segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Ceticismo em relação a Euro2008

A imprensa polaca reagiu ao sorteio da UEFA, em Luzerna, na Suíça, quando foram compostos os grupos da Copa Européia de Seleções de Futebol a Euro 2008 com ceticismo. Desde já todos concordam que os favoritos do grupo são os alemães e os croatas. A Áustria, apesar de anfitriã, não representa maiores perigos no momento.
Nas palavras do treinador da seleção da Polônia, o holandês, Leo Beehakker, "no papel os alemães e croatas são favoritos, mas graças a Deus jogamos na grama." Ao ser perguntado se estava contente com o resultado do sorteio, o treinador complementou sua declaração, respondendo que não saberia dizer, "mas que a Copa Européia é mais difícil que a Copa do Mundo, porque as 16 equipes tem um nível muito alto. É verdade que devemos estar contentes, pois é a estréia da Polônia em Copas Européias. Nunca antes em sua história, ela participou deste campeonato". Já o goleiro Artur Boruc, disse que "Estou contente, que vamos jogar, porque a tragédia do último mundial ainda me atormenta a cabeça e tenho a chance grande da revanche. Quando naquele último minuto com aquele gol a Alemanha nos tirou da Copa foi como se tivesse sido fuzilado no paredão". Daqui a 7 meses, a Polônia deverá enfrentar uma equipe onde três jogadores do outro lado falam polaco, Mirosław Klose, Łukas Podolski e Piotr Trochowski. Boruc, disse que já conversou com Miro e Podolski e que eles se mostraram entusiasmados de enfrentar mais uma vez a equipe de sua Pátria. Mesmo jogando pela Alemanha continuam sendo polacos. Klose disse que seu treinador alemão Joachim Löw teme os croatas, porque crê que a Croácia é no momento a melhor seleção do mundo. Ninguém ganha tão facilmente em Wembley, ainda mais quando esta era a última chance dos ingleses se classificarem. "Os polacos estão melhor que no último mundial, estão bem treinados por Beenhakker e se classificaram em primeiro do grupo, mas nosso adversário é a Croacia", teria dito o treinador alemão para o jogador polaco da seleção alemã.
Assim no próximo dia 8 de junho, às 20.45, a Polônia enfrenta a Alemanha em Klagenfurt, na Áustria. No dia 12 de junho, a Polônia joga contra a anfitriã Áustria em Viena, também às 20.45 e no último jogo da primeira fase a Polônia volta a Klagenfurt para enfrentar a Croácia, às 20.45 do dia 18 de junho. Apenas duas equipes seguem adiante.
Os polacos da seleção alemã

Łukas Podolski, Piotr Trochowski e Mirosław Klose.

Dante lembra Karam


O cartunista Dante Mendonça, do jornal "O Estado do Paraná" e autor do livro "A Banda Polaca- O Humor do Imigrante no Brasil Meridional" trabalhou com seu conterrâneo no mesmo jornal por 3 décadas. Neste domingo, Dante escreveu uma coluna tentando demonstrar o humor que sempre uniu os dois amigos. Mas a dor é tanta, que ao final não resistiu e no parágrafo final escreveu: "em memória de Manoel Carlos Karam, repito a frase do escritor espanhol Baltasar Gracián: “Os sujeitos de qualidades extraordinárias dependem do tempo em que vivemos. Nem todos tiveram a época que mereciam, e muitos que tiveram não souberam aproveitá-la. Alguns merecem tempos melhores, pois nem tudo o que é bom triunfa sempre. Todas as coisas têm suas estações, até os valores estão sujeitos à moda. Mas o sábio tem uma vantagem: é eterno. Se este não é o seu tempo, muitos outros serão.”
Nascido em Rio do Sul, Santa Catarina, em 1947, Karam chegou em Curitiba em 1966, onde iniciou sua carreira como profissional multimídia. Logo que entrou na faculdade de Jornalismo, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, começou a se destacar entre os alunos, e não demorou muito para ingressar na profissão. Há oito meses, Manoel Carlos Karam lutava contra um câncer de pulmão. Seu corpo foi cremado no sábado.

Literatura polaca tem encontro em Curitiba

Foto: Lucimar do Carmo - por Joyce Carvalho[02/12/2007] Extraído do jornal "O Estado do Paraná"
Fecomércio sediou evento.Os escritores focados na literatura polaca se reuniram ontem na 1.ª Vitrine Literária Polônica do Brasil, realizada em Curitiba. O momento atual da literatura polaca e a sua importância foram discutidos pelos participantes. O evento foi promovido pela Braspol, na Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), com a presença de famílias de imigrantes polacos.
Segundo Rízio Wachowicz, presidente da Braspol, o encontro visou reunir os escritores espalhados pelo País, concentrados especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “Reunimos toda a família literária de descendência polaca no Brasil para direcionar as atividades literárias, em busca do registro da história da imigração, tanto no passado quanto no presente. É o primeiro encontro deste tipo desde o início da imigração polaca no Brasil”, explica.
Há registros de cerca de cem escritores de literatura polaca no Brasil, sendo que mais de sessenta deles estiveram presentes no encontro de ontem em Curitiba, onde muitos descendentes de polacos estão instalados.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Catarinas e polacos

Dante Mendonça [28/11/2007] Publicado no jornal "O Estado do Paraná".

Passei o início da semana em Florianópolis para o lançamento do livro A Banda Polaca- O Humor do Imigrante no Brasil Meridional. Fomos mostrar aos catarinas o que é que a polaca tem. Levei na bagagem uma nova receita de pierogi e alguns chistes na algibeira.Florianópolis é ancoradouro do humor do Sul do Brasil. Ali gaúchos, catarinas e paranaenses contam piadas de uns e outros. Dizem os gaúchos que Floripa é o balneário ideal para ficar milionário.

- Tchê, aqui nessa ilha da magia você entra bilionário e sai milionário!

Já os catarinas conhecem como ninguém os vizinhos ao Sul. Dizem os manezinhos que os gaúchos são bons em literatura, na política, são craques no rádio e televisão, Elis Regina é eterna musa da música popular brasileira, porém... porém só não sabem fazer três coisas: assar churrasco, fazer chimarrão e montar a cavalo. Contam também os catarinas que um alemão e um italiano estavam numa praça de Guarapuava discutindo qual seria a parte da frente de uma árvore.

A discussão ia longe, quando o polaco entra na conversa.

- Eu sabendo qual sendo parte da frente de uma árvore!

- Então conta, Stanislaw!

O polaco dá uma vistoria no tronco e resolve a questão.

- Ontem de noitinha ieu passando aqui nessa árvore e fazendo xixi bem atrás dela. Bem aqui! Ieu tendo certeza: parte da frente da árvore sendo em esta aqui!

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Para saudar o estômago da colônia polaca de Floripa, que é grande, levei comigo a receita do “Pierogi com pinhão” do paranaense de coração polaco Otacílio Drutchaiki, cantor da banda Coração Nativo, e que me foi enviada pelo jornalista Ulisses Iarochinski, que faz doutorado de História na Polônia.

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E "passei" a receita do “Pierogi de pinhão”, assim como passei para Nazareno Amgulski, o líder da etnia polaca em Santa Catarina.

Sorteados os grupos da Euro2008

Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D
Suíça Áustria França Grécia
Portugal Polônia Holanda Rússia
Turquia Alemanha Romênia Espanha
Rep. Tcheca Croacia Itália Suécia

Estes são os grupos sorteados, hoje de manhã, em Luzerna, na Suíça, pela UEFA, para a Euro-2008 Copa Européia de Seleções de Futebol, que será realizada em junho do ano que vem na Áustria e Suíça. A Polônia, apesar de ter seus primeiros jogos no país vizinho, caiu talvez no grupo mais dificil, pois Alemanha e Croácia são duas das equipes mais fortes da Europa atualmente e a Áustria vai jogar em casa. Já Portugal terá a seu favor a grande colônia portuguesa de Genebra (uma das maiores comunidades lusitanas em todo o mundo) e mesmo que a Suíça seja anfitriã é uma equipe fraca. O adversário direto pela liderança do grupo deverá ser a Tcheca. Os tchecos abrem a Copa contra a Suíça, dia 7 de junho na Basiléia. A final vai ser em Viena, no dia 29 de junho.

Tributo a Rubinstein





Uma exposição sobre a vida e o trabalho do lendário pianista polaco Artur Rubinstein está aberta a visitação pública no Conservatório de Música de Strasbourg, na França - sede do Parlamento Europeu. São fotografias e documentos da longa carreira do artista, desde sua infância em Łódż, passando por suas intensas viagens ao redor do mundo até o fim de sua vida nos Estados Unidos. A exposição é comemorativa aos 120 anos de nascimento de Rubinstein, que morreu aos 95 anos de idade, em 1982, em Genebra, na Suíça.

Vendedores do "Sapo de Ouro"

Foto: Marian Zubrzycki
O câmera polaco Janusz Kamiński conquistou o "Sapo de Ouro", pela fotografia do filme "Motyl i skafander" dirigido por Juliana Schnabla, no 15° Festival da Fotografia Cinematográfica de Arte de Autor - Plus Camerimage 2007, que se encerrou ontem em Łódż (uudji).Kamiński, conhecido operador de Câmera e diretor há muitos anos trabalha com Steven Spielberg. Já foi duas vezes ganhador do Oscar de Hollywood pela fotografia dos filmes "Lista de Schindler" e "Soldado Ryan". O "Sapo de Prata" foi para o cinegrafista Bruno Delbonnel pela fotografia do filme "Across the Universe", e o "Sapo de Bronze" para o autor do filme "I'm Not There" do Norte-americano Edward Lachman.
Este ano o júri internacional do concurso sob a presidência do diretor e produtor Brett Ratner julgou 15 filmes, sendo dois polacos "Pora umierać" dirigido por Dorota Kędzierzawska com direção de fotografia de Artur Reinhard e "Sztuczki" de Andrzej Jakimowski e fotografia de Adam Bajerski. O festival deste ano teve também a participação de 30 filmes de jovens autores de todo o mundo. Na categoria estudante levou o troféu "Laszlo Kovacsa - Girino de Ouro" Tomasz Woźniczki da Faculdade de Rádio e Televisão da Uniwersytetu Śląskiego de Katowice pela fotografia de seu "Za horyzont". "Girino de Prata" para Raphael Beinder da Escola de Berlim por "Ojciec śpi", e o "Girino de Bronze" foi para Michał Sobociński da Escola Superior de Cinema de Lódż pelo filme "Ojciec". Roman Polański recebeu um troféu honorífico pelo conjunto de sua obra cinematográfica. Aos 74 anos, o diretor polaco de "Bebê de Rosemary", "Chinaton", "Pianista" e outros, ao receber o troféu disse que "aqui tudo começou, não muito longe na rua Targowa". Polański, foi um dos muitos alunos desta Universidade do Cinema de Łódż, onde se formou no curso de Direção de Cinema em 1959. Organizadora do Festival Plus Camerimage a Escola Superior de Cinema é considerada por muitos como a mais importante e conceituada universidade de cinema em todo o mundo, não tendo concorrentes em nenhum país.

Roman Polański
Foto: Rafał Guz

sábado, 1 de dezembro de 2007

Bigos é coisa de polaco


Bigos é um tradicional guisado típico da Polônia. Ele é considerado um dos principais pratos nacionais dos polacos. Os séculos de convivência com a República das Duas Nações fez com que o bigos seja tradicional também na Lituânia.

À base de repolho fresco e azedo e bastante carne a receita do Bigos varia de região para região. Também seu modo de fazer e seus temperos sofrem alterações.

Para alguns, a quantidade de carne deve igualar a quantia de repolho. Para outros, não: tem que ter mais repolho.
Numa coisa todos concordam: tem que colocar igual medida de repolho fresco e azedo, pois se a receita contiver apenas repolho azedo, então, não é bigos. Mas apenas a relés cópia alemã conhecida como chucrute e sem as carnes e os temperos.

O verdadeiro Bigos leva sempre tomate, cogumelos e louro.
As carnes podem variar, depende da dispensa, ou do açougue. Pode ter carne de gado, porco, presunto, torresmo, linguiça e salames.


O mais comum é que o Bigos seja servido com batatas e pão com o acompanhamento de uma boa vodka.

Faz parte da tradição que a iguaria seja servida após o dia de Natal, ou seja, no dia 26 de dezembro. Mas como sempre sobra, pode-se acabar de comer tudo no Sylwester (Ano Novo).

Conta a história que o Bigos foi introduzido, na Polônia, pelo príncipe Władysław Jagiełło (pronuncia-se vuadissuaf iaguiélo) da Lituânia, quando se tornou rei da Polônia, com o título de Władysław II, em 1385, ao casar-se com a rei Jadwiga (canonizada pelo Papa João Paulo II, como Santa Edwirges).

Jagiełło acabou dando nome a várias instituições na Polônia, a começar pela Universidade Iaguielônica (Jagiełłoński) de Cracóvia, criada por seu sogro Rei Kazimierz - Wielki (Casimiro -o Grande).

Linguistas tergiversam e alguns acham que o Bigos poderia ser de origem alemã já que o prato é feito de repolho azedo, e daí os alemães jurarem que chucrute é algo só alemão. Mentira!

Esquecem estes que o repolho não é privilégio dos saxões, mas dos eslavos em muito maior proporção. E isto até os confins da Sibéria.

Estes linguistas teimam na explicação da origem da palavra Bigos ser saxônica (origem da alemã), mas não conseguiram até hoje apresentar alguma palavra que possa realmente ser identificada no moderno idioma alemão com bigos.

Até o Dicionário da PWN (Polski Wydawnictwo Naukowe - Editoria Científica Polaca) de palavras estrangeiras especula que "Bigos" ao que tudo indica deriva do particípio passado do verbo alemão "begossen", ou seja "para mergulhar", o que indicaria que o Bigos deve ser embebido em vinho. Mas o vinho é uma bebida que não faz parte historicamente da beberagem polaca e nem está presente nas antigas receitas polacas do Bigos.

Metaforicamente, em idioma polaco, Bigos significa "confusão""bagunça" ou "grandes aborrecimentos".

Mas tem quem acredite que a iguaria tem sua origem na Ásia (cf. kimchi) e que teria sido apresentada, na Polônia e resto da Europa pelos mongóis, durante as famosas invasões tártaras (que inclusive legou o molho tártaro). Parece ser a explicação da origem mais plausível e aceita.

RECEITA DE BIGOS





























Ingredientes
400 gr de repolho azedo
400 gr de repolho fresco
200 gr de carne de porco sem osso
200 gr de carne bovina ou de vitela
150 gr de linguiça
150 gr de salame defumado
100 gr de bacon defumado
30 gr de gordura (banha)
50 gr de toucinho
50 gr de cebola branca cortada miúda
20 gr de farinha de trigo
10 gr de cogumelos secos
50 gr de ameixa seca
300 gr de massa de tomate
- sal à gosto
- pimenta à gosto
- açúcar à gosto
- 1/2 copo de vinho tinto seco.

Modo de fazer
Cortar e pôr na panela o repolho azedo adicionando água fervida e cozinhar com a ameixa cortada sem caroço.
Numa outra panela, por o repolho fresco cortado em tiras junto com cogumelos secos (lavados) e adicionar água fervida.
Fritar a carne de porco em quadradinhos no óleo e cozinhar até amolecer.
Fritar o toucinho, e o bacon cortado miudinho, a carne de gado, a linguiça e o salame.
No óleo da fritura (do bacon e toucinho) fritar cebola e dourar a farinha de trigo. Depois de cozinhar por mais de 2 horas os repolhos, juntar tudo numa panela grande e por massa de tomate, sal, pimenta à gosto e um pouco de açúcar.

Adicionar bebida alcoólica (vodca, cervejam vinho branco) e mexer bastante.
Ferver um pouco mais e deixar descansar na geladeira.

Melhor preparar dois dias antes de servir.


PRONTO NO SUPERMERCADO


Na Polônia, é possível encontrar o Bigos já pronto.
Basta esquentar em banho maria e servir.
São muitas as marcas.
Esta, em pote de vidro, é uma das mais tradicionais e consumidas.

