sábado, 3 de novembro de 2007

117 anos de Dom Feliciano

Apesar da maioria desconhecer, a verdade é que no Sul do Brasil, vários são os municípios em que as pessoas de origem polaca são a maioria da população. São Mateus do Sul, São João do Triunfo, Campo Tenente, Gaurama, Nova Prata, Guarani das Missões, Dom Feliciano e etc. E algumas delas já foram publicados livros contando sobre a formação destas cidades, desde quando eram simples colônias de imigrantes polacos. Estava faltando um livro na estante da história da imigração polaca no Brasil. Não está mais. Márcio Rosiak está lançando "Dom Feliciano - 117 anos de Imigração História e Cultura Polonesa", nesta quinta feira, dia 8 de novembro, na Feira do Livro em Porto Alegre. O livro já teve duas seções de autógrafos, a primeira dia 28 de outubro em Dom Feliciano e nessa semana em Camaquã. Depois Rosiak sai em peregrinação por Erechim e Getulio Vargas. Rosiak diz se tratar de um livro que busca o resgate de uma história e dos costumes ao longo dos 117 anos, detalhando pessoas que deram parte de suas vidas em prol desse povoado gaúcho. "Ele fala da coragem de um povo que e meio a tantas dificuldades construiu no Brasil um pedaço da Polônia e o livro nasceu da mesma esperança dos imigrantes de acrescentar um pouco mais sobre a brava e emocionante história de um povo! " Ainda segundo o autor, a foto em preto e branco da capa do livro foi tirada em dezembro 1890, logo na chegada os polacos construíram a primeira igreja de madeira com vidro nas janelas e telhas. Documentos comprovam que mesmo sem um padre, além dos cultos religiosos, ali também funcionou a Biblioteca Adam Mickiewicz e uma escola. A escola Maria Santíssima construída em estilo gótico no centro de Dom Feliciano gerou certa polêmica na época. Sua foto foi conseguida junto a uma família no Rio de Janeiro. "O livro conseguiu reencontrar as pessoas que fizeram parte desta história, unir e ser publicado no livro." conclui Rosiak, que nasceu em 1982 e além disso é músico, compositor e professor de música. Também é diretor cultural da Rádio Integração, onde apresenta três programas, sendo um apenas de cultura polaca. O livro pode ser adquirido também através do sitio http://www.domfeliciano.net/ e pelo telefone 51-36771079.
P.S. Dom Feliciano fica no Rio Grande do Sul e está localizado na latitude 30º42'15" Sul e Longitude de 52º06'27" Oeste. Altitude de 154 metros. Faz parte da bacia hidrográfica do rio Camaquã, ao Sul de Porto Alegre. A população estimada em 2004 foi de 14.233 habitantes.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

"1912" será um filme anti-polaco?

Cena do filme 1612. Foto de Aleksadr Dmitriev

"1612" é o título do filme histórico russo que estreou, nesta quinta-feira, 1°. de novembro, em Moscou, sobre a guerra Polaco-Moscovita. Dirigido por Vladimir Khotinenko e produzido por Nikita Mikhalkov, o lançamento coincide com as celebrações do "Dia de Unidade Nacional Russa" no dia 4 de novembro. Com um orçamento de 10 milhões de dólares, a produção do filme foi bastante encorajada pelo Kremlin, que teria contribuído com 4 milhões de dólares, segundo alguns críticos. Para estes, trata-se de um filme anti-polaco e seria uma reação ao filme anti-russo de Andzej Wajda, "Katyń. O diretor não nega que o Kremlin esteve envolvido na produção, mas afirmou que não houve nenhuma pressão política. Khotinenko também acentuou que de forma alguma pretende com seu filme difamar os polacos. Seu propósito maior é o entretenimento como meio de elevar a consciência do público sobre o significado deste feriado nacional russo. Em entrevista coletiva, Khotinenko acrescentou que seu filme é tão anti-polaco quanto "Katyń" de Andrzej Wajda é anti-russo. No elenco, destacam-se dois artistas estrangeiros, o ator polaco Michał Żebowski, o espanhol Ramon Langa, além dos russos Mikhail Porechenkov, Violetta Davydovskaya, Artur Smolyaninov e Marat Basharov.
O filme, uma superprodução, mostra a Guerra Polaco-moscovita ocorrida durante 1605 a 1618 entre o Reino Unido Polônia-Lituânia e a Rússia. Período este, de crise dinástica na Rússia, conhecido como "Tempo de Dificuldades". A "República das Duas Nações (Polônia-Lituânia)" não esteve formalmente em guerra contra Moscou até 1609. Os interesses das várias partes litigantes iam desde o mais simples ajuste de fronteiras até a pressão sobre o Tsar russo para que este criasse um novo Estado formado pela união da Polônia com a Rússia.
A guerra é dividida em quatro fases. Na primeira, conhecida como as Dimitríades (Dymitriady), certos magnatas polacos da szlachta, encorajados por alguns “boiardos” moscovitas, mas sem o consentimento oficial do rei polaco Zygmunt III Waza, tentaram explorar a fragilidade russa e interferir em sua guerra civil. Os magnatas polacos apoiaram os pretendentes a rei, o falso Tsar Dimitri I e mais tarde, o falso Tsar Dimitri II contra o Tsar coroado, Vasili Shuiski. A primeira "Dimitríade" começou em 1605 e terminou em 1606 com a morte do Falso Dimitri I. A segunda "Dimitríade", iniciada em 1607 durou até 1609, quando o Tsar Shuiski fez uma aliança militar com a Suécia. Em resposta a essa aliança, o Rei Zygmunt III Waza decidiu intervir oficialmente e declarou guerra contra Moscou, com a intenção de enfraquecer ainda mais o aliado da Suécia e obter concessões territoriais. Depois das vitórias da Polônia, na Batalha de Klushino, que culminaram com as forças polacas entrando em Moscou, em 1610, o filho de Zygmunt III Waza, Príncipe Władysław, foi eleito Tsar russo. Contudo, Zygmunt III Waza decidiu que queria o trono russo para si. Isto fez com que os boiardos retirassem o apoio dado a Polônia, dizendo que aceitavam o moderado Władysław, mas não o pró-católico e anti-ortodoxo Zygmunt III Waza. Em conseqüência disto, os moscovitas pró-Polônia desapareceram e a guerra ressurgiu em 1611, com os polacos perdendo o controle de Moscou. Mas ainda assim, mantendo a cidade de Smolensk. Entretanto, problemas internos tanto na Polônia quanto em Moscou fizeram com que Zygmunt III Waza tentasse uma última e fracassada vez conquistar Moscou. A guerra finalmente terminou, em 1618, com o Armistício de Deulino, que concedeu à República Polônia-Lituânia certas concessões territoriais, mas não o controle sobre a Moscou. E a Rússia saiu da da guerra com sua independência intocada e os Romanov no poder.

