terça-feira, 4 de setembro de 2007

Polacos sempre

Recebi esta mensagem pedindo ajuda. É mais um caso de brasileiros que buscam a cidadania polaca. Respondi procurando apenas esclarecer questões históricas:

Quero solicitar a cidadania, que acreditava ser polaca, mas agora não tenho certeza, por isso busco aqui uma orientação para qual consulado recorrer. Já consegui alguns documentos originais dos meus avós, mas não estão em português, e os poucos que foram traduzidos se contradizem quanto ao país natal. Ora polacos, ora ucranianos, quando não há a junção dos dois ou o acréscimo da Bósnia! Quanto à minha avó, esta nasceu em 1900, na cidade de Belz, integrante da antiga Galicja. Em todos os documentos traduzidos, inclusive na certidão de óbito, consta nacionalidade polaca, além de o próprio passaporte ser polaco (PASZPORT). No entanto, parece que Belz pertence à Ucrânia desde 1951. Em todos os documentos (originais e traduzidos) consta Belz, integrante de Nowa Dubrowa (varia para também para Nowa Dabrowa), o que eu deduzo ser o Estado ou equivalente, mas não encontro dado nenhum sobre esse lugar. Vou tentar simplificar, mas a história se enrola quando outro documento de 1922, certidão de nascimento da minha tia, consta a mesma Nowa Dubrawa como parte integrante da Comarca de Banja Luka que por sua vez é associada ao Distrito de Prnjavor, ambos na Bósnia. Só para me deixar mais confusa, minha outra tia, também nascida na tal Nowa Dubrowa, é Iugoslava (1919). Meu avô nasceu em Porchowa (1898), território atual da Ucrânia (?), mas assim como minha avó, está como polaco na maioria dos documentos e segundo o passaporte, Porchowa também é cidade pertencente a Nowa Dubrowa! Passaporte estes expedidos em Zagreb, Croácia... sem comentários. Como pode um lugar tão importante não ter registro nenhum na internet, não constar em mapa algum? Será que entre partilhas de território esse espaço mudou de nome?
Começo por responder que até 1918, tanto a Galícia (na Polônia) como Nowa Dubrowa (na Bósnia), pertenciam ao Império Austro-Húngaro. A partir de 1918, a Galícia voltou a ser parte do Estado Polaco e a Bósnia passou a fazer parte do reino da Sérvia. Portanto, quando teus avós se casaram em Nowa Dubrowa, esta fazia parte da Sérvia. A Iugoslávia só viria a ser criada depois da Segunda Guerra Mundial, em 1946, englobando Bósnia, Herzegowina, Sérvia, Croácia e etc. Assim, as duas filhas do casal nunca foram iugoslavas. As filhas, no momento do nascimento, eram servas de nacionalidade, mas bósnias de nascimento, mas filhas de polacos. Isto, apesar de Nowa Dubrowa, no município de Banja Luka, ser na milenar Bósnia (pelo menos desde sua criação em 1189). Aquela terra balcã começou a ser invadida em 1463 e estas agressões não pararam até 1992, quando finalmente a Bósnia voltou a ter seu Estado próprio e independente junto com a Herzegowina. O que você não tem são os registros de nascimento de teus avós em Porchowa e Beltz. Locais, atualmente no território da Ucrânia e que devem ter ainda as igrejas Ortodoxas do rito Russo, religião à qual pertenciam teus avós. Seria importante obter estes batistérios e reconhecê-los em um cartório na Polônia. Porque apesar de você já ter o passaporte original, as autoridades de Varsóvia andam refratárias a pedidos de cidadania. O Departamento de Emigração responsável pode exigir estas certidões de nascimento, pelo menos a de teu avô, pois a de tua avó, como era mulher, não é valida para o processo. Pois existe uma lei que a cidadania só é concedida por via materna, para ascendentes que nasceram depois de 1951. Portanto, tua avó como nasceu, em 1900, não serve como referência para o processo de concessão da cidadania polaca aos descendentes dela.
Quanto à grande maioria dos descendentes de polacos do Sul do Brasil, cujos ascendentes nasceram e chegaram ao Brasil antes de 1918, segundo os funcionários que analisam os pedidos em Varsóvia, não terão a cidadania polaca. Pois, segundo o Consulado da Polônia, em Curitiba, apenas um pequeno grupo de imigrantes de Erechim-RS e Guarapuava-PR compareceu no Consulado depois de 1920 (criação do consulado) para se declararem cidadãos polacos. Ao que consta todos aqueles polacos que viviam no exterior depois de 1918 deveriam comparecer a um posto consular e se declararem polacos, independente de se, quando nasceram suas cidades estavam ocupadas por potências estrangeiras e seus documentos (certidão de nascimento, casamento, óbito) dissessem que eles eram austríacos, russos ou prussos (depois alemães). O curioso é que ninguém de Curitiba compareceu ao consulado. Será que não foram comunicados? O cônsul da época, ou posteriores (período de Getúlio Vargas e Segunda Guerra Mundial) preferiu jogar fora os arquivos destes registros? Ou ninguém queria ser declarado polaco, mas simplesmente brasileiros? No caso de teus avós, eles nasceram na Polônia (quando era ocupação Austro-húngara) e eram cidadãos polacos, pois assim confirma o passaporte que eles fizeram em 1926, no consulado polaco de Zagreb, na Sérvia. O que confirma também, que eles apenas moravam em Nowa Dubrowa, na Bósnia quando resolveram imigrar para o Brasil, em 1926. As filhas nasceram na Sérvia, mas como filhas de polacos também podem ser consideradas cidadãs polacas (ao mesmo tempo, que servas e/ou bósnias), já que estão relacionadas no passaporte familiar de teu avô. Apenas como adendo, informo que em 1795, o reino Polaco foi invadido pelo Norte-Oeste pelos prussos (atuais alemães), ao Sul e Sudeste pelo Império Austro-húngaro e ao Centro e Leste pelos russos. Esta invasão durou 127 anos de ocupação nas terras polacas. Em 1918, com o fim da primeira guerra mundial e o esfacelamento do Império Austro-húngaro (a primeira guerra começou justamente pelo assassinato na Sérvia do herdeiro do trono Austro-húngaro), a Polônia recuperou seu Estado e pode voltar a existir com tal status no novo mapa europeu que saiu na Primeira Guerra Mundial.
Todos os polacos que nasceram neste período de ocupação estrangeira perderam a cidadania polaca, pois apesar de nasceram no território da milenar Polônia, de falarem polaco, de comerem pierogi e repolho azedo eles passaram a ser cidadãos dos Estados ocupantes. Galícia foi o nome dado pelos Austro-húngaros às terras polacas do Sudeste da Polônia. Este império era governado pela família real Habsburgo (mesma família que reinou na Espanha, Portugal e Brasil entre 1580 a 1640). O nome Galícia, já existia no Reino Espanhol. O nome daquela região tinha sido dado pelos Romanos muito tempo atrás. Portanto, esta Galícia na Polônia, foi apenas um nome dado àquela região polaca entre 1795 e 1918. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os vitoriosos soviéticos, impuseram aos aliados (Inglaterra, França, EUA, Brasil e etc.) um novo mapa da Europa Central... E foi assim criado o Estado moderno da Ucrânia (o povo ucraniano sempre existiu, com esta e outras denominações... Eles eram rutênios ao Oeste e cossacos a Leste do atual território da Ucrânia). A Polônia que tinha quase 700 mil km quadrados viu seu território ser reduzido a 312 mil km quadrados. Toda aquela faixa do Sudeste, que os Austro-húngaros denominaram Galícia, ficou para o Estado recém-criado da Ucrânia. Teus ancestrais, portanto, eram polacos, nascidos naquelas terras. O passaporte deles confirma a cidadania polaca, já que todos aqueles que viviam no território milenar da Polônia e que estavam com documentos de cidadania dos ocupantes foram declarados cidadãos polacos e aqueles que haviam emigrado para outras partes do mundo, deveriam se apresentar nas repartições consulares e se declararem cidadãos polacos. Aqueles que não o fizeram, consciente ou inconscientemente negaram a si e a seus descendentes a cidadania polaca.

Judeus de Rolânia

Lucius de Mello lança hoje, em Curitiba, às 19h, na Livraria Curitiba Megastore no Shopping Estação, o livro “A Travessia da Terra Vermelha – Uma Saga dos Refugiados Judeus no Brasil”. A obra, resultado de quatro anos de pesquisa, conta a saga das famílias alemãs, judias e cristãs, que fundaram a cidade de Rolândia. Para escrever o romance o autor ouviu, praticamente, todos os descendentes diretos dos pioneiros no Brasil e na Alemanha. Mello, que é de Foz do Iguaçu e formado na Universidade Federal do Paraná foi ator em Curitiba e repórter das TV Iguaçu, TV Independência, TV Globo-SP e TV SBT-SP. É autor de outros dois livros e mostra em "Travessia da Terra Vermelha" as dificuldades que os pioneiros tiveram que enfrentar no meio do mato, como doenças, insetos, bichos, preconceito, falta de socorro médico e a saudade dos amigos e parentes que não conseguiram fugir e morreram nos campos de concentração.

Estação de trem em 1940. Foto, acervo de Wanderley Duck.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Missão da UFPR

O reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Júnior, deu-se conta da importância da etnia polaca na formação do Paraná e esteve em Cracóvia, no final do último mês de maio, para renovar acordos com a Uniwersytet Jagielloński. Na oportunidade, além dos protocolos firmados com a sexta mais antiga universidade do mundo (onde estudaram Mikołaj Koperniko e Karoł Wojtyła), o reitor conheceu pontos turistícos, museus e conversou com estudantes polacos e brasileiros. Contratado pela TV UFPR, produzi reportagem sobre a missão do reitor da UFPR em terras polacas. Falam na matéria, o reitor Carlos Moreira, os professores Ana Moreira, Regina Przybycien, Antonio Gondim e os estudantes Anna Grudzien, Joziane Faganello, Justyna Kozaczyka, Rodrigo Kurek e Gicele Rakowski.

Kurytyba é Curitiba

W dniu 5 lutego 1993 Rada Miasta Krakowa przyznała Kurytybie tytuł Honorowego Miasta Bliźniaczego Krakowa. Kontakty mają charakter okazjonalny. W sierpniu 2003 r. odwiedził Kraków Burmistrz Kurytyby wraz z małżonką. Wizyta ta miała charakter kurtuazyjny. W dniu 27 listopada 2003 r. w Krakowie gościła delegacja Kurytyby, której przewodniczył Pierwszy Sekretarz Rady Miasta. Tematem spotkania były kwestie transportu miejskiego i inwestycji komunikacyjnych w Krakowie, systemu gospodarki odpadami w Krakowie, oraz edukacji. Zainicjowane rozmowy oraz wola kontynuacji podjętych kontaktów wyrażona przez oba miasta stanowią podstawę do dalszych działań. Niemniej jednak, z powodu znacznej odległości między miastami, realizacja wspólnych projektów jest bardzo kosztowna.
O trecho acima é o que está registrado oficialmente na Prefeitura de Cracóvia sobre o título dado a Curitiba em 5 de fevereiro de 1993 de Cidade Gêmea de Honra de Cracóvia. E informa ainda que um prefeito de Curitiba esteve em Cracóvia em 2003 numa visita de cortesia e que em 27 de novembro de 2003 um secretário municipal de Curitiba esteve em Cracóvia abordando o tema do sistema de transporte coletivo e educação. Ao final menciona que a realização dos projetos apresentados por Curitiba são de um custo bastante elevado.
Cracóvia é parceira de 25 cidades no mundo e apenas Curitiba e Serena (no Chile) são gêmeas de honra. Mas apesar das duas visitas curitibanas de cortesia nada foi feito até hoje entre as duas cidades e depois ainda tem gente que confunde "cracoviano" com etnia. Por isso que Kurytyba é Curitiba e Cracóvia é Kraków!

Deixa ela novelar


Parece que a depressão é da própria "atriz", já que ela nunca é encontrada em seu posto de trabalho. Os alunos da escola de cinema de Pinhais que o digam. A causa da depressão deles deve ser justamente falta de aulas. E depressão por depressão, parece que ela é que vivia deprimida no Rio. Era uma incompreendida. Um passado de "feitos extraordinários" e nada de trabalho, apenas umas figurações. Aí, conseguiu emprego de diretora de escola em Pinhais e passou a ser lembrada novamente. Ela, ao que parece foi contratada por ter um currículo, que consta ter sido, no passado longíncuo, uma "bela" figurante em filmes de Glauber Rocha e peças no Teatro Oficina. De atriz à diretora de escola de cinema, esta senhora, deve estar pensando, que virou antropóloga. Ledo engano! O que ela precisa mesmo é de quem a compreenda. E talvez seja melhor deixá-la fazer figuração em novelas cariocas. Ela, pelo que sugere suas estúpidas opiniões, não aprendeu nada com Eugênio Kusnet e José Celso Martinez Côrrea. Será que a velha atriz velha está gagá? Que pena, ela poderia pelo menos ter aprendido o que é respeito!
Por outro lado, parece que a publicação das declarações da atriz gaúcha teria fins políticos. Reportagem da Rádio CBN Curitiba alerta que alguns alunos da "escola de cinema" estão reclamando que não foram ouvidos pela "Gazeta do Povo" (jornal que publicou as polêmicas declarações da atriz). Estes estariam se posicionando ao lado da declarações da diretora. Eles próprios concordam que os alunos são depressivos. Afirmam que um estudante ouvido pelo jornal não estuda lá já faz dois anos (Mas se a escola inaugurou justo em 2005!). Mas não dizem porque são depressivos, nem relacionam com seres descendentes das etnias ofendidas pela professora deles. Com uma situação dessas é de se pensar se realmente a atriz disse aquelas frases ao jornal? Ao se acreditar que a matéria foi forjada, ela teria objetivos nitidamente políticos, ou não? Será que estariam a "forasteira" como bode espiatório? Prefiro, acreditar como jornalista, que o repórter da Gazeta do Povo realmente ouviu as bobagens da atriz. Seja como for, outros estudantes da escola de cinema de Pinhais criaram uma comunidade no sitio "Orkut". Nela, denunciam irregularidades na escola dirigida pela atriz, que também é professora. Ela, assim como outros "especialistas" em cinema não estariam habilitados para a função acadêmica. Ainda segundo estes alunos, ninguém está disposto a se manifestar para a imprensa com medo de represálias da diretora Nandi, pois está pode prejudicá-los não só como estudantes, mas também no futuro quando eles forem profissionais.
Longe dos objetivos políticos que possam existir, a questão aqui se resume apenas ao desrespeito, preconceito e discriminação contidos nas frases da atriz e publicadas no jornal. Pois, em aceitando como verdadeiras as declarações não se pode aceitar, que uma diretora de uma unidade de ensino superior confunda cracoviano com etnia e que ignore por completo a importância dos imigrantes para o desenvolvimento cultural, educacional e sócio-econômico de Curitiba, do Paraná, do Sul do país e de todo Brasil. Se a "atriz" não sabe, ela deveria ter a informação, por exemplo, de que foram os alemães de Curitiba que trouxeram a árvore para comemorar o Natal em 25 de dezembro (quando a tradição portuguesa-espanhola, que havia antes, comemorava somente o "Dia de Santos-Reis, em 6 de janeiro); que foram os polacos a ensinar brasileiros a transportar erva-mate em carroções com cavalos e não em lombo de jumentos, ou carros de bois (como era antes); que foram Zaco do Paraná (polaco - escultor), Groff (alemão - cineasta), João Turin, Poty Lazarotto, Theodoro de Bona (italianos - artistas plásticos) Morozowicz (polaco - diretor de teatro, música e dança) e tantos outros que com cultura, alegria e felicidade, tornaram-se mestres de muitos artistas do Trópico de Capricórnio para cima. Vai ver que de tanto morar no Rio de Janeiro e São Paulo, a gaúcha acabou por não saber a importância que tem o Rio Grande do Sul para o cinema e as artes do Brasil.
P.S. se ela não disse nada disso, que sirva para outros que pensem assim, mas se foi já passou da hora dela ser demitida...e mais: ser impedida de voltar a morar no Rio e obrigada a passar o resto da vida dela em Curitiba, ou Pinhais...já que ali bem pertinho fica a casa grande de Piraquara.

domingo, 2 de setembro de 2007

O Wisła Kraków goleou

Quando ficar pronto, o estádio terá capacidade para 40 pessoas.

Na inaguração da segunda tribuna de seu estádio, o Wisła Kraków (pronuncia-se vissúa crácuf e se traduz Vístula Cracóvia) goleou o Lech Poznań (pronuncia-se lérrrehhh posnanh e se traduz L Posnania) por 4 a 2. Pela primeira vez, o estádio recebeu mais de 20 mil torcedores em sua história. A construção do estádio de Cracóvia é a que está mais adiantada para a Eurocopa 2012, os demais estádios das cidades escolhidas nem começaram as fundações e Cracóvia nem está na lista principal de sedes. A venda do ídolo Żurawski (pronuncia-se Jurávsqui) para o Celtic da Escócia e a constante troca de treinadores derrubaram o clube mais rico da Polônia para as posições intermediárias no campeonato do ano passado.
O brasileiro Jean Paulista, que andava na reserva meio desprestigiado pelo novo técnico Maciej Skorża (pronuncia-se Mátchiei Scoja), entrou e fez dois gols, Os outros foram do polaco Paweł Brożek (pronuncia-se Páveu Brojék). O também brasileiro, lateral-esquerdo Cleber entregou o ouro marcando contra, o segundo gol do Lech. Apesar da vitória o Wisła segue na segunda posição na tabela do campeonato, atrás do Legia Warszawa (pronuncia-se Léguia Varsóvia).

Szkoda: Não foi desta vez

Katarzyna Cichopek

E não deu para a musa morena da Polônia. A atriz Kasia Cichopek ficou em quarto lugar com seu parceiro Marcin Hakiel, no primeiro Eurovisão de Dança, ocorrido na noite deste sábado, nos estúdios da BBC, em Londres e transmitido para 15 países participantes. A Grécia, em função dos incêndios, que já mataram dezenas de pessoas, decidiu não transmitir o evento. Os vencedores foram os bailarinos profissionais da Finlândia, Jussi Vnnen e Katja Koukkula, seguidos pelos também bailarinos profissionais da Ucrânia, Ilyia Sydorenko e Julia Okropiridze, e dos irlandeses Mick Donegan e Nicola Byrne. Foram 16, os países participantes e apenas 4 deles não enviaram para o certame bailarinos profissionais. A Polônia com a atriz Kasia Cichopek, a Rússia com a jornalista Maria Sittel, Portugal com a apresentadora de TV Sónia Araújo e a Alemanha com a atriz Wolke Hegenbarth. Competição, portanto, desiquilibrada, mas Polônia e Portugal, mesmo assim fizeram bonito, ficaram em 4° e 6° lugares. A jornalista russa ficou em 7° e a atriz alemã em 8°. A votação dos melhores foi feita por telespectadores dos 16 países participantes. O combinado era que os representantes dos países deveriam ter sido os vencedores dos programas "Dança Comigo", que não são bailarinos profissionais, apenas pessoas famosas. No sistema de votação, um país não podia votar em seus próprios representantes. A dupla polaca foi bem votada na Alemanha, Ucrânia, Suécia, Austria, Inglaterra, Rússia, Dinamarca, Suíça e Espanha. Portugueses e finlandeses não votaram na morena polaca. Já a loira portuguesa conseguiu votos na Espanha, Alemanha, Holanda, Grécia, Rússia e Suíça. Cada dupla se apresentou duas vezes, Kasia e Marcin dançaram uma mistura de ritmos com Rumba e Samba, num mix de músicas com a canção ‘She Bangs’ de Ricky Martin. O resultado final ficou assim: 1° Finlândia, 2° Ucrânia, 3° Irlanda, 4° Polônia, 5° Áustria, 6° Portugal, 7° Rússia, 8° Alemanha, 9° Dinamarca, 10° Espanha, 11° Lituânia, 12° Holanda, 13° Grécia, 14° Suécia, 15° Inglaterra e 16° Suíça (que não obteve nenhum ponto).
Fotos da BBC. Na ordem:
no alto a esquerda - Finlândia - Jussi Vnnen e Katja Koukkula
no alto à direita - Polônia - Marcin Hakiel e Katarzyna Cichopek
no centro à direita - Rússia - Vladislav Borodinov e Maria Sittel
em baixo à esquerda - Portugal - Sónia Araújo e Ricardo Silva
em baixo à direita - Alemanha - Wolke Hegenbarth e Oliver Seefeldt

P.S. Szkoda (em polaco) significa, que pena!

sábado, 1 de setembro de 2007

Há 68 anos alemães invadiram a Polônia

Os poderosos tanques alemães são contidos por soldados polacos à cavalo

Com a presença do primeiro-ministro Jarosław Kaczyński e outras autoridades, a Polônia lembra hoje, os 68 anos da invasão alemã de primeiro de setembro de 1939. A cerimônia acontece em Westerplatte, na costa do Mar Báltico, Norte da Polônia. O sentido da comemoração é para recordar que a Polônia foi o primeiro país que ousou enfrentar Hitler e que suportou sozinha as forças inimigas durante 6 semanas, não só dos nazistas mas dos soviéticos, que duas semanas depois também invadiram as terras polacas. A França, por exemplo, com um exército muito maior e mais equipado sucumbiu em apenas duas semanas. A Polônia ao contrário nunca se entregou, pois basta lembrar o "Levante de 44" em Varsóvia para comprovar. Enquanto o povo lutava contra os nazistas, do outro lado do rio Vístula, os aliados russos apenas observavam e nada fizeram para impedir a devastação de Varsóvia.
O primeiro-ministro Kaczyński afirmou que, "Nós fomos os primeiros e nós devemos manter a lembrança, como se aquele tenha sido um dia de glória e grandeza de nossa nação", acrescentando que a atitude polaca naquele momento protegeu a Europa de maiores perdas e crueldades da guerra. Durante os 5 anos de guerra a Polônia perdeu seis milhões de pessoas, entre católicos, ciganos, protestantes e judeus.

Katyń de Andrzej Wajda


Um dos cartazes do próximo filme de Andrzej Wajda já está pronto. Katyń, com estréia marcada para dia 17 de setembro, no Festival de Cinema de Gydnia, foi produzido pela Akson Studio. Será lançado, portanto, na data que se comemora a invasão soviética da Polônia de 1939. Justo dezessete dias após a invasão nazista. O filme é o relato de um massacre mantido em segredo por mais de 60 anos. O roteiro do filme foi baseado no livro de Andrzej Mularczyk, que por sua vez conta a história de uma família, que em 1946, espera o retorno dos oficiais (que todos diziam estar aprisionados) da guerra terminada. Na história real, os russos, que se diziam aliados e defensores da Polônia contra Hitler assassinaram na localidade de Katyń (Rússia) metade do corpo de oficiais do exército da Polônia. Os russos soviéticos trucidaram 40 mil soldados polacos, entre marechais, generais, coronéis, majores capitães e tenentes sem dó, nem piedade. Stalin colocou a culpa nos nazistas... Mas nada como o tempo para desmentir os ditadores. O filme que custou 4 milhões de euros tem no elenco:

· Andrzej Chyra (como Andrzej) · Artur Żmijewski (como Artur) · Maja Ostaszewska (como Maja, esposa de Artur) · Wiktoria Gąsiewska (filha de Artur) · Władysław Kowalski (pai de Artur) · Maja Komorowska (mãe de Artur) · Jan Englert (General) · Danuta Stenka (esposa do General) · Agnieszka Kawiorska (filha do General) · Joanna Kawiorska (filha do General) · Stanisława Celińska (como Stasia, doméstica na casa do General) · Paweł Małaszyński (como Paweł, engenheiro, tenente-coronel-piloto) · Magdalena Cielecka (irmã de Paweł) · Agnieszka Glińska (irmã de Paweł) · Anna Radwan (como Anna, parente de Maja) · Antoni Pawlicki (como Antoni, filho de Anna) · Alicja Dąbrowska (atriz) · Jakub Przebindowski (padre vigário) · Krzysztof Globisz (médico) · Krzysztof Kolberger (professor de química) · Tadeusz Wojtych (como Karasia) · Jacek Braciak · Dorota Segda · Aleksander Fabisiak · Sebastiana Bezzel e · Waldemar Barwiński.

A melhor escola de cinema


Państwowa Wyższa Szkoła Filmowa, Telewizyjna i Teatralna im. Leona Schillera w Łodzi, ou Escola Superior Nacional de Cinema, Televisão e Teatro Leon Schiller de Łódź (pronuncia-se úudji) é talvez, senão, a mais conceituada universidade de cinema de todo o mundo. A indústria do cinema pode ser em Hollywood, ou Bolywood (Índia), mas escola mesmo é na Polônia. A escola foi criada logo apos o final da II Guerra Mundial em 8 de marco de 1946 e assumida pelo governo da Republica em 30 de junho de 1950. Não bastasse a quantidade de prêmios de seus alunos em festivais internacionais, foi aqui que estudaram os cineastas Andrzej WAJDA (pronuncia-se ândjei váida), Roman POLAŃSKI, Krzysztof KIEŚLOWSKI (kjichstóf quiéchlóvsqui) e Kazimierz KUTZ (cájimiéje), Krzysztof Zanussi e os diretores de fotografia Jerzy WÓJCIK (iéji vuitssik), Witold SOBOCIŃSKI (vitold sobotssinhsqui), Mieczysław JAHODA (miétchissúaf iarroda) e Wiesław ZDORT (viéssúaf). Somente estes receberam várias vezes Palma de Ouro de Cannes, Urso de Ouro de Berlim, Leão de Ouro de Veneza, Oscar de Hollywood, tornando o cinema polaco não só conhecido como importante em todo o mundo. Wajda já ganhava a Palma de Cannes em 1954 pelo seu clássico "Kanał" e em 1958, Roman Polański ganhava o prêmio pelo seu filme de estudante "Dwaj ludzie z szafą" no Festival de Cinema na Exposição Universal de Bruxelas EXPO-58. Outros alunos diretores premiados foram Witold Leszczyński com "Zywot Mateusza", "Konopielka", "Siekierezada", Jerzy Skolimowski com"Ręce do Góry", "Deep End", "The Shout", "Moonlighting", Krzysztof Zanussi com "Struktura Kryształu", "Iluminacja", "Barwy Ochronne", Krzysztof Kieślowski com "Podwójne Życie Weroniki", "Czerwony", "Niebieski", "Bialy", Marek Piwowski com "Rejs", "Przepraszam, czy tu biją", Wojciech Marczewski com "Zmory", "Dreszcze", "Ucieczka z Kina Wolność".
A escola oferece cursos de direção de cinema, televisão, teatro, ator, produção de cinema, produção de televisão, operador de câmera e montador. Os cursos duram em média 5 anos, mais um ano inicial de curso de idioma (para estudantes estrangeiros que optarem língua polaca). Os cursos de direção de cinema, televisão e/ou teatro, e de ator duram 5 anos, sendo 3 anos de licenciatura e dois anos de mestrado. O curso de câmera (cinegrafista de cinema e TV, direção de fotografia) dura 4 anos. Os cursos são grátis para estudantes polacos (que entretanto devem fazer exame de qualificação) e para estudantes estrangeiros custam: taxa de inscrição 200 dólares, mais curso de idioma polaco (1 ano) 3.000 dólares, além de 50.000 dólares para o período de 5 anos. Estudantes estrangeiros podem optar por fazer os cursos em polaco, ou inglês. Para os que optarem pelo polaco, devem fazer antes de iniciado o curso principal, um ano de idioma polaco. Para os que optarem pelo inglês é requisito apresentar certificado de proficiência (Cambridge, TOEFL etc). Para estudantes que tenham descendência polaca existem descontos nos valores dos cursos e mesmo bolsa integral, dependendo dos casos. Maiores informações podem ser obtidas através do telefone +48(42)63-45-820, ou no site http://www.filmschool.lodz.pl, nas versões em idioma polaco e inglês. O endereço é:

Państwowa Wyższa Szkoła Filmowa, Telewizyjna i Teatralna im. Leona Schillera
Łódź ul. Targowa 61/63
kod pocztowy: 90-323.

O maior ídolo polaco

Os polacos gostam de futebol? Adoram! Os polacos gostam de vôlei? Amam! Mas quem é o maior jogador de futebol polaco hoje? Polêmica! O maior jogador de vôlei? Polêmica! Mas então quem é o ídolo dos esportes na Polônia? Ah! Aí é fácil responder... o maior ídolo nacional atende pelo nome de Adam Małysz. Tanto, mas tanto que até criaram a palavra Małyszomania.

Fotos: Tadeusz Mieczyński

Também pudera, o atleta é insuperável. E o esporte que ele pratica é difícil, emocionante, perigoso e belo. Ele é saltador de esqui de longa distância. Detentor de vários recordes, ele é capaz de "voar" até 145 metros de distância. Quatro vezes campeão do mundo, tendo um tricampeonato seguido inédito na história deste esporte de inverno. Duas medalhas Olímpicas (Prata e bronze) 4 vezes campeão do Campeonato Mundial, quatro vezes campeão da Copa Mundial, recorde em 8 pistas de oito países. Ganhou em 38 provas, subiu ao pódio 74 vezes. Apenas o finlandês Matti Nykänen o supera em número de vitórias com 46 triunfos.
O polaco de Wisła (pequena cidade nas montanhas) do Sul da Polônia, nasceu em 03 de dezembro ( a mesma data do meu aniversário). Foi lá mesmo que começou a saltar aos seis anos de idade. Não parou mais, pois foi 17 vezes campeão da Polônia. Małysz por seus feitos extraordinários na história do país e deste esporte, foi eleito três vezes o "Melhor Esportista do Ano", na Polônia e recebeu do governo a condecoração de Cavaleiro da Cruz Komandorski da ordem "Orderu Odrodzenia Polski".

Quando vieres a Polônia, entao, já sabes, nada de comprar camisetas do "Legia Warszawa", "Wisła Kraków", "Zagłębia Lublin" (campeão 2006-2007) ou das seleções de futebol, ou vôlei... a camisa adequada é a de Adam Małysz.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A voz da ignorância

Não poderia deixar de transcrever aqui, trechos da coluