quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tempestades de neve atingem forte a Polônia

Foto: Michał Łepeck

Com temperaturas abaixo dos 20 graus negativos, o mês de dezembro começa com tempestades de neve no país inteiro e ventos soprando de leste a oeste atingirndo velocidades de até 80 km / h. Depois de uma forte nevasca de segunda-feira, a temperatura  caiu ainda mais. Foi registrado recorde de em Bialystok. Durante a noite, os termômetros apresentaram -26 graus negativos nesta cidade do Nordeste do país, em alguns lugares chegou a 33 graus  negativos.
Num mesmo dia, oito pessoas morreram por causa do frio. "Todos são homens, com idades entre 33 e 72 anos. Nossos resultados mostram que eles estavam sob a influência do álcool ", reconheceu o porta-voz da polícia Mariusz Sokolowski.
Por causa da nevada, em Lublin, Chojnice Bilgoraj e na região da Pomerânia  encanamentos foram estourados. Em ambas as cidades foram cancelaram as aulas nas escolas.
"A neve combinada com ventos fortes cobre todo o país. Podemos esperar  tempestade de neve ainda mais fortes, o que vai paralisar estradas e  aeroportos" , disse Waldemar Skałba  do Instituto de Metereologia de Varsóvia.
Os problemas surgem também nos transportes públicos.  As linhas de ônibus 107 e 409  em Cracóvia deixaram de funcionar, não se pode ir mais ao Przegorzaly, no  Instituto  Europeu e Casa de Estudantes da Universidade Iagielônica e ao bairro de  Borek Falecki.  Houve  descarrilamento dos bondes de Tranwaj da linha 19.  Atrasos , na maioria das linhas , são de  dezenas de minutos.

Polônia e Brasil mais perto


"A Polônia e o Brasil mais próximos do que parece" é a exposição que abre dia 7 de dezembro, às 18:00 horas, no Dom Poloni, Sede da Wspólnota Polska, na ulica Krakowskie Przedmieście 64, em Varsóvia. A exposição permanece aberta até 10 de Janeiro de 2011, sempre das 9:00 às 17:00 horas, exceto aos sábados e domingos.
A exposição foi elaborada pela Sociedade Polaco-brasileiro (TPB, com base em material da Escola Ruy Barbosa de Varsóvia), por ocasião do 90º. aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a Polônia e o Brasil. A exposição inclui materiais fotográficos, cópias de documentos, folhetos e outros registros de eventos importantes em diversas áreas das relações entre os dois países durante estes 90 anos de história comum.
O autor da exposição é o Embaixador Stanislaw Pawliszewski. Os organizadores da exposição são:
- TPB
- Embaixada da República Federativa do Brasil (FRB)
- Associação "Comunidade Polaca" (Wspólnota Polska)
A preparação da exposição foi viabilizado através de financiamento da Embaixada da República Federativa do Brasil e pela Missão do Senado para os polacos no exterior. Colaboraram com a exposição Archiwum Akt Nowych, Narodowe Archiwum Cyfrowe, Narodowy Instytutut Fryderyka Chopina i Muzeum Fryderyka Chopina w Warszawie, Muzeum Plakatu w Wilanowie, Muzeum Sztuki ms2 w Łodzi, Muzeum Historii Polskiego Ruchu Ludowego, L Liceum Ogólnokształcące im. Ruy Barbosy w Warszawie, Kancelarie Sejmu i Senatu RP, Kancelaria Prezydenta RP, Centrum Informacyjne Rządu RP, Ministerstwo Spraw Zagranicznych (MSZ) RP, Ministerstwo Gospodarki RP, gabinete do Presidente da República Federativa do Brasil, Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Ministério da Defesa do Brasil, da Embaixada do Brasil em Varsóvia, UW CESLA, Embaixada da Polônia em Brasília (Brasil), Consulado Geral do Brasil, Sociedade Beneficente Polônia do Rio de Janeiro, Associação de Combatentes Polacos do Rio de Janeiro. 
Além das pessoas como Maria Foltyn, Maciej Skarzynski, Padre Dr. Zdzislaw Malczewski - Tchr de Curitiba (editor-chefe da Revista Polonicus - Reflexão Brasil - Polônia).

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cronograma de autoestradas polacas atrasado

Foto: Marcin Tomalka
Não deixa de ser interessante, o jornal Gazeta Wyborcza publicou que seu concorrente o jornal Rzeczpospolita afirmou em reportagem que "nenhuma das autoestradas que estão sendo construídas na Polônia não estarão totalmente prontas para a Eurocopa 2012".
Os problemas, entre outros, são chineses, que estão construindo uma dos trechos da autoestrada A2. Segundo informações não oficiais, recentemente, uma equipe inteira de trabalhadores de uma das empresas do Extremo Oriente foi demitida por causa do péssimo trabalh, ou melhor, ausência de resultados.
O diretor da GDDKiA, Lech Witecki, aponta que, nos termos dos contratos, os contratantes, na pior das hipóteses, devem apresentar, pelo menos um serviço "Razoável", até o momento do torneio Euro2012.
Mas especialistas da construção civil estão cada vez mais convictos que esta variante de contingência será difícil de implementar. Uma das razões para os atrasos são escassez de materiais e escassez de pessoal qualificado.
Outro motivo para as estradas inacabadas para a Euro2012 são os investimentos, que foram reduzidos em cerca de 19.000 milhões de złotych nas despesas do orçamento para este fim em 2011-2012. Segundo indica o jornal "Rzeczpospolita".