Trailler de "1612"

Trailler do épico histórico sobre o "Período das dificuldades" na Rússia, quando em 1612, o povo russo conseguiu afastar os conquistadores polacos do Kremlin e manter a legendária dinastia dos Romanov.

Verso para recitar rápido

W Szczebrzeszynie chrząszcz brzmi w trzcinie
I Szczebrzeszyn z tego słynie.
Wół go pyta: „Panie chrząszczu,
Po cóż pan tak brzęczy w gąszczu?"
Da poesia "Chrząszcz" de Jan Brzechwy
para recitar aqui está a transcriação fonética internacional:
[fʂʧε.bʐε.ʂɨ.ɲε xʂɔɰ̃ʂʧ bʐmi ft.ʂtɕi.ɲε]
[i.ʂʧε.bʐε.ʂɨn stε.gɔ swɨɲε]
[vuw gɔ pɨ.ta pa.ɲε xʂɔɰ̃ʂʧu]
[pɔ ʦuʂ pan tak bʐɛɰ̃.ʧɨ vgɔɰ̃.ʃʧu]
Já para aqueles que acompanham este blog:
chtchébjéchinié rrrhjonchtch bjemi v tjetchinié
i chtchébjéchinié z tégo suinié.
vuu go pita: panié rrrhjonchtch
po ssuji pan tak bjentchi v gonchtchu?
e uma tradução aceitável seria:
Em Szczebrzeszyn um besouro zumbe no canavial
E por isso Szczebrzeszyn é famosa.
Um boi lhe pergunta: “Senhor besouro,
Para que você zumbe nos arbustos?”
P.S. Este é o travalínguas mais famoso do idioma polaco... é preciso repertir os versos muito rapidamente para receber da platéia uma salva de palmas. Os polacos são muito orgulhosos da dificuldade que é seu idioma para os estrangeiros. Este poema de Brzechwy, naturalmente é muito mais longo. Mas estes versos iniciais estão na boca de qualquer polaco desde a mais tenra idade e sempre pedem para o estrangeiro repetir. Por sua vez, Szczebrzeszyn é uma cidade localizada no Leste da Polônia, muito próxima a Zamość. Possui pouco mais de cinco mil habitantes e tem uma história longa e cheia de atribulações.

Lokomotywa de Tuwin

LOKOMOTYWA
Julian Tuwin
Stoi na stacji lokomotywa,
Ciężka, ogromna i pot z niej spływa:
Tłusta oliwa.
Stoi i sapie, dyszy i dmucha,
Żar z rozgrzanego jej brzucha bucha:
Buch — jak gorąco!
Uch — jak gorąco!
Puff — jak gorąco!
Uff — jak gorąco!
Już ledwo sapie, już ledwo zipie,
A jeszcze palacz węgiel w nią sypie.
Wagony do niej podoczepiali
Wielkie i ciężkie, z żelaza, stali,
I pełno ludzi w każdym wagonie,
A w jednym krowy, a w drugim konie,
A w trzecim siedzą same grubasy,
Siedzą i jedzą tłuste kiełbasy,
A czwarty wagon pełen bananów,
A w piątym stoi sześć fortepianów,
W szóstym armata — o! jaka wielka!
Pod każdym kołem żelazna belka!
W siódmym dębowe stoły i szafy,
W ósmym słoń, niedźwiedź i dwie żyrafy,
W dziewiątym — same tuczone świnie,
W dziesiątym — kufry, paki i skrzynie.
A tych wagonów jest ze czterdzieści,
Sam nie wiem, co się w nich jeszcze mieści.
Lecz choćby przyszło tysiąc atletów
I każdy zjadłby tysiąc kotletów,
I każdy nie wiem jak się wytężał,
To nie udźwigną, taki to ciężar.
Nagle — gwizd!
Nagle — świst!
Para — buch!
Koła — w ruch!
Najpierw — powoli — jak żółw — ociężale,
Ruszyła — maszyna — po szynach — ospale,
Szarpnęła wagony i ciągnie z mozołem,
I kręci się, kręci się koło za kołem,
I biegu przyspiesza, i gna coraz prędzej,
I dudni, i stuka, łomoce i pędzi.
A dokąd? A dokąd? A dokąd?
Na wprost!
Po torze, po torze, po torze, przez most,
Przez góry, przez tunel, przez pola, przez las,
I spieszy się, spieszy, by zdążyć na czas,
Do taktu turkoce i puka, i stuka to:
Tak to to, tak to to, tak to to, tak to to.
Gładko tak, lekko tak toczy się w dal,
Jak gdyby to była piłeczka, nie stal,
Nie ciężka maszyna, zziajana, zdyszana,
Lecz fraszka, igraszka, zabawka blaszana.
A skądże to, jakże to, czemu tak gna?
A co to to, co to to, kto to tak pcha,
Że pędzi, że wali, że bucha buch, buch?
To para gorąca wprawiła to w ruch,
To para, co z kotła rurami do tłoków,
A tłoki kołami ruszają z dwóch boków
I gnają, i pchają, i pociąg się toczy,
Bo para te tłoki wciąż tłoczy i tłoczy,
I koła turkocą, i puka, i stuka to:
Tak to to, tak to to, tak to to, tak to to!...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O maior roteirista polaco


