sábado, 6 de setembro de 2008

Grafia de sobrenomes polacos aportuguesados

Brasão do clã Janina transformado em brasão Jarosiński
pela colocação no escudo das três faixas horizontais e a flecha na vertical

Com a crescente busca de suas origens muitos brasileiros de ascendência polaca se debatem para descobrir como seria a grafia correta de seus sobrenomes, mudados que foram por funcionários portuários, hospedarias de imigrantes e cartórios ao longo de mais de 100 anos.

Não foi fácil descobrir como era meu próprio sobrenome iarochinski. Numa primeira tentativa, um ex-vice cônsul da Polônia, em Curitiba, sugeriu jaroszyński, já que, segundo ele, a grafia em idioma polaco representa a pronúncia da escrita em português.

Depois de muito pesquisar foi possível chegar à grafia correta jarosiński, isto porque J em polaco tem som I e o encontro de SI tem som CHI. A silaba SZY por sua vez está mais para CHÊ, visto que o Y em idioma polaco tem um pronúncia entre o E e o I. E, por isso, o sobrenome Jaroszewski guarde relação com Jaroszyński.

Tempos depois encontrei, na mesma cidade, onde nasceu a irmã mais nova de meu avô na Polônia, na cidade de Łuków, uma família Jarosiński, com um dos integrantes grafando Jaroszyński.

Jarosiński
IAROCHINSKI, ou JAROCHINSKI, portanto, provém da grafia original polaca JAROSIŃSKI e/ou JAROSZYŃSKI, ou ainda JAROCIŃSKI, JAROCZYŃSKI e em sua origem proto-eslava JAROSZ.

Devido às ocupações estrangeiras por 123 anos do território da Polônia, funcionários e autoridades ocupantes russas, austríacas e prussas (atuais alemães) transgrediram e alteraram um grande número de nomes e sobrenomes polacos.

No caso da ocupação russa houve alteração também devido à transliteração do alfabeto cirílico usado pela Rússia e o alfabeto latino usado pela Polônia.

Assim, uma mesma família devido a essa transliteração de alfabetos, passou a ter duas ou mais grafias. Os parentes do Ocidente continuaram a escrever Jarosiński, mas os do Oriente (onde era mais comum o alfabeto cirílico dos russos, rutenos e bielorrussos) passaram a grafar Jaroszyński.

Segundo o Centro de Pesquisas Históricas de Londres, instituição inglesa dedicada à pesquisa e estudo da história dos sobrenomes europeus, o nome de família Jarosiński é classificado como sendo de origem habitacional.

Nomes habitacionais são aqueles nomes de família derivados de uma localidade ou lugar de residência e berço da família, ou ainda, originário do nome de uma cidade ou vila onde nasceu o primeiro elemento familiar.

Algumas vezes, os nomes habitacionais referem-se às casas, que são distinguidas por um sinal, ou placa gravada e que é colocada sobre a porta de entrada da residência.

No caso de JarosińskiJaroszýnski, este nome, do antigo idioma polaco é derivado de Jarosław - Jaro: jovem, robusto / sław: glória. Além disso, Jar é traduzido para português como: ravina.

Acrescido do sufixo ński, que por sua vez se refere a uma daquelas casas que estavam localizadas próximas do castelo de Jarosław. Ou seja, Jarosiński - Jaroszýnski pode ser também traduzido como "aquela pessoa famosa por seu entusiasmo e força, sua disposição violenta", ou "aquele que mora perto do Jovem robusto cheio de glória", ou ainda por "vegetarianense".

Sim, porque o ński é também o correspondente em português ao ense, de paranaense (pessoa que nasce no Paraná). Aliás essa é a correspondência mais usada na Polônia atualmente. Por exemplo, o jornal da cidade de Leszno se chama Gazeta Leszczyńska, ou seja, jornal lesznense (se fosse possível acrescentar à palavra polaca Leszno o ense.

Dessa forma, pode-se dizer também que Jarosiński - Jaroszyński é aquele que nasce em Jarosin, ou Jarocin, que aliás é a pequena cidade 26 mil habitantes, na voivodia da Wielkopolska (Grande Polônia) famoso pelo seu festival de Rock-in-roll, que acontece há quase 40 anos na Polônia e é considarado um dos primeiros festivais de rock e punk nos países do bloco comunista.

Festival de 2015
Uma das primeiras referências deste nome, ou de uma de suas variantes documentadas, fala de Marcin Jaroszkowski, que esteve envolvido na eleição da Jan III, contudo, pesquisas em curso, indicam que este nome pode ter sido documentado bem antes.

Outras referências, incluem Fedor Jaroszýnski, em 1773, na região à Leste da cidade de Kiew, na atual Ucrânia. Assim como, o sobrenome Jaurski foi proprietário de terras em Mińsk (atual capital da Bielorrússia), durante o século dezoito.

De acordo com o sistema de clãs polacos, famílias nobres recentes recebiam brasões antigos não mais usados, neste caso os Jarosiński - Jaroszýnski receberam os brazões do clã Janina, bem como uma centena de outras famílias polacas, que acabaram por constituir um pequeno nome dentro de um grupo maior no contexto do sistema.

A grande imigração européia dos séculos XVII,XVIII,XIX e XX introduziu muitos nomes da Europa Central e Oriental nas Américas. Pesquisas indicam que talvez a primeira variação deste nome tenha chegado aos Estados Unidos, em 1872. Franz e Joseph Jaräzeski chegaram neste ano a Baltimore. Mas é claro que este nome pode ter chegado às Américas bem antes disso.

Muitos dos sobrenomes de descendentes polacos grafados em português com a terminação CHINSKI são grafadas em polaco como SIŃSKI ou SZÝNSKI. Na verdade chinski é a pronúncia em polaco de siński e a terminação szyński (que soa como chenski). Exemplo: Lechinski, Copruchinski e etc.

Cabe aqui, outra explicação toponímica para o sobrenoem Iarochinski - Jarochinski, Iarocrinski - Iarozinski, Iarocinski.

A palavra JAROSZ usada como sobrenome também é da língua proto-polaca, ou seja do antigo idioma polaco, que tem como significado equivalente ao nome Hieronin, que em português é Jerônimo.  Outro significado de Jarosz é o equivalente a Vegetariano.

Abaixo estão alguns sobrenomes bastante comuns no Sul do Brasil e que com certeza foram alterados pela pronúncia de seus portadores.

Muitos dos imigrantes eram analfabetos e como o passaporte com que entrou no Brasil era familiar e da potência invasora (Rússia, Áustria, Prússia-Alemanha) das terras da Polônia, naquele período, ele não tinha como demonstrar a verdadeira grafia de seu sobrenome ao cartorário que estava registrando seu filho.

Português - Polaco

Augrileski - Jagielski
Balzick - Barcik
Bozeg - Bożeg
Celisroski, Setenareski - Cetnarsk
Cesolak - Cieślak
Chapieski - Czapiewski
Cleina, Clein - Klejna, Klein
Copruchinski - Koprósiński
Colman - Kolman
Crisanowski - Krzyżanowski
Cuibes - Kobis
Cusma - Kuzma
Delung - Dyląg
Dipuce - Depka
Dombrosqui - Dąbrowski
Drabiski - Drabik
Dusk - Duski
Duchka - Duszka
Escipta - Szczypta
Esmalok - Smolarz
Esmolareque - Śmoralecki
Falage - Falarz
Felippe - Filip
Filla - Fila
Gavilaqui - Gawlak 
Gelinski - Zieliński, Żeliński
Gelinski - Zeleński
Gosit - Goszyc
Greboge - Gryboś
Gregoreki - Grzegorzewski
Guerra - Giera
Hagelski - Hazelski
Hubreski - Kuberski
Jagienski - Jasieński
Jedosseski - Jodłowski
Juker - Jeż
Iavorki - Jaworski
Iarocrinski, Iarochinski, Jarozinski, Iaruchinsqui - Jaroszyński, Jarosiński
Kaiykl - Halicki
Kalucky - Haluch
Kolovski - Kołowski
Kleina, Klein - Klejna, Kleina  (alguns pronunciam erroneamente como klain, pensando tratar-se de sobrenome alemão, mas é polaco mesmo!)
Klimeck - Klimek
Kosezek - Toczek
Krobos - Kobis
Kusimann - Kuźma
Kusebeck - Kasubek, Kazubek
Lechinski, Liszewski, Lizeski - Leszyński, Lesiński
Lepinski - Lipieńska
Lisanoski - Krzyżanowski
Lobasniska - Lubaśnicka
Loklissirez - Zaklikiewicz
Machuca - Maczuga
Manica - Manika
Mali - Mały
Malicheski - Maliszewski
Marcinak - Marciniak
Maschiosh - Maciosz
Mazuga - Maczuga
Micos - Mikoć 
Muchinski - Musiński
Mulchinski - Muszyński
Nikel - Nikiel
Nogosegue - Nogosek
Olinski - Oleiński, Oliński
Papucha - Pampuch
Piakasch - Piekarz
Piecas - Piekaś
Pirquel - Pirkiel
Pihhoh - Pioch
Purchat - Purkot
Raduloski - Radłowski
Ragelski - Hazelski
Rendoki - Rendak
Sari -  Szary
Schidzig - Śledż
Schilichting - Szlichta
Schota - Słota
Soaki - Wszołek
Szalton - Szołtun
Schueda - Szweda
Tozek - Toczek
Urbano - Urban
Vakoniz - Wachowicz -
Vainga, Walenga, Valenga - Wałęga
Valessa - Wałęsa
Valesko - Walesko
Wosoc - Wąsącz
Zark - Jarek
Zieman, Tyman - Cymań

