sábado, 29 de novembro de 2014

Países e nacionalidades po polsku

Como são grafados os países, seus habitantes e seus idiomas em polaco:


País/Państwo     Homem/Mężczyzna       Mulher/Kobieta       Falam em / Mówią po 

Argentyna             Argentyńczyk                      Argentynka               po hiszpańsku
Urugwaj                Urugwajczyk                       Urugwajka                po hiszpańsku
Chile                      Chilijczyk                           Chilijka                     po hiszpańsku
Paragwaj                Paragwajczyk                     Paragwajka               po hiszpańsku
Brazylia                Brazylijczyk                     Brazylijka               po portugalsku
Peru                        Peruwiańczyk                     Peruwianka              po hiszpańsku
Kolumbia               Kolumbijczyk                     Kolumbijka              po hiszpańsku
Meksyk                  Meksykanin                        Meksykanka             po hiszpańsku
Kuba                      Kubańczyk                          Kubanka                   po hiszpańsku
Portugalia             Portugalczyk                     Portugalka             po portugalsku
Polska                    Polak                                    Polka                        po polsku
Niemcy                  Niemiec                                Niemka                    po niemiecku (Alemanha)
Czechy                   Czech                                   Czeska                     po czesku        (Tcheca)
Słowacja                Słowak                                 Słowaczka                po słowacku   (Eslováquia)
Ukraina                  Ukraniec                              Ukrainka                  po ukraińsku
Białoruś                 Białorusin                             Białorusinka            po białorusku
Litwa                     Litwin                                   Litwinka                  po litewsku      (Lituânia)
Rosja                      Rosjanin                               Rosjanka                 po rosyjsku
Francja                   Francuz                                 Francuzka               po francusku
Hiszpania              Hiszpan                               Hiszpanka             po hiszpańsku (Espanha)
Wielka Brytania     Brytyjczyk                            Brytyjka                  po angielsku
Anglia                    Anglik                                   Angielka                  po angielsku
Belgia                     Belg                                      Belgijka                   po francusku
Holandia                 Holender                               Holenderka              po holendersku
Szwajcaria              Szwajcar                               Szwajcarka              po szwajcarsku (Suíça)
Szwecja                  Szwed                                    Szwedka                 po szwedzku     (Suécia)
Węgry                     Węgier                                  Węgierka                 po węgiersku   (Hungria)
Włochy                   Włoch                                  Włoszka                po włosku        (Itália)
Stany Zjedoczone   Amerykanin                           Amerkykanka        po angielsku
Kanada                    Kanadyjczyk                         Kanadyjka              po angielsku / po francusku
Japonia                    Japończyk                              Japonka                 po japońsku
Chiny                       Chińczyk                               Chinka                   po chińsku




sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Morre o polaco Samuel das Casas Bahia


Texto original de Ralphe Manzoni Jr.
Revista IstoÉ Dinheiro

O empresário Samuel Klein, fundador das Casa Bahia, faleceu na madrugada desta quinta-feira, 20, em São Paulo, devido a insuficiência respiratória. Klein estava com 91 anos de idade. Ele deixa três filhos, oito netos e cinco bisnetos. O velório ocorre no cemitério israelita do Butantã, em cerimônia reservada para família e amigos.
A Via Varejo, controladora da Casas Bahia, divulgou nota na qual expressou seus sentimentos de pesar e agradeceu o empresário por sua contribuição ao País. "A melhor forma de honrarmos seu legado empreendedor é continuarmos crescendo e realizando os sonhos de nossos clientes e colaboradores".


Perfil

Polaco naturalizado brasileiro, Samuel Klein nasceu em Zaklików e cresceu em Lipa, cidades próximas a capital da região lubelska, Lublin, na Polônia, como o terceiro de nove irmãos, filho de um carpinteiro de família de origem judaica.

Aspecto atual da praça central (Rynek) de Zaklików, onde nasceu Samuel Klein, na Polônia

Começou a trabalhar com o tio como marceneiro até a invasão dos nazistas, quando foi levado para Maidanek com o pai. Maidanek, em Lublin, era o terceiro maior campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

Uma pousada em Lipa, pequena cidade onde Samuel Klein passou sua infância
Klein foi com o pai para Maidanek, enquanto a mãe e os irmãos foram para Treblinka. Foi levado junto com outros prisioneiros para Auschwitz em 1944, após a libertação da Polônia. Caminharam 50 quilômetros a pé até o rio Vístula (maior rio da Polônia).

Aspecto atual do cemitério judaico de Zaklików
Fugiu dos soldados numa tentativa ousada no dia 22 de Julho. Suas palavras: "Fui me escondendo e entrando no trigal cada vez mais. Não sei para onde estava indo, mas tinha a certeza de me afastar do grupo." Passou a noite na plantação. Ao acordar, encontrou-se com polacos cristãos também fugidos, que o acolheram e ajudaram a fugir.

Restos de sapatos e roupas dos prisioneiros do campo de concentração nazista de Majdanek, em Lublin
Samuel chegou a voltar para sua antiga casa, que estava totalmente arrasada. Trabalhou numa pequena fazenda nas proximidades em troca de comida.
Com o fim da guerra, encontrou-se com a irmã Sezia e o irmão Salomon. Depois da guerra, os irmãos Klein foram para a Alemanha administrada pelos norte-americanos. Conseguiram reencontrar vivo o pai. Viveram em Munique de 1946 até 1951.
Nesta grande cidade alemã, Samuel conheceu Hanna, com quem se casou. Sentiram que era hora de deixar a Europa e reconstruir a vida em outro lugar. O pai foi para Israel, junto com a outra irmã Esther. Samuel queria emigrar para os Estados Unidos, mas não conseguiu. A cota de emigração estava cheia. Decidiu ir para a América do Sul, onde tinha alguns amigos.
Conseguiu visto para a desconhecida Bolívia e lá chegou com a esposa e o filho. Em 1952, a Bolívia vivia uma situação social muito complicada, com disputas políticas violentas e uma revolução em curso. Klein recordou-se de uma tia que vivia no Rio de Janeiro.
Com a mulher e o filho embarcou no primeiro avião de La Paz para a então capital brasileira. Em menos de dois meses conseguiu autorização para viver no Brasil.
Estabeleceu-se em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo com a família. Foi quando começou a trabalhar como comerciante. Tornou-se mascate, vendendo roupas de cama, mesa e banho de porta em porta, com uma charrete.

Primeira loja da futura rede Casas Bahia, em São Caetano do Sul - Sp
Em cinco anos de dedicado trabalho, conseguiu capital para comprar uma loja chamada Casa Bahia, em 1957. Era a sua homenagem a seus fregueses, na maioria retirantes baianos vindo tentar a sorte na região. Em 1964, a loja começa a vender eletrodomésticos.
Seis anos depois, o Bahianinho, o mascote que até hoje é o símbolo da Casas Bahia, foi criado. Junto com ele surgiu o slogan “Dedicação total a você”.


Samuel Klein é considerado por muitos o rei do varejo. Ele também foi o primeiro a vislumbrar o poder de compra dos mais pobres, fornecendo crédito aos que não conseguiam comprovar renda. “Compro por 100 e vendo por 200, tudo parcelado”, costumava dizer ele, o segredo de seu sucesso como empresário.
A Casas Bahia, com o tempo, foi ganhando musculatura. Em 1989, já contava com 100 lojas. Nos anos 2000, tornou-se a maior rede de varejo do Brasil, sobrevivendo ao furacão que varreu do mapa os principais varejistas do Brasil.
Por esse motivo, a Casas Bahia transformou-se no símbolo de resistência de um setor que viu antigos ícones como Mappin, Mesbla, G. Aronson e Casa Centro desmoronarem da noite para o dia. Mas foi também no fim da primeira década dos anos 2000 que marca uma virada na estratégia da companhia.
Em 2009, o controle da Casas Bahia é vendido para o grupo Pão de Açúcar, naquela época controlado com mão de ferro pelo empresário Abilio Diniz. Ela iria se unir ao Ponto Frio, seu arquirrival, comprado seis meses antes pelo Pão de Açúcar, dando origem ao maior grupo de varejo do Brasil.
O casamento, no entanto, foi tumultuado desde o início, com ameaças de rompimento de ambas as partes, logo depois do contrato assinado. Mas depois de acertarem suas divergências, surge a Via Varejo, que combina as operações de Casas Bahia e Ponto Frio.
Raphael Klein, neto de Samuel, foi seu primeiro presidente. A família Klein, atualmente, é minoritária na Via Varejo. Em uma operação de venda de ações, eles ficaram com apenas 27,3% das ações. Michael, filho de Samuel, que comandava o conselho de administração da Via Varejo deixou o posto e mantém duas cadeiras no colegiado.

Cotidiano

De hábitos simples, Samuel Klein mantinha quarto na sede da Casas Bahia Mesmo fora do dia a dia dos negócios, empresário ia até sede da empresa e tinha um espaço decorado para dormir e descansar Fora do dia a dia dos negócios há mais de uma década, o empresário Samuel Klein, fundador da rede varejista Casas Bahia, não deixava de frequentar a sede da companhia, em São Caetano do Sul, na região do grande ABC.
O edifício abriga atualmente, nos quinto e sexto andares, a sede da CB Capital Brasileiro, empresa que toca os negócios de Michael Klein, o primogênito de seu Samuel.
A Via Varejo, holding de eletroeletrônicos que administra a Casas Bahia e o Ponto Frio, fica nos andares abaixo.

Michael Klein

Em fevereiro deste ano, encontrei-me com Michael, seu filho, para uma entrevista que foi a reportagem de capa da revista DINHEIRO.
Era um dia histórico, pois ele acabava de deixar a presidência de conselho de administração da Via Varejo.
De forma simbólica, aquele gesto marcava o fim do comando de um Klein sobre o império de eletroeletrônicos que começou com uma pequena loja, em 1957, ali mesmo em São Caetano do Sul, pelas mãos de seu Samuel.
A conversa girava em torno dos novos negócios de Michael, principalmente na área imobiliária. Quis saber o que significa, do ponto de vista emocional, deixar o comando da empresa que foi fundada por seu pai. “A melhor maneira de sair é quanto você está em alta”, respondeu ele. “Pelé parou e ainda é o rei do futebol. Assim como ninguém vai tirar o mérito de meu pai de ser o rei do varejo. Podem aparecer novos reis do varejo. Mas quem apostou no varejo brasileiro lá atrás e deu crediário para os pobres? Foi ele.”
Nesse momento, ele me disse que seu pai, já com 90 anos, ainda gostava de ir até a sede da empresa, em São Caetano do Sul, embora cada vez mais com menos frequência. “Ele quer ver se as coisas dele estão no mesmo lugar”, brincou. E, para minha surpresa, me convidou para conhecer o quarto em que o seu Samuel, como ele é conhecido, mantinha no quinto andar do edifício em São Caetano do Sul.

“Um quarto?”, questionei.
“Isso mesmo”, respondeu Michael.