Jerzy Stefan Stawinski tem três profissões artísticas: escritor, roteirista e diretor. Nasceu em primeiro de julho de 1921 e ainda trabalha. De um ponto de vista histórico, o mais importante para cultura polaca é a função de roteirista, que ajudou a determinar o aparecimento da "escola" do filme polaco. Ele começou a carreira como escritor, mas o conteúdo e temas de seus romances acabou repercutindo junto ao movimento de novos cineastas, como Andrzej Munk que filmou “Człowiek na torze”, em 1956, de um manuscrito sobre a deformação da vida contemporânea afetada pelo culto da personalidade. Depois Stawinski cooperou com Munk em dois outros filmes, “Eroica” e “Zezowate Szczęście”. Stawinski viu também transformada sua história sobre um grupo de homens no "Levante de 44", em Varsóvia, que lutavam pela liberdade, no roteiro do filme mais famoso de Andrzej Wajda, “Kanał”, ganhador de vários prêmios internacionais, entre eles, a Palma de Ouro de Cannes, em 1957. Desde o princípio do trabalho de seus filmes, Stawinski mostrou ser um roteirista brilhante com um senso especial pelas particularidades que um filme deve mostrar. Os roteiros dele têm valor literário, mas são daqueles que deixam a imaginação dos diretores fluir. Como resultado desse seu modo especial de roteirizar, ele acabou trabalhando muito com diretores de concepções artísticas completamente diferentes. O ponto de partida para o trabalho artístico de Stawinski foi sua experiência pessoal durante a segunda guerra. Soldado ativo no exército nacional, ele era um dos participantes do Levante Popular de Varsóvia, em 1944. Depois ele enveredou para temas da vida contemporânea. Em 1963, Stawinski dirigiu seu primeiro filme, uma comédia: “Mais nenhum Divórcio”. Sua última criação é „Jutro idziemy do kina” com direção de Michał lançado no dia primeiro de setembro agora. Stawinski escreveu o roteiro de 30 filmes e lançou 13 livros, entre romances e roteiros.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ewa Farna: "Não dou Doda"

A nova sensação da música pop da Europa Central, aos 14 anos, não quer ser comparada com Doda-Dorota Rabczewska. A reação da cantora-mirim vem a propósito das noticias que começaram a circular semanas atrás dizendo que o produtor musical da gravadora Virgin, Tomek Lubert, acenou com a possibilidade de assinar contrato com Ewa e fazer dela a nova Doda do hit polaco. Começaram a dizer: "Ewa Farna, czyli nowa Doda" (eva farna, ou seja, nova Doda"), ou "Ewa Farna provavelmente será a nova Doda". Lubert, com contrato assinado fará Ewa Farna explodir o coração dos ouvintes polacos. Assim, Ewa Farna com a Virgin terá tudo para se transformar na nova sensação da música Polaca. Mas foi a própria Ewa quem reagiu dizendo que ela "nao é Doda". Ewa Farnas, apesar da pouca idade, já tem 3 anos de carreira. Em 2006, ela ganhou o prêmio de "Revelação do Ano", no "Prêmio Tcheco de Música Nightingale". Antes, ela já havia conquistado, em 2004, o primeiro lugar no "Festival Regional de Cantores de Frýdek-Místek"; em 2005, o primeiro lugar no "Festival Europeu da Juventude na Polônia"; em 2006, o primeiro lugar no programa da televisão polaca "Chance para o Sucesso" e "Revelação do Ano" no "Český slavík Mattoni 2006". Em 2007, ganhou como "Revelação do Ano" no Prêmio de Música RGM da TV Óčka e ainda neste ano, seu CD "Allianz" foi eleito o "Album do Ano", da mesma forma como o do ano anterior "Měls mě vůbec rád" havia sido, como o CD mais vendido do ano, com 17. 308 copias. Ewa Farnas é considerada ainda a "Revelação de 2007" pela revista "Rock&Pop" e o último prêmio ganho por ela, foi a de "Melhor Cantora de 2007" no "Jetix Kids Awards". Ela canta em polaco, em tcheco e no dialeto silesiano de Cieczyn. Aqui ela se apresenta com a música Tycho (tirro - silêncio) no canal 2 da TV Tcheca.


