grande área catalã. Ficou presa numa retranca, contendado-se a alguns lançamentos longos para o solitário Paweł Brożek, que nada pode fazer contra a bem postada zaga do Barcelona. Com um 4-4-1, o técnico polaco fez a alegria dos espanhóis. Eto'o fez a festa com dois gols belísssimos, ele que esteve quase descartado no início da temporada.
O próximo jogo entre as duas equipes acontece no próximo dia 27 de agosto em Cracóvia e as chances do time polaco de passar a próxima fase da Copa dos Campeões é mínima.

Polônia se defende e se arma

Foto: arquivo OTAN

Nesta quinta-feira, à noite, ficou tudo esclarecido sobre a barreira antimísseis Norte-americana a ser instalada em território polaco. O governo da Polônia assinou o acordo com os Estados Unidos pelo qual a Rússia tanto se incomodou nos últimos meses. Assim, a partir do próximo ano o território polaco tem uma defesa quase inespugnável, a bateria de mísseis Patriot. A partir de 2012, na Polônia, estarão estacionados também um batalhão de 110 soldados junto à base antimísseis.
O comando geral das forças armadas russas não demorou a reagir à assinatura do acordo polaco-Norte-americano. O comandante geral Anatolij Nogowicyn afirmou que a base antimísseis tem como único objetivo defender-se da Rússia.
O acordo, segundo o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, prevê ainda cooperação militar no caso de ataque de terceiros, além da bateria de misseis Patriot e caças F16 para equipar as Forças Armadas da Polônia. O vice-ministro das relações exteriores da Polônia, RyszardSznepf, acrescentou que a ajuda dos Estados Unidos não ficará restrita apenas a agressões militares, mas também a crise energética. Como a Polônia está sendo boicotada pelo consórcio russo-alemão que fornecerá gás a União Européia, a Casa Branca garantirá a ajuda necessária para que os polacos não sofram retaliação da Rússia em outras esferas.
Embora os Estados Unidos afirmem que o propósito da base antimísseis é defender a Europa no caso de um ataque iraniano, ou muçulmano, a verdade é que os russos pensaram agora duas vezes antes de voltar seus tanques de guerra em direção a Polônia, tal qual está fazendo com a pequenina Geórgia.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Geórgia pode esquecer Osetia





























Putin dá as ordens para Miedwiediew. Foto: AFP

"A Geórgia pode esquecer sua integridade territorial", afirmou o chefe da diplomacia russa Siergiej Ławrow. Logo em seguida o próprio presidente russo Dmitrij Miedwiediew assinalou, que a Rússia fará tudo para postular o domínio sobre a Abchazja e Osetia do Sul. Esta foi a notícia de primeira página no jornal Gazeta Wyborcza, desta quinta-feira, 14 de agosto de 2008.

Por sua vez a agência de notícias russa ITAR-TASS divulgou que o presidente da Rússia junto com os "presidentes da Osetia do Sul, Eduard Kokojtye e da Abchazja, Siergiej Bagapsz, assinaram num quarto encontro "seis pontos dos plano para encerrar o problema georgiano-osetiano."

P.S. Presidentes da Osetia e da Abchazja? Mas o que é isso? A Rússia já dá como favas contadas mais dois territórios em seu mapa, em que pese a intervenção do presidente da França e união Europeia (turno) Nicolas Sarkozy. Mapa este construído através e invasões, ocupações, dizimações e atentados terríveis contra a humanidade. Continuando assim uma política que começou com os Romanov quando ainda eram apenas o principado de Moscou no século XV.

Ao se tornarem o reino da Rússia e depois República Soviética sempre primaram por este hábito condenável de dizimar outras etnias, anexar os territórios invadidos, povoar com seus cidadãos e depois no futuro reclamar que estas terras são suas. Assim fizeram na Polônia em 1795 e depois em 1945. Invadiram, ocuparam, dizimaram, roubaram para depois se dizerem injustiçados.
O que o mundo civilizado (se é que o são, Estados Unidos, União Europeia e Brasil) deve fazer é exigir que a Rússia recolha suas tropas, seus cidadãos russos e deixe em paz a Geórgia.

Hoje, está sendo este pequeno país do cáucaso, amanhã serão as repúblicas do Báltico, a Moldávia, a Ucrânia, o Cazaquistão e finalmente a Polônia. É preciso parar este vermelho da bandeira, das camisas olímpicas e do sangue russo que é extremamente demoníaco e podre!

No mapa o que era o território da Polônia no século XVI
(em preto incluindo o traçado em vermelho)
e depois da partilha de 1795 e do "roubo" de terras de 1945.

Vôlei em Pequim: Brasil X Polônia

Foto: Piotr Nowak

O Brasil perdeu para a Rússia mais uma vez. E no próximo sábado o adversário será a Polônia, que depois de uma "fantástica partida" derrotou a Sérvia por 3:1 (31:29, 22:25, 25:22 25:21). Na tabela, os polacos agora estão iguais aos campeões Brasil, Rússia ou Itália. O jogo das quartas de final é decisivo para ambas as equipes. A vitória em Pequim foi uma revanche da derrota sofrida para a Sérvia no mundial do Rio de Janeiro.

P.S. Para os narradores e apresentadores da TV Globo aí vai os nomes dos jogadores polacos e respectivas pronúncias: Paweł Zagumny (pronuncia-se páveu zagumni), Michał Winiarski (mírrau viniárqui), Sebastian Świderski (sebástian chvidérsqui), Mariusz Wlazły (máriuch vlázuí), Łukasz Kadziewicz (uúcach cadjievitch), Daniel Pliński (dániel plihnsqui), Krzysztof Ignaczak (kjíchtof ignatczak). Os acentos agudos na pronúncia marcam a sílaba de som mais forte)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A guerra acabou mesmo?

O polaco Kaczyński, o ucraniano Juszczenko e o georgiano Saakaszwili.  Foto: Radek Pietruszka

Acabou a guerra? A Geórgia tem dúvidas. A operação militar russa ainda continua em território georgiano e não só nas duas províncias. Ontem à noite, em Tbilisi uma multidão aplaudia os cinco presidentes dos países da Europa Central, que vieram para prestar solidariedade ao presidente Saakaszwili.

A multidão gritava, „Viva a Liberdade! Viva a Geórgia!” e o presidente  Saakaszwili, escutava. O orgulho georgiano gritava do fundo do coração, "A Rússia não vai machucar o orgulho nacional georgiano". Ao povo Saakaszwili falou: "Este foi um ataque de Golias e o pequeno David venceu." Enquanto as presidentes da Polônia, Lituânia, Estônia, Letônia e Ucrânia com suas presenças garantiam a segurança da capital Tbilisi contra um possível ataque russo, o presidente Nicolas Sarkozy conseguia um cessar fogo em Moscou. O Presidente Miedwiediew concordou em fazer suas tropas retornar a posição que ocupação antes da invasão da Geórgia, desde que os "lunáticos" georgianos, como definiu o presidente russo também fizessem o mesmo, ou seja sairem da província georgiana da Osetia do Sul.

O presidente da Polônia, sublinhou que o mais importante é que o plano de paz garanta a integridade territorial da Geórgia, ou seja que a Osetia do Sul e a Abchazja continue georgiana. Apesar dos discursos de Miedwiediew, suas tropas continuaram disparado contra a população georgiana na Osetia, sob o argumento de que estão protegendo os russos que vivem na região e tentam fazer da Osetia uma provincia russa, ou um país independente.