NOMES POLACOS

Português - Polaco
Alberto = Albert
Adalberto = Wojciech (pronuncia-se: voitchiéhrrr)
Agnes = Agnieszka (Inês, em português) (pronuncia-se: agniéchca)
Agath = Agata (Águeda, em português)
Ana = Anna
André, Andreas = Andrzej (pronuncia-se: andjiei)
Antonio = Antoni
Bárbara = Barbara
Batista = Baptysta
Bertha = Berta
Blauziere, Brás, Braz = Błażej (pronuncia-se: buájei)
Boleslau = Bolesław
Bruno = Brunon
Carlos = Karol
Carolina = Karolina
Catharina = Katarzyna (pronuncia-se: catajena)
Casimiro, Cassemiro = Kazimierz
Christina = Krystyna
Christof = Krzysztof (pronuncia-se: kjêchtóf)
Dorothea = Dorota
Deodoro = Bogdan
Elisabeth = Elżbieta (pronuncia-se: Eljibiéta)
Eduvig, Eduvige, Edvirges = Jadwiga (pronuncia-se: iadviga)
Estefano = Stefan
Estanislau = Stanisław
Eva = Ewa
Franz, Francisco = Franciszek (pronuncia-se: frantchichék)
Francisca = Franciszka (pronuncia-se: frantchichca)
Gaspar = Kacper (pronuncia-se: cátsper)
Guilherme = Wilhelm
Gregor, Gregório = Grzegorz (pronuncia-se: gjegój)
Hisbertha = Gisberta (pronuncia-se guisberta)
Ignatz, Inácio = Jgnacy (pronuncia-se: ignacê)
Jacob, Jacó = Jakub (pronuncia-se: iácub)
Joan, Johan, Juhan, João = Jan (pronuncia-se: ian)
Josef, José = Józef (pronuncia-se: iuséf)
Josepha, Joséfa = Józefa (pronuncia-se: iuséfa)
Josephina = Józefina (pronuncia-se: iuzéfina)
Julio = Juliusz
Juliana = Julianna
Ladislau = Władysław
Leopoldo = Leopold
Lourenço = Wawrzyniec
Maria = Maria
Margarida = Małgorzata (pronuncia-se: maugójata)
Martino = Marcin (pronuncia-se: martchin)
Miguel = Michał (pronuncia-se: mirráu)
Nicolau = Mikołaj (pronuncia-se: micóuai)
Paul, Paulo, Paolo = Paweł (pronuncia-se: páveu)
Paulina = Paulina
Peter, Piutr, Pietro, Pedro = Piotr (pronuncia-se: piótr)
Roberto = Robert
Rockus, Roque = Roch (pronuncia-se: Róhrrr)
Romão - Roman
Rozália = Rozalia
Simon, Simão = Szymon (pronuncia-se: chêmon)
Sophia = Zofia
Stephan = Stefan (Estefano, em português)
Susana = Suzanna
Tecla = Tekla
Tomás = Tomasz
Tadeu = Tadeusz
Valdomiro = Włodzimierz
Valentim = Walenty
Venâncio = Wenancjusz
Venceslau = Wacław
Victorino, Vitor, Vitório = Wiktorio
Victoria = Wiktoria
Vicente = Wincenty
Zacarias = Zachariasz
Zaqueu = Zacheusz

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Curitiba: Mil anos de Judeus na Polônia


Cônsul Dorota Joanna Barrys. Foto: Ulisses Iarochinski

Foi aberta, na noite desta quinta-feira, 04 de setembro, no saguão de entrada da Biblioteca Pública do Paraná, a exposição "Mil anos de Judeus na Polônia".  Promoção do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba, a exposição foi organizada pelo Instituto Adam Mickiewicz de Varsóvia e vai estar aberta até 18 de setembro. Depois deve percorrer outras cidades brasileiras.
Em muitos anos foi a primeira vez que se viu num mesmo evento patrocinado pelo Consulado da Polônia, reunidas as comunidades polacas de credos católico apostólico romano e judaico. Lado a lado estavam os senhores Edward Kondera (polaco católico) e Maurício Schulman (descendente de origem polaco-judaica) entre dezenas de outros.

Inicialmente a cônsul Geral Dorota Joanna Barys saudou o público para em seguida convidar para ver as dezenas de cartazes contando a história do povo judeu em terras da Polônia. Barys lembrou as palavras do consultor da mostra Piotr M.A. Cywiński constantes na revista da exposição onde ele diz: "Mil anos de união e divisões. Mil anos de diálogo e conflitos, favores e sofrimento, desenvolvimento e crise, autonomia e dependência, felicidade compartilhada e crueldade, até o Shoah."

Prof. Manoel Knopfholz. Foto: Ulisses Iarochinski

Em seguida, foi a vez do representante da comunidade judaica de Curitiba, Prof. Manoel Knopfholz, discursar para os presentes.  Ele lembrou das origens comuns na cultura, na culinária, nos costumes e da contribuição dos polacos judeus para a humanidade através de vários expoentes como ganhadores de prêmios Nobel e cientistas renomados, além dos horrores do holocausto perpetrados por inimigos comuns como os alemães-nazistas e os russos-stalinistas.

Para Bogdan Bernarczyk-Słoński, responsável pela concepção da mostra, "Pagar tributo aos que não estão mais aqui é revivê-los em nossa memória, junto com as suas alegrias e tristezas, suas vitórias e derrotas, suas grandezas e fraquezas. É também a descoberta da herança que nos deixaram. É finalmente, uma maneira de chamá-los pelos nomes."

Mais adiante Bernarczyk-Słoński relembra que "O holocausto, a tragédia monstruosa do povo judeu, que exterminou quase 3,1 milhão de judeus polacos, borrou por muito tempo a memória dos 1000 anos da sua história e cultura inscrita em nosso passado e inseparavelmente ligada a nossa identidade cultural. Ao procurar a sua identidade e ouvir com atenção as vozes da memória coletiva, os polacos contemporâneos compreendem com pavor e tristeza a ausência dos Judeus, os nossos irmãos." 

Foto: Ulisses Iarochinski

A exposição no Brasil conta ainda com o apoio de Ephraim Teitelbaum, da Federação Israelita do Rio Grande do Sul e tradução do texto polaco de Hanna Węgrzynek e Katarzyna Wieczorek, para o português de Alina Prałat.

Foto: Ulisses Iarochinski

P.S. Que esta exposição possa de alguma forma estreitar os laços de uma comunidade brasileira com origens iguais na Polônia, mas mutilados por agressões de outros povos.

Grotowski: o mestre polaco do teatro


Embora o grande público brasileiro, telespectador de telenovelas, não possua conhecimento suficiente para render homenagens, o Brasil e a Polônia estão ligados pela arte teatral. O Pai do moderno teatro brasileiro foi um polaco, nascido em Wielicka, nos arredores de Cracóvia. Em 1947, Zbigniew Ziembiński revolucionou os palcos brasileiros ao introduzir uma nova linguagem teatral, além de pela primeira vez na história ter iluminado um espetáculo com jogos de luz coloridas a partir de projetores elétricos. O grande Procópio Ferreira iluminava seus espetáculos até então com lamparinas a gás, a querosene, ou quando muito, com uma única luz branca proveniente de uma única lâmpada elétrica.
Ziembinski ao apostar nos dotes dramatúrgicos do polêmico jornalista Nelson Rodrigues trouxe a cena pela primeira vez o texto “Vestido de Noiva” e com ele marcou para sempre as artes da encenação no Brasil.
Só isto bastaria para ligar Brasil e Polônia através desta arte milenar, mas para aqueles profissionais que vivem do teatro no Brasil, um outro nome polaco teve um grande reconhecimento e respeitabilidade em suas vidas. Apesar de Tadeusz Kantor ser muito mais valorizado em terras polacas, a verdade é que no mundo, nenhum outro artista dos palcos teve tanto reconhecimento mundial como o diretor de teatro, teórico, pedagogo e criador de métodos de interpretação, como Jerzy Grotowski.
Grotowski
Ao lado do russo Stanislavsky (com seu método de construção do personagem e preparação do ator) e do alemão Bertold Brecht (com seu distanciamento), o polaco Grotowski é um dos maiores da arte de representar do século vinte.
Grotowski nasceu, em 11 de agosto de 1933, na cidade de Rzeszów, Sudeste da Polônia e viveu até a idade de seis anos em Przemyśl. Durante a Segunda Guerra Mundial a família se separa. Sua mãe Emilia Kozłowski muda-se com ele para Nienadówka. Seu pai Marian serviu como oficial no exército polaco indo para a Inglaterra. Grotowski, sua mãe e seu irmão conseguiram fugir dos nazistas e se refugiaram numa fazenda de seu tio. Este era arcebispo em Cracóvia e foi nesta época que Grotowski despertou para a vida espiritual que orientaria toda sua vida artística. Grotowski morreu, em 14 de janeiro de 1999, em Pontedera, na Itália. Seu epíteto é ter sido um dos maiores reformadores de teatro do século passado.
Grotowski se formou da Escola Pública Superior de Teatro de Cracóvia graduado que foi em interpretação, no ano de 1955. Depois foi em estudar direção teatral no Instituto Lunacharsky de Artes de Teatro (GITIS), em Moscou, entre 1955-1956. Lá aprendeu sobre técnicas de interpretação e abordagens artísticas com os maiores do teatro russo como Stanislavsky, Vakhtangov, Meyerhold e Tairov.
Ao voltar à Polônia, assumiu o cargo de professor assistente na Escola de Teatro em Cracóvia e começou a estudar direção de palco (1956-1960). Debutou como diretor, em 1957, no Stary Teatr (Teatro Velho) de Cracóvia, onde colaborou com Aleksandra Mianowska numa produção de Eugene Ionesco “As Cadeiras”. Grotowski também criou programas de rádio para o Rádio-Teatro polaco por esta época. Estes eram baseados principalmente em lendas chinesas e tibetanas e numa peça antiga indígena, “Sakuntala”. Também neste período preparou e conduziu uma série de conferências sobre filosofia asiática no Clube Estudantil "Pod Jaszczurami" (Debaixo do signo dos Lagartos). Em 1958 dirigiu num seminário uma produção de Prospero Mérimée, a “O Diabo fez uma mulher”, espetáculo de fim de ano dos estudantes do quarto ano do Departamento de Interpretação da Escola Pública Superior de Teatro de Cracóvia, além da produção de “Bogowie Deszczu / Deuses da Chuva”, uma peça contemporânea de Jerzy Krzyszton, no Teatr Kameralny (Teatro de Câmara) de Cracóvia.
Ele voltaria tempos depois a fazer esta peça, ao mesmo tempo em que produziu uma nova versão para o Teatr 13 Rzędów (Teatro da Fila 13) em Opole. Em 1959, dirigiu uma produção de “Tio Vanya” de Anton Chekhov para o Stary Teatr (Teatro Velho) de Cracóvia, simultaneamente a um movimento artístico permanente em Opole, onde assumiu a direção do Teatro da Fila 13. A instituição contratou também um novo diretor de dramaturgia, Ludwik Flaszen (Dramaturgo e crítico de teatro, que havia sido previamente diretor de dramaturgia do Teatro Juliusz Słowacki de Cracóvia). A cooperação entre Grotowski e Flaszen permitiu a criação de um teatro vanguardista que se tornou um efervescente centro de pesquisa das artes teatrais.
A primeira produção teatral em Opole, o “Orpheus” de Jean Cocteau, teve sua estréia em 1959. Um ano depois, Grotowski dirigiu o “Cain” de George Byron, no mesmo teatro, junto com “Mistério-Buffo” de Vladimir Mayakovsky e “Sakuntala” de Kalidasa. Na produção seguinte, Grotowski começou a ter a colaboração do arquiteto Jerzy Gurawski. Desta cooperação surgiu um novo espaço teatral que aboliu finalmente a divisão entre palco e platéia.