Minoria étnica

Curiosamente, Ewa nasceu na cidade de Trzyniec, ou "Třinec" (em Tcheco) e vive atualmente no distrito de Wędrynia (vendrinia), (ou Vendryně), na região da Morávia, na República Tcheca. Apesar de ter nascido no país vizinho, Ewa é polaca, pois faz parte da minoria étnica mais representativa daquele país. A minoria polaca, no distrito, onde ela mora é de 35% da população. A cidade de Ewa está a uma hora e meia de viagem de Cracóvia. Ewa mora, na verdade, do outro lado do rio, que separa a cidade polaca de Cieczyn (na Silésia) da República Tcheca. A localidade faz parte da região da Zaolzie, que historicamente sempre foi habitada conjuntamente por polacos e tchecos. Em 1920, de uma população de 140 mil pessoas, 110 mil eram polacos. Houve então, naquele ano, um plebiscito e a maioria da população preferiu ser uma cidade da Tchecoslovaquia. Contudo, em primeiro de outubro de 1938, a região foi incorporada ao território da Polônia, pela Convenção de Munique. O General Władysław Bortnowski (vuadissuaf - Ladislau) anexou 801.5 km² de área com uma população de 227.399 pessoas. Mas durou pouco, logo estourou a segunda guerra mundial, em 1939, e a região foi invadida pelos alemães. Com o fim da guerra, a região voltou para o domínio tchecoslovaco, mas os polacos permaneceram na área. A língua dos polacos de Zaolzie é o Dialeto Silesiano de Cieszyn, bastante prestigiado e motivo de orgulho da população. Não só é usado pelos 51% de polacos, mas também pelos Tchecos.

Trzyniec, ou Třinec

Novo recorde de investimentos

As novas auto-estradas consomem grande parte dos investimentos
Os investimentos na Polônia continuam crescendo. O volume de dinheiro, em 2007, está para quebrar todos os recordes históricos. Se em 2006, os investimentos na Polônia chegaram a 15,06 bilhões de Euros, apenas no período janeiro a agosto deste ano, o montante já é de 8,5 bilhões de Euros em investimentos estrangeiros diretos. Em igual período do ano passado, o valor foi de 5,46 bilhões de Euros (também recorde histórico). Os maiores investidores são da Alemanha com 18% do total investido na Polônia, seguidos por Holanda e Itália com 9% e Grã-Bretanha com 8%. Se 2007 vai quebrar mais uma vez o recorde, o futuro promete muito mais. A necessidade de se adequar ao caderno de obrigações da UEFA para sediar a Copa Européia de Futebol, em 2012, obriga o país a expandir sua rede hoteleira, transportes e construir 6 novos estádios. Não bastasse isso, o país, em 2012, já deverá estar na Zona Euro, ou seja, a moeda européia será corrente, sepultando o Złoty.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A constelação do Rei



Atualmente é chamada de Scutum, a menor entre 88 modernas constelações. É uma das poucas, que deve seu nome a uma figura histórica. O nome original é "Scutum Sobiescianum", ou "O escudo de Sobieski", descoberta em 1683, por Johannes Hevelius. O astrônomo quis homenagear a vitória do Rei Polaco Jan III Sobieski, na Batalha de Viena. No dia 12 de setembro de 1683, o polaco Sobieski comandando um exército unido de polacos, germânicos e austríacos de 81 mil soldados venceu o exército do turco Kara Mustafa de 130 mil soldados. O Papa Inocêncio XI e os reis europeus saudaram Sobieski como o “Salvador de Viena e da Civilização Européia Ocidental”. Os turcos, por sua vez, o intitularam o "Leão de Lehistan" (lehistan é uma das formas em latin para Polônia). As constelações vizinhas do Escudo de Sobielski - Scutum são Aquila, Serpens Cauda e Sagittarius.

"Jan III Sobieski próximo de Viena", quadro do pintor Jerzy Siemiginowski-Eleuter, 1686.

Rydzyk: Satanás implicou com a Polônia

Foto: Michał Jasiulewicz / AG
Ouvintes e locutores da Radio Maryja não se conformam com o resultado das eleições. Afinal há dois anos eles foram decisivos na eleição de Lech Kaczyński, justamente contra o candidato Donald Tusk do partido vencedor das eleições parlamentares de 21 de outubro último. O jornal Gazeta Wyborcza publica, hoje, matéria onde reproduz a participação de ouvintes da Rádio, em várias cidades do país. Mas como não poderia deixar de ser ao comentário mais forte partiu justamente do controvertido padre Tadeusz Rydzyk, diretor da emissora. Na madrugada de domingo, Padre Rydzyk afirmou que: "PiS foi dispersado pelos especialistas dos meios de comunicação. Agora, não exatamente, é preciso ter metralhadora, a fim de matar alguém. Isto, experimentamos diariamente, aquilo tudo são difamações, calúnias. Esta é uma guerra da civilização e isto é em todo o mundo. A Polônia aguentará esta provação? Isto depende da nossa força. A Polônia é particularmente uma arena de guerra. Satanás implicou com a Polônia, porque este é o mais forte pais católico no mundo."