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Poster polaco - obra de arte

Poster de Lex (Drewiński) de 1996 do filme "Antoniusz i Kleopatra".


Esperando Godot, Samuel Beckert, Imaginarium Theatr

 
Não resta a menor dúvida de que existem muitas áreas da ciência, das artes e da cultura, que devem muito Polônia e isto não é de hoje, há muito tempo os polacos vêm contribuindo decisivamente, não só para o desenvolvimento da família europeia, mas de todo o mundo.
Uma destas importantes contribuições é no campo do design gráfico e, especialmente, as realizações de artistas polacos no domínio da arte do cartaz.
Um poster de arte, como é o caso da maioria dos cartazes polacos, age como um fenômeno que pode ser considerado como a mais pura forma de linguagem, onde imagens são suscetíveis a análise semântica e comunicação de conteúdo.
Jan Lenica, um proeminente gráfico polaco do cartaz dizia: "A simplicidade e economia de valor artístico no cartaz não é a sua pobreza, mas sim a sua força."
Ao se descrever o cartaz polaco contemporâneo não se pode ignorar as conquistas de muitas gerações de arquitetos famosos, pintores e artistas gráficos que trabalharam na Polônia, desde os primórdios desta arte se abriu o caminho para seu desenvolvimento.
Embora o fenômeno do poster polaco tenha se desenvolvido e moldado sua prática após a Segunda Guerra Mundial, não se pode esquecer, que ele tem suas raízes em um movimento da juventude polaca de Cracóvia. No início do século XX, logo após o fim da I Guerra Mundial quando a Polônia recuperou sua independência, em 1918, o cartaz polaco já começava a ter pretensões de ser arte e seus criadores buscaram inspiração em muitas fontes. Inspirou-se na xilogravura japonesa e no estilo Art-Nouveau.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ecos do lançamento do Polaco

A cantora e pianista Elena e o cantor James Henrique

Os jornalistas Elson Faxina e Solange Stecz

As amigas Daici, Rubiane e Alessandra


O amigo Lourival Araújo Filho

Gláucio Karas vestido de Isidorio Duppa


O livro "Polaco - Identidade Cultural do brasileiro descendente de imigrantes da Polônia", de autoria de Ulisses Iarochinski, pode ser encontrado na Livraria do Chaim, rua General Carneiro (ao lado da reitoria da UFPR) e na Banca de Revistas do lado do Bondinho da rua XV, em Curitiba. Outras cidades podem solicitar por telefone 041 3336 4275 que ele será enviado pelo correio. Preço 40,00 (reais)

sábado, 27 de novembro de 2010

O escritor polaco mais traduzido

O jornalista Ryszard Kapuściński é certamente o escritor polaco contemporâneo mais traduzido no mundo. Autor de ''Imperador'','' Ebony''"Império'' e ''Guerra do Futebol" é considerado o imperador da reportagem polaca. Seu nome aparece a cada ano entre os candidatos ao Prêmio Nobel de Literatura. Ryszard nasceu em 1932 e faleceu em 2007. Alguns de seus livros podem ser encontrados no Brasil, lançados pela Editora Record. Abaixo todos os títulos que ele escreveu.

* Busz po polsku
* Czarne gwiazdy
* Kirgiz schodzi z konia
* Gdyby cała Afryka
* Dlaczego zginął Karl von Spreti?
* Chrystus z karabinem na ramieniu
* Jeszcze dzień życia
* Wojna futbolowa
* Cesarz
* Szachinszach
* Notes
* Lapidarium I-VI
* Imperium
* Heban
* Z Afryki
* Autoportret reportera
* Podróże z Herodotem
* Prawa natury
* Ten inny




mais sobre Kapuscinski em ...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sucesso: lançamento de "Polaco"