A única produção que Grotowski criou neste momento fora de seu teatro foi “Faust” de Johan Wolfgang Goethe, produzido para o Teatr Polski (Teatro Polaco) de Poznań (1960). Para este espetáculo, Grotowski contou com a colaboração do artista plástico Piotr Potworowski, na criação dos cenários. Nesta fase pública do Teatro da Fila 13, o diretor reuniu duas produções denominadas fato-montagens, em 1961, “Turysci / Os Turistas” e Gliniane Gołębie / Pombos de Barro” baseadas em documentos autênticos, filmes documentários, gravações de áudio. No mesmo ano, em Opole, Grotowski dirigiu “Dziady” de Adam Mickiewicz, seguida um ano depois por outro drama romântico, “Kordian” de Juliusz Słowacki. Também em 1962, Grotowski trabalhou com Józef Szajna na primeira e segunda versão de “Akropolis”, baseadas em texto escrito por Stanisław Wyspiański. Antes disto, o cartaz para a produção refletiu o nome do novo teatro de Opole, ou seja, “Laboratorium 13 Rzędów (Teatro de Laboratório da Fila 13”, em 1965, Grotowski dirigiu uma série de outras produções ali, inclusive “Tragiczne Dzieje Doktora Fausta / O Destino Trágico do Doutor Faust”, baseado no texto de Christopher Marlowe (1963), “Studium o Hamlecie / Um estudo sobre Hamlet”, de William Shakespeare escrito por Stanisław Wyspiański (1964), e uma terceira versão de “Akropolis / Acrópole” de Wyspiański (1964).
Com encerramento do teatro em Opole, Jerzy Grotowski e sua turma se mudaram para Wrocław. A primeira estréia do “Teatro de Laboratório da Fila 13”, na nova casa foi uma quarta versão de “Akropolis” Wyspiański (1965), preparada, tal como todas as versões prévias tinham sido, ou seja, com a cooperação de Józef Szajna. Os criadores da produção finalmente reuniram a quinta e última versão dois anos depois, em 1967.  
Ainda em 1965, o teatro de Wrocław, que Grotowski também chamava de “Instytut Badania Metody Aktorskiej” (Instituto de pesquisas do método de interpretação do ator), teve duas versões de Słowacki adaptadas de Calderon “O Príncipe Constante”. Grotowski apresentou uma terceira versão deste espetáculo em 1968. Em 1967 Grotowski e seu grupo abandonam os trabalhos da produção intitulada “Ewangelie / Evangelhos”. Antes disto, porém, a trupe assegurou um ensaio aberto de jogos teatrais e várias outras exibições fechadas. Estes “estudos”, enquanto descreviam a vida de Cristo e uma posição contemporânea de dimensão Cristã, era a continuação de uma produção inovadora do teatro de Grotowski intitulada “Apocalypsis Cum Figuris” que retirava citações da Bíblia e dos trabalhos de Fyodor Dostoyevsky, Thomas S. Eliot e Simone Weil. “Apocalypsis Cum Figuris” que ao lado de “Akropolis” e “O Príncipe Constante” tornaram-se as mais famosas das produções de Grotowski ao redor do mundo e foi finalmente reconhecido em três versões diferentes: A primeira em 1968, seguida das versões subseqüentes de 1971 e 1973. Todos estes espetáculos foram produzidos no teatro de Wrocław que adquiriu um nome novo em 1971, ou seja, “Instituto dos Atores - Teatro de Laboratório”. Grotowski criou estas produções em cooperação com seu ator principal, Ryszard Cieslak. Nos anos sessenta, o “Teatro de Laboratório” fez uma série de excursões ao exterior, tendo participado da maioria dos principais e significativos festivais de teatro do mundo.  
Em uma de suas primeiras produções, o controverso “Bogowie Deszczu / Deuses de Chuva”, Grotowski o diretor, como Zbigniew Osiński registrou por escrito, "colidiu com o autor, enquanto seu teatro colidiu com a literatura. Grotowski não só mudou o título da peça (o original era Rodzina Pechowcow / A Família Azarada), mas entrelaçou o texto original com fragmentos de outros trabalhos poéticos e adicionou um filme como prólogo. No programa do espetáculo, Grotowski citou uma das máximas de Meyerhold: - Ao selecionar a peça de um autor, não pretendia compartilhar as visões dele. - Ele era posterior e se explicou melhor isto em uma entrevista: - Em termos de minha atitude para o texto dramático, penso que o diretor deveria tratar isto somente como um tema no qual ele constrói uma obra de arte nova que é o spectacle teatral (de R. Konieczna, premiera “Przed Pechowcow. Rozmowa rezyserem /” Antes da Estréia de 'O Unlucky' - Uma Conversa com o Diretor”).
Deste momento em diante, ele defenderia o direito de um diretor trabalhar no texto constantemente, bem como na maioria de suas produções subseqüentes construídas "de acordo com" ou "baseado nas palavras do "autor do texto”. O desejo dele era não contar a história de uma maneira tradicional. Ele tentou ao invés disso transformar peças em “stagings” mentais coerentes. Com “Orfeusz / Orpheus” E “Kain / Cain”, Grotowski questionou a função que literatura tradicionalmente joga no teatro, enquanto ia editando suas produções como um “filmmaker” poderia editar um filme. Ele foi acusado de focalizar excessivamente a experimentação formal. Ele admitiria depois, que aquele “Cain” era "mais um exorcismo de teatro convencional que uma proposta para um programa" (Jerzy Grotowski,” Teatr Laboratorium 13 Rzędów” /” Teatro Laboratório da Fila 13,” em:” 5. Festiwal Polskich Sztuk Wspólcześnych” /” 5º Festival de Peças Polacas Contemporâneas, "Wroclaw, 17-25 de outubro).
Grotowski construiu seu próprio "programa”, enquanto pesquisava profundamente a relação palco e audiência e, por conseguinte, entre ator e platéia. Em “Sakuntala” a platéia assumiu o papel do herói coletivo, enquanto na “... Antepassados” eles foram tratados como os participantes de um ritual. Em “Kordian”, as pessoas do público eram os pacientes de uma custódia psiquiátrica, enquanto em “Faust” eles se tornaram o confessor do herói. Durante este tempo, o diretor e sua trupe focalizou acima de tudo a procura de novas formas de expressão para os atores. O trabalho que a trupe fez em “Sakuntala” provou especial “significante” a este respeito. Como Grotowski colocou isto, "Nesta produção nós testamos as possibilidades de criar sinais dentro do teatro europeu. Nossas intenções não foram privadas completamente de mischievousness: nós buscamos criar uma produção que seria uma imagem de teatro oriental, não completamente autêntico, mas semelhante à maneira pela qual, os europeus imaginam isto. [...] Porém, debaixo da superfície desta procura que era imediatamente irrisória e dirigida contra o espectador, havia um plano escondido - o esforço para descobrir e revelar um sistema de sinais que seriam apropriados para nosso teatro e se destinariam a nossa civilização”. Grotowski admitiu que este caminho conduziu à criação de sinais que seriam um padrão fixo, mas ao mesmo tempo, era um trabalho desta produção que em seguida, ele coloca como, "para a iniciação de uma procura no reino das reações orgânicas humanas, e para a criação de uma estrutura destas reações. Isto é o que resultou mais frutífero nesta aventura que é a história da nossa trupe, especificamente, resultou em nossa pesquisa na arte de interpretar" (Jerzy Grotowski,” Teatr um rytual” /” Teatro e Ritual”).
Em 1965, em artigo para a publicação mensal “Odra”, Grotowski publicou um esboço intitulado "Ku teatrowi ubogiemu (Para um Teatro Pobre)”. O qual se tornou depois o título de um livro que foi publicado primeiro na Dinamarca e subseqüentemente (em 1968) apareceu nos Estados Unidos com prefácio de Peter Brook. Este estudo de Grotowski foi publicado em mais que uma dúzia de países... Com exceção da Polônia. Tornou-se um livro de ensino para teatros exploratórios dos anos sessenta. "Para um Teatro Pobre” resumindo, foi o primeiro período criativo do diretor durante o qual ele focalizou como amoldar métodos de interpretação e formular a idéia de “teatro pobre”. O trabalho físico dos atores consistia em treinamentos sincréticos que duravam muitas horas e utilizavam técnicas orientais asiáticas. Também foi prestada atenção significativa aos ressonadores de voz. Grotowski tentou bater nas fontes da antiga expressão. Fascinado com os pensamentos de Carl Jung, procurou arquétipos que provariam a utilidade da construção de papéis e que transformariam os esforços de seus atores em um ato de sacrifício. Não foram registradas, entretanto, as técnicas de interpretação estáticas do Teatro de Laboratório para se alcançar o estado de transe, mas foi bastante preciso em criar o estado da consciência afiada.
“O Príncipe Constante” e “Apocalypsis Cum Figuris” foram o apogeu da ação estática, e também exemplificou o conceito de "teatro pobre" sobre o qual Peter Brook escreveu em “O Espaço Vazio”, publicado em várias partes do mundo.  
"Na Polônia existe uma pequena companhia dirigida por um visionário, Jerzy Grotowski que também tem um objetivo sagrado. O teatro, segundo ele acredita, não pode ser um fim em si mesmo; como a dança, ou a música como em certas ordens “dervish”, o teatro é um veículo, um meio para auto-estudo, auto-exploração, uma possibilidade de salvação. O ator se atém ao seu próprio campo de trabalho. [...] Visto deste modo, interpretar é um trabalho de vida, enquanto o ator está estendendo seu conhecimento passo a passo por circunstâncias dolorosas e sempre variáveis do ensaio e a uma tremenda busca de pontuação em sua performance. Na terminologia de Grotowski, o ator permite um papel para se “penetrar”; no princípio, ele é todo o obstáculo a isto, mas através de trabalho constante, ele adquire domínio técnico sobre seus meios físicos e psíquicos pelos quais ele pode permitir derrubar as barreiras.” Auto-penetração está relacionado com a exposição: o ator não hesita em se mostrar exatamente como ele é, porque ele percebe que o segredo do papel exige, sobretudo sua abertura, enquanto ele próprio vai descobrindo seus segredos. De forma que o ato de desempenho está ligado ao ato de sacrifício, de sacrificar o que a maioria dos homens prefere esconder - este sacrifício é o presente que ele dá ao espectador. [...] Grotowski faz da pobreza um ideal; seus atores dão tudo, exceto seus próprios corpos; eles possuem o instrumento humano e o tempo ilimitado, ou seja, nenhuma maravilha, eles sentem o teatro mais rico do mundo". (Peter Brook, "Pusta przestrzeń" / "The Empty Space", Warsaw, 1977).
Nos anos 70, Jerzy Grotowski lentamente começou a abandonar o teatro e deixou completamente de montar produções teatrais. Ele aprofundou seus estudos de cultura Centro-asiática e escolas da espiritualidade. Em 1970, fez sua terceira viagem ao Oriente, viajando para a Índia. (Anteriormente, ele tinha navegado para a Ásia Central em 1956 e visitado a China em 1962.) Ele também começou a ensinar, em classes especiais exercícios quase-teatrais para atores polacos e estrangeiros. Começou a convidar espectadores de suas produções anteriores a participar destes projetos. Num programa de persuasão ativa para a cultura, que ele tinha formulado nos anos setenta, Grotowski começou a focalizar as relações interpessoais em uma dimensão nova, especificamente, a da "celebração ao vivo da nova cultura" projetada por ele para conduzir um face-a-face nas reuniões entre seres humanos. Na última produção de teatro de Grotowski, “Apocalypsis Cum Figuris”, foram unificados o espectador e o ator ao grau máximo possível, mantendo entretanto, uma divisão entre participantes ativos e passivos.
Esta divisão desapareceu nos projetos de “treinamento/performance” dos novos artistas que ele começou a organizar em 1973. No modelo de cultura postulado por Grotowski, ninguém era um consumidor, enquanto todo mundo tinha o direito de criar. Foi dada intensa publicidade a seus empenhos subseqüentes, chamados de projetos e abertos a todos que estivessem dispostos a participar. Participantes de várias partes do mundo viajavam a Wrocław e Brzezinka, perto de Oleśnica onde os projetos eram executados. O Teatro de Laboratório também começou em 1973 a administrar programas de treinamento-perfomance no exterior, enquanto Grotowski trabalhava nos Estados Unidos (1973, 1975, 1977), na França (1973, 1976, 1977), na Austrália (1974), na Áustria (1974, 1975), na Itália (1975, 1977), na Suíça (1976, 1977), na Alemanha Ocidental (1977) e no Canadá (1977). Muitos gostaram de seu “Projeto Especial (1973), ou Przedsięwzięcie Góra / Projeto da Montanha (1977)”, que ele levou em forma de sessões de grupo que tinham uma dimensão ética e psicoterápica. Eles constituíram uma tentativa de se achar uma nova forma de entender o intrapessoal, completamente baseado na sensibilidade mental e relacionando a comunidade com a ação. Estes jogos teatrais consistiram, entre outras coisas, construir sistemas intrapessoais de comunicação usando lentamente primeiros movimentos e depois finalmente a voz, para o grupo cantar. Também foram promovidos seminários intensivos quase-teatrais em 1975, durante “Exploração universal para um Teatro de Nações” que foram organizados por Grotowski e pelo Teatro de Laboratório. Naquele momento, as pessoas que representavam teatro exploratório ao redor do mundo viajaram a Wrocław, muitos deles inspirados pelo pensamento de Grotowski. Entre os participantes se incluíam Peter Brook, Jean-Louis Barrault, Joseph Chaikin (Teatro Aberto), Eugênio Barba (Odin Teatret), Luca Ronconi e Andre Gregory.  
Em 1976, Jerzy Grotowski apresentou um programa de pesquisa novo que ele chamou de “Teatr Źródeł" ("Teatro da Fonte"). Ele procurou realizar este programa na região próxima a cidade de Białystok, bem como nas suas viagens para o México, Nigéria, Índia e Haiti. Etnológico e antropológico por natureza, Grotowski procurou estas explorações com seu grupo internacional de colaboradores. Esta pesquisa consistiu em olhar para rituais de várias partes do globo e tentar achar o denominador comum entre eles, explorando ao mesmo tempo suas formas teatrais. Durante seu trabalho no campo, os participantes confrontavam suas técnicas com as velhas formas existentes em cada tribo. Porém, Grotowski declarou que o projeto dele não poderia ser visto como um zero dentro do exótico, ou como alguma celebração folclórica, ou ainda como um festival de culturas do Terceiro Mundo" ("Wyprawy terenowe 'Teatru Źródeł'“ / "The Voyages into the Field of the 'Theatre of the Source'," edited by R. Rozycki, "Notatnik Teatralny" / "Theatrical Notebook"). Bastante, foram projetadas As técnicas foram muito aplicadas para reafirmar um sentimento de conexão com o mundo natural.
Em 1982, depois da declaração da Lei Marcial na Polônia, Grotowski emigrou para os Estados Unidos. Inicialmente, ele foi professor na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Em 1983, foi designado professor na Universidade de Califórnia onde ele imaginou seu próximo projeto, conhecido como “Drama Objetivo”. Em 1984, os membros do Teatro de Laboratório votaram para fechar o centro do grupo Wrocław. Em 1985, Grotowski se mudou a Pontedera na Itália. Lá ele trabalhou em um centro que ostentava seu próprio nome (Centro de Trabalho de Jerzy Grotowski - Centro di Lavoro di Jerzy Grotowski) com um grupo de internos internacionais, focalizando em programas intitulados "Jogos Rituais”. Neste período que ele trabalhou de perto com Thomas Richards que reuniu documentação sobre as pesquisas de Grotowski naquele momento e pretendeu publicar os trabalhos de Grotowski. "O Trabalho com Grotowski em Ações Físicas” seria um dos títulos mais significativos publicado como resultado de seus esforços. Jerzy Grotowski passou os últimos anos de sua vida criativa em constante trabalho de laboratório. Foram mostrados para seus estudantes os estudos de isolamento e os resultados de seu trabalho inicialmente a um círculo restrito de pessoas e só depois disponibilizado ao grande público. O programa conhecido como "Drama Objetivo” consistia em procurar terra comum, posições cruz-culturais e movimentos que poderiam se tornar universais, enquanto conduziam à criação de artes que seriam ritualista em sua natureza.
Prêmios e distinções: 
1971 - designado Professor Pleno da “Ecole d'Art de Supérieure Dramatique” em Marselha.  
1972 - Prêmio estatal de primeira classe no reino das artes pelas "atividades criativas com o Teatro de Laboratório, e organização e pesquisa na arte de interpretar"; Diploma de Mérito do Museu Nacional dos EUA” pela contribuições excepcionais para o desenvolvimento de teatro mundial”.  
1973 - criação da Instituição americana para Pesquisa e Estudo da Obra de Jerzy Grotowski cujo objetivo primário era popularizar as descobertas artísticas de Grotowski e idéias no EUA”; “Doutor Honoris Causa” da Universidade de Pittsburgh;
1975 - Vencedor do Prêmio Cidade de Wrocław pelas "suas atividades criativas no reino de teatro".
1985 – “Doutor honoris causa” da Universidade de Chicago.
1991 – “Doutor honoris causa” da Universidade de Wrocław.
1997 - Professor do “College de France”