P.S. >O PíS - Prawo i Sprawiedliwości (Partido da lei e Justiça) dos gêmeos Kaczyński é o partido dos ouvintes da Rádio do Padre ultra-direitista e anti-semita, Tadeusz Rydzyk.

Craques da rodada: brasileiros

E o craque da rodada no campeonato polaco da primeira divisão foi o brasileiro Edi Andradina. Seu clube o Kolporter Korona Kielce ganhou de 3x2 do Górnik Zabrze e está na vice-liderança do campeonato com 28 pontos. Paulista, Andradina começou sua carreira em Cambará, no Paraná, no time do japonês Matsubara. Já rodou meio mundo, desde o Santos Futebol Clube, a vários times no Japão e Rússia. Desde 2004, jogando na Polônia, ele esteve no Pogoń Szczecin até meados deste ano, clube que acabou caindo para a segunda divisão. Porém, como era o melhor da equipe, não faltou muito para que fosse contratado pelo Korona. O Pogoń é uma aventura do milionário polaco Antony Ptak, que possui nada menos que 20 jogadores brasileiros em seu plantel. Mas as coisas nunca andaram bem por lá. O Pogoń, mesmo com 11 brasileiros em campo, nunca conseguiu em 3 campeonatos fazer algo de expressivo. Andradina jogou 70 partidas no clube de Ptak e fez 22 gols. No Korona, Andradina foi fazer companhia a outros dois brasileiros Hermes e Ernani, este é outro que está há tempos no futebol polaco. No jogo mais importante da rodada o Wisła Kraków, dos brasileiros Jean Paulista e Cleber, derrotou o arqui-rival Legia Warszawa por 1x0 e segue na lideranca com 32 pontos. Cleber foi o melhor do jogo, segundo os comentaristas de televisão.
Aqui, Cleber impede a progressão do jogador africano do Legia. No clube de Varsóvia desponta também o lateral-esquerdo brasileiro, Edson.

domingo, 28 de outubro de 2007

Saci, Boitatá...você

Saci...
Era um negrinho.
Boitatá...
Era um monstro.
Você...
Era um amor.
Hoje...
Saci, Boitatá e você,
não existem!



P.S. Esse é de quando descobri o poeta maior Carlos Drummond de Andrade e pensei que também podia fazer versos. Logo descobri que melhor seria fazer prosa, escrever notícia.

Sandomierz, a fênix polaca

Sandomierz (Sandomiéje) é uma das mais antigas e históricas cidades da Polônia. No testamento do Rei Bolesław Krzywousty (bolessuaf kjivousti), em que ele dividiu a Polônia entre seus filhos, Sandomierz foi designada como a capital de um dos principados e dado ao principe Henryk. A cidade sofreu saques e devastações com as invasões mongóis em 1241, 1259 e 1287. Os antigos prédios de madeira da cidade foram completamente destruídos. Em 1286, ela foi refundada por Leszek Czarny (Lechek Tcharni), quando então foi elevada a categoria de cidade. Quando da reunificação do Reino, no século 14, ela passou a ser a sede da Voivodia de Sandomierz. Nessa época, Sandomierz tinha 3.000 habitantes e era uma das maiores cidades da Polônia. Ainda no século 14, a cidade foi incendiada pelos invasores lituanos. Em função disso, foi mais uma vez reconstruída, agora já no reinado de Casimiro III.

A bela Cracóvia

Foto: Ulisses Iarochinski

Centro de Cracóvia e suas igrejas, vista do alto da torre da catedral do Wawel. Em primeiro plano o edíficio da Faculdade de Teologia e ao fundo central a Igreja Mariacka.

sábado, 27 de outubro de 2007

Britânicos não querem trabalhar

Trabalho para cada um (polaco),
com este título, a jornalista Iwona Kadłuczka, informa que o primeiro ministro britânico Gordon Brown declarou no periódico inglês News&Star, que deseja garantir emprego para cada um na Grã-Bretanha. "Isto é só um forte desejo, embora a idéia seja louvável" comentou Brown.
Segundo Kadłuczka, a frase do substituto de Tony Blair lembra uma situação atual bastante grave. O número de desempregados na Grã-Bretanha que não querem trabalhar é muito grande. Estas pessoas não querem nem mesmo mudar de função, ou profissão para conseguirem um emprego. Simplesmente elas não querem trabalhar.
A jornalista repete frases, publicadas em matéria no site newsandstar.co.uk , de britânicos que dizem: Por que algum bobo iria querer levantar da cama a cada dia antes das 11, para trabalhar , quando pode sentar-se em casa e ser pago por fazer nada?; "Não precisam pagar "council tax", porque alguém faz isso por eles, contrariamente aos pensionistas e aposentados que possuem tal privilégio."
Para a jornalista Sally Penton, "Que seja grátis para todos, o transporte para o trabalho. Isto será a abolição destes privilegiados". O site "mojawyspa" está com uma enquete onde faz a seguinte pergunta: São os polacos mais trabalhadores que os britânicos? O resultado até agora aponta: De 540 votos, 85,56% dizem que sim. 9,63% dizem que não e apenas 4,81 dizem não ter uma opinião a respeito.
A jornalista britânica faz ainda outras observações e se pergunta: "Como 300 mil pessoas podem chegar da Polônia e encontrar trabalho sem nenhum problema, mesmo sabendo que o inglês é seu segundo idioma? Imigrantes polacos não tomam à força o lugar dos desempregados deste país. A resposta é clara. Ninguém prefere dar nada por nada. Se realmente quisessem trabalhar, trabalho encontrariam, mas para eles isto simplesmente não compensa."
P.S. Então Bufão? Você tem mais razão que a imprensa britânica? Está parecendo que você está é com dor-de-corno. Tua mijona tá saindo com um pedreiro polaco e você tá com medo de perder "o casamento de arranjo" com ela. Justo agora que você já deve ter pago as 5 mil libras esterlinas, que é o que as polacas estão cobrando de manés como você.
Foto: Polski Sklep - Loja Polaca, numa das ruas de Londres. Produtos alimentícios diretamente da Polônia para os mais de um milhão de trabalhadores polacos na Grã-Bretanha.