P.S. Pude assistir pela Internet duas reportagens dos correspondentes da Rede Globo de Televisão a partir de Nova Iorque sobre o conflito (para o Jornal Nacional e Jornal da Globo). Simplesmente ignoraram a presença dos cinco presidentes vizinhos em Tbilisi e deram os louros do cessar fogo somente ao presidente Francês. Numa clara demonstração de subserviência aos poderosos do mundo. A imagem da agência Reuters transmitida pela TV Globo mostrou claramente Kaczyński, Juszczenko e ou presidentes das três nações do Báltico. Um dos repórteres, Jorge Pontual (que já foi diretor do Globo Repórter) deu a entender com suas frases curtas que o "Império Russo há 200 anos conquistou a região". Mas o que é que ele falou? Império? Não será Reino da Rússia? Conquistou? Será que invasão agora se chama conquista? Ou seja, quem está do outro lado do mundo (nos Estados Unidos) não pode mesmo fazer uma verdadeira reportagem. Repetir texto do New York Times, não é fazer reportagem. Por que o correspondente da Globo, em Londres, não acompanhou os presidentes da Europa Central a capital da Geórgia? Ah! sei eles estão em Pequim. Péssima cobertura da Globo... tendenciosa, sem informação, ignorante e desnecessária. 

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Agosto: Seminário Brasil-Polônia


O Seminário Internacional Brasil-Polônia será realizado em cinco capitais estaduais por meio de uma parceria entre a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), as federações da indústria dos estados e a Agência Polaca de Informações e Investimentos Estrangeiros - PAlilZ.
Os eventos tratarão das novas ferramentas de promoção comercial direcionadas para o mercado polaco, bem como do novo modelo do Centro de Negócios da Apex-Brasil em Varsóvia. Além disso, serão fornecidas informações de mercado trazidas diretamente da Polônia por representantes da PAlilZ e pelo Departamento de Promoção Comercial e Investimentos da Embaixada da Polônia no Brasil.
O presidente da PAlilZ, Pawel Wojciechowski, tem interesse em desenvolver negócios entre os dois países, principalmente nos setores de alimentos orgânicos, automotivo, aviação e projetos em Pesquisa e Desenvolvimento. 
Esta ação integra as medidas previstas no acordo assinado em janeiro entre o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira, e o presidente da PaIiIz com o objetivo de intensificar as relações entre as duas instituições e entre as empresas brasileiras e polacas. 

Abaixo as datas, locais e e- mails para credenciamento no Seminário.

18/08 - São Paulo - FIESP: Tel.: (11) 3549-4238|E-mail: relacoesinternacionais@fiesp.org.br 
20/08 - Belo Horizonte - FIEMG: Tel.: (31) 3213-1506 /1167|E-mail: pcomercial@fiemg.com.br
21/08 - Rio de Janeiro - FIRJAN: (21) 2563-4293/4634| E-mail: call-center-cin@firjan.org.br 
25/08 - Curitiba - FIEP: (41) 3271-9869 |E-mail: cin@fiepr.org.br 
27/08 - Porto Alegre - FIERGS: (51) 3347-8866 |E-mail: cin@fiergs.org.br
Em Curitiba, o evento acontece no CETEP, na av. Comendador Franco, 1341 (avenida das Torres), a partir das 08:30 horas.

Vizinhos apóiam a Geórgia

Da esquerda para direita: o presidente da Estônia Toomas Hendrik Ilves, o presidente da Lituânia Valdas Adamkus e o presidente da Polônia Lech Kaczyński. Foto: Seweryn Sołtys.

O chefe da Agência Nacional de Segurança da Polônia, Władysław Stasiak informou, que o presidente Lech Kaczyński e o presidente da Ucrânia Wiktor Juszczenko mais os dirigentes dos países bálticos irão numa missão conjunta a Geórgia.

Os presidentes da Polônia, Lituânia, Estônia e Ucrânia, além do primeiro-ministro da Letônia se encontram, em Tbilisi, com o presidente georgiano Micheil Saakaszwili. É esperada também uma reunião com o presidente da França Nicolas Sarkozy.

O ministro das relações exteriores da Polônia, Radosław Sikorski, por sua vez disse que o presidente polaco deve permanecer na capital da Geórgia mais de um dia.  O presidente Lech Kaczyński que foi informado ainda no aeroporto da decisão do presidente russo Miedwiediewe, disse que "esta é uma boa notícia, mas resta a pergunta, será que não havera um retrocesso e por que o presidente russo tomou esta decisão?"  Antes de embarcar o presidente respondendo a um jornalista se não achava perigoso voar para a Geórgia, Kaczyński, disse que não tinha outra saída, "devo dizer e não posso afirmar que alguém não teme, mas neste momento não tenho outro remédio senão ir."

o governo da primeira-ministra ucraniana Julia Tymoszenko decidiu enviar 30 milhões de hrywien (cerca de 15 milhões de złoty, ou 10,5 milhões de reais) em ajuda humanitária para os atingidos pelo conflito na Osetia do Sul. 

P.S.  A Rússia, assim como os alemães no passado, depois de invadirem um país, colocam no território atacado, cidadãos russos para mais tarde reclamarem direitos sobre uma terra que ocuparam e tiveram que sair, ou por derrota, ou convenções internacionais. O que ocorre agora na Geórgia é que restaram na Osetia, milhares de russos, que deveriam ser recolocados em território russo, depois do fim da União Soviética e não foram. Os 70% da população da Osetia agora, era de russos com cidadania georgiana, que ficaram para tirar da Geórgia as terras que foram sempre desta nação. E só conhecem um caminho: a guerra, a dizimação.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Polônia na história das Olimpíadas

A nova musa polaca,  tenista Agnieszka Radwańska chegando no aeroporto de Pequim

263 atletas reprezentam a Polônia nos Jogos Olímpicos de Pequim.  Esta é a terceira maior equipe polaca na história dos jogos.  A maior representação esteve nas Olimpíadas de Moscou em 1980, quando 306 atletas polacos competiram, depois 288 esportistas estiveram nas Olimpiadas de Munique em 1972.  A seguir o número de atletas polacos que competiram e suas conquistas desde 1924:

Ano - Local,  nr de atletas, ouro, prata e bronze.

1924, Paris: 75 - 0 - 1 - 1 

1928, Amsterdam: 69 - 1 - 1 - 3 

1932, Los Angeles: 20 - 2 - 1 - 4 

1936, Berlim: 111 - 0 - 3 - 3 

1948, Londres: 24 - 0 - 0 - 1 

1952, Helsinki: 123 - 1 - 2 - 1 

1956, Melbourne: 64 - 1 - 4 - 4 

1960, Roma: 185 - 4 - 6 - 11 

1964, Tóquio: 138 - 7 - 6 - 10 

1968, México: 176 - 5 - 2 - 11 

1972, Munique: 288 - 7 - 5 - 9 

1976, Montreal: 207 - 7 - 6 - 13 

1980, Moscou 306 - 3 - 14 - 15 

1988, Seul: 153 - 2 - 5 - 9 

1992, Barcelona: 205 - 3 - 6 - 10 

1996, Atlanta: 164 - 7 - 5 - 5 

2000, Sydney: 193 - 6 - 5 - 3 

2004, Atenas: 202 - 3 - 2 - 5 

Polacos são evacuados da Geórgia

Primeiro grupo de polacos evacuados da Geórgia chegam ao aeroporto de Varsóvia.
Foto: Jakub Ostałowski

O avião da presidência da República da Polônia aterrizou no aeroporto varsoviano de Okęcie, Frederic Chopin, às seis horas com o primeiro grupo de polacos procedentes da Geórgia. São 96 pessoas que foram evacuadas no país invadido pelo exército russo.  São cidadãos polacos que possuem residência permanente naquele país. Entre eles, também estão alguns cidadãos georgianos de descendência polaca e alguns turistas, alguns tchecos, que foram evacuados pelo governo polaco.  

Jan Koryszko, um dos turistas polacos e morador em Wrocław, ao desembarcar disse que, "Isto, que eu vi, isto é guerra". 

Geórgia pede paz

A manchete principal do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, 11 de agosto de 2008 diz:

Geórgia pede paz.