Apesar da inundação que tomou conta de Curitiba, nesta quarta-feira, na hora do lançamento do livro "Polaco - Identidade Cultural do brasileiro descendente de imigrantes da Polônia", o Centro Paranaense Feminino de Cultura ficou pequeno para abrigar os amigos, simpatizantes e leitores de jornal, ouvintes de de rádio e telespectadores.
Com apresentações dos cantores líricos James Henrique e Elena cantando "Góralu Czy Ci nie Żal" e as piadas de Gláucio Karas interpretando seu personagem de "stand-up" Isidório Duppa", o lançamento teve presenças importantes como minha mãe Eunice, o Cônsul da Polônia em Curitiba Jacek Stepiniowski, a presidente da Academia Paranaense de Letras e Centro Paranaense Feminino de Cultura Cloris Justen, dos diretores da Fundação Cultural de Curitiba, Nilton Cordoni e José Roberto Lança, do diretor regional do Banco Bradesco no Paraná Volnei Wulff, professores da UFPR, jornalistas, amigos, colegas e representantes da etnia polaca no Paraná.
Para o livreiro e distribuidor Aramis Chaim, que também prestigiou o evento, "o lançamento é sucesso, meus parabéns. Tradicionalmente nos lançamentos realizados em minha livraria comparecem cerca de 50 pessoas e são vendidos e autografados 20 livros. Vejo aqui mais de 100 pessoas. E olha que cheguei atrasado devido ao dilúvio que caiu até há pouco."
Realmente foi um sucesso, pois foram vendidos mais de 50 exemplares do "Polaco" e 20 exemplares do "Saga dos Polacos".
Para os que foram impedidos de prestigiar o evento, impedidos que foram pelas fortes chuvas, o livro "Polaco" já se encontra à venda, na Livraria do Chaim (rua General Carneiro), na banca de Revistas (ao lado do Bondinho da rua das Flores) e na Loja de Artesanato (Bosque do Papa João Paulo II) em Curitiba. Também podem ser feitos pedidos por telefone - 041 3336 4275 - e pelo email - iarochinski@gmail.com.
Preços:
- Polaco - Identidade Cultural do brasileiro descendente de imigrantes da Polônia" = R$ 40,00
- Saga dos Polacos - A Polônia e seus emigrantes da Polônia" = R$ 25,00 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mostra de filmes polacos em Curitiba


O Consulado Geral da Polônia em Curitiba, com apoio da Fundação Cultural de Curitiba promove de 24 de novembro a 2 de dezembro uma mostra de filmes polacos produzidos recentemente na Polônia. São duas sessões por dia, na Cinemateca de Curitiba, Rua Carlos Cavalcanti.
Da programação dois filmes fizeram e fazem bastante sucesso nos cinemas da Polônia: "Galerianki - Garotas de Shoppping" e "Mała Mokswa - A Pequena Moscou".

dia 24/11 (abertura)
às 19h30: O Jardim de Luiza
dia 25/11
às 16h30: O Jardim de Luiza
às 19h30: General Nil
dia 26/11
às 16h30: General Nil
às 19h30: A Reserva
dia 27/11
às 16h30: A Reserva
às 19h30: Quanto pesa um cavalo de Tróia?
dia 28/11
às 16h30: Quanto pesa um cavalo de Tróia?
às 19h30: Uma Árvore Mágica
dia 29/11
às 16h30: A Festa de Casamento
dia 30/11
às 16h30: Uma Árvore Mágica
às 19h30: Garotas de Shopping
dia 01/12
às 16h30: Garotas de Shopping
às 19h30: A Pequena Moscou
02/12
às 16h30: A Pequena Moscou
às 19h30: O Ursinho

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O lançamento de "Polaco" é hoje

O livro “Polaco – Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”, de autoria de Ulisses Iarochinski está sendo lançado nesta quarta-feira, 24 de novembro, às 19:30 horas, no Centro Paranaense Feminino de Cultura, Rua Visconde do Rio Branco, nº. 1717.
O livro é a tradução do original polaco “Tożsamość kulturowa Brazylijczyków polskiego pochodzenia: Polaco czy Polonês?”, defendido como dissertação de Mestrado em Ciências da Cultura Internacional, na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, na Polônia.

Contribuição polaca para o Brasil
A contribuição daqueles imigrantes e seus descendentes ao Brasil é inegável e inquestionável. Foram os polacos que introduziram novas técnicas agrícolas no Brasil, que trouxeram o carroção com rodas de aros e puxados a cavalo, em substituição aos antigos carros de boi portugueses, que cobriram o Sul do país com casas de troncos e mais tarde, de tábuas e sarrafos de madeira (portugueses construíam suas casas de estuque – mistura de barro e bambus - italianos construíam com pedras, alemães com tijolos de barro e travessões de madeira). Foram os imigrantes polacos, tecelões da cidade Łódź, que introduziram em Brusque, a indústria têxtil do Estado de Santa Catarina.
Entre os fundadores da primeira universidade do Brasil, a Universidade do Paraná, estava o médico polaco Szymon Kossobudski, patrono do ensino da cirurgia no Paraná. Como também foi a filha de um imigrante polaco analfabeto, uma das primeiras mulheres a se graduar médica, numa universidade brasileira, a do Paraná.
Foi também aquela gente trabalhadora que introduziu o cooperativismo no Brasil e foi o professor e agrônomo polaco Czesław Bieżanko, que trouxe dois quilos de soja da Polônia e plantou em Guarani das Missões-RS. Ele foi até condecorado com a medalha do Cruzeiro do Sul pelo presidente Castelo Branco por ter sido o introdutor da oleaginosa, que transformou o Brasil em maior produtor mundial.
A comemoração da Páscoa, bem como o Natal, nunca mais foi a mesma, no Brasil, depois da chegada dos primeiros imigrantes da Polônia. O Brasil dos portugueses só comemorava o “dia de Santos Reis”.
Foram judeus nascidos na Polônia, os primeiros a mostrar suas tradições mercantilistas que influenciaram tanto a economia, a indústria e as artes brasileiras. E nesta, é preciso salientar a revolução ocorrida no teatro brasileiro pelo ator polaco Zbigniew Ziembinski, - o pai do moderno teatro brasileiro. Costumes, iguarias, música, dança, teatro, cultura, economia.
São tantas e ao mesmo tempo desconhecidas dos brasileiros, as contribuições polacas para o país dos trópicos. Como a família Morozowicz na dança e na música. Como o “sonho”, na verdade, o “pączek” polaco que é saboreado do Oiapoque ao Chuí. Doce genuinamente polaco e que os desavisados portugueses chamam de bola de berlim. Aos 90 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Polônia ainda são muitas as coisas a se revelarem à grande população brasileira. Coisas e fatos que unem estas nações não só em Curitiba e Sul do Brasil, mas no país inteiro.