Britânicos querem aprender polaco

Os súditos de sua majestade Elizabeth II da Grã-Bretanha querem falar em polaco. Em Eastbourne foi aberto um curso de idioma polaco e não só os moradores da cidade, mas da vizinhança e até policiais britânicos já se inscreveram. Os telefones do "Motcombe Community Centre" não param de receber ligações de candidatos ao curso. Em função da procura os organizadores já abriram vagas para um segundo grupo. Assistentes sociais, policiais, empresas e moradores já estão na lista para abertura da segunda sala. Julia Evason da "Community Wise" que está organizando o curso se diz entusiasmada. "Há muitos anos oferecemos cursos de idioma estrangeiro, mas a procura sempre é pequena". E conclui dizendo que: "Estamos surpresos e muito felizes que muita gente se interessou pelo idioma polaco e que desejem conhecer mais da cultura da Polônia". Fonte: "Moja Wyspa", Iwona Kadłuczka.

P.S. Então Agnaldo Bufão? Será que é por causa dos polacos serem preguiçosos que os ingleses estão querendo aprender o idioma?
Mais informações em www.mojawyspa.co.uk

Jornais ingleses informam que a presença polaca é tão expressiva na Ilha dos Windsor, que até sinalização de trânsito já começa a ser escrita no idioma polaco. Explica essa, Agnaldo!!!!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Nobel de economia 2007 é polaco

Foto: Dong Oh
Leonid Hurwicz, um dos três cientistas ganhadores do Prêmio Nobel de Economia 2007 é polaco, tendo se graduado na Universidade de Varsóvia em 1938. Junto com ele foram vencedores os Norte-americanos Eric S. Maskin e Roger B. Myerson. Eles receberam a premiação pela teoria “Mecanism Design Theory”, que com a aplicação de equações matemáticas e algoritmos permite valorar a regularidade de funcionamento dos mercados, assim como definir seus efectivos mecanismos. A teoria foi iniciada por Hurwicz e desenvolvida pelos outros dois Norte-americanos. As investigações de Hurwicz têm caráter universal e influenciou o desenvolvimento da teoria de programação matemática e da teoria dos jogos de azar e econometria. Leonid Hurwicz é professor aposentado da "University of Minnesota" de Minneapolis, e apesar de ter nascido em Moscou é filho de pais varsovianos, os quais passavam alguns meses, na Rússia, quando explodiu a revolução de 1917. Em função disso, a imprensa mundial informou erroneamente que Hurwicz é russo, por ele ter nascido lá 21 de agosto de 1917. Contudo, toda sua infância e juventude, ele passou em Varsóvia, onde em 1938 se graduou em licenciatura de Direito, pela Uniwersytet Warszawski. Entre os anos 1938 e 1939, ele estudou, em Londres, na "School of Economics" e entre 1939 e 1940 no "Institut des Hautes Études Internationales" de Genebra. Em 1940, forçado pela sua condição de judeu, imigrou para os Estados Unidos, onde continuou seus estudos de economia na "University of Chicago" e em "Harvard". Em 1994, a universidade de Varsóvia já o havia homenageado com o título de "Doctor honoris causa". Hurwicz ainda domina perfeitamente o idioma polaco e acabou nos anos 90 viajando várias vezes a sua Varsóvia, onde lecionou sobre "transformação do sistema" e "transição de uma economia centralizada para uma economia de mercado", na Faculdade de Economia. Tanto procurou, que acabou encontrando nos arquivos da cidade, um jornal com uma foto sua. Nela, ele participa de um espetáculo teatral de crianças.