Fomos até a sala ao lado, onde Michael trabalha quando está por lá. Ela é decorada com fotos familiares e jatos executivos e helicópteros, paixão do filho de seu Samuel. Antes, era ocupada pelo patriarca da família. Atrás da cadeira, há uma porta que leva para o quarto de seu Samuel. “Muitas vezes ele dormia aqui”, conta Michael.
Na verdade, o espaço é muito mais do que um quarto. É um apartamento enorme, com sala, cozinha, o quarto propriamente dito e um banheiro adaptado para pessoas idosas.
Há fogão, geladeira, televisão e amplos sofás. O local é todo decorado com fotos familiares. Até os armários estavam lotados com as indefectíveis camisas listradas de seu Samuel, o seu traje favorito.


As lições de varejo de Samuel Klein em 13 frases:

1 - “Crise é coisa de rico”
2 - “Eu sei fazer conta. Compro por 100 e vendo por 200, sempre parcelado”
3 - “De um bom namoro sai um bom casamento. Da boa conversa, sai um bom negócio”
4 - “O segredo é comprar bem comprado e vender bem vendido”
5 - “Eles não perdem dinheiro. O desconto que os fornecedores dão para a gente, eles cobram dos meus concorrentes.”
6 - “Damos com uma mão, tiramos com outra”
7 - “Em nossa vida profissional, não podemos falhar. São justamente nossos erros que estragam nossos acertos”
8 - “Um mais um é igual a dois. Mas a soma de uma ideia mais uma ideia não são duas ideias, e sim milhares de ideias”
9 - “Cresci junto com o Brasil, não fiquei parado vendo o país crescer”
10 - “Bobagem. A riqueza do pobre é o nome”
11 - “Quem tem sócio tem patrão”
12 - “Eu vivo e deixo os outros viverem”
13 - “Que país abençoado esse Brasil. O povo também é pacato e acolhedor. O Brasil é um país que dá oportunidades para quem quer trabalhar e crescer na vida”

Herdeiros de Samuel Klein

O filho Michael é um dos maiores investidores imobiliários do Brasil e os netos Rafael e Natalie apostam na mídia digital e no varejo de luxo, respectivamente A família Klein terá seu nome marcado na área de varejo.
Rafael Klein

Afinal, o patriarca Samuel, que morreu nesta quinta-feira 20, ostenta há décadas o título de rei do varejo brasileiro.
A homenagem é mais do que justa, pois foi ele quem descobriu, meio século antes que o tema virasse moda, o potencial da baixa renda.
Pioneiro, Samuel trouxe a periferia para o mercado de consumo, oferecendo crediário para os consumidores de menor poder aquisitivo, que hoje constituem a chamada classe média emergente, em lojas despojadas de luxo e de produtos sofisticados.
Tanto que o celular só foi parar nas gôndolas da Casas Bahia em 1999, quando passaram a ser acessíveis ao bolso do povão.
O DNA do varejo está presente nos herdeiros de Samuel, mas eles estão se enveredando por outros caminhos. A família, que vendeu a Casas Bahia ao Pão de Açúcar, hoje detém 27,3% da Via Varejo, holding criada para administrar os negócios de eletroeletrônicos do grupo atualmente controlado pelo francês Casino.
Michael, o primogênito de Samuel, deixou a presidência do conselho de administração da Via Varejo, embora mantenha dois assentos no colegiado. Hoje, ele dedica a maior parte de seu tempo a administrar os seus negócios imobiliários. Se Samuel é chamado de o rei do varejo, Michael, no entanto, tem grandes chances de ser conhecido como o imperador dos imóveis.“Gosto de brincar de banco imobiliário na vida real”, disse Klein, em entrevista à DINHEIRO, em fevereiro deste ano.

“Em vez da cartolina, prefiro receber a escritura da propriedade.” Não se trata apenas de uma tirada espirituosa ou jogo de cena de Klein. Ele é atualmente um dos maiores investidores imobiliários do País, dono de um patrimônio estimado em R$ 4,6 bilhões e mais de 400 imóveis. Esse patrimônio, no ano passado, gerou uma receita anual de aproximadamente R$ 250 milhões. Quase três quartos desses ativos estão alugados para a Via Varejo, em um contrato que vai até 2030. Os outros inquilinos são grandes empresas, como os bancos Bradesco e Santander e as varejistas Marisa e O Boticário.
A siderúrgica Gerdau, por exemplo, aluga dois galpões industriais. A Petrobras ocupa um prédio de 13 andares em Salvador. Todo o dinheiro ganho com esses aluguéis é reinvestido em novos prédios, escritórios e lojas.
Natalie Klein
Outro interesse de Michael é a aviação. Ele tenta desde o começo do ano autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para colocar no ar sua companhia de táxi aéreo a CB Air. A empresa já conta dois hangares, um no Campo de Marte, em São Paulo, e outro em Sorocaba, no interior de São Paulo, além de helicópteros e jatos executivos.
Só não iniciou sua operação por conta dos trâmites oficiais. Os filhos de Michael também resolveram seguir caminho solo. Raphael, que foi o primeiro presidente da Via Varejo, a holding que reúne Casas Bahia e Ponto Frio, aposta na mídia digital.
Ele fundou a ROIx, uma agência online, depois que deixou o comando da operação de eletroeletrônicos.
Natalie, a outra filha de Michael, é dona da butique de luxo NK Store, uma das mais conceituadas do Brasil.