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Polaco enrustido

Dentro das comemorações dos 92 anos da Independência da Polônia, 90 anos do estabelecimento de relações diplomáticas Brasil Polônia e 90 anos de criação do Consulado Geral da Polônia em Curitiba (a primeira representação diplomática da Polônia na América Latina, o jornalista e mestre em Cultura Internacional lança seu livro “Polaco – Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”, nesta quarta-feira, dia 24 de novembro, em Curitiba.
O cineasta paranaense, Eloi Pires Ferreira, diretor dos filmes longa-metragens "Sal da Terra" e "Curitiba zero grau" já leu o livro e conta sobre suas reações com a leitura do livro de Iarochinski: 

Costumo dizer que sou polaco enrustido visto que o sobrenome português herdado de meu pai oculta a minha metade eslava presenteada pela minha mãe. Acredito ser mais polaco do que qualquer outra coisa, já que 50% do meu sangue tem essa origem contra minha outra metade composta de uma boa dose mediterrânea, uma pitada germânica, com alguma porção indígena e certamente outra africana e sei lá mais o quê. Mas acima de tudo sou brasileiro, com muito orgulho. E acho que o que mais me agrada em ser brasileiro é essa misturança étnica toda que nos torna um povo no mínimo interessante.
Talvez por ter nascido e crescido em Curitiba (uma das cidades mais polacas do mundo, fora da Polônia), e certamente pelo fato de, na minha infância, a convivência com meus parentes maternos ter sido muito intensa - e porque mãe é mãe - a sonoridade da língua polaca soa como música nos meus ouvidos. Ela é familiar e doce. E desde piazinho eu convivi pacificamente com as duas expressões cujo antagonismo causou a obsessão do Ulisses: polaco e polonês.
Portanto, mesmo não falando e sequer entendendo lhufas a língua dos meus antepassados, sinto-me credenciado a entrar nesse debate (polaco X polonês) e tecer meus humildes e parcos comentários.
Eu já sabia, mesmo que superficialmente, que a Polônia é um país de uma exuberância histórica e cultural invejável, infelizmente pouco conhecida por nós brasileiros. Sabia o tanto de contribuição que ela prestou à humanidade, em diversos campos, e de forma mais vistosa nas artes em geral. O quanto seu povo é bravo e teimoso, tendo resistido até o talo e não capitulando durante o covarde arrastão nazista, na segunda guerra. E também sabia o quanto o indivíduo polaco é teimoso, ranheta e do contra, a ponto de onde tiver dois polacos, haver três ideias divergentes. Mas devo dizer que, nessa matéria, aprendi muito com o Ulisses, especialmente na viagem a Polônia, na qual ele me levou a tiracolo, ano passado. Após conversas e conversas e conversas, que, aliás, são bem anteriores à viagem saí convencido de uma coisa: sim, o resgate do termo "polaco" é necessário não por motivos linguísticos ou etimológicos. Nem porque originalmente era o termo único a designar as coisas relacionadas à Polônia, em nossa língua portuguesa. Ou porque em Portugal, na Espanha, na Itália, etc. a palavra corrente é essa. Ou mesmo porque "polonês" é galicismo e invencionice. Mas simplesmente porque a tentativa espúria de se impor o “polonês" em substituição ao "polaco" e a mais espúria ainda tentativa de se banir o "polaco" da fala e até mesmo do dicionário é tudo fruto de preconceito (gerado externamente e, pior, assumido internamente pela comunidade de origem polaca). E preconceito, esse sim, qualquer que seja, insisto, qualquer que seja, deve ser banido definitivamente das nossas atitudes.
Eloi Pires Ferreira / Diretor de Cinema