P.S. tradução baseada em texto de Monika Mokrzycka-Pokora publicado em 2002, na Revista "Polish Culture" e outras fontes.


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Catástrofe em mina de carvão polaca

Foto: Rafał Guz

Mais de 400 mineiros que substituíriam durante a noite outros colegas trabalhadores ficaram feridos na mina de carvão "Szczygłowice" em Knurów, na Silésia, esta noite. A torre de sustentação de cabos desmoronou e caiu também a estação de ventiladores com o interruptor de alta tensão. Felizmente nada de mais grave ocorreu. Trabalhavam no local 416 mineiros.

Festa da Cerveja em Araucária


E neste sábado, o Grupo Folclórico Wesoły Dom, de Araucária, na região metropolitana de Curitiba realiza sua sexta festa do Piwo. O grupo paranaense esteve no último mês de julho na Polônia participando pela segunda vez do Festival Mundial de Folclore Polaco, na cidade de Rzeszów (capital da Voivodia Podkarpacki). Fez apresentações em outras cidades do sul da Polônia também, arrancando aplausos por onde passou. Na festa deste sábado, além do piwo (pivo - cerveja) poderão ser degustados pierogi, sernik e outras guloseimas da culinária polaca. A festa acontece na Chacará Soczek.

Mil anos de judeus polacos

Abre hoje, na Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba, a exposição "Mil anos de Judeus na Polônia".  Promoção do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba é uma produção do Instituto Adam Mickiewicz de Varsóvia.
O Consulado Geral da Polônia em Curitiba convida para a abertura da exposição composta de cartazes, ilustrações, fotografias e textos dos acervos de inúmeras organizações e de arquivos particulares. A abertura é às 19 horas, na Biblioteca Pública do Paraná, Rua Cândido Lopes, 133. A exposição permanecerá aberta até o dia 18 de setembro de 2008.
Página do livro "História dos Judeus - 3 mil anos de solidão", publicado recentemente na Polônia, pela revista semanal "Polityka".