No subtítulo o jornal informa:
Guerra no Cáucaso. O presidente da Geórgia declarou unilateralmente cessar fogo e propôs abertura de conversações com Moscou. Mas os russos não pararam o ataque...

domingo, 10 de agosto de 2008

Rússia critica Polônia por rechaçar guerra

Foto: AFP
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou os países do Ocidente por se manifestarem a respeito de sua intervenção na Osetia do Sul, região pertencente milenarmente a Geórgia. A diplomacia russa afirmou que Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia estão sendo cínicas. "A tragédia na Osetia do Sul no mundo novo em que vivemos desempenha um papel de parceria internacional. Demonstram um cinismo que beira a insegurança ao afirmarem que a atitude russa é a véspera de uma guerra, este cinismo caracteriza alguns países que querem chamar a atenção para si, respondendo aos demais membros da sociedade internacional como se tivessem alguma razão." Foi esta a declaração de Grigorij Karasin, vice-ministro russo de relações exteriores.
Karasin avalia que o Ocidente está incomodando seu país, a Rússia, ao se meter, "na operação que tem como único objetivo restabelecer a paz".

Exército russo invade a Geórgia e mata georgianos. Foto: AFP




P.S.. Com a queda da União Soviética, as antigas repúblicas socialistas que fizeram parte do bloco soviético comandado pela Rússia, ou seja, as antigas nações (milenares na sua maioria) finalmente puderam estabelecer um Estado Independente. O natural era que cidadãos de outros Estados retornassem a suas nações e Estados. Mas muitos russos optaram por permancer em território do novo Estado da Geórgia. Passados alguns anos, esta população que deveria ter voltado para a Rússia quis formar uma província em terras da Geórgia ,mas sob o mando de Moscou e não de Tiblisi. Desde então estes russos passaram a contar com o apoio das forças armadas russas. O conflito que se estabeleceu agora e que beira a um estado de pré-guerra é que a Rússia decidiu invadir a Geórgia para dizimar georgianos e garantir a Osetia para os moradores russos que ficaram para trás quando da queda da União Soviética. A questão é simples: basta estes moradores russos deixarem a Osetia e irem imediatamente para terras da Rússia e não querer tirar da Geórgia o que lhe pertence desde sempreSoldados georgianos procuram ajudar a população que teve suas casas bombardeadas pelos soldado do exército russo. Foto: AFP

sábado, 9 de agosto de 2008

Começou o campeonato polaco 2008-2009

O brasileiro Cleber vai para sua terceira temporada no campeão polaco Wisła Kraków

O campeonato polaco de futebol da primeira divisão 200-2009, denominado Orange Extraklasa, teve seu início este sábado na cidade de Łódź. A partida entre ŁKS Łódź e Odra Wodzisław terminou empatada. Nenhuma das equipes deu mostras de que as férias acabaram e a nova temporada iniciou. Não fosse pelo belo tempo que fez ontem na cidade, que tem sido castigada por tempestades neste verão, os torcedores poderiam ter perdido tempo e dinheiro, pois o que menos se viu no campo foi futebol.

Jogou o ŁKS com Wyparło - Freidgeimas, Mowlik, Adamski, Marciniak - Asaad, Kascelan, Haliti, Biskup, Vayer - Jarka, enquanto o Odra jogou com Stachowiak - Radler, Kowalczyk, Dymkowski, Szary - Woś, Kuranty, Gierczak, Małkowski - Korzym, Aleksander.

Mais tarde, durante a noite desta sexta feira os resultados foram: Lech 2 X 3 GKS,  Legia Warszawa 2 X 2 Polonia Warszawa e Piast  Gliwice 0 X 0 Cracovia.  Hoje joga o campeão Wisła Kraków contra o Polonia Bytom e o Śląsk Wrocław contra o Lechia, para amanhã domingo completam a primeira rodada,  Arka Gdynia X Jagiellonia Białystok e Górnik Zabrze X Ruch Chorzów.

Idioma polaco na UFPR

A Universidade Federal do Paraná, mantém há décadas um curso de idioma polaco, através do Departamento de Línguas Estrangeiras modernas, aberto não só para os estudantes da instituição, mas para toda a comunidade paranaense. Há alguns tempo a professora é uma polaca de Bytom, cidade da Silésia.
Contudo, parece que a comunidade não tem interesse no mesmo. Abertas há algumas semanas as inscrições para o segundo semestre de 2008, até o fim desta semana, apenas duas pessoas haviam se inscrito. O curso Polaco 1 que deveria ser iniciado nesta terça-feira, não vai acontecer ainda. A UFPR estendeu o prazo de inscrições até o próximo dia 14 de agosto, esperando que novas pessoas se interessem. Caso não haja inscrições, a universidade vai cancelar o curso para este semestre e a exclusão do mesmo para o ano que vem.
Assim ainda está na hora de participar. Para tanto dirigir-se ao Edificio D. Pedro II, 4 andar, ao lado da Reitoria, na rua Dr. Faivre, centro de Curitiba. TELEFONE 3360-5101. O valor do semestre é de R$ 380,00 parcelados em até 3 vezes.
Já o curso de Licenciatura Letras-Polaco terá suas inscrições para o vestibular 2009 em data oportuna.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Trem mata 6 e fere 46 na Rep. Tcheca

Foto: através de imagens da TV Nova da República Tcheca
pelo menos 6 pessoas morreram no acidente com o trem Eurocity na localidade de Studenka no Nordeste da República Tcheca. Segundo informações da polícia tcheca de 46 passageiros feridos 10 são polacos. Treze pessoas se encontram em estado grave no hospital da região. O trem EC 108 Comenius viajada de Cracóvia para Praga através de Ostrawa. No momento em que atravessou a fronteira dos dois países em Zebrzydowice eram 137 passageiros
O acidente ao que tudo indica foi causado por dejetos deixados na restauração de uma ponte. O acidente ocorreu as 10:45 horas e no momento da colisão viajava a 140 km/h. O primeiro ministro Donald Tusk tão logo soube do sinistro, tomou um helicóptero e se encaminhou para o local do acidente.

Arte comunista polaca - III


A reconstrução do país depois da 2ª Guerra, significou também uma mudança nas artes para o realismo socialista. Quadro de Aleksander Kobzdej, " Dê-me um tijolo".

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Wisła Kraków vence em Jerusalém


O brasileiro Cleber faz seu gol de penalti. Foto: Piotr Guzik
O campeão polaco Wisła Kraków venceu ontem em Israel a equipe Beitar Jerusalém por 5 a 0. Os gols foram marcados por Mauro Cantoro, Cleber, Paweł Brożek, Junior Diaz e Andrzej Niedzielan.
O jogo fez parte dos preparativos da equipe polaca para estreiar na Copa dos Campeões da Europa, no próximo dia 13 de agosto, no Camp Nou, contra a milionária equipe do Barcelona. Duas semanas depois o jogo será em Cracóvia.

Arte comunista polaca - II


Brigada juvenil reconstrói edifício na Varsóvia destroçada pelos nazistas. Quadro de Helena Krajewska.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Centenário da imigração de São Mateus.

São Mateus do Sul, a cerca de 250 km de Curitiba está com uma programação intensa para o centenário da criação do Munícipio.
Um pouco de história

A colonização polaca de São Mateus do Sul começou no ano de 1890. Limpando o taquaral, estabeleceram-se nele os polacos, espanhóis e alemães de pequenas posses. A colônia foi fundada com o nome de Santa Maria, sendo mais tarde mudado para Maria Augusta e finalmente munícipio de São Mateus do Sul. Este foi criado através da Lei Estadual nº 763 de 02 de abril de 1908 e instalado oficialmente em 21 de setembro de 1908, desmembrado de São João do Triunfo, município vizinho.
Ao longo dos anos foram sendo fundadas colônias de imigrantes com elementos de uma única nacionalidade, a polaca. Assim Cachoeira, Canoa, Taquaral, Iguaçu e Água Branca foram colônias ocupadas somente exclusivamente por polacos. Esta última tinha como nome original "Águia Branca", mas foi forçada a mudar de nome devido à Lei de Nacionalização do Presidente Getúlio Vargas, no final dos anos 30.
No inicio da colonização os assentados trabalhavam metade do mês nas estradas que ligavam as várias colônias entre si e na outra metade do mês em seus lotes, derrubando a mata e preparando a terra para o plantio. Organizaram-se de forma que enquanto metade da colônia trabalhava na construção das estradas a outra, preparava os terrenos para roça.
Os primeiros imigrantes conhecidos foram Antoni Bodziak e Onofre Flizikowski, que estabeleceram um armazém em sociedade. Flizikowski procedia da área da Polônia ocupado pela Prússia (desde 1870, Alemanha) e Bodziak era do outro extremo, na Galícia, região polaca ocupada pelos austríacos.