O livro “Polaco – Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”, de autoria de Ulisses Iarochinski está sendo lançado nesta quarta-feira, 24 de novembro, às 19:30 horas, no Centro Paranaense Feminino de Cultura, Rua Visconde do Rio Branco, nº. 1717.
O livro é a tradução do original polaco “Tożsamość kulturowa Brazylijczyków polskiego pochodzenia: Polaco czy Polonês?”, defendido como dissertação de Mestrado em Ciências da Cultura Internacional, na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, na Polônia.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Inauguração de Cristo na Polônia

Com a presença de mais de 15 mil turistas, foi inaugurada neste domingo, na pequena cidade de Świebodzin (pronuncia-se Chiwiébodjin), na Polônia, a maior estátua de Jesus Cristo, em todo o mundo. Com 33 metros de altura (correspondendo a idade de Cristo na Terra) e 450 toneladas de fibra e gesso, a estátua está sobre promontório artificial de 16 metros de altura. Sobre a cabeça de Cristo a coroa dourada tem 3 metros de altura.
"Cristo Rei vai saudar as pessoas que visitam a Polônia católica", disse o padre Sylwester Zawadzki, de 78 anos, falando de sua criação, erguida sobre um monte artificial de 16 metros. "O monumento foi erguido para cumprir uma missão religiosa, e não como atração."

A estátua na Polônia é três metros mais alta que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro.

Este Polaco vai ganhar mais uma


Polaco de três costados (sou Leminski, Minatowski e Amoscowski), pessoalmente nunca sofri preconceito pela minha origem étnica. Claro que isto não significa que eu não o tenha presenciado durante toda minha infância e adolescência em diversas ocasiões, às vezes velado, em outras nem tanto. “Polaco da nhãnhã”, “Polaco é preto do avesso”, eram expressões corriqueiras na vizinhança onde me criei em Curitiba.
Óbvio que no meu caso pessoal, o que ajudou a não sofrer preconceito foi o fato de carregar apenas os sobrenomes portugueses Domingues da Silva. Embora sempre que me indagavam sobre a origem dos olhos claros eu respondia que eram herança dos meus avós poloneses. Isso até conhecer o Ulisses Iarochinski e a sua “saga de polaco”, evidentemente.
Convivo com o Iarochinski há mais de 30 anos e nesse tempo todo acompanhei suas batalhas, algumas consideradas por muitos até causas perdidas. Como sua luta para mudar o nome do Teatro da Classe para José Maria Santos, em homenagem ao grande ator e diretor curitibano. Ulisses enfrentou, e venceu, boa parte do segmento teatral da cidade contrário à ideia.
Agora, com seu livro “Polaco”, resultado da dissertação de mestrado em Cultura Internacional, realizado em Cracóvia, na Polônia, ele vai para um novo enfrentamento, talvez um dos maiores de sua vida.
Para defender, cientificamente, a tese de que o correto é “polaco” e não “polonês” para definir as pessoas originárias da Polônia, Iarochinski não mede esforços e não teme confrontar ninguém. Ao explicar as origens do preconceito associado à expressão “polaco” ou “polaca”, Ulisses bate de frente, entre outros, com judeus, com tradicionais famílias curitibanas e até mesmo com “entidades intelectuais” da capital paranaense como o falecido crítico literário Wilson Martins.
“Puxando a sardinha para o nosso lado”, não tenho dúvidas de que o polaco vai ganhar mais uma!

Antonio Carlos Domingues – jornalista / produtor cultural.

A banca de professores examinadores, composta por três dos mais renomados professores universitários da Polônia, Prof. dr hab. Tadeusz Paleczny (orientador), Prof. dr hab. Andrzej Pankowicz e o Prof. dr hab. Jerzy Brzozowski, não hesitou em dar nota máxima ao texto e a defesa do mestrado de Ulisses Iarochinski, que nos apresenta neste dia 24, quarta-feira, às 19:30 horas, no Centro Paranaense Feminino de Cultura, na rua Visconde do Rio Branco, nº. 1717 (em frente o Hotel Duomo), como o livro "Polaco - Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia".