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Trajes típicos polacos


No território da Polônia atual existem umas sessenta regiões folclóricas, cada qual com seu próprio traje típico. Em algumas áreas, como as montanhas altas do Tatras (Podlasie), Kurpie, Łowicz, Opoczno e Sieradz, a tradição de povo ainda está viva em suas vestimentas. As pessoas continuam fazendo seus trajes para usar pelo menos em dias de feriados e festas. Em outras regiões, são feitos apenas para grupos de dança ou corais. Em outras áreas, como Warmia, a tradição de povo quase que desapareceu completamente e o que o povo dessa região veste atualmente foi reconstituído a partir de pinturas e coleções de museu. 
Inicialmente, o folclore polaco se desenvolveu entre os camponeses. Estes ramente viajavam. Muitos nasceram, viveram e morreram sem nunca deixar suas casas. Rios, montanhas, lagos, florestas e pântanos isolaram as comunidades umas das outras e por isto cada região desenvolveu suas próprias tradições. Mas depois, marinheiros velejaram a outros países. Pescadores cruzaram lagos, pastores andaram com seus rebanhos para comercializá-los. Muitas pessoas foram forçadas a se mudar devido à escassez, ou obrigadas a fugir de guerras. Junto levavam suas tradições, canções, danças e trajes.

Os limites geopolíticos mudaram e com eles o idioma e a cultura dos governantes. A Polônia absorveu tudo e ainda as influências dos povos vizinhos. Do pastor de ovelhas romeno que chegou nos Cárpatos; dos camponeses russos e ucranianos que imigraram dos territórios orientais do Volga; das fortes conexões culturais com os Tchecos, Eslovacos e Morávios que viviam ao Sul da Polônia, dos alemães que viviam ao oeste. Dos marinheiros que navegavam pelo Mar Báltico absorveu tradições escandinavas, dos religiosos e políticos que conectaram o nordeste da Polônia com a Lituânia e outras nações do Báltico.Todas estas influências foram sendo refletidas no seu folclore. Os trajes típicos também tiveram influências dos novos materiais que se tornaram disponíveis, das transformações urbanas que começaram a ser sentidas e das tradições genuinamente novas que surgiram. Às vezes eram importados certos elementos, como as conchas do mar que decoram os chapéus dos montanheses. Mas a maioria das roupas foi sempre produzida com linho, lã, feltro, couro e pele disponíveis na comunidade.
Antes da virada do século, os trajes típicos eram usados diariamente pela maioria dos camponeses. A roupa mais rude era usada para trabalhar enquanto as vestes mais elaboradas eram para ocasiões especiais como ir à igreja, festas e casamentos. A maioria das pessoas tinha um único ou apenas dois jogos de boas roupas. Estas freqüentemente eram habilmente feitas e altamente ornamentadas pelas mulheres durante meses.

Primeira fábrica de Carro chinês será na Polônia


O primeiro carro chinês fabricado na Europa será em terras polacas.  A Jiangling Motors Group Company planeja inwestir 1,2 milhões de dólares na construção de uma fábrica de automóveis na Polônia. A informação foi divulgada pela agência China Knowledge.
A planta industrial poderá fabricar 400 mil veículos ano com diferentes modelos e motorizações. As negociações para tanto estão em curso e o "martelo" deverá ser batido ainda este mês de setembro. Esta será a primeira fábrica da marca em solo europeu. A JMC vendeu no primeiro semestre do ano 51,7 mil veículos, um 14% a mais do que no mesmo período de 2007.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Obra recuperada - 1

Quadro de Adriaen Brouwer
O quadro “camponeses fumando cachimbo em uma taverna” de Adriaen Brouwer (óleo em lâmina de cobre, de 17,5 X 22,9 cm, assinado com um monograma) foi adquirido pelo Museu Nacional de Varsóvia em 1933, em Viena, da coleção do doutor Max Strauss. Em 1938 foi publicado no catálogo da Galeria de Pintura Estrangeira de J. Starzyński e M. Walicki.
Roubado pelos alemão-nazistas em 1939 apareceu em 1940 no catálogo de obras “protegidas” pelos ocupantes nazistas em terras polacas (Sichergestellte Kunstwerke, Breslau 1940).
Anos depois, em 1997, aparece na Casa de Antiguidades Christie de Londres. Tinha sido comprada por Johnny Van Haeften, conhecido antiquário da capital inglesa. Este não havia dado conta da origem do quadro e logo o vende. Algum tempo depois descobre a história do quadro e decide comprá-lo novamente para devolvê-lo ao Museu de Varsóvia.
Convidado junto com sua família a vir a Polônia, Van Haeften entregou a obra ao então diretor do museu, Ferdynand Ruszczyc, em 21 de fevereiro de 2002, em uma cerimônia oficial, celebrada no Ministério de Relações Exteriores. Como prova de consideração e reconhecimento o antiquário londrino foi condecorado nesse mesmo dia com a Cruz de Cavaleiro da Ordem do Mérito da República da Polônia. Este quadro é o único do célebre pintor flamengo nas coleções polacas reconhecidas e confirmadas oficialmente. O Museu Nacional de Varsóvia para recuperar tão importante obra contou com a ajuda de Fred G. Meijer do Rijksbureau voor Kunsthistorische Dokumentatie de Haia, na Holanda. 

Vitória da Rússia na Cúpula Européia


Javier Solana, Bernard Koochner, Nicolas Sarkozy e José Manuel Barroso na cúpula sobre UE-Rússia e Geórgia.  
Foto: Yves Herman - Reuters

A imprensa russa comemorou a decisão da União Européia, ontem em Bruxelas, de adiar até 15 de setembro qualquer ação contra a Rússia, como uma vitória.  Os jornais "Rossijskaja Gazieta" e "Kommiersant" foram ufanistas ao comentar que na questão Rússia-Geórgia não restou outra alternativa aos países europeus senão reconhecer os esforços russos na região.  Este último jornal, por exemplo escreveu que "foi uma vitória da diplomacia russa."
Os demais como o "Wiedomosti" diz que a resolução dos mandatários europeus foi "suave e cuidadosa", mas que a "crise apenas começou".   E o tablóide 'Twój the Dien'' escreveu que "a Europa ainda espera pelo nosso petróleo e gás e não se submeteu a histeria de Kaczyński e Brown".

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Cavaco Silva virá a Cracóvia


O presidente português Anibal Cavaco Silva volta se encontrar com o presidente polaco Lech Kaczyński depois do encontro de chefes de Estado em Graz, Áustria, em abril último ... aqui nesta foto eles  estiveram juntos com a Presidente Tarja Halonen da Finlândia e o presidente Heinz Fischer da Áustria. Foto: Reuters.

No próximo dia 04 de setembro, quinta-feira, no período da manhã, Cracóvia recebe a visita do Presidente da República de Portugal, o mais antigo Estado da Europa. O presidente Anibal Cavaco Silva fará um pronunciamento na Universidade Iaguielônia e assinará protocolo de fundação da Cátedra Vergílio Ferreira com Instituto Camões e a mais antiga universidade da Polônia.
O dr hab. Jerzy Brzozowski, diretor Instituto Científico da Tradução (Zakładu Przekładoznawstwa) do Instituto Filologia Românica da universidade cracoviana será o responsável por esta Cátedra. Brzozowski foi nos anos 90, o cônsul geral da República da Polônia, em Curitiba. Foi dele a iniciativa de publicar o livro "Quatro Poetas Polacos" em língua portuguesa, naquele período que respondeu pelo consulado polaco de Curitiba. O professor Brzozowski ao anunciar a presença do primeiro mandatário português, em visita de chefe de Estado, a capital da pátria polaca diz que "como futuro responsável desta Catedra, teria o prazer de convidar a assistir a este evento a comunidade lusofalante residente em Cracovia". O que significa dizer que estão convidados não só os portugueses, mas também brasileiros, angolanos, caboverdianos e moçambicanos que estudam e trabalham em Cracóvia e outras cidades da Polônia.
Jerzy Brzozowski já assumiu entre outras funções o cargo de redator da Wydawnictwa Literackiego em Cracóvia, tradutor de idioma espanhol, funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Polônia e desde 1995 é professor adjunto do Instituto Iberístico da Universidade Iaguielônia, onde já lecionou o idioma português. Alcançou a graduação de habilitação em 2001 e foi professor da Academia Polônica de Częstochowa e diretor do Instituto de Neofilologia até 2004.

domingo, 31 de agosto de 2008

Números em idioma polaco

Liczby (litchbi) - Números

Ordinais - Pronúncia

1 - jeden  - iéden
2 - dwa  - dva
3 - trzy - tje
4 - cztery - schteri
5 - pięć  - pientch
6 - sześć - chechtch
7 - siedem - chiédem
8 - osiem  - ochiem
9 - dziewięć - djievientch
10 - dziesięć - djiechientch
11 - jedenaście - iedenastchie
12 - dwanaście - dvanastchie
13 - trzynaście  - tjenastchie
14 - czternaście - schternachtchie
15 - piętnaście -  pientnachtchie
16 - szesnaście - chesnachtchie
17 - siedemnaście - chiédemnachtchie
18 - osiemnaście  - ochiemnachtchie
19 - dziewiętnaście - djievientnachtchie
20 - dwadzieścia - dvadjiechtchia

Cardinais - Pronúncia
1° - pierwszy - piérvchi
2° - drugi - drugui
3° - trzeci - tjetchi
4° - czwarty - chvarti
5° - piąty - pionti
6° - szósty - chusti
7° - siódmy - chiudmi
8° - ósmy - usmi
9° - dziewiąty - djievionti
10° - dziesiąty - djiechionti
11° - jedenasty - iédenasti
12° - dwunasty - dvunasti
13° - trzynasty - tjinasti
14° - czternasty - schternasti
15° - piętnasty - pientnasti
16° - szesnasty - chesnasti
17° - siedemnasty - chiédemnasti
18° - osiemnasty - ochiemnasti
19° - dziewiętnasty - djievientnasti
20° - dwudziesty - dvudjiesti

Setka - Centenas
100 - Sto - stó
200 - Dwieście - dviechtchie
300 - Trzysta - tjista
400 - Czterysta - chterista
500 - Pięćset - pientchsset
600 - Sześćset - chechtchsset
700 - Siedemset - chiedemsset
800 - Osiemset - ochiemsset
900 - Dziewięćset - djievientchsset
1000 - Tysiąć - tichiontch

sábado, 30 de agosto de 2008

Tensão entre UE e Rússia

A machete principal do jornal Rzeczpospolita deste sábado, 30 de agosto de 2008, diz que "Rosja próboję straszyć Unię", ou seja, "A Rússia tenta brigar com a União". Logo em seguida informa que os 27 países da União Européia nesta segunda-feira próxima não votarão na votação a que serão submetidos para sanções contra a Rússia. Por sua vez, o Kremlin usa de todos os meios para fazer chantagens econômicas.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Meses do ano em idioma polaco