Vôos diretos de Cracóvia

Durante o próximo inverno serão 46 as conexões do aeroporto internacional Papa João Paulo II. Balice-Cracóvia. Seis delas são conexões regulares com 35 cidades e serão operadas durante a noite e nos fins de semana do inverno 2007/2008. Nos últimos dias começaram a operar duas novas empresas aéreas de baixo custo no aeroporto de Cracóvia, a francesa Transavia e a italiana Meridiana. Por outro lado, a SkyEurope decidiu fechar suas base cracoviana. Quem mais sofreu com a medida foi a empresa eslovaca, que assim perde suas conexões com as cidades servidas pela SkyEurope, que além de Cracóvia também fechou a sua base em Budapeste, na Hungria. Em função disto, as partidas aéreas de 14 vôos durante o inverno serão feitas em conexões através de Viena, na Áustria. Assim, durante o inverno voarão desde Cracóvia 20 linhas tradicionais e 10 de baixo preço. Porém, com as duas novas empresas, Transavia (consórcio Air France - KLM), haverá voos de baixo custo para Paris; e com a Meridiana para Turim. Já a polaca Centralwings passará a oferecer 4 novos destinos, Dublin, Manchester, Barcelona e Atenas. Para Milão - Bergamo quem fará será a irlandesa Ryanair. A partir da fevereiro também a britânica EasyJet fará vôos para Paris. Segundo a assessoria de imprensa do aeroporto de Cracóvia, as linhas mais populares são ára a Grã-Bretanha e Irlanda, com 14 conexões. Durante o inverno também continuarão 4 linhas para capitais da Escandinávia. A empresa polaca LOT fará mudanças em suas linhas transatlânticas no período de inverno. Para Chicago serão cincos vôos na semana, com exceção das sextas e sábados. O aeroporto de Cracóvia é o segundo maior da Polônia, com um movimento anual de 3 milhões de passageiros.O maior acionista do aeroporto é o governo nacional com 85% de participação. Os demais são a Voivodia (Estado) da Małopolska com 14%, a prefeitura de Cracóvia com pouco mais de 1% e o município de Zabierzów com 0,05% das ações.
Um deste levará com certeza meu título de doutor para o Brasil

Alarme de bomba no metro de Varsóvia

O metro de Varsóvia teve sua estação Centrum evacuada e bloqueada pela Polícia nesta sexta-feira. Os trens, contudo continuaram a circular, com as paradas sendo feitas nas estações seguintes. O porta-voz da polícia, comandante Marcin Szyndler informou, que foi recebida uma mensagem anônima dizendo que na estação Centrum seria detonada uma bomba. Enquanto durem as buscas ao artefato, estação permanecerá fechada, bem como o centro comercial ali localizado. "Não temos qualquer indicio da motivação deste possível atentado, mas em todo caso precisamos fazer um rastreamento total", declarou Szyndler. Não é a primeira vez que estas ações acontecem. Nas últimas semanas, a Polícia da capital polaca tem recebido este tipo de mensagem anônima. A última evacuação doi no Supermercado de Bielański. Na maioria das vezes, afirmou o comandante da polícia se trata de um trote, que contudo, faz com que o grupo especial da polícia se mobilize. E claro, segundo ele, isto demanda um custo financeiro, que poderia ser evitado. A verdade é que a população polaca convive com a idéia de um atentado terrorista, desde que o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski enviou tropas para o Iraque. O partido vencedor das recentes eleições, o Platforma Obywatelska promteu trazer de volta os cerca de 900 soldados polacos que permanecem em solo iraquiano.
Foto: Jacek Turczyk/PAP

A busca difícil da origem

Um dos leitores do blog enviou mensagem com uma série de questionamentos. Separei o trecho a seguir para comentar:

Meus avós, pelo que sei, vieram no período da primeira guerra. Desembarcaram em Santa Catarina e depois seguiram para o Paraná. Estabeleceram-se próximo a Irati e Rebouças (localidades chamadas de Riozinho , Monjolo) A questão é a seguinte: Nesta época, fazia-se o registro dos imigrantes ou refugiados ao entrarem no país? Se vieram como refugiados poderiam mudar os nomes originais em suas documentações? Se existem os registros de entrada no país onde poderia procurá-los? Não tenho nenhum documento deles, pois deve ter ficado com algum dos dez filhos que tiveram provavelmente perderam. Os documentos que tenho, os sobrenomes diferem devido a erros no ato dos registros nos cartórios desta época.

Navio a vapor de 1898 com imigrantes europeus para o Brasil

Inicialmente é preciso dizer, que a grande maioria dos imigrantes do Brasil, chegaram ao porto do Rio de Janeiro. Ainda na época do Império foi organizada uma estrutura que tinha a incumbência, não só de recepcionar o imigrante em terras brasileiras, como também, a de buscá-los em solo europeu. Dessa forma existiram escritórios de agências de imigração brasileira em várias cidades da Itália, Portugal, Espanha, Prússia, Alemanha, Austria e etc., custeadas pelo Império e depois pela República. A Polônia, justamente neste periódo, estava invadida pelos três vizinhos e, portanto, estas agências estavam localizadas nas cidades dos territórios ocupados. Uma delas, bastante famosa era Lwów, que hoje por obra e graça de Stalin e os Aliados, deixou de ser uma cidade polaca para estar no território do Estado Ucraniano com o nome de Lviv.
Ilha das Flores, Baía da Guanabara, local de quarentena de imigrantes.
Quando os navios chegavam abarrotados de imigrantes (tal qual os navios negreiros, pois os brancos europeus também vinham confinados nos porões dos navios) aportavam, os imigrantes eram encaminhados para uma das ilhas da Baía da Guanabara. Na Ilha das Flores, eles eram registrados, colocados em quarentena (para tratamento de possíveis doenças que trouxessem) e obrigados a esperar pela designação da colônia onde seriam encaminhados. Uma vez sabido o destino, eles voltavam a embarcar em navios menores com destino aos Portos de Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul, Itajaí, Rio Grande e Vitória. O único navio que não atracou no Rio de Janeiro, indo direto para Santos, foi o primeiro da imigração japonesa. Todos os demais vindos da Europa aportavam no Rio de Janeiro.
Assim, o mais provável é que, se os ancestrais deste leitor foram assentados nas colônias de Irati, eles desembarcaram em Paranaguá e não em Itajaí. O Arquivo Público do Paraná, em Curitiba, tem um belo acervo sobre imigração. Contudo, devido a um incêndio nos anos 70, o Arquivo só possui fichas cadastrais de imigrantes até o ano de 1897. Depois deste data, tudo foi destruído.
Evidentemente, que entre os imigrantes haviam alguns refugiados políticos, mas na sua grande maioria, os imigrantes chegados ao Brasil entre 1824 a 1914, não eram refugiados. Simplesmente eram pobres trabalhadores dos campos ocupados pelas potências estrangeiras na Polônia. E no caso dos alemães e italianos, camponeses sem terra, devido ao processo de unificação realizado pelo prusso Von Bismark para a criação da Alemanha, em 1870, e por Vitório Emanuelle, rei de Savóia, para unificação dos reinos da "Bota" e criação do Estado italiano, também em 1870. Antes desse ano, não existia Alemanha e Itália, portanto. E a província e depois Estado do Paraná fazia fronteira com o Rio Grande do Sul, no rio Uruguai. Santa Catarina até 1917, era apenas o litoral. Dessa forma, muitos dos descendentes de imigrantes que atualmente estão no Oeste Catarinense, devem procurar registros de seu antecedentes em Curitiba e não em Florianópolis.
Os diferentes mapas da Polônia, nas linhas coloridas as demarcações de seus vários territórios