domingo, 21 de novembro de 2010

Saboroso com um prato de Barszcz



“Esse rapaz está querendo arrumar confusão!” – diria meu avô depois de ler “Polaco – Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”, do senhor Ulisses Iarochinski.
O autor não é um novato na temática. Jornalista, ator, roteirista, dramaturgo e pesquisador, Ulisses, de ascendência polaca, já publicou outro tomo sobre o assunto, intitulado “Saga dos Polacos”, no qual desenvolve estudo sobre a imigração dos polônios para o Brasil.
“Polaco” é resultado de uma dissertação de mestrado em cultura internacional defendida perante uma conceituada banca na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, na Polônia.
Apesar das evidentes características de um trabalho acadêmico, entrecortado por citações e repleto de referências de terceiros que embasam o desenvolvimento das ideias, o texto ainda sim é direto, leve e envolvente. O autor dosa sua escrita com um discurso que prende o leitor, num ritmo que cresce em interesse, a cada capítulo. As temáticas mais contundentes ficam para o fim, o que garante um sabor romanesco ao processo de investigação científica.
Em linguagem acessível, o tomo apresenta as razões históricas que, segundo Iarochinski e suas referências, esclarecem o motivo da palavra “polaco” ser usada nos demais países lusófonos, exceto no Brasil, como significado de pessoa natural da Polônia. Em nosso país o usual é “polonês”. No entanto, esse “usual” acoberta uma longa saga de preconceitos, constrangimento e sabotagem étnica, que nos são apresentados no desenrolar da pesquisa.
Percebemos, a partir do texto, que a palavra “polaco” foi usada das mais diversas formas depreciativas para reputar ao imigrante da Polônia, desvios de caráter, condutas imorais e práticas indecentes de uma parcela de grupos étnico-religiosos, cuja história se esconde pelas ruas estreitas do Rio de Janeiro nos tempos de Pedro II. Além disso, a mesma expressão foi propagada como sinônimo de pessoa de má índole, beberrão, bagunceiro e, por vezes, estúpido, por grupos de imigrantes já estabelecidos na capital paranaense no início do século.
Outra questão central da dissertação se refere ao feminino “polaca”, expressão que referenciava as loirinhas de olhos azuis, fossem elas polacas, austríacas, alemãs, russas brancas, etc. No contexto explorado, “polaca”, significaria qualquer prostituta loira “casada” com um cafetão judeu de origem eslava.
Tanta confusão sugeriu aos polônios estabelecidos e encastelados, um artifício afrancesado: “polonês”.
Enganos, preconceitos e armações se apresentam por detrás do uso e desuso do adjetivo pátrio que, apesar de toda miscigenação até nossos dias, ainda envergonha parte da comunidade descendente do glorioso povo das planícies da Europa Central. São tantas as peripécias e intrigas presentes e sugeridas no livro de Iarochinski, que ouso recomendar um voo de maior alcance de público do que pode propiciar a literatura, indicando uma mudança de suporte e linguagem, o que resultaria num delicioso roteiro de cinema. Atrevo-me a indicar Guy Ritchie para a direção. Que tal?
No entanto, apesar do apelo poético, é o discurso analítico que prevalece, e onde vemos possibilidade dramática, temos rigor científico. Chuvas e trovoadas aguardam os que buscam o apodíctico. Quanto ao livro, vale saboreá-lo devagar como um saboroso prato de Barszcz.

Severo Brudzinski / Escritor, professor e administrador público de cultura.

O livro “Polaco – Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”, de autoria de Ulisses Iarochinski está sendo lançado nesta quarta-feira, 24 de novembro, às 19:30 horas, no Centro Paranaense Feminino de Cultura, Rua Visconde do Rio Branco, nº. 1717.