Miesiąc (miéchiontz)     -  Mês

Styczeń (stítchenh)     -  Janeiro
Luty (luti) -  Fevereiro
Marzec (májetz) -  Março
Kwieceń (kviétchenh)   -  Abril
Maj (mai) - Maio
Czerwiec (tchervietz) -  Junho
Lipiec (lípietz) -  Julho
Sierpień (chiérpienh)     -  Agosto
Wrzesień (vjéchienh) -  Setembro
Październik (pajdjiérnik) -  Outubro
Listopad (listópad) -  Novembro
Grudzień (grúdjienh) -  Dezembro

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Polônia quer mais negócios com Paraná

Piotr Maj


As trocas comerciais entre o Brasil e a Polônia somam hoje aproximadamente US$ 1 bilhão. A aproximação e a cooperação entre os dois países pode dobrar este número nos próximos dois anos. A expectativa é do chefe do departamento de Promoção e Investimentos da Embaixada da Polônia, Piotr Maj, que esteve em Curitiba, nesta segunda-feira (25) para participar do Seminário Internacional Brasil-Polônia, promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN) e do Conselho Temático de Comércio Exterior.
“Temos trabalhado juntos, mas essa aproximação tem que ser mais rápida e dinâmica para que os dois países possam crescer no mesmo ritmo”, disse Maj, destacando a Polônia como importante centro para investimento. Segundo ele, o país foi o mais citado em uma pesquisa feita com 800 empresas de todo o mundo que abordou as melhores localidades para investimentos. “A Polônia tem Zonas Econômicas Especiais (ZEE), regiões privilegiadas pela infra-estrutura, localidade, mão-de-obra qualificada e barata, além dos incentivos fiscais”, informou o representante da Embaixada. Cerca de 85% dos jovens, que compõem a mão-de-obra disponível, falam dois, ou mais idiomas.
Na ocasião também foi apresentado o novo Centro de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em Varsóvia. O analista da Apex-Brasil, Igor Calvet, acredita que o Centro irá facilitar e dinamizar as exportações. “O mercado polaco é imenso e as empresas paranaenses ainda desconhecem esse nicho. O que faremos é dar maior visibilidade a essas oportunidades”, disse, informando que este é um momento propício para investir nas exportações, visto que o PIB da Polônia cresce 6% ao ano. “O Brasil precisa posicionar a imagem e continuar apostando na qualidade de seus produtos”, disse. Segundo Calvet, o novo Centro de Negócios promoverá eventos para dinamizar este processo.
Para o coordenador do Conselho, Ardisson Akel, Paraná e Polônia têm um entrosamento positivo que pode contribuir ainda mais para alavancar os negócios entre os dois países. “A presença de imigrantes polacos no Estado facilita essa integração”, citou Akel. Segundo Piotr Maj, 12% dos empresários que integraram as últimas missões para o país eram paranaenses.
“A economia da Polônia é mais ou menos como a do Paraná: é agrícola, mas com grande potencial de crescimento no setor industrial”, completou a coordenadora do CIN, Janet Castanho Pacheco. Setores em expansão
As melhores áreas para investimento na Polônia, de acordo com Piotr Maj, é o setor de TI, que cresceu 25% de 2006 para 2007 e atingiu o valor total de vendas de US$ 9,9 bilhões. “Esse resultado coloca a Polônia como o 6º maior mercado europeu de Tecnologia da Informação”, informou. A indústria da aviação, automobilística, eletrônica e a prestação de serviços para grandes empresas também estão entre os ramos mais indicados para investimentos dentro do país. Nas exportações, as oportunidades estão voltadas para o mercado da construção civil, moda e alimentos. “Estes são os setores de destaque no Brasil que podem se tornar importantes na Polônia”, explicou Calvet.
As oportunidades de negócios com a Polônia serão apresentadas em outras quatro capitais brasileiras. A Apex-Brasil, a Agência Polaca de Informações e Investimentos Estrangeiros (PAIiIZ) e a Embaixada da Polônia no Brasil são parceiros na realização do evento.

P.S. informações da Assessoria de Imprensa da FIEP

PO cresce PiS desce

Nestas férias o Partido da Platforma derruba PiS. No PO querem votar 46 % dos polacos. O partido do presidente da República PiS caiu para 19%. Se as eleições fossem no último domingo o Platforma Obywatelska (Plataforma da Cidadania) do primeiro-ministro teria quase metade do eleitorado da Polônia. O resultado é da GfK Polonia, um instituto de pesquisa de Varsóvia.
Com estes resultados o PO teria 298 cadeiras no parlamento, enquanto o PiS, 120. O SLD teria 40 e Mniejszości Niemieckiej (Partido da Minoria Alemã) apenas 2.
Porém a pesquisa demonstrou também que 67% dos polacos não desejam comparecer as urnas para depositar seu voto. A pesquisa foi realizada entre 22 e 24 de agosto e foram consultadas 978 pessoas adultas.

Dias da semana em polaco

Tydzień - Semana
................................................
Poniedziałek (poniedjiauék) - Segunda
Wtorek (vtórek) - Terça
Środa (chróda) - Quarta
Czwartek (tchvártek) - Quinta
Piątek (piontek) - Sexta
Sobota (sobóta) - Sábado
Niedziela (niedjiéla) - Domingo
..............................................
Dzisiaj (djichiai) - Hoje
Jutro (iútro) - Amanhã
Wieczoraj (vietchórai) - Ontem
Za tydzień (za tidjiehn) - Próxima semana
Południe (pouudnie) - Meio-dia

Citação do Dia

Foto: Sebastian Rzepiel / AG

"Lech Kaczyński chce na każdym ślubie być panną młodą". (Lech Kaczyński quer em cada casamento ser a noiva.)
Stefan Niesiołowski fez este comentário na TVN24 - a televisão de notícias 24 horas da Polônia sobre a presença do Presidente da República em Bruzelas para discutir a posição da União Européia em relação a Rússia e o conflito georgiano. Para o vice-presidente do Sejm (Congresso) a presença de Kaczyński não é importante para a discussão européia.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

35 anos de teatro na UTFPR

Capa do livro
Entre muitas das atividades que desenvolvi, uma delas foi a teatral. Tudo começou na então Escola Técnica Federal do Paraná, em Curitiba (Atualmente Universidade Tecnológica Federal do Paraná). Pela mãos do maior ator paranaense de todos os tempos, José Maria Santos, subi ao palco do TETEF. Pois este grupo teatral está fazendo 35 anos de ininterrupta atividade. Para comemorar o feito, o atual diretor Ismael Scheffler está lançando um livro e promovendo um seminário de palestras. O livro TUT, TECEFET, TETEF: 35 ANOS DE TEATRO NA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ conta a história contruída por vários diretores e alunos de cursos técnicos profisionalizantes. Um dos textos no livro é da autoria de Ulisses Iarochinski.

O lançamento é dia 03 de setembro de 2008, Às 19h30, no, Miniauditório da UTFPR (Av. Sete de Setembro, 3155 - Rebouças - Curitiba-PR.
O lançamento faz parte do Ciclo de Palestras HISTÓRIAS DO TEATRO CURITIBANO, que terá:
01/09 - 19h30 - A Construção do Teatro Guaíra e sua contribuição para a arte em Curitiba, com Selma Suely Teixeira.
02/09 - 19h30 - O Circo e a Cidade: histórias do grupo circense Queirolo em Curitiba, com Luiz Andrioli (estará autografando após a palestra).
03/09 - 19h30 - TUT, TECEFET, TETEF: 35 anos de teatro na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, com Ismael Scheffler. Mais informações: teatro-ct@utfpr.edu.br

Polin: a terra prometida dos judeus


Quadro de Jan Matejko "Przyjęcie Żydów w Polsce 1096" (Chegada dos judeus na Polônia em 1096)

O Consulado Geral da República da Polônia, em Curitiba, está convidando a sociedade paranaense para a abertura da exposição, "Mil anos dos Judeus na Polônia". A mostra é elaborada pelo Instituto Adam Mickiewicz de Varsóvia e composta de cartazes, ilustrações, fotografias e textos provenientes de acervos de várias organizações e arquivos particulares.
Para Piotr M.A. Cywiński, "Mil anos de diálogo e conflitos, favores e sofrimento, desenvolvimento e crise, autonomia e dependência, felicidade compartilhada e crueldade, até o Shoah. Apresentamos o passado e o presente dos Judeus Polacos. Sua história representa a parte vital da nossa identidade. Todo o tempo em que a história da vida judaica renasce na Polônia aprendemos a descobrir novamente o vazio. Nós, os que sentimos a ausência, pagamos o tributo aos que nos deixaram."
A abertura é no dia 4 de setembro de 2008, às 19 horas, na Biblioteca Pública do Paraná - Rua Cândido Lopes, 133, com "Vinho de Honra". A exposição permanecerá aberta até o dia 18 de setembro de 2008.

P.S. No Talmud já estava escrito sobre um lugar chamado Polin, ou a terra prometida dos judeus.