P.S. fiz algumas correções históricas, acrescentando informações e fotos. Em 2003, tive a oportunidade de trabalhar na produção do especial para a TV Bandeirantes com Roberto Cabrini, o cinegafista Paraíba, o editor Clóvis Rebello,e o também intérprete e produtor Mauro Longaretti Kraenski. Com duração de 60 minutos, o programa foi ao ar, quando o polaco Samuel completava 80 anos de idade.
Além das pequenas cidades e os campos de concentração onde Samuel viveu, também foram feitas gravações em Cracóvia com alguns entrevistados.
Ulisses Iarochinski, Roberto Cabrini e o cinegrafista/iluminador Paraíba, em Cracóvia nas gravações do especial "Samuel Klein - 80 Anos", pela TV Bandeirantes

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Pianista polaco em Campos de Jordão e Curitiba

A AMECampos – Associação dos Amigos de Campos do Jordão traz para a cidade, nesta sexta-feira, 14 de novembro, o jovem e talentoso pianista polaco Grzegorz Niemczuk. O evento acontecerá na Sede da Associação com entrada franca, a partir das 19 horas.
Nascido em Tychy, Polônia, concluiu o curso superior em música na Academia Karol Szymanowski em Katowice, com especialização em interpretação pianística na classe do Prof. Józef Stompel. Continuou sua educação musical nos Estados Unidos como bolsista de Keyboard Institute & Festiwal (Mannes College of Music), tendo a oportunidade de trabalhar com os pianistas de grande destaque e renome internacional.
Grzegorz é um dos mais ativos pianistas polacos da nova geração. Sua rica carreira internacional inclui 10 anos com mais de 350 concertos e recitais em 20 países nos 5 continentes.
Entre as salas de maior prestígio que já receberam o pianista está a Carnegie Hall e a Steinawy Hall em Nova Iorque, Teatro Puccini em Milão, Teatro Civico em Vecella, Palau de la Musica Catalna em Barcelona, Jardins Botânicos em Singapura, Collonge-Bellerive em Genebra, Museu F. Liszt em Weimar, Filarmônica Nacional em Varsóvia e Filarmônica de Cracóvia.
O pianista possui um extenso repertório que inclui mais que 200 obras para piano solo e 20 concertos para piano e orquestra, desde a época barroca até a música contemporânea. O jovem músico recebeu diversos prêmios, entre eles o prêmio principal no International Carnegie Hall Concerto Debut Competition em 2013, sendo o primeiro ganhador polaco desse concurso.
Outros sucessos incluem os principais prêmios no 7º Concurso Internacional Citta di Piove di Sacco (2014), 40º Concurso Nacional F. Chopin em Varsóvia (2010), Rencontres Internationales des Jeunes Pianistes em Waterloo (2009), 9º Concurso Internacional Stefano Marizza em Trieste (2008). Recebeu também os títulos de Janet and William Schwartz Scholarship Award em Nova Iorque (2008) e Palco de Jovens no 43º Festival de Arte Pianísitca Polaca em Slupsk (2009).
Além de suas intensas atividades de concertista, o Sr. Niemczuk desenvolve um trabalho pedagógico: desde 2011 faz parte do corpo docente do Instituto de Música da Universidade Silesiana em Katowice, Polônia.
Segundo Michael Sherwin, The Epoch Times, New York “sua interpretação se destaca pela fluência, pela ampla escala de dinâmica desde um fortíssimo ressoante até um pianíssimo sussurrante, variedade de cores e virtuosismo deslumbrante” Para este recital, o pianista escolheu um repertório de primeira qualidade.

Veja o programa da apresentação:
F. Chopin Noturno em Si Bemol Menor op. 9 nº 1
F. Chopin Três estudos: op. 10 nº 1 em Do Maior, nº 7 em Do Maior e nº 12 em Do Menor “Revolucionário”
I. J. Paderewski Minueto em Sol Maior op. 14 nº 1
K. Szymanowski Dois Prelúdios: op. 1 nº 2 em Re Menor e nº 5 em Re Menor
F. Chopin Noturno em Si Maior op. 62 nº 1
F. Chopin Polaca em La Maior op. 40 nº 1 Intervalo F. Chopin Ballada em Sol Menor op. 23 Três Mazurcas: op. 59 nº 1 a 3 e Scherzo em Si Bemol Menor op. 31

Serviço: Programa Jovens Talentos
Atração: Pianista Grzegorz Niemczuk
Data: 14 de novembro de 2014 Horário:
19h Local: Sede da AMECampos – Associação dos Amigos de Campos do Jordão
End.: R. Dr. Reid, 68 – Abernéssia – Campos do Jordão – SP
Entrada Franca Informações: (12) 3662-2611/(12) 3662-5511


Em Curitiba, Niemczuk se apresenta no domingo, 16 de novembro, 
às 19h00
na Capela Santa Maria,
Rua Conselheiro Laurindo esq./ com Marechal Deodoro

terça-feira, 11 de novembro de 2014

II Encontro de ex-estudantes brasileiros da Polônia

Foto: Daio Hofmann
Na sede da Sociedade KOSCIUSZKO em Curitiba ocorreu encontro de ex-estudantes brasileiros de universidades polacas. O encontro teve como objetivo a integração dos ex-estudantes, apoio à cooperação acadêmica entre a Polônia e o Brasil, apoio ao ensino do idioma polaco no Brasil, divulgação de possibilidades de estudos na Polônia dentro de programas de bolsas do Governo Polaco e do programa brasileiro "Ciência sem fronteiras”.
O evento teve como coordenador o médico Edward Kusztra, que havia organizado o primeiro encontro em 1991, e como convidados de honra: O cônsul geral da Polônia em Curitiba, Marek Makowski, a vice-cônsul Dorota Ortyńska, o Presidente da BRASPOL Rizio Wachowicz, Reitor da PUC-PR Waldomiro Gremski, Diretor da Organização Mundial de Família Daisy Weber Kusztra, vice-presidentes da BRASPOL, Andre Hamerski e Lourdes Kuchenny, Presidente da Sociedade Kosciuszko Denise Sielski e Presidente da Sociedade Pilsudski Antonio Turek.