sábado, 20 de novembro de 2010

Conteúdo do livro "Polaco" por Paleczny


O Prof. dr hab. Jerzy Brzozowski , (Ulisses Iarochinski, na foto), Prof. dr hab. Andrzej Pankowicz e o Prof. dr hab. Tadeusz Paleczny (orientador), , não hesitaram em dar nota máxima ao texto e a defesa do mestrado de Ulisses Iarochinski, cujo livro "Polaco", traduzido para português, está sendo lançado nesta quarta-feira, dia 24/11, às 19:30 horas em Curitiba.
O autor Iarochinski partiu das provocações e agressões, que sofreu nos lançamentos de seu livro anterior “Saga dos Polacos”, para iniciar as pesquisas, estudos e defesa de sua dissertação “Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”.
A bolsa de estudos concedida pelo Ministério da Educação da Polônia foi a oportunidade para o autor finalmente concluir sua tese. Iarochinski fez dois anos de Cultura e Idioma Polaco, dois anos de mestrado em Ciências da Cultura Internacional e quatro anos de doutoramento em História, na sexta mais antiga universidade do mundo, a Iaguielônica de Cracóvia, mesma escola onde obtiveram grau de doutores, Mikolaj Koperniko, Karol Wojtyla (Papa João Paulo II) e Wyslawa Szymborska (Prêmio Nobel de Literatura). O artigo, “Porque Polaco!” evoluiu para a dissertação do mestrado e finalmente, esta foi defendida, em novembro de 2008.
Segundo o professor orientador da dissertação, Tadeusz Paleczny, a “dissertação se localiza na fronteira da etnolinguística, da antropologia cultural e dos estudos científicos da cultura. Possui um nível bastante interessante de estudo analítico e avançado do tema sobre o processo de assimilação cultural, particularmente no âmbito linguístico dos brasileiros de origem polaca”. Ainda segundo o orientador da tese, “o autor se concentra nas características de identidade cultural considerando o grau de competência linguística (mono e bilíngue) destes indivíduos”.
Para Paleczny, “os dois termos usados no título da dissertação significam certamente uma síndrome de atitudes e de identidade dos brasileiros de descendência polaca, em relação ao consequente aspecto pejorativo dado à palavra Polaco. Sendo isto, colocado no contexto das relações interculturais dos imigrantes, na sociedade de acolhida”.
O professor que é diretor do Instituto de Estudos Regionais, da Universidade Iaguielônica, afirma que “uma dicotomia que esconde, por assim dizer, uma duplicidade de ethos entre os descendentes de colônias polacas no Brasil: por uma parte, este povo está envolto pelo fenômeno da desorganização, da falta de adaptação e da opinião negativa sobre os imigrantes, por outra parte, está a sua adaptação estrutural, a sua aculturação e assimilação completas às condições do país de acolhida”.
Concluindo sua opinião à respeito do livro de Iarochinski, Paleczny afirma que “Não se trata apenas de questão estilística, de figura de linguagem e, ou modismo, mas também uma retomada de atenção e de uma descrição de fenômenos dependentes das consequências socioculturais, das barreiras e do processo em curso de assimilação, nas quais os idiomas estabeleceram os parâmetros básicos que vieram promover a aniquilação das diferenças, bem como as acidentais e potenciais causas da discriminação e do mútuo preconceito”.
A polêmica, quase centenária, em torno da palavra polaco é explicada num livro de fácil leitura sem deixar de lado sua base científica. “Polaco – Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia” traz em aspectos linguísticos, sociológicos, culturais e antropológicos, porque o Brasil deixou de falar “polaco” para incorporar o termo galicista “polonês”.
“Polaco da nhanhã”, “polaco burro”, “polaco sem bandeira”, “polaco preto”, “preto do avesso”! Quantos designativos, os imigrantes da Polônia e seus descendentes têm ouvido ao longo de mais de um século no Brasil. E quase sempre depreciativos e preconceituosos.
Usurpado do significado genuíno de seu termo gentílico, o imigrante e seus descendentes, viu-se na contingência de aceitar, de forma impositiva pelas elites, um termo que enfim, designasse sua nacionalidade e etnicidade no Brasil. Pressionado pelas elites da comunidade viu polaco virar polonês.
Incomodado com as respostas evasivas de – “ora... é pejorativo e pronto!” – Iarochinski buscou as origens do preconceito contra a adequada e correta tradução do gentílico “Polak” para o termo em língua portuguesa, “polaco”.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Polaco pronto para o dia 24

O livro “Polaco – Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”, de autoria de Ulisses Iarochinski está sendo lançado nesta quarta-feira, 24 de novembro, às 19:30 horas, no Centro Paranaense Feminino de Cultura, Rua Visconde do Rio Branco, nº. 1717, em Curitiba.
O livro é a tradução do original polaco “Tożsamość kulturowa Brazylijczyków polskiego pochodzenia: Polaco czy Polonês?”, defendido como dissertação de Mestrado em Ciências da Cultura Internacional, na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, na Polônia.
A banca de professores examinadores, composta por três dos mais renomados professores universitários da Polônia, Prof. dr hab. Tadeusz Paleczny (orientador), Prof. dr hab. Andrzej Pankowicz e o Prof. dr hab. Jerzy Brzozowski, não exitou em dar nota máxima ao texto e a defesa do mestrado de Iarochinski.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Alemanha pagará bônus para polacos

Foto: Paweł Małecki
O governo alemão quer dar "boas vindas" para os polacos, que, depois de 1º. de maio de 2011, terão um emprego na Alemanha. Na lista de trabalhadores buscados pela Alemanha entre os polacos estão cientistas da computação, engenheiros, carpinteiros e até cabeleireiros.
O portal Lookus.pl  abriu seções para busca de trabalho através do link Jobrapido. Um na Polônia e outro na Alemanha. Em outubro, a filial polaca do portal já oferecia 117.532 empregos para trabalhar na Alemanha e na filial alemã do portal oito vezes o número de ofertas oferecidas no site na Polônia.
De acordo com o Instituto de Pesquisa sobre Mercado de Trabalho em Nuremberg, Alemanha, estão faltando 3 milhões de trabalhadores no país. Setenta por cento das empresas alemãs têm dificuldade em encontrar trabalhadores.
A partir de  1º. de maio de 2011, para preencher as vagas, os imigrantes dos novos países da União Europeua já não necessitarão de qualquer licença para trabalhar na Alemanha. O Ministro da Economia, Rainer Brüderle se propõe a pagar aos novos trabalhadores um "boas vindas" (bônus ainda não determinado, mas que será pago ao trabalhador que escolher a Alemanha).
Os candidatos, que se dispuserem a trabalhar na Alemanha, já estão sendo esperados para fazerem cursos gratuitos de língua alemã em Turíngia com estágios remunerados.