Cai novamente o desemprego na Polônia

Varsóvia e seus novos arranha-céus. Foto: skyscraperCity
O Escritório Central de Estatísticas (GUS) anunciou que o nível de desemprego teve um percentual de 9.4% em julho, caindo 0.2% em relação a junho. No mesmo período do ano passado a Polônia tinha 12.1% de taxa de desemprego.
32 mil pessoas deixaram os registros de desemprego que apresentavam uma taxa oficial de 1.420.000 desempregados em julho último.
A criação de novos empregos, contudo, é desigual no país. Na capital, Varsóvia, virtualmente todos estão empregados, enquanto em algumas áreas rurais a taxa de desemprego ronda os 45%.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Alfabeto e dígrafos polacos

Letra Nome Pronúncia
a - a - a (aberto)
ą - ą - on
b - be - be
c - ce - tsé
ć - cie - tchê
d - de - de
e - e - é
ę - ę - en
f - ef - éf
g - gie - guê
h - ha - rá (aspirado)
i - i - í (forte)
j - iot - i
K - ka - ke (mudo)
l - el - él (som de L)
ł - eł - éu (com de u)
m - em - eme (mudo)
n - en - ene (mudo)
ń - eń - enhe
o - o - o
ó - o kreskowane - u
p - pe - pe (mudo)
r - er - ér (forte)
s - es - és
ś - eś - éche
t - te - te (mudo)
u - u - u
w - wu - vu
y - y, igrek - ie (juntos)
z - zét - zéte
ź - ziet - jiet
ż - żet - jét

Dígrafos

ch - rê (aspirado)
ci - tchi
cz - tche
dz - dz
dzi - dji
dż - dji
dź - dje
ni - nhi
si - chi (suave)
sz - che
szy - chi (forte)
czy - tchi (forte)
rz - je
zi - dji

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Manchetes da imprensa polaca 25-8

A principal manchete do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, 25 de agosto de 2008 é "Rosja blokuje ropa", ou seja, "A Rússia bloqueia o petróleo". O jornal assinala que com o conflito no cáucaso, o Kremlin quer controlar o gasoduto que leva o petróleo até a União Européia e que hoje justamente se encontra na Geórgia.
E a Gazeta Wyborcza traz como principal destaque é "Nikt nie Zatrzyma Chin", quer dizer, "Ninguém irá parar a China", e argumenta que "nas Olimpíadas de Pequim venceu o Partido Comunista Chinês. O Ocidente perdeu."

domingo, 24 de agosto de 2008

Cracóvia 2008: cai número de turistas

Fotos: agência AG

De cidade pouco, ou quase nada, listada nos roteiros e pacotes turísticos das agências do mundo inteiro, Cracóvia recebeu nos últimos três anos uma avalanche de turistas. Em 2004, logo após a entrada na Polônia na União Européia, a capital cultural do país abrigou cerca de 500 mil turistas. No ano seguinte, o número de turistas aumentou dez vezes mais, chegando a quase 7 milhões de turistas somente no verão de 2005. cidade e seus empresários se animaram. Cracóvia finalmente entrava no roteiro das grandes agências internacionais de turismo. Até mesmo um pacote foi criado para turistas não comunitários: Praga, Viena, Budapeste e Cracóvia. Se no ano de 2000, existia na cidade apenas um Albergue da Juventude, denominado Schronisko, e os polacos desconheciam a palavra Hostel, o primeiro semestre de 2006 viu surgirem mais de 120 destas pousadas na cidade. O número de bares e restaurantes deu um salto vertiginoso. As mercearias e pequenas lojas que haviam transformado o panorama da cidade comunista em capitalista foram rapidamente sendo substituídas por lojas de grandes marcas mundiais como Puma, Malboro, Sephora e Zara. O bairro judeu do Kazimierz, até então local de ruínas e “mulambentos” apartamentos se transformou. Novos hostels, bares, restaurantes rapidamente coloriu o bairro de tristes lembranças. Tanto que muitos ousaram dizer que o Kazimierz (pronuncia-se cajimiéj) seria o novo “Quartie Latin”, “Soho” ou “Village”. Hotéis como “Rubinstein”, “Ariel”, “Sarah” trouxe de volta os empresários judeus.
2007 bateu todos os recordes. Vieram a Cracóvia mais de 8 milhões de turistas. As empresas aéreas européias de baixo custo mudaram suas rotas e logo Ryanair, SkyEurope, GermanWings congestionaram o aeroporto de Balice-Kraków Papa João Paulo II. Alguns mais otimistas alardearam que Cracóvia já era a terceira cidade mais visitada da Europa. Tudo parecia estar levando a cidade ao topo, dos destinos turísticos do mundo. Para este ano a cidade se preparou como nunca tinha feito antes. A prefeitura tratou de melhor divulgar os eventos culturais e artísticos da cidade, como os festivais, “Misteria Paschalia”, “Cracow Screen Festival”, “Sacrum Profanum” e Coke Live Music Festival. O Festival de Cultura Judaica, promovido pelo Centro de Cultura Judaica, no bairro do Kazimierz, que nos seus 17 anos anteriores ocorria de setembro a novembro, foi transferido para semanas de maio de junho. Tudo para oferecer aos turistas um “algo a mais” do que o mais bem preservado conjunto arquitetônico da idade média da Europa, como a cidade velha; a sexta mais antiga universidade do mundo, a Iaguielônica; o castelo e a catedral de Wawel; a mina de sal de Wielicka (patrimônio da humanidade); os campos de concentração e extermínio alemães-nazistas de Auschwitz e Birkenau; a cidade onde nasceu o Papa, Wadowice; a cidade que despertou a vocação sacerdotal de Karol Wojtyła; Kalwaria; a capital do inverno polaco, Zakopane; os mosteiros de Kamedłów e Tyniecki; e o bairro judeu do Kazimierz.

Mas nas asas dos aviões de baixo preço vieram os indesejáveis beberrões ingleses. A cidade a cada fim-de-semana era invadida por “batalhões” de bêbados de sua majestade Elizabeth II. Os alegres rapazes nem chegavam a ocupar os quartos da cidade, “varavam” as noites no Rynek (praça do mercado central) e ruas adjacentes com garrafas e latas de cerveja na mão. Perguntados diziam que vinham para ver a beleza das jovens universitárias polacas. Mas nem chegavam a ter contato com alguma, tal o grau de embriagues. Mas ainda assim estes ingleses davam algum lucro... O consumo da excelente cerveja polaca cresceu enormemente. Novos bares surgiram, no menu apenas cerveja e vodka, nada de petiscos.
Mas o que os beberrões não esperavam para este ano é que as universitárias em julho e agosto estão de férias, e os bares, restaurantes e discotecas ficam vazios da bela clientela das polaquinhas. “Turista não freqüenta discoteca. Estão tão cansados dos passeios que precisam dormir para enfrentar uma nova jornada no dia seguinte. Meu clube tem uma queda de 40% no verão. Justamente porque minha clientela é de estudantes que vivem aqui nos meses mais frios.” Afirma o argentino Jorge, um dos donos do “El Sol Latino”, bar-discoteca especializado em salsa e ritmos hispano-americanos. Apesar da mudança de estação, o “El Sol” mantém o preço da caneca de 500ml de cerveja, nos 6 złoty. O mesmo não acontece nos bares ao redor do Rynek. Em março, o mesmo caneco custava 5,5 złoty. Mas bastou a neve ir embora, o sol esquentar para as mesinhas e guarda-sóis tomarem conta da principal praça da cidade. Junto com elas veio o novo preço para turistas: 10, 11 e até 12 złoty. O Hostel ao lado que cobrava 20 euros, passou a cobrar 50 euros. A catedral de Wawel que não cobrava nada, instituiu o bilhete a 10 złoty. Para se conhecer todas as instalações do Castelo Real, agora são precisos 50 złoty. A descida de 161 metros abaixo do solo na mina de sal de Wielicka agora não sai por menos de 60 złoty por pessoa. Um cafezinho em qualquer ponto do Rynek agora custa 12 złoty, antes, em março, custava 5 złoty. O bilhete no Museu Nacional agora custa 20 złoty, quase o mesmo que o do Louvre. Desde dezembro passado, os táxis conseguiram dobrar a prefeitura e instituíram zonas. Assim a cada vez que ultrapassam o círculo mudam a bandeirada. Depois de terem percorrem apenas 7 km do centro da cidade em direção a um hostel mais barato em um bairro próximo a cidade velha, os taxistas mudam 3 vezes a bandeirada. A corrida que antes custava 15 złoty, agora não sai por menos de 40 złoty.
Das mais de 5 companhias aéreas de baixo custo que aterrissavam no aeroporto da cidade restaram apenas duas, a Sky Europe para Viena e Germanwings que desce em Katowice, 75 km distante.
Com tudo isto acontecendo. Com os preços indo às alturas. As autoridades da cidade e da “província” (voivodia da Małoposka) e proprietários de hotéis, hostels e bares estão mais do que preocupados, estão perdidos. O fluxo de turistas na cidade esperado não aumentou, ao contrário diminuiu drasticamente neste verão de 2008. Alguns falam em queda de 20%, mas os mais realistas admitem que o sucesso de Cracóvia já passou e que a queda chega a 40%.
Grażyna Leja, do Departamento de Turismo da prefeitura admite: “Cracóvia perdeu para Praga, isto é um fato. Mas na República Tcheca, a prefeitura investe muito dinheiro em promoção. Ou seja, muito mais do que aqui, onde temos que implorar para algum dinheiro do orçamento do governo municipal. Ninguém se interessa se os 8 milhões de turistas, que recebemos ano passado em Cracóvia, significa o número que o país inteiro recebeu?”
Para Marek Tobolewski, redator da agência Eskadra MarketPlace, "é preciso entender que não precisamos bater recordes de freqüência. O quo interessa agora é trabalhar para atrair turistas de classe.”A prefeitura da cidade não esperou o verão terminar para anunciar que vai investir pesado na promoção da cidade no exterior. Para tanto vai veicular anúncios e propagandas nas redes internacionais de televisão, a britânica BBC e as Norte-americanas, CNN e National Geographic.
Mas o que os responsáveis pelo turismo da cidade e o publicitário, certamente formado durante os anos do comunismo, parecem não entender é que uma cidade que 10 meses do ano é essencialmente estudantil, seja durante dois meses a mais cara da Europa, para atender apenas uma elite.
O que estas pessoas parecem ainda não ter compreendido é que os turistas não foram aumentando ano-a-ano apenas pelos “belos olhos” da cidade. Mas, coincidência ou não, o salto verificou-se logo após a morte de seu mais ilustre personagem, o Papa João Paulo II. Que os preços de março não podem aumentar 150% somente porque vão chegar os turistas, que os táxis têm que receber por km rodado e não por círculos no mapa e que os taxímetros não devem ser mudados a cada mil metros.
Enfim, Cracóvia a continuar assim, não emplaca 2009 e muito menos será escolhida como uma das sedes da Copa de Seleções de Futebol, a EuroCopa de 2012. O que é preciso é baixar os preços, abolir outros, como nos museus, senão bares, restaurantes, hostels, lojas, shopping centers (galerias) e cinemas abertos nos últimos 24 meses terão que fechar suas portas. Ah! sim. Também pagar e preparar melhor garçons e vendedores é outra medida importante.

sábado, 23 de agosto de 2008

Imprensa russa ri da Polônia


Alguns veículos de comunicação russos reagiram com humor ao acordo assinado em Varsóvia, esta semana, com Condoleezza Rice para a instalação da base antimísseis Norte-americana em solo polaco. "Na Polônia foi feriado: 10 mísseis receberam dos americanos e uma russa", escreveu o 
"Komsomolskaja Prawda". 
Também o tablóide relaciona esta piadinha com Kremlin em relação a guerra entre a Rússia e a Geórgia: "O presidente George W. Bush tentou reconquistar seu status quo sobre o conflito georgiano-osetiano. Nunca no Ocidente se antecipou, que Bush fale na reconstrução da URSS".