Cônsul geral Marek Makowski e vice-cônsul Dorota Ortyńska
Os principais assuntos do debate envolveram a troca de experiências e informações da Polônia, que possam ser úteis para os futuros estudantes, dificuldades em reconhecimento de documentos escolares e acadêmicos entre o Brasil e Polônia, ensino de polaco no Brasil, mercado de trabalho para os diplomados das faculdades polacas.
O encontro teve muitos momentos emocionantes como depoimentos de ex-alunos como Daisy Weber Kusztra, Janina Gwadera, Ulisses Iarochinski e Josiane Faganello Lazarotto.

Rafael, Josiane (ex-estudante) Hellen Carvalho, Ulisses (ex-estudante) e Janaina Faganello
Foram feitas várias observações objetivas e sugestões úteis para a melhora da cooperação acadêmica entre os dois países e ensino de polaco no Brasil e validação de diplomas polacas mais célere. No final foi servido um delicioso coquetel.
Os presentes solicitaram que  Edward Kusztra organize novo encontro daqui a dois anos.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Museu em Varsóvia para os mil anos de judeus na Polônia

Um novo museu em Varsóvia está resgatando mil anos de história dos judeus na Polônia. Seus idealizadores querem celebrar uma cultura rica e complexa, hoje eclipsada pela sombra do Holocausto.


Os judeus começaram a se estabelecer na Polônia no início da Idade Média. Do século 17 até o início do século 20, o país foi o centro da vida judaica no mundo.

Em Varsóvia, em 1917, os judeus constituíam 44% da população. O bairro judeu da cidade era um conjunto de ruas barulhentas e movimentadas, cheias de lojas cujas fachadas anunciavam todo tipo de produto, de gravatas a flores artificiais.
Uma década mais tarde, no entanto, a Polônia e a Europa como um todo enfrentariam uma grave crise, levando muitos judeus a tentar a sorte em outros países, inclusive no Brasil. Essa onda migratória viria a se manifestar, décadas mais tarde, na ciência, na literatura e na política, entre outras áreas da vida brasileira.
Aos que permaneceram na Polônia, o futuro traria horrores nunca imaginados. A comunidade vibrante, com suas sinagogas, teatros e uma estrutura política própria foi destruída durante o Holocausto.

Gueto de Varsóvia
Para os mais de um milhão de turistas - muitos deles, judeus - que viajam anualmente para ver os vestígios dos campos de concentração construídos pelos nazistas na Polônia, essa história riquíssima tende a ser ofuscada pelos horrores da Segunda Guerra Mundial.
"A última coisa de que a Polônia precisava era de um museu do Holocausto, porque o país inteiro é um museu do Holocausto", diz Barbara Kirshenblatt-Gimblett, curadora da exposição permanente do museu.


"Temos uma obrigação moral de não apenas lembrar dos judeus que morreram - devemos lembrar como eles viveram".
Agora, isso é possível com uma visita ao Museu da História dos Judeus Polacos, que acaba de ser inaugurado em Varsóvia.
O historiador israelense Avraham Milgram, que já visitou o novo museu, disse que ele é, paradoxalmente, o maior museu da Polônia. "O edifício é uma verdadeira joia arquitetônica, da autoria de dois arquitetos finlandeses que ganharam um concurso internacional proposto pelo governo polaco. Sem dúvida, será a grande atração turística de Varsóvia nos próximos anos e será visitado por turistas de todas as nacionalidades, pois é impossível compreender a Polônia sem conhecer a comunidade judaica que existiu durante 1000 anos nos territórios polacos".
O museu foi construído no local onde ficava o maior gueto judaico, o Gueto de Varsóvia, estabelecido pelos nazistas alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Ao lado está um monumento construído em homenagem aos jovens - homens e mulheres - que, em abril de 1943, morreram resistindo a uma tentativa, pelos nazistas, de destruir a área.

Terra Prometida
As paredes do prédio são construídas de vidro. Nelas está inscrita, em hebraico, a palavra Polônia. Acima da entrada principal, uma fenda se abre até o teto, criando um vão profundo que se estende até o meio do prédio. Ele simboliza a passagem bíblica em que Moisés abre as águas do Mar Vermelho, formando um caminho para a travessia dos judeus que deixavam o Egito em direção à terra prometida.


Por meio de maquetes da cidade medieval, mapas, filmes, fotografias, áudio e telas que respondem ao toque, a exposição, inaugurada esta semana pelos presidentes da Polônia e Israel, narra toda a história, desde o primeiro assentamento judeu no país, no ano 960, até os dias de hoje.

Assunto espinhoso
Ela conta como os judeus foram expulsos ou fugiram de guerras na Europa Ocidental e vieram para a Polônia, trazendo com eles uma economia monetária e de crédito. Os governantes polacos deram a eles o direito de se estabelecerem no país, formarem suas comunidades, seguirem sua própria religião e se dedicarem a certas atividades.
Uma das jóias da exposição é uma réplica do teto de uma sinagoga de madeira que existiu em Gwozdziec, no século 17. Ele é adornado com pinturas de animais e signos do zodíaco.
O tema difícil das relações entre polacos e judeus durante a ocupação nazista é abordado com cuidado. A exposição fala dos polacos que apoiaram o projeto nazista de extermínio dos judeus mas também daqueles que arriscaram suas vidas tentando ajudá-los. Um corredor revestido de metal enferrujado, exalando cheiro de queimado, representa os campos de concentração.
As galerias dedicadas ao período do pós-guerra mostram como muitos dos sobreviventes preferiram emigrar a tornarem-se alvos de suspeita, perseguições e campanhas anti-semitas dos comunistas.
No final da exposição, o visitante descobre um pouco sobre a pequena comunidade judaica que vive na Polônia atual.


"Acho que esse museu pode fazer uma enorme diferença na renovação da vida judaica na Polônia. A renovação é pequena, a comunidade é pequena, mas isso não a torna menos importante", diz Barbara Kirshenblatt-Gimblett.
"A comunidade judaica (na Polônia) é pequena não apenas por causa de genocídio, emigração, assimilação e comunismo, mas por causa do medo e vergonha que levaram pais a esconderem ou guardarem segredo sobre as origens judaicas de seus filhos e netos", diz a curadora.

Legado no Brasil
Em meados da década de 1920, fugindo da crise europeia, milhares de judeus polacos foram parar no Brasil. O historiador Avraham Milgram, que viveu no Brasil, explica que seu legado está presente com força na vida brasileira hoje.
"A maioria falava o idische, a língua dos judeus ashkenazitas do leste europeu. Em pouco tempo estabeleceram suas instituições comunitárias: sinagogas, escolas, cooperativas e associações de ajuda mútua, partidos políticos, jornais, teatros e cemitérios", disse Milgram.

"O ideal da maioria destes imigrantes era ver seus filhos estudarem nas universidades, o que de fato aconteceu da segunda geração em diante".
Assim, explica Milgram, surgiria uma geração de descendentes de imigrantes polacos que se destacaria na cultura, ciência e política brasileiras, entre outras áreas.

"No jornalismo, encontramos o decano dos jornalistas brasileiros, Alberto Dines, o escritor falecido, membro da Academia Brasileira de Letras, Moacyr Scliar, o historiador medievalista Nachman Falbel, o escritor idischista Meyer Kuciński e seu filho Bernardo Kuciński, o historiador e escritor Elias Lipiner, o advogado e escritor Samuel Malamud, o ex-ministro Celso Lafer, o escritor (e político) Alfredo Sirkis".

"Há muitíssimos médicos, engenheiros, economistas, psicólogos, arquitetos, artistas e músicos filhos de imigrantes da Polônia que cumpriram com os ideais de seus pais", diz Milgram.

Raízes judaicas
Para o povo polaco o museu tem um papel adicional: ajudar descendentes dessa cultura a reconstruírem sua identidade. Segundo estimativas, há hoje entre cinco e sete mil judeus registrados na Polônia e talvez 25 mil descendentes.
"O museu vai ser um lugar onde os polacos que descobrem suas raízes judaicas poderão sentir orgulho de ser judeus e dar seus primeiros passos na descoberta do que significa o Judaísmo", disse o rabino chefe da Polônia, Michael Schudrich.
O empresário Piotr Wislicki, que ajudou levantar fundos para financiar o projeto, descreveu a seguinte cena, envolvendo uma família americana que saía do museu há duas semanas:
"Vi os filhos e netos sorrindo e os avós chorando. Então perguntei: 'O que aconteceu? Foi a galeria do Holocausto (que os fez chorar)?' E eles responderam: 'Não, estamos felizes porque no final de nossas vidas pudemos mostrar a nossos filhos e netos nossa história esplêndida, como a vida realmente era na Polônia'".

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Rússia propôs dividir Ucrânia com a Polônia

Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, propôs ao então primeiro-ministro da Polônia que dividissem a Ucrânia entre eles ainda em 2008, afirmou o presidente do Parlamento polaco, Radosław Sikorski, em entrevista publicada no site norte-americano, Político.
De acordo com Sikorski, que até setembro serviu como ministro das Relações Exteriores da Polônia, Putin fez a proposta durante a visita do primeiro-ministro Donald Tusk, a Moscou em 2008.

“Ele queria que participássemos dessa partição da Ucrânia... essa foi uma das primeiras coisas que Putin disse ao meu primeiro-ministro, Donald Tusk, quando ele visitou Moscou."
“Ele (Putin), em seguida, disse que a Ucrânia é um país artificial e que Lwów é uma cidade polaca, e perguntou por que simplesmente não a repartimos”, teria declarado Sikorski, na entrevista de 19 de outubro último.

Lwów em 1900 era uma cidade da Polônia
Antes da Segunda Guerra Mundial, o território polaco incluía regiões do atual Oeste ucraniano, inclusive algumas grandes cidades como Lwów, conhecida como Lviv, na Ucrânia.
Segundo Sikorski, que acompanhou o premiê em sua estada na capital russa, Tusk não respondeu à sugestão de Putin por saber que estava sendo gravado, mas a Polônia jamais expressou qualquer interesse em se unir à operação russa. "Nós deixamos isso muito, muito claro para eles, não queríamos nos envolver com isso", disse Sikorski na entrevista.

Após a publicação da entrevista, Sikorski disse que esta não estava inteiramente correta. "Algumas das palavras foram mal interpretadas", escreveu Sikorski em sua conta no Twitter, na noite desta segunda-feira (20), acrescentando que a Polônia não participa de anexações.
Nem o Ministério das Relações Exteriores da Polônia, nem oficiais russos estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. "Se tal proposta foi feita por Putin, então isso é escandaloso", disse Ewa Kopacz, que substituiu Tusk como premiê, na noite desta segunda-feira em uma entrevista à emissora pública TVP.
Tusk deixou o cargo para assumir o cargo de Presidente da Conselho Europeu, em Bruxelas, na Bélgica. "Nenhum primeiro-ministro polaco vai participar de uma atividade tão vergonhosa como particionar outro país", disse ela, acrescentando que não tinha ouvido falar sobre essa proposta antes.
O relato de Sikorski reafirma que não é a primeira vez que a Rússia buscou apoio da Polônia para dividir a Ucrânia. Após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, o presidente do Parlamento russo, Vladimir Zhirinovsky, enviou uma carta aos governos de Polônia, Romênia e Hungria propondo uma divisão conjunta do país.