Mais um do Duppa


Dias 19 e 20 de novembro, em Araucária, cidade na região metropolitana de Curitiba, Gláucio Karas, estreia seu novo Show de stand up com seu personagem Isidório Duppa.
O espetáculo desta vez é: O POLACO DE ARAUKÓWIA, onde ele conta uma série de peripécias do polaco caipira de Araucária.
Local do shows: na Cantina da Lídia.(Centro da cidade). Reservas pelos telefones 41 3642-2769, 41 9971-5875, 41 9995-7306.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Encerramento do Ano Chopin



Com a presença do Embaixador da Polônia no Brasil, Jacek Junosza Kisielewski , a cônsul geral para os três Estados do Sul, Dorota Joanna Barys encerrou as comemorações do Ano Chopin-2010 em Curitiba. Houve também o lançamento do livro comemorativo dos "90 Anos do Consulado polaco de Curitiba", de autoria da Cônsul Barys.
Antes do concerto do pianista polaco Jacek Kortus, a Cônsul concedeu medalhas comemorativas do Ano Chopin ao Presidente da FCC - Fundação Cultural de Curitiba, Paulino Viapina; ao Presidente do ICAC -Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Ulisses Iarochinski; à coordenadora de música erudita do ICAC, Janete Andrade; à apresentadora da Rádio Educativa do Paraná, Zélia Shell; ao cantor James Henrique,  e à pianista Magdalena Kucharska.
No dia anterior, em Porto Alegre, aconteceu o Ciclo Chopin em Capítulos, com "Chopin, os Noturnos e as influências na música brasileira", com Olinda Allessandrini e Tiago Halewicz.
Os dois pianistas brasileiros fizeram comentários de uma das mais notáveis passagens do repertório chopiniano: os noturnos. Compostos sob influência do compositor irlandês John Field (1782-1837), os noturnos de Chopin definem o apogeu da poética musical e do romantismo. Dando continuidade ao conteúdo, os pianistas exploraram a chegada da música de Chopin ao Brasil e suas relações com a obra de importantes compositores brasileiros.
Para celebrar a obra do compositor, a Vinhos do Mundo ofereceu durante o encontro uma degustação de vinhos. Esta atividade integrou a programação oficial do Ano Chopin no Brasil, promovido pelo Consulado Geral da Republica da Polônia em Curitiba, responsável pelas ações na região sul do país.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Assembleia do Paraná comemora datas polacas

Assembleia Legislativa do Paraná
A Assembleia Legislativa do Paraná celebra datas importantes para a comunidade polaca, nesta quinta-feira, 11 de novembro. No Plenário do Parlamento, a partir das 10 horas, acontece, em sessão solene, a comemoração dos 90 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Polônia. Neste dia também é comemorada a independência da Polônia, que ocorreu em 1918.
Para o deputado Francisco Bührer (PSDB), proponente da sessão solene, os polacos têm dado grande contribuição à economia brasileira. “Os polacos são muito apegados à terra, e é a eles que devemos grandes parte da produção agrícola do Sul brasileiro”, diz. 
O Paraná tem relevante significado no capítulo da imigração polaca para o Brasil. A primeira representação oficial do país europeu na América Latina ocorreu, justamente em Curitiba, em 1920, com a implantação do Consulado da Polônia, considerada um marco na diplomacia entre os dois países.
Além disso, o Paraná possui a maior concentração da etnia polaca Brasil. O Estado abriga cerca de mais de um milhão de pessoas, das quase 4 milhões que residem no país. Figuras ilustres, como o ex-governador Jaime Lerner, o poeta Paulo Leminski, o desembargador João Kopytowski, o cineasta Elói Pires Ferreira e o flautista e regente Norton Morozowicz são representantes da etnia.
A região Sul do Estado, principalmente o município de São Mateus do Sul com Cruz Machado, União da Vitória; e a Região Metropolitana de Curitiba, especialmente Araucária, Contenda, Campo Largo, São José dos Pinhais – que abriga a Colônia Muricy – e Quitandinha concentram os maiores grupos.
Ao caminhar pelas ruas de Curitiba é comum ver a influência polaca, como as casas com lambrequim, e restaurantes ofertando no cardápio o pierogi, prato tradicional da culinária polaca. O termo polaca também é muito usado, carinhosamente, para se referir a mulheres curitibanas com o cabelo loiro. O sonho é outro legado da confeitaria polaca, não só para Curitiba, mas para todo Brasil.
Um dos pontos mais importantes do turismo da capital paranaense é o Bosque do Papa. Em uma reserva de árvores araucárias, próximo à região central, casas da época dos colonos polacos foram erguidas, para comemorar a vinda do papa João Paulo II à cidade, em 1980.
Durante a solenidade também será lançado o livro em versão bilíngüe (português e polaco) “90 anos de história do mais antigo consulado polaco na América Latina”, escrito pela cônsul Dorota Joanna Barys. Haverá ainda a apresentação do grupo folclórico polaco Wisla do Paraná.
Após o encerramento da sessão solene ocorrerá o lançamento de uma mostra fotográfica que traz 20 painéis e de documentos que contam um pouco dessa relação quase centenária entre Brasil e Polônia.