Brasil e Polônia empatados no ouro


O Brasil apesar de possuir mais medalhas no total, 14 contra 10 da Polônia e de possuir o mesmo número de medalhas de ouro, 3, ainda está duas posições atrás da Polônia. Isto porque a Polônia tem o dobro de medalhas de prata, ou seja 6 contra 3 do Brasil.
Mas a disputa entre minhas duas nações do coração promete esquentar até este domingo, pois o Brasil vai ultrapassar a Polônia em número de medalhas de ouro com certeza... Hoje foi Sheila e Mari (paranaense aniversariante do dia), amanhã será o paranaense Giba (melhor do mundo).
Assistindo aqui não pude conter a emoção pela grande vitória contra as Norte-americanas... aliás duas com sobrenomes portugues (seriam brasileiros?) ... Santos e Arruda

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Medalhas da Polônia em Pequim

Maja Włoszczowska vai tentar mais uma medalha neste sábado, no ciclismo de montanha. Foto: Kuba Aty

A dois dias para se encerrar as Olimpíadas de Pequim, a Polônia ocupa a décima-oitava posição no quadro de medalhas, bem a frente do Brasil. Com 3 medalhas de ouro, 4 de prata e uma de bronze, a Polônia só perde no número total geral de medalhas para o Brasil, enquanto os polacos conquistaram 8 o Brasil já chegou a 12 medalhas.

Estes são os medalhistas polacos:

Ouro - 3 medalhas
Atletismo - Arremesso de peso - masculino: Tomasz Majewski
Ginástica artística - Salto - masculino: Leszek Blanik
Remo - Skiff quádruplo - masculino -

Prata - 4 medalhas
Atletismo - Lançamento de disco - masculino - Piotr Malachowski
Esgrima - Espada por equipe - masculino -
Levantamento de peso até 94kg - masculino - Szymon Kolecki
Remo - Quatro sem leve - masculino - Konrad Wasielewki, Marek Kolbowicz, Michał Jeliński e Adam Korol

Bronze - 1 medalha
Luta Livre até 72kg - feminino - Agnieszka Wieszczek

Cracóvia na antena mundial


Uma grande campanha de propaganda na BBC e na National Geographic é o que planejam funcionários da prefeitura de Cracóvia. O custo da promoção pode chegar a milhões de złotych. "O governo deve participar, creio que com 560 mil złotych, pode-se pagar a veiculação da propaganda sobre a cidade na televisão BBC, e o prefeito deve ter de reserva este montante. Se isto não for feito o número de turistas durante o verão na cidade pode cair cerca de 20 por cento."
A prefeitura de Cracóvia está em negociações para tornar a cidade mais conhecida no mundo e com isto atrair ainda mais turistas. Ano passado, durante o verão, quase dez milhões de turistas visitaram a cidade. Segundo Grażyna Leja, presidente do departamento de turismo da cidade, já está em curso uma negociação com a BBC News. "O acordo com a tv inglesa prevê 274 spot de propaganda durante os melhores períodos da audiência. Destes, 94 propagandas já foram apresentadas durante o prognóstico do tempo mundial da emissora". As propagandas são gravadas pela própria BBC, mas a prefeitura de Cracóvia é a produtora desta promoção mundial da cidade.
Também o canal a cabo da National Geographic de alcance mundial será contemplado com a veiculação de propagandas sobre a capital da nacionalidade polaca. O custo deve beirar os 150 mil złotych. Para Izabela Helbin do departamento de promoção da cidade, também a CNN Norte-americana deverá mostrar Cracóvia para o mundo. Segundo ela a CNN já está produzindo material que deverá ser veiculado durante o outono europeu.
Filip Berkowicz, diretor do departamento de Cultura da prefeitura de Cracóvia diz que deseja tornar Cracóvia tão prestigiosa quanto as cidades de Roskilde na Dinamarca e Glastonbury, na Grã-Bretanha, pelos seus festivais de música. São vários os festivais em andamento e muitos outros virão. "Cracóvia tem excelente nível e isto precisa ser reconhecido para muitos outros turistas nos visitem".

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vicentinos de Curitiba tem novo superior

Pe. José Moreira Ribeiro, Pe. Fabiano Spisla, Pe. Eugênio Dirceu Keller e Pe. Albino Czanovski. Foto: Imaikol

O Padre Eugênio Dirceu Keller é o novo Superior (Visitador) Provincial dos Padres Missionários Vicentinos da Província de Curitibal. A posse do cargo aconteceu dia 19 de agosto de 2008, na Paróquia Sant'Ana do bairro Abranches. Também foi empossado o Assistente Provincial, Padre Fabiano Spisla. Para o Conselho do Visitador foram empossados: Padre Albino Czanovski Padre. Germano Nalepa e Padre José Moreira Ribeiro. O Padre Germano não se esteve presente por estar com o seu Caminhão-Capela da Pastoral Rodoviária, em Marituba, Pará. O mandato previsto é de três anos. Houve missa, protocolo e almoço.
A Paróquia do Abranches é um reduto de brasileiros descendentes de imigrantes polacos. No século 19, a então colônia do Abranches foi visitada pelo Imperador Dom Pedro II, antes da comitiva real chegar a Curitiba. Na casa de um colono o imperador brasileiro foi recebido com pão e sal, símbolos de boas vindas. Hoje, a antiga colônia, é um importante bairro na região Norte da capital do Paraná.

Russos desmantelam arsenal georgiano

Soldados georgianos são capturados pelos russos e vendados. Foto: Reuters

Os russos estão desmantelando e destruindo todas as instalações do exército da Geórgia construídos na Osetia do Sul pelos Estados Unidos. O Gen. Anatolij Nogowicyn, chefe do alto comando das forças armadas russas, segundo a agência de notícias Interfax, afirmou que seu objetivo de guerra no momento consiste em: "Não deixaremos nenhuma carabina, nenhum depósito, nenhum arsenal em pé na região. Tudo o que nossos soldados encontrarem lá será trazido para a Rússia como despojos de guerra."

Petróleo na Amazônia

Ilustração: Rzeczpospolita

O jornal Rzeczpospolita divulgou em reportagem um artigo publicado na Revista "New Scientist" que num quadrilátero de 688 mil quilômetros quadrados entre Brasil, Colombia, Peru e Bolivia existe uma grande bacia petrolífera que pode por em risco a Floresta Amazônica.
A revista por sua vez informa que o relatório sobre a descoberta do ouro negro sob as terras amazônicas foi publicado inicialmente por uma outra revista a "PLoS ONE".
O autor do artigo é o cientista Dr. Matt Finer da organização "Save America's Forests", que alerta sobre o perigo que é a concorrência de 35 empresas de petróleo que querem a todo custo explorar o petróleo e gás daquela região. "Há muito tempo que aquela região carece de estradas, o que para a preservação da floresta é uma benção. Mas estamos preocupados pois o interesse é muito grande. Assim queremos propor uma moratória para qualquer contrato de construção de estradas que esteja para ser assinado. Sem estradas não haverá exploração e a floresta tropical mais importante do planeta estará a salvo da exploração do petróleo."
Os cientistas, contudo, não estão preocupados com as populações dos países da região, em sua maioria muito pobres. O presidente do Equador Rafael Correa diz que se o mundo deseja preservar a Amazônia deve pagar por isto aos seus donos, ou seja os países da região. Correa diz que seu país aceita não menos do que 350 milhões de dólares anuais para manter intacto o reino florestal que lhe pertence. E chega a afirmar que países como a Holanda, Alemanha, Espanha e Itália que vivem interferindo em fóruns internacionais, deixem de conversa e paguem ao Equador esta quantia.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Majdanek: monumento às vítimas dos alemães

Foto: Ulisses Iarochinski

Alguns brasileiros naturalizados, na verdade polacos de origem, independente de suas religiões passaram pelas atrocidades cometidas pelos soldados alemães sob as ordens dos generais nazistas neste campo de extermínio, localizado na cidade Lublin, Leste da Polônia.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Condoleezza na Polônia


A Secretária de Estado dos Estados Unidos Condoleezza Rice chega a Polônia nesta terça-feira, procedente de Bruxelas, onde esteve reunida com a reunião de ministros da OTAN= Aliança do Atlântico Norte.
Ainda esta noite, ela janta com o ministro das relações exteriores Radosław Sikorski. Amanhã ela deverá assinar os termos finais do acordo para a construção da base anti-mísseis Patriot em solo polaco. Estão previstos encontros tanto com o presidente da República, Lech Kaczyński, quanto com o primeiro-ministro, Donald Tusk.
O local para sediar a base norte-americana já foi escolhido. Será em Redzikowo, no Norte do país, região litorânea.
O acordo que foi ultimado na última semana, desagradou profundamente Moscou. Porta-vozes do governo russo desmentiu que o propósito de George W. Bush com este escudo anti-aéreo seja para se defender de um possível ataque iraniano. Para os funcionários de Putin, esta base tem como objetivo se defender de um ataque que nunca acontecerá, ou seja, da Rússia. Parece que a mentira não é previlégio de nenhum dos dois lados.

Chineses constróem pela metade do preço

Estação Ratusz Arsenał em Varsóvia. Foto: Danuta Matloch

"Os chineses estão muito interessados em investir na construção dos ramais de metrô para a Euro2012 na Polônia. Garantem que faz pela metade do preço de mercado." A afirmação é do ministro dos esportes da Polônia, Mirosław Drzewiecki.
No último dia 30 de julho, a prefeitura de Varsóvia não aceitou os altos custos propostos para a construção da segunda linha de metrô da capital polaca. As empresas que apresentaram proposta orçaram a obra em 2,8 milhões de złotych aproximadamente. a conversa do ministro dos esportes polacos aconteceu esta semana em Pequim com o grande consórcio, que construiu todas as instalações exigidas pelo Comitê Olímpico Internacional como vila olímpica, estádios, aeroportos, auto-estradas e etc.