sábado, 18 de outubro de 2014

O maior diretor de filmes publicitários do Brasil é um polaco

Andrzej Bukowiński
Dono de 25 Leões do Festival Internacional de Filmes Publicitários de Cannes/Veneza e 12 vezes premiado com a estatueta Profissionais do Ano, Andrés Bukowinski tem sua trajetória detalhada no livro Andrés, uma vida em mais de 3 mil filmes, que está sendo lançado pelo Grupo 5W no dia 7 de novembro, durante programação da Feira do Livro de Porto Alegre. "Ter minha biografia publicada dá uma agradável sensação de continuidade, de preservação de uma história. Espero que, ao chegar ao fim do livro, o leitor pense: que legal é esse cara", brinca Andrés, que nasceu na Polônia em 1940, iniciou sua vida profissional na Argentina e há quarenta anos mora no Brasil, onde exerce ininterruptamente o seu ofício, realizando mais de 3 mil filmes publicitários.

Sobre o livro
Escrito pela também polaca Aleksandra Pluta, e originalmente publicada em polaco, a narrativa do livro é polifônica e entremeia-se de relatos de Andrés Bukowinski e dos que lhe são mais próximos, assim como conhecidos, colaboradores, e aqueles como quem cruzou em diferentes cantos do mundo nas mais distintas épocas. Entre eles, Washington Olivetto, chairman da WMcCann, amigo e parceiro profissional, com quem realizou 1100 filmes. É Olivetto, inclusive, quem assina o prefácio:
"As circunstâncias atípicas de sua vida produziram um curioso personagem autodidata e 'audiodidata'. Aliás, as palavras 'produziram' e 'personagem' fazem parte do universo que ele domina como ninguém: o universo cinematográfico. Falar muitas línguas e não saber escrever em nenhuma delas nunca foi vantagem nem desvantagem para Andrés, que sempre falou e escreveu com imagens e sons — simples, sintéticos e gramaticalmente impecáveis."

Sua história de vida daria um longa-metragem repleto de ingredientes dramáticos e de superação. Uma primeira infância difícil na Polônia em guerra, o pai que esteve ausente por muitos anos (era piloto da Royal Air Force), a morte precoce da mãe, a fuga para a Inglaterra, o difícil recomeço na Argentina e a adoção pelo Brasil na década de 1970.
Porém, assim como infortúnios, Andrés também teve sorte em sua trajetória, como confessa em um de seus depoimentos.
Entre seus principais sucessos está Hitler, filme publicitário criado pela então W/Brasil e realizado para a Folha de São Paulo. A revista inglesa Shots incluiu-o no grupo dos 40 melhores filmes do século passado e, no livro The 100 Best TV Commercials and Why They Worked (Os cem melhores comerciais de TV e por que eles deram certo), de Bernice Kanner, ele figura na lista dos 100 melhores filmes publicitários de todos os tempos.
Em seu portfólio, destacam-se ainda os inesquecíveis comerciais do extinto Bamerindus (que dirigiu durante 23 anos) e os clássicos da Bombril, que foram ao ar durante 33 anos com Carlos Moreno como "garoto-propaganda".
Em 1994, aliás, a campanha da Bombril foi parar no Guinness World Records como a mais longa campanha de publicidade do mundo.
"Gosto dos filmes que dirigi, gosto de voltar a eles anos depois. E por isso, lá se vão 50 anos exercendo esta profissão, e meu trabalho ainda não me cansou. Penso com entusiasmo nos filmes a realizar", relata Andrés.

Sobre a autora
Aleksandra Pluta nasceu na Polônia em 1984. Escritora, jornalista, tradutora. Graduada em Comunicação Pública, da cultura e das artes pela Università degli studi di Ferrara, Itália, mestre em Jornalismo pela Università La Sapienza em Roma, com pós-graduação em Protocolo Diplomático pela Pontificia Universidad Católica de Chile.
Autora dos livros: "Na onda da história. Memórias dos polacos no Chile" (2009) e "Raul Nałęcz – Małachowski. Memórias de dois continentes" (2012).
Morou na Itália, no Chile, na Inglaterra e agora mora no Brasil. Andrés, uma vida em mais de 3 mil filmes - A incrível história do menino polaco que se transformou no maior diretor de cinema publicitário do Brasil

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Russos querem erguer monumento militar em Cracóvia

Soldados polacos vencedores da Batalha do rio Niemen, de 20 de setembro a 3 de outubro de 1920
"A Sociedade Russa da História Militar continuará a envidar esforços para a construção do monumento aos prisioneiros de guerra bolcheviques, em Cracóvia, entre 1919-1921", disse, esta semana, o ministro da Cultura da Rússia, Vladimir Medinski.


Mais cedo, o chefe do Ministério das Relações Exteriores da Polônia, Grzegorz Schetyna, descreveu a ideia de construir tal monumento como uma "clara provocação" à Polônia.
Quando a imprensa russa noticiou à respeito, na semana passada, prontamente, o prefeito de Cracóvia Jacek Majchrowski criticou o plano de se construir o monumento na cidade.
Medinski, que também é presidente da Sociedade Russa de História Militar (russo. RWIO), criticou a reação das autoridades polacas. "É um grande exemplo do velho provérbio russo "na złodzieju czapka gore", que diz que "sangue no quepe do ladrão" - disse em um discurso na televisão estatal russa Canal 1. 