Em relação à imigração polaca, seu período culminante, foi entre 1890 e 1896. Período que ficou conhecido nos livros como "Gorącka Brazylijzka", ou "Febre Brasileira". Até 1900, a maioria dos imigrantes polacos iam da região Polaca da Silésia (Sudoeste) e da atual região Podkarpackie, então chamada de Galicia Austriaca. Depois da virada do século passaram a ocorrer com mais freqüência imigrações da região Leste da Polônia. Provavelmente, então, no caso dos ancestrais deste leitor, eles eram da região compreendida entre as atuais cidades de Siedlce, Lublin, Zamość.
Para aqueles que procuram os rastros de seus ancestrais é importante saber que para qualquer busca de documentos aqui na Polônia, é imprescindível ter em mãos, o nome e sobrenome do ancestral com a grafia correta em idioma polaco, o nome de seus pais, o ano de nascimento, a localidade e a paróquia onde nasceu.
O Arquivo Nacional brasileiro, talvez seja o único lugar no mundo, em que se possa encontrar informações sobre os imigrantes que chegaram no Brasil. O Arquivo fica no Rio de Janeiro e as pesquisas têm que ser feitas pessoalmente, pois não existem funcionários para ficar pesquisando sobre ancestrais de brasileiros que chegaram como imigrantes. Assim, o único jeito é ir até lá. No segundo andar é possível pesquisar o nome do navio, a lista dos passageiros do navio, a lista dos hospedes da Ilha das Flores. Há também nesta sala, uma série de armários de aço dos arquivos da Polícia Federal dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Estes arquivos contém pastas de todos os imigrantes que viviam no Brasil, no início dos anos 40. A Lei de Nacionalização do Presidente Getúlio Vargas, obrigava todos a comparecerem numa delegacia de polícia para se registrarem. Nestes registros, pode-se saber a cidade e localidade onde nasceu este imigrante na Polônia. Por outro lado é interessante começar o processo de buscas, pelos cemitérios onde estão enterradas estas pessoas. Nas lápides está escrito o ano de nascimento, coisa que não está na certidão de óbito, pois nesta só tem a data de morte. O ano de nascimento é muito importante para as buscas aqui na Polônia.
Assentamento sobre o nascimento do irmão do meu bisavô, na Paróquia de Dobre, em idioma russo.

Concluindo: sem ter o ano de nascimento, a paróquia, a localidade, o nome e sobrenome do ancestral, os nomes e sobrenomes dos pais deste ancenstral (grafados corretamente em idioma polaco - por exemplo: Pedro é Piotr) é praticamente impossível fazer qualquer busca nas igrejas, cartórios e arquivos na Polônia. Uma vez que se tenha todos estes dados e depois de encontrado o assentamento sobre o nascimento, é necessário fazer a tradução disto para o idioma polaco, pois muitas vezes os assentamentos estão em russo, alemão ou latim. Somente com a tradução feita por um tradutor juramentado, os cartórios polacos podem expedir a segunda via oficial, selada, carimbada da República da Polônia.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Três meses de blog

JAROSINSKI do Brasil comemora mais um mês de existência. No primeiro mês houve 1000 acessos. Ao completar dois meses em setembro, o número de acessos tinha chegado a 2000. E agora neste 25 de outubro, o número já ultrapassou os 6.600 acessos. Grato a todos aqueles que acompanham esta caminhada polaca e aos que distraidamente chegam até aqui. Ulisses Iarochinski.

No início do mês de outubro, pude me encontrar com alguns de meus leitores, entre o grupo de brasileiros que esteve excusionando pela Polônia, guiado por Leonardo Tyska, de Curitiba. Na foto, entre outros Maristela Fronczak de União da Vitória, quando do almoço com o prefeito da cidade de Oświecin (onde está localizado o campo de concentração de Auschwitz, há 65 km de Cracóvia). Da esquerda para direita Wilson Toledo, delegado de polícia de Curitiba, Maristela, eu, Cristina (esposa de Wilson) e Luiza Dembinski, de União da Vitória.