Dificuldades imensas

Maio e junho de 1891, foram meses terríveis para os imigrantes. O sul do Paraná foi assolado por tormentas intermitentes. As chuvas eram tantas, que todos os leitos ficaram cheios e o rio Iguaçu não podendo conter tanta água inundou toda a região. O vale pelo qual corre o Iguaçu se tornou um grande lago. A parte baixa da cidade ficou submersa o armazém de Flizikowski ficou embaixo da água. Os colonos não tinham condição de ir até a cidade buscar alimentos e o único transporte existente era através de barcos. Foi neste período de provação para o povo polaco que o governo nomeou Edmundo Saporski, ficando este na liderança de todas as colônias de São Mateus do Sul e proximidades. Em agosto, as águas finalmente baixaram e centeio surgim com toda sua verdura, deixando os polacos radiantes. Podiam agora fazer seu próprio pão. Ainda em agosto de 1891 espalhou-se pelas colônias a notícia de que chegaria em São Mateus do Sul um padre polaco e que no domingo haveria missa. Houve uma pressa danada entre as pessoas de todas as colônias, para vir à cidadezinha.
O Padre Peters em função de tanta gente teve que oficiar a missa em frente da pequena Matriz da cidade, tal a multidão que acorreu para aquela missa histórica. Em meados de 1892, o governo suspendeu o pagamento dos trabalhos nas estradas. Os comerciantes não tinham mais como receber dinheiro dos colonos. As dificuldades voltaram a tomar conta daquela gente sofrida. Os colonos se organizaram em grupo a tomarem rumo de Curitiba para reclamar ao governador. Reuniram-se cerca de 50 homens de Águia Branca e São Mateus e foram a Curitiba ao Palácio do Governo, onde o próprio governador reconheceu o direito de trabalhar nas estradas e manteve a a promessa de continuar pagando os colonos pela construção das estradas. Antes do natal de 1892, chega em São Mateus do Sul, finalmente um padre polaco é designado para atender permanentemente os imigrantes das várias colônias. Samołucha ficaria conhecido como o padre dos polacos. Neste período, Flizikowski trouxe um sino e o doou para a igreja e na véspera do natal junto com alguns homens campanário foi levantado. Levantaram duas colunas e sobre elas colocaram o sino, que foi tocado pela primeira vez Wilhem Ormiani. O sino realmente não parou mais de soar, e aqueles que iam chegando a São Mateus, ouviam, e chegavam às lágrimas, porque lembravam a hora em que, na pátria querida, quando voltavam da lavoura com a foice aos ombros, ouviam este mesmo som convidando para a oração. No início de 1893 chegaram a São Mateus do Sul, Alberto Troczyński e Martim Skalski que estabeleceram em sociedade uma selaria. Veio também o seleiro Józef Plonski e depois dele ainda Kazimierz Dąbrowski. Por esta época, visita São Mateus do Sul, o cientista polaco Siemiradzki, que depois escreveria um livro sobre a situação dos imigrantes polacos no Brasil. Bodziak já havia criado a Sociedade dos Atiradores, auxiliado por Stencil, Flizikowski, Dąbrowski e outros. No início da sociedade 150 sócios, todos devidamente equipados bonés cracovianos, preparados pelo alfaiate Towalski. Quando colocavam seus bonés ficavam parecidos com o batalhão de Tadeusz Kosciuszki. Liderados por Alberto Troczynski, capitão e instrutor da sociedade, os integrantes foram instruídos para combates de guerra. Durante a revolução federalista, esta sociedade comandada por Bodziak e Troczynski lutariam sob o estandarte da Legião Polaca ao lado dos revoltosos. Com a vitória das tropas do Marechal Floriano Peixoto, Bodziak fugiu para a Argentina e a Legião Polaca se desintegrou.

Arte comunista polaca - 1


O operário polaco se destaca no pós-guerra, justamente no início do regime comunista. Para exaltar a força do governo dos trabalhadores a arte é obrigada a se engajar. Assim a obra de  Andrzej Feliks Szumigaj,  representa esta nova tendência com este quadro "Cabeça de Operário".

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Arábes fazem dieta na Polônia


A médica Agnieszka Grzebyk-Arendarczyk.  Foto: Aneta Augustyn

"Já tentei terapia nos Estados Unidos e na Arábia Saudita sem sucesso. Meu médico da Columbia University aconselhou-me a buscar ajuda na Polônia." declarou um anômimo paciente da Arábia Saudita.

Em Kudowa-Zdrój, no Sul da Polônia, quase fronteira com a República Tcheca, no Hotel Uzdrowisko St. George encontram-se quatro famílias ricas da Arabia Saudita e do Reino da Jordania. Segundo a gerente do hotel polaco, Kamila Rutkowska além destes árabes encontram-se no hotel dezenas de outros estrangeiros que foram em busca de emagrecimento.  Ali são atendidos pela médica Agnieszka Grzebyk-Arendarczyk que prescreve especial dieta prometendo perda de 7 kg em 14 dias.Um príncipe jordaniano está muito feliz, pois dos 178 kg que tinha ao entrar no Hotel de Kudowa Zdrój perdeu 48 kg em cinco meses. Na dieta da médica Agnieszka o dia começa com um coquetel de kefyr e cogumelos seguido de um omelete de espinafre.  No almoço é servida sopa de salsinha com nabo, guisado de carneiro com cebola e sésamo. na janta o restaurante do Hotel serve lentilha com tubérculos grelhados. Interessados podem obter mais informações para o tratamento e internamento através do sites www.mojawaga.pl e www.mmo.pl

Tempestades atormentam a Polônia

Foto: Alerta24
O verão deste ano tem sido difícil na Polônia. Inundações no Sul e Sudeste, furacões e fortes ventos no Norte.
Hoje fortes ventos atingem pelo menos cinco voivodias no Norte, Noroeste e Centro do país: zachodnie-pomorski, kujawsko-pomorski, mazowia, lubuska, opolska. No Báltico tormentas marítimas causam vítimas com ventos de 11 pontos na escala Beaufort com mais de 100 km/h. Os bombeiros na Mazuria não conseguem socorrer a todos os barcos nos lagos daquela região, que são levados pelos fortes ventos. Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas e uma morreu. Na Silésia, cerca de 1500 fazendas tiveram prejuízos na agricultura e 6 mil casas estão sem energia elétrica. Em Legionowo, na Mazóvia a queda das árvores destruiu 3 veículos e matou uma adolescente de 15 anos.

Idioma polaco: difícil e belo

O "sibilante" (com muito chiado) idioma polaco, difícil de aprender para os estrangeiros, é um idioma eslavo ocidental do grupo de línguas indo-européias. Na Alta Idade Média, os eslavos abandonaram seus territórios entre os rios Odra e Dnieper e povoaram quase todo o Centro, Oriente e Sul da Europa. Para o Oeste chegaram até o rio Elba e deste até os rios Volga e Dzwina, no Sul, até os Bálcãs.
A criação de três grupos lingüísticos eslavos, ocidental, oriental e meridional, é o resultado desta expansão. Ao grupo ocidental, além do polaco, pertencem os idiomas tcheco e eslovaco, que apesar de se diferenciarem do polaco, possuem semelhanças tão grandes que um polaco, um tcheco e um eslovaco se entendem sem necessidade de um intérprete. Do ramo Oriental fazem parte o ucraniano, o russo e o bielo-russo. Do sulista fazem parte o búlgaro, o esloveno, o macedônio, o servo e o croata. Pode-se afirmar que o eslavo é língua mãe de quase 300 milhões de habitantes da terra e o polaco de quase 50 milhões de pessoas em vários países.
A língua polaca começou a se formar no século X. O fator decisivo foi o surgimento do Estado polaco. Em 966 Mieszko I (Miexco primeiro), príncipe da tribo dos polanos que habitava na região da Wielkopolska (Grande Polônia), foi batizado pela Igreja Católica Apostólica Romana depois de haver reunido várias tribos de cultura e idiomas parecidos que habitavam as bacias dos rios Vístula e Odra. O cristianismo trouxe consigo o alfabeto latino e o polaco, que até então havia sido um idioma apenas falado (os eslavos não conheciam a escrita), passou a ser uma língua tanto falada como escrita. A escrita, a princípio era exclusivamente latina já que provinha dos círculos eclesiásticos, de vez em quando enriquecida com nomes eslavos.
Foram conservados três documentos escritos do primeiro período de existência do idioma polaco em que foram incluídos nomes pessoais e geográficos polacos. O mais antigo deles, ”Dagome iudex”, é uma ata da entrega do ducado de Mieszko I, sob a proteção do Papa, que foi escrito entre os anos 990 e 992. Esta escritura continha, entre outras coisas, uma descrição das propriedades de Mieszko e informações sobre as localidades mais importantes: Gniezno e Cracóvia. Na bula Papal de Inocente IV, de 1136, mencionam-se 410 nomes topográficos e pessoais que parecem polacos, embora a bula de Adriano IV, de 1155, enumere 50 nomes deste tipo. A infiltração do polaco e do latim fez com que no século XIII os eclesiásticos polacos com formação latina formulassem as primeiras regras do polaco escrito.
Os primeiros textos polacos escritos são traduções de orações e sermões latinos, "polonizados" para que os fiéis soubessem a quem rezar e porque. Um testemunho daqueles tempos e das dificuldades que causava o idioma polaco e a pouca fé da população são os “Sermões Swiętokrzyskie” da segunda metade do século XIII. Outra evidência da vitalidade da língua polaca é “Salmos de David”, tradução do livro canônico do Antigo Testamento procedente da mesma época realizada a pedido da Rainha Kinga. Um dos monumentos mais antigos do idioma polaco é a “Bogurodzica” (Mãe de Deus), uma canção religiosa cuja composição está envolta em mistério. Apesar de ter sido escrito pela primeira vez no século XV, seu vocabulário arcaico, já era considerado existente "desde sempre", pois indícios apontam que teria sido inventado em algum século atrás. Possivelmente, não muitos anos depois do batizado de Mieszko I.
A partir do século XIII, os extensos textos religiosos tiveram a tímida companhia dos primeiros textos profanos. Este início histórico do idioma polaco conservado graças à escrita, consiste de duas frases: uma dita por um camponês e a outra por um rei. Ao redor do ano 1200, o abade Pedro, autor do Livro de Henrique decidiu escrever a frase de um senhor chamado Boguchwal, que ao ver sua mulher trabalhar duramente num moinho manual, teria dito: "Day ut ia pobrusa, a ti poziwai", que se poderia traduzir como: "Deixa, que eu trabalho e tu comes algo". Não se sabe se a mulher lhe contestou, pois o abade Pedro não mencionou. Em 9 de abril de 1241, durante a primeira invasão mongol, no fim da batalha de Legnica, perdida pelos polacos, Henrique - o Probo disse em desespero: "Gorze sie nam stalo" (Nos há sucedido uma desgraça).
Em 1440, Jakub Parkoszowic de Zurawica, em seu tratado sobre a ortografia polaca, escrito em latim, tentou codificar as regras do idioma polaco. Na mesma época se começou a usar o polaco para atas jurídicas e livros judiciais. Um pouco antes, em 1400, já havia sido escrito, em polaco, o primeiro poema de tema profano dedicado aos prazeres da mesa. Contudo, o primeiro verdadeiro dicionário polaco foi composto quatro séculos mais tarde. Entre os anos 1807 e 1814, em Varsóvia, foi editada uma obra de seis volumes (1200 exemplares cada) de Samuel Bogumil Linde. Em seiscentas páginas de 23 x 30 cm, o autor descreveu 60.000 palavras polacas.
O idioma polaco é uma língua reflexiva com sete casos, dois números e três gêneros. Aos verbos se aplicam categorias de pessoas, tempo, modo, voz e aspecto. A diferença em relação aos demais idiomas eslavos se dá nas vogais nasais. Também a acentuação tônica é diferente: sempre a sílaba mais forte é a penúltima sílaba (paroxítona). Nas demais línguas eslavas a tonicidade é móvel, como em russo que se acentua a primeira sílaba, bem como em tcheco e em eslovaco. A apofonia polaca consiste na transição da vogal e, precedente a uma consoante dura labiodental, em a, ou o. É muito típico da língua polaca que o radical de uma palavra tenha variantes. 
Aprender a ortografia polaca é um problema tanto para estrangeiros como para polacos, sobretudo, em relação às palavras que contêm z (com ponto em cima) e rz, u e ó, h e ch, que, apesar de se pronunciarem quase igual, escrevem-se diferentemente.
A gramática e a pontuação polaca têm muitas regras e o dobro de exceções; será essa talvez a razão porque se considera o polaco um dos dois idiomas mais difíceis do mundo.
O polaco tem cinco dialetos populares básicos: chlonski (de Silésia), mauopolski (de Polônia Menor), mazowietzki (de Mazóvia), vielkopolski (de Grande Polônia) e kachubski (de Kaszuby). São ecos de antigos dialetos tribais que durante o desenvolvimento da língua polaca sofreram grandes modificações e metamorfoses. Formaram-se sobretudo longe dos grandes centros urbanos, entre habitantes de pequenas cidades e entre nobres e camponeses das vilas. Dentro de cada dialeto se distingue um grupo de “palavras básicas” e o fator que decide sua inclusão em um, ou outro dialeto são fenômenos lingüísticos típicos e repetitivos. As “básicas” diferem do idioma polaco no vocabulário, sintaxe, fonética e morfologia. Nas regiões da Mazuria, ou da Mazóvia é típico o fenômeno denominado como "mazurzenie" análogo ao sibilar (chiar) português, carioca e espanhol já que consiste em substituir as consoantes sz (sh) e cz (ch) por s (s) e c (ts). Em algumas regiões, as consoantes nasais se pronunciam sem ressonância nasal, em outras se pronuncia um y nasal no lugar de um e. As diferenças flexivas são formas abreviadas, por exemplo zrobim (faremos) e ao invés de zrobimy. Nas palavras básicas há vestígios do polaco arcaico. O melhor exemplo é o uso da terminação e no genitivo de alguns substantivos ao invés do y. Outro ponto típico deste grupo de palavras é a redução do número de terminações nas declinações. O que também diferencia este grupo do idioma polaco comum é a saturação do vocabulário com diminutivos locais, nomes relacionados com a agricultura, palavras que caíram de uso, ou palavras que nunca chegaram a ser de uso comum. Um dos dialetos, o kaszubski, é considerado, por alguns lingüistas, uma língua independente.
Um fenômeno interessante, posterior ao ano 1945, é o processo de formação de novos dialetos mistos, no Norte e Oeste do país, onde depois de terminada a II Guerra Mundial se estabeleceu gente de todas as regiões do país, transmigradas que foram. Os estrangeirismos constituem uma parte expressiva do idioma polaco. São empréstimos de outras línguas que se incrustaram na estrutura do polaco. Os mais numerosos são anglicismos (do inglês), galicismos (do francês), germanismos (do alemão), latinismos (do latim) e russicismos (do russo). A influência dos diversos idiomas depende de vários fatores. Às vezes foi a fascinação pela cultura (galicismos), às vezes os processos históricos, como a invasão e divisão da Polônia (germanismos, russicismos), ou o batismo
da Polônia (latinismos). O latim é a mais antiga influência, pois se imiscuiu no idioma polaco desde a Idade Média. Nos tempos de formação do Estado polaco e da pressão cristã, o polaco se viu afetado pelo vocabulário relacionado com religião e com os ritos, muitas vezes através do alemão, ou do tcheco (por exemplo: aniol [anjo], msza [missa]). Hoje a influência do latim se vê principalmente na nomenclatura científica. Os germanismos saturaram a língua polaca no século XIX como resultado da política germanizadora do ocupante. É difícil imaginar o polaco sem óbvios decalques lingüísticos como: czasopismo [revista] (Zeitschrift), dworzec kolejowy [estação de trem] (Bahnhof) o swiatopoglad [concepção] (Weltanschauung).
Do mesmo modo e da mesma época procede abundante russicismo. A segunda grande onda de empréstimos deste idioma ocorreu depois da II Guerra Mundial, quando a Polônia acabou ficando sob a influência da União Soviética. Dessa época datam
empréstimos como: kolektyw (Kolektyw), kolhoz (koljós), ou gulag.
O idioma francês influiu bastante na língua polaca durante o século XVIII, quando era de uso comum entre as pessoas que aspiravam ser alguém importante. O francês era então o que hoje é o inglês. Os empréstimos do francês funcionam no vocabulário referente a todas as atividades humanas: (makijaz [maquiagem], mansarda [desvio], koniak [conhaque], apaszka [cachecol]).
Nos anos de pós-guerra predomina o inglês. A partir dos anos setenta a saturação no polaco do vocabulário inglês é cada vez maior e a partir dos anos noventa, os lingüistas já não falam de “influência do inglês”, mas de uma verdadeira invasão de anglicismos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Curitiba, sonho de polacos

Casa de troncos no Memorial da imigração polaca em Curitiba

Curitiba, a capital do Paraná, é considerada por muitos, em função de sua população como o terceiro maior centro da etnia polaca em todo mundo. A maior concentração da etnia em uma mesma cidade ocorre em Chicago, nos Estados Unidos. Depois da cidade Norte-americana, a capital da Polônia, Varsóvia, por abrigar uma população que ultrapassa os 2 milhões de habitantes é a segunda colocada neste ranking. Curitia, que até 1947, tinha metade do território de seu munícipio denominado de distrito de Nova Polônia, sempre foi mais que um sonho para os imigrantes polacos do final do século 19 e início do 20. Curitiba, durante muito tempo, foi a cidade mais conhecida na Polônia.
Totem das cidades parceiras de Cracóvia, com Curitiba a 11.500 km de distância
e o título de cidade gêmea de honra. Curitiba é a única cidade do Brasil com grafia no idioma polaco.
Ainda hoje, taxistas de Cracóvia, Varsóvia e Lublin, quando encontram um passageiro brasileiro, perguntam primeiramente se o brasileiro é de Curitiba. Ao contrário de muitos europeus que quando ouvem o nome Brasil, imediatamente associam com Rio de Janeiro, Buenos Aires, Pelé, Café, Ronaldinho, na Polônia, a palavra Curitiba, tem mais que significado de Brasil, tem uma aura de "Eldorado", o paraiso buscado pelos europeus da idade média.
que Por ordem cronológica os polacos foram assentados nas seguintes colônias de imigrantes no município de Curitiba e arredores:
Novembro de 1871 - Pilarzinho
1873 -Abranches
1875 - Santa Cândida
1876 - Nova Polônia, que compreendia as colônias Lamenha, Santo Inácio, Órleãns, D.Pedro II, Dona Augusta
1877 - Rivière (hoje Ferraria)
1878 - Murici, Zacarias, Inspetor Carvalho e Coronel Accioly
Também foram criadas as Colônias de Serrinha no Município de Contenda, Tomas Coelho e Guajuvira em Araucária e outras em outros municípios vizinhos, quase que numa progressão aritimética.

Primeiras terras

Um documento que atesta oficialmente a chegada da imigração polaca no Paraná, e conseqüentemente em Curitiba é um atestado da Câmara Municipal, que diz:
" Câmara Municipal da Cidade de Curitiba, attesta, a requerimento de Sebastião Edmundo Saporski, o seguinte:
1.º que existem estabelecidas no rocio desta Capital as trinta e duas famílias polacas, constantes da relação apresentada, ocupando alguns lotes de terrenos da colônia Pilarzinho e outros terrenos que requereram a esta Câmara e obtiveram por carta e foro;
2.º que as mesmas famílias polacas são dedicadas ao trabalho, excellentes lavradores e muito morigerados;
3.º que não consta a esta Câmara tivessem estas famílias recebido quaisquer favôres ou adiantamentos pecuniários do Gôverno para estabelecimento.
Paço da Câmara, 15 de outubro de 1873.
Eu Ignacio Alves Corrêa, secretário o subscrevi. O presidente da Câmara municipal, ass. Antonio Augusto Ferreira dos Santos"


Primeiro nascimento

Com efeito, sob o número 414, nos registros de nascimento da velha Igreja Matriz de Curitiba, está assinalado:

"Aos vinte e oito dias do mês de Outubro de mil oitocentos e setenta e um, nésta Matriz de Curitiba, batizei e puz os santos oleos no inocente João, nascido a seis d'este mês, filho legítimo de Gregório Hylla e de Maria..., Polacos. Foram padrinhos Fabiano Barcik e Rosalia Pampuch, também Polacos e fregueses desta Paróquia. do que fiz este assento. O Vigário Agostinho M. de Lima" .

No mesmo livro, mais adiante o registro 415.

" Nascimento de Ursula, a 27 de Outubro de mil oitocentos e setenta e um, filha legítima de Fabiano Barcik e Edvirges Purkot, polacos..."
João e Ursula são os primeiros paranaenses eticamente polacos, os primeiros polono-brasileiros da história da imigração polaca no Brasil.

Polônia perderá créditos da UE


Manchete principal do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, dia 4 de agosto de 2008 diz que: Cinco Voivodas perderão ajuda de Bruxelas. Destaque também para a morte do escritor russo Aleksander Sołżenicyn, premio nobel de literatura e dissidente do regime comunista.

domingo, 3 de agosto de 2008

Festival de folclore em Passo Fundo


Grupo "Bielsko" Da Polônia Em Passo Fundo


É de Bielsko-Biała (biélsco biaúa), cidade no sul da Polônia o grupo que se apresentará, em Passo Fundo, durante o X Festival Internacional de Folclore. De 15 a 23 de agosto Passo Fundo terá espetáculos diários no Circo da Cultura no Parque da Gare (manhã, tarde e noite), desfiles de ruas, missa folclórica, oficinas de arte no shopping, conversação no Teatro Municipal todas as tardes e espetáculos etnográficos nos locias dos patrocinadores. 

O grupo polaco tem patrocínio do Centro de Cultura Bielskie e como diretor Wladysław Szczotka e como coreógrafa é Bożena Bieńczyk. O grupo tem 34 anos de história e um repertório de músicas e danças tradicionais da Polônia, como "polonaise", "mazurka", cracovienne e outras. O "Bielsko" é formado por 80 pessoas e é dividido em 3 grupos menores, em função da faixa etária, crianças (5 a 9 anos), (10 a 15 anos) e um grupo juvenil-adulto (16 a 25).
"Bielsko" com suas danças e cantos locais se apresenta em qualquer tipo de palco. O grupo "Bielsko" faz tournèes internacionais pela Alemanha, Hungria, Áustria, Portugal, Estados Unidos, Grécia, Sérvia, Turquia e Polônia. 
Bielsko Biała fica próxima das fronteiras da República Tcheca e Eslováquia e é importante centro automobílistico. É lá que está instalada a fábrica da Fiat italiana e e terra do Maluch - o menor carro da Fiat, um 126, de 500 cilindradas e considerado o carro mais popular da Polônia.
P.S. Lá também está a família Jarosiński, dos meus primos Jerzy, Krzysztof, Grazyna, Anna, Agnieszka, Grzegorz, e outros 60 primos e primas.