"Os russos continuarão a levantar dinheiro"
Vladimir Medinski

Medinski disse que se "as autoridades polacas estudarem os documentos com cuidado, terão que admitir que os belos princípios de conduta cavalheiresca da guerra naqueles anos foram quebrados - para dizer o mínimo - pela Polônia. Prova disso são dezenas de milhares de Exército Vermelho que morreram em condições desumanas nos campos polacos de prisioneiros de guerra.", frisou.
O ministro também anunciou que a Rússia irá "continuar a iniciativa de angariação de fundos.  Também vamos pedir as autoridades polacas que ajudem a construir um monumento para nossas vítimas como um aviso para os políticos e as crianças", disse ele.
Para acrescentar disse que "Katyń matou quatro mil polacos e Dezenas de milhares de russos".
Na terça-feira, o Canal 1 da Rússia - Canal 1 e o jornal, "Komsomolskaya Pravda", anunciaram o início da arrecadação de dinheiro para construir um monumento aos prisioneiros de guerra russo-polaca de 1919-1921.
O Monumento seria erigido no Cemitério de Rakowice, em Cracóvia. O "Komsomolskaya Pravda" citou um representante da Sociedade da História Militar Russa, Yuri Nikiforov, que disse que na Polônia, caso os prisioneiros de guerra de 1919-1921 eram bolcheviques, isso significa que a Polônia era "altamente politizada".
Ele também alegou que a Polônia diminui o número de vítimas russas. Nikiforov comparou o caso do Exército Vermelho caído na Polônia, ao massacre de Katyń, dizendo que se "em Katyń foram mortos 4.000 cidadãos polacos,  na Polônia, morreram dezenas de milhares de russos".

Reação Polaca
Grzegorz Schetyna
O Ministro das Relações Exteriores Grzegorz Schetyna disse do Parlamento em Varsóvia, que avaliou a publicação do "Komsomolskaya Pravda" como uma "clara provocação".
O Ministério das Relações Exteriores também publicou documentos dos prisioneiros de guerra soviéticos na Polônia nos anos 1919-1921, a partir dos arquivos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em Genebra.
Esses documentos mostram claramente que na Polônia não houve extermínio deliberado de prisioneiros do Exército Vermelho. "Os documentos apresentados contêm informações confirmando os achados de historiadores falando sobre a alta taxa de mortalidade devido à difícil situação econômica do Estado polaco e as epidemias vigentes. Assim, os documentos divulgados são mais uma prova da falsidade das alegações formuladas pelo extermínio deliberado de prisioneiros de guerra soviéticos", disse o Ministro Schetyna.
A defesa de Varsóvia em 1920
Os pesquisadores polacos lembraram que a questão dos prisioneiros de guerra soviéticos na Polônia atraiu o interesse tanto da Cruz Vermelha e da Liga do Comitê Unidas sobre Epidemiologia. Representantes destas instituições visitaram os campos onde foram detidos os bolcheviques descritos em relatórios prevalecentes nestas condições e os problemas que enfrentaram com as autoridades polacas.
O prefeito de Cracóvia, Jacek Majchrowski por sua vez, disse que o Cemitério Rakowice não é o melhor lugar para este tipo de iniciativa. Majchrowski, comentando sobre a ideia do monumento declarou: Temos que lidar com os invasores. Nós não vemos nenhuma razão para colocar monumentos para eles. Assim como nós não adoramos estátuas invadindo Wehrmacht, assim como não fazemos estátuas de culto de invasores bolcheviques.

Na Polônia, havia cerca de 80 a 85 mil prisioneiros bolcheviques.
A RWIO tem a tarefa de estudar e promover a história militar da Rússia, bem como cuidar dos monumentos associados. Foi criada em março de 2013, nos termos da licença emitida em dezembro de 2012, através de decreto do presidente Vladimir Putin.
A intenção do Kremlin, é dar continuidade Militar Historical Society, do czar russo, que existia nos anos 1907-1914. Como resultado da guerra polaco-bolchevique nos anos 1919-1921 foram feitos cativos soldados que lutaram em ambos os lados da frente.
Os investigadores estimam que, no momento da cessação da hostilidade (no final de 1920), na Polônia eram cerca de 80 a 85 mil prisioneiros bolcheviques.
A maioria deles pode ser encontrada depois da Batalha de Varsóvia em agosto de 1920. Em contrapartida, o número de soldados polacos apreendidos pelos soviéticos é estimada em aproximadamente 60.000 pessoas.
Ambos os lados procuraram trocar prisioneiros. Além do acordo de 6 de setembro de 1920, Em fevereiro de 1921, que concluiu um acordo para o repatriamento dos reféns, os presos e repatriados, em outubro de 1921, como resultado dos acordos,  a maioria dos soldados soviéticos foram liberados de campos de prisioneiros e enviados para a Rússia.

P.S. Mas este ministro russo e essa sociedade histórica são hilários, para dizer o mínimo. Esses russos não se emendam mesmo. Depois de levarem uma surra dos polacos em 1612 e quase desaparecerem do mapa, vingaram-se matando, trucidando, decapitando, roubando, seviciando e estuprando a Polônia de 1793 a 1918.
Os súditos dos Romanof, daqueles 127 anos, foram derrotados pela revolução dos bolcheviques de 1917.
Mas estes, talvez saudosos das atrocidades dos Romanof, resolveram invadir novamente a Polônia em 1919, com o objetivo único de exterminar da face da terra os polacos.
Deram-se mal. Apesar de contarem com um exército maior e mais poderoso, foram obrigados a voltar com os rabos entre as pernas para Moscou.
E agora esse ministro idiota, lacaio do abjeto Putin, vem com essa conversinha...
que monumento que nada, seu imbecil provocador!!!!