Karam foi pra Allures

Sempre que penso em Karam, penso em "Doce primavera", penso em "Aleluia Gretchen". Sabe por que? O culpado desses pensamentos são sempre o ator José Maria Santos. Foi com Zé Maria que conheci o Guairinha, - panteão do teatro paranaense. Foi lá, que tomado de choque vi as mais intensas e estupendas interpretações do teatro. Dizendo diálogos de Manoel Carlos Karam, Zé Maria, Lúcio Weber e principalmente Irineu Adami transformaram minha vida de estudante de telecomunicações em um futuro jornalista e ator. Depois, ou antes, não sei, Karam estava por detrás daqueles diálogos com que Zé Maria conquistou o Kikito de Ouro de Gramado pelo filme de Silvio Back. O ator José Maria Santos deve aos textos de Karam pelo menos três de seus troféus de melhor ator.
Certamente no dia de hoje, Zé Maria e Irinei Adami junto com Narciso Assumpção, Oraci Gemba, Olinda Wischeral, Maurício Tavorá, Sale Wolokita, Edy Franciosi, Lala Schneider estão recepcionando Karam lá em "Allures do Sul" como diz o cartunista Solda - amigo de todos eles. E nós ficamos aqui aturdidos com tantos que estão nos deixando. O crítico Deonísio da Silva escreveu que "Curitiba abriga um grupo de escritores inventivos, inconformados como é de praxe acontecer a pessoas lúcidas. Alguns dos maiores reconhecimentos literários brasileiros foram parar nas mãos deles. Em 1995, Manoel Carlos Karam arrebatou o Prêmio Cruz e Sousa. E ano passado, Dalton Trevisan levou para Curitiba o Prêmio Portugal Telecom. " - "Karam é mestre em desconcertar sempre mais." - "Karam insiste no absurdo da existência. Seu viés, porém, não é o desolador olhar de um Camus, de um Sartre, mas o de um brasileiro desconfiado. Muito desconfiado."
Karam nasceu em 1947 em Santa Catarina, mas vivendo em Curitiba desde 1966, tornou-se um curitibano pela longevidade em terras de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e agora este 1° de dezembro infelizmente encerra esta caminhada.
Confesso que não li os livros que Karam publicou e que listo abaixo, mas suas peças de teatro continuam na minha memória. Além de DOCE PRIMAVERA (o melhor espetáculo teatral que assisti em minha vida e dois continente), "Fulano de Tal" (Zé Maria depois deste sucesso colocou o nome de seu sitio na Lapa de Fulano de Tal), "Urubu",
"Céu da Boca", "Esquina da Sete de Setembro com 31 de Março".

"Fulano de Tal" de Manoel Carlos Karam, com José Maria Santos e o casal de irmãos Denise e Narciso Assumpção.
Livros publicados:
  • Fontes murmurantes Rio de Janeiro: Marco Zero, 1985
  • O impostor no baile de máscaras Porto Alegre: Artes&Ofícios, 1992
  • Cebola Florianópolis: FCC Edições, 1997
  • Comendo bolacha maria no dia de são nunca São Paulo: Ciência do Acidente, 1999
  • Pescoço ladeado por parafusos São Paulo: Ciência do Acidente, 2001
  • Encrenca Cotia SP: Ateliê Editorial; Curitiba PR: Imprensa Oficial do Paraná, 2002
  • Sujeito oculto São Paulo: Barcarolla, 2004
Minha saudação posso fazer também através deste Poema de Natal de Vinicius de Moraes, que você pode ouvir aqui

Wyraźnie spółczucje i szczery kondolencji dla rodziną

Distintamente meus sentimentos comuns e sinceras condolências para a família

Sopas polacas I

Talvez a imensa maioria não saiba, mas a Polônia também é a terras das sopas (zupa) e consomés (barszcz). Uma das melhores sopas de Cracóvia é aquela feita com cogumelos silvestres (funghi - italiano - são aqueles escuros e grandes). Porém, desta vez apresento a de champinhão (champignons - franceses / são aqueles pequenos, redondos e brancos), por estes serem mais comuns no Brasil. Os grzyb - cogumelos são quase sempre vendidos secos (como gosta a imensa maioria da colônia italiana) no Brasil e não frescos como na Polônia. Assim, fazer zupa com cogumelo seco não seria realmente uma sopa polaca. Pois para os polacos há uma grande diferença entre a zupa peiczarkowa (sopa de champinhão) e a zupa z grzybami (fungos - cogumelos silvestres). Eu, particularmente, tenho como meu prato preferido em Cracóvia, a zupa z grzybami servida dentro da broa, do restaurante U babcia Malina. Há que dizer ainda que a zupa é mais cremosa e o barszcz é bem ralo (o mais consumido é o czerwone - avermelhado - de beterraba vermelha).

ZUPA PIECZARKOWA

Ingredientes
1 1/2 litro de caldo de legumes com osso buco
300 gr de champinhon
1/8 litro de creme de leite
1 a 2 gemas cruas
20 gr de manteiga
10 a 20 gr de farinha de trigo
sal, pimenta do reino.

Modo de fazer
Cozinhar os champinhons picados em pouca água com a manteiga. Juntar o caldo aos cogumelos moídos, adicionar a farinha de trigo misturada com um pouco de água fria, as gemas de ovo mexidas com o creme de leite. Ferver e servir.