Murici: colônia de polacos


A colônia Murici surgiu na terceira etapa da colonização polaca no Paraná. Após a bem sucedida experiência com a colonização polaca em Curitiba, o governo da Província decidiu estender o processo ao município vizinho de São José dos Pinhais. Foram adquiridos 2.891 hectares, pois houve dificuldades de desapropriação, já que quase todos os terrenos ao redor de Curitiba eram propriedades particulares. Os problemas na hora da compra eram enormes, pois os títulos de propriedades eram muitos confusos e quase sempre aparecia mais de um proprietário reivindicando a posse. Esta área adquirida foi dividida em 4 colônias: Zacarias, Murici, Inspetor Carvalho e Coronel Accioly. A Colônia Murici foi criada, em abril de 1878, e compreendia os lotes entre os rios Miringuava e Pequeno e nela foram assentadas 20 famílias.

No dia 6 de junho de 1878, segundo registros da Paróquia de Murici, chegaram 60 colonos procedentes da Galícia (região de Gorlice na Małopolska e da região Podkarpacki ) e da Prússia Ocidental (região de Starogard, atual município de Gdańsk). Os novos imigrantes chegaram com o navio inglês Paschoal, em Paranaguá. Foram transladados para outro barco, no qual atracaram no Porto de Antonina, de onde vieram em carroças até o planalto curitibano. A data de fundação da nova colônia foi fixada em 21 de setembro de 1878.

O primeiro batizado de um filho de polacos, ocorreu no dia 3 de janeiro, com Francisco, filho de Wojciech Gottfried e Maria Muszyńska. Foram padrinhos Wojciech Mikos e Anna Ciulis. O documento paroquial assinala que todos, exceto o pequeno Francisco, procediam da região da Silésia polaca ( na época sob o jugo invasor dos alemães).

A colônia Murici de 876 hectares foi dividida em 72 lotes. Segundo levantamento de Sebastian Saporski, em 1893, a população da Colônia era de 240 imigrantes polacos, 82 filhos nascidos no Brasil e outras 57 pessoas de outras nacionalidades (brasileiros, italianos, ucranianos).

Soldados judeus na I Guerra Mundial


Foto: Arquivo ŻIH
Em 28 de julho de 1914 estourou a Primeira Guerra Mundial. Os judeus, eram cidadaõs de diferentes países envolvidos no conflito e acabaram lutando entre si na defesa de seus diferentes estandartes de guerra. Nas forças armadas alemães combateram 100 mil soldados judeus, sendo 2 mil oficiais jun junto aos 320 mil soldados e 8 generais judeus dos Exército do Império Austro-húngaro. Nos exércitos inimigos lutaram pelas forças armadas britânicas 10 mil soldados e 1300 oficiais judeus, enquanto no exército da França eram 55 mil soldados e 14 generais. Além dos mais de 350 mil soldados judeus no exército russo e 250 mil soldados, sendo 10 mil oficiais judeus no exército dos Estados Unidos. Nos "fronts" de batalha da primeira guerra  mundial morreram aproximadamente 120 mil soldados judeus.
P.S. Na segunda guerra mundial morreriam mais de 2 milhões e 700 mil civis judeus, na sua maioria cidadaões polacos.

sábado, 2 de agosto de 2008

A destruição da segunda guerra na Polônia

Em linha preta, o que era o território da Polônia em 1939 e como ficou após a divisão imposta por Stalin, em vermelho.

Em 12 de março de 1938, os exércitos alemães invadiram a Áustria e a tornaram parte do Reich alemão. Hitler na seqüência pressionou para tomar parte dos Sudetos na Tchecolováquia. Os líderes da Itália, França, Grã-Bretanha assinaram um acordo com a Alemanha, em Munique, entregando a região dos Sudetos aos alemães. Em março, a Alemanha ocupou a Tchecoslováquia, incluindo Praga e criando o Protetorado Tcheco-Morávio. Logo em seguida ocupou também Klaipede. Os polacos esperavam pela ajuda dos franceses e ingleses, que haviam declarado apoio através de acordos. O inglês Charberlain parecia ter se esquecido de sua declaração: “de nós, evidentemente, dependerá que ação consideraremos como ameaçadora da independência da Polônia. Isso preservar-nos-á ante o envolvimento numa guerra causado por um problema fronteiriço”.
No final de outubro de 1938, Hitler exigiu que a Polônia concordasse na anexação de Gdańsk à Alemanha, ao mesmo tempo em que permitisse a construção de uma ferrovia e de uma rodovia extraterritorial que passasse pela Pomerânia polaca. Em 22 de agosto de 1939, Hitler deu a ordem para atacar a Polônia quatro dias depois: “Em primeiro lugar encontra-se a destruição da Polônia. Que a piedade não tenha acesso aos vossos corações. Atuem brutalmente.” A data foi prorrogada para o dia 1º de setembro, em função do pacto Ribbentrop-Molotov, firmado no dia seguinte e que demarcava a futura fronteira russa-alemã, após a extinção da Polônia.O criminoso pacto dos totalitarismos nazista e comunista iria por fim à soberania e integridade da Polônia. As repressões soviéticas tomaram a forma de revanche de classe. A sovietização das áreas ocupadas foi antecipada por uma limpeza ética.
A dificuldade polaca no caso, estava em que, para os aliados era imperioso destruir Hitler, não se importando de se unir a Stalin. A verdade sobre os crimes soviéticos, não só frente aos polacos, era então incômoda para os aliados, como também mais tarde, o mundo não quis saber deles. Entre o armistício de novembro de 1918, até a agressão da Alemanha hitlerista foram exatos 20 anos, 9 meses, 2 semanas e 5 dias. Atacada, a Polônia resistiu, mas não pôde repelir a dupla invasão promovida pela Alemanha e a União Soviética. Dezessete dias após os nazistas, os comunistas também invadiram a Polônia. Acuados em dois "fronts" de batalha, os polacos resistiram bravamente durante um mês, sem nunca terem capitulado. Destino que a França, superior em contingente militar à Polônia, não conseguiu suportar, caiu em menos de duas semanas. Tempo bastante inferior a resistência solitária e heróica dos polacos do início da guerra. Uma vez mais a Polônia, caiu presa ante as ambições de seus vizinhos poderosos e a um custo muito mais alto do que qualquer nação havia pagado anteriormente.

Resistência heróica

Eram 4 horas da madrugada de 1° de setembro de 1939, quando um milhão e oitocentos mil soldados da elite do exército nazista apoiados por 9000 peças de artilharia, 2500 tanques, 1500 aviões bombardeiros invadiram a Polônia, dando início a maior guerra da história da humanidade. Para se defender, a Polônia dispunha de apenas 900 mil soldados, 3000 peças de artilharia, 475 tanques e 400 aviões de combate. Hitler ordenou que seus soldados fossem tão cruéis quanto fosse possível. Que não se importassem em desrespeitar e violar as normas do direito internacional. Pois era necessário matar também a população civil.
Os polacos suportaram três dias na primeira linha de defesa. As inúmeras baixas, obrigou-os a recuar até a principal linha defensiva dos Cárpatos à Pomerânia, que passava por Bydgoszcz, Poznań, Łódż e Silésia. A defesa da Pomerânia, Mława, Łódż e Cracóvia durou até 6 de setembro. Em Gdańsk, 200 soldados rechaçaram durante uma semana forças inimigas muito maiores em contingente, aviação e artilharia. Em 9 de setembro, começou a grande ofensiva polaca no vale do Rio Bzura sob o comando do general Tadeusz Kutrzeba. O êxito foi total, mas não influiu no desenrolar dos acontecimentos.
Em 20 de setembro, o exército de Kutrzeba foi desbaratado numa das batalhas mais sangrentas da guerra. Os poucos que sobreviveram foram reforçar as trincheiras da Varsóvia sitiada. Três dias antes, os comunistas tinham cruzado a fronteira polaca. Os combates na cidade de Gdynia duraram até o dia 18. Os alemães sitiaram Lwów até o dia 22 sem conseguir tomá-la. Em Lublin duas grandes batalhas ocorreram antes do dia 26, nos arredores de Tomaszów. Varsóvia conseguiu resistir até 28 de setembro quando caiu e o exército Polasie sob o comando do general Franciszek Kleeberg resistiu de 2 a 5 de outubro, na cidade de Kock, quando capitulou sem munições. Esta foi a última batalha da campanha de 39 e a que acabou por estimular as demais nações européias a enfrentar o terror nazista.
O significado militar e político da defesa polaca foi enorme. A meta hitleriana de uma campanha curta e rápida não teve êxito. A invasão à Polônia custou 40 mil soldados, mil tanques e 700 aviões em apenas um mês. Estas perdas equivaleram às baixas sofridas pelos alemães até começar os ataques terrestres a União Soviética 4 anos mais tarde.Desconsiderando o óbvio, alguns fatos menos conhecidos sobre o papel de Polônia durante a Segunda Guerra Mundial provam o quanto, os polacos foram preponderantes para a derrota nazista.
Primeiro, a Polônia realizou o maior movimento de resistência entre todos os países da Europa. Sensibilizados pelas sucessivas partilhas de seu território, os polacos tinham consciência que estavam lutando em prol de seu país. Segundo, o pior dos campos de concentração e o maior número de vítimas ocorreu em terras polacas. Esta distinção horrorosa foi devida principalmente à longa história de tolerância religiosa e cultural da Polônia, que resultou na maior população judaica da Europa. Em oposição ao pensamento de seus vizinhos, os polacos auxiliaram muito os judeus antes, durante e depois da ocupação nazista. Esta atitude auxiliadora foi algo sem precedentes na história da humanidade. Os polacos católicos por isso acabaram castigados da mesma forma como os polacos judeus pelos nazistas. Terceiro, a União Soviética jogou sua cartada expansionista habilmente ao longo de toda a guerra. Para mover suas fronteiras para Oeste, os russos se uniram aos polacos apenas com o objetivo de os colocar para fora das fronteiras do Leste europeu, ou simplesmente acabar com os mais promissores oficiais polacos.
Inicialmente os dados alemães eram de que foram massacrados 40.231 oficiais em Katyń, em 1940, pelo exército vermelho. Entretanto, informações recentes, indicam, após escavações na região, que oficiais foram massacrados, não só em Katyń, como também em Charków, Starobielsk, Ostaszków e outros campos de prisioneiros militares. Na área política, Stalin impôs um Partido Comunista pseudo-polaco que depois veio a servir como coluna vertebral do Partido Operário Polaco.
As maiores artimanhas de Stalin aconteceram perto do fim da guerra. Em 1944, soldados soviéticos se pararam para contemplar o exército polaco enfrentar os nazistas durante três meses na insurreição de Varsóvia. Derrotados, os poucos polacos assistiram impotentes, o exército alemão destruir 85% de Varsóvia nos dois meses seguintes. Enquanto isto, o exército soviético esperou seis meses do outro lado do rio para cruzá-lo apenas em janeiro de 1945 e entrar em Varsóvia vitorioso sem ter tido nenhuma participação e conseqüentemente perdas. O egoísmo brutal desta ação ainda hoje é algo difícil de ser aceito. A nova realidade dos polacos foi expressa na dependência a Moscou, sancionada em Ialta e na submissão da sociedade ao experimento da transformação comunista preconizada por Jozéf Stalin.

MAIORES PERDAS

No final de tudo, a Polônia perdeu mais que qualquer outro país envolvido na Guerra. Mais de 25% de sua população foi completamente dizimada, sua capital foi transformada em ruínas, sua população anteriormente multirracial tornou-se 100% polaca e seu futuro político foi determinado por potências estrangeiras sem a sua participação.
Os polacos com sua atitude exerceram forte influência sobre outras nações que apenas começavam a perceber o perigo que as ameaçava. Ao contrário das expectativas de Hitler, a guerra contra a Polônia transformou-se em guerra mundial. Segundo o coronel Eugeniusz Kozłowski, “a Polônia foi a primeira vítima da guerra produzida pela Alemanha de Hitler e ao mesmo tempo o primeiro país da Europa que não capitulou sem luta e interrompeu a série de anexações do III Reich”. De um contingente inicial de cerca de um milhão de soldados, as perdas alcançaram 200 mil soldados, sendo que 75 mil pereceram devido aos graves ferimentos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Base polaca atacada no Iraque

Soldados polacos continuam no Iraque
A Polônia ainda continua no Iraque apoiando os planos de George W. Bush. Nestes anos de ocupação Norte-americana naquele país, o contingente polaco tem desempenhado um papel estratégico importante. Contudo, os 900 soldados polacos que permanecem em solo iraquiano foram surpreendidos por um ataque terrorista, ontem, no Campo Echo wm Diwanija.
Foram disparados alguns foguetes com a base polaca.  Felizmente para os polacos, os foguetes não atingiram os alvos pretendidos. Apenas um civil Norte-americano, de uma empresa de logística foi morto.  Nenhum soldado polaco foi atingido.  Mas vários conteiners foram destruídos. A presença polaca em solo iraquiano ainda não tem planos de retirada. Mas está prevista a retirada de muitos destes soldados polacos em outubro próximo. Ainda ficariam lá algumas dezenas de soldados.

Polacos no Brasil: estatística polêmica

O governo imperial do Brasil, em 32 anos de imigração, gastou 10 milhões de libras esterlinas para o transporte e colonização de imigrantes europeus. A corrente imigratória para o Brasil trouxe até 1947, cerca de 4 milhões e 930 mil europeus e orientais. O polaco seria o quarto agrupamento de imigrantes no país, considerando-se a tabela abaixo:

Chegada ao Brasil

Em sua grande maioria, os polacos, chegaram ao Brasil entre 1847 e 1914 e pelo menos em suas primeiras décadas permaneceram bastante afastados da convivência com os brasileiros e as demais etnias de colonizadores. No mesmo período, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística afirma, baseado em seus registros, que chegaram ao Brasil nestes 67 anos: 3.379.991 imigrantes. Contudo, em seu grande estudo “Brasil: 500 anos de povoamento” , o órgão oficial do governo não menciona em suas tabelas os polacos. Talvez, não por que lhe faltem dados, mas principalmente porque esta é ainda hoje uma questão polêmica.

Quando se comemorou em 1971, o centenário da Imigração Polaca no Paraná, um grupo de estudiosos afirmava que os primeiros imigrantes polacos teriam chegado ao Porto de Itajaí, Santa Catarina, em agosto de 1869.  Estes polacos foram colocados nas colônias Príncipe Dom Pedro e Itajahy, na região de Brusque. No período que permaneceram em Santa Catarina não teriam sido registrados nascimentos de nenhum filho destes polacos. Isto só vem ocorrer mais tarde, já na província do Paraná, para onde se encaminharam estas famílias em, 30 de setembro de 1871. 
Após a proclamação da República, o governo brasileiro praticamente abriu as portas do país à imigração. Os primeiros anos da República foi o período em que mais entraram imigrantes no Brasil. Os polacos apareceram nas estatísticas em bom número. 
Dados compilados pelo padre Jan Pitón mostram números comparativos entre "recenceadores" da etnia polaca no Brasil. Os números cobrem um período que vai de 1847 a 1970. Como podemos ver na tabela abaixo os números são bastante divergentes:


P.S. Estes números fazem parte de um dos capítulos de minha tese de doutoramento em história, na Universidade Jaguielônica de Cracóvia, ainda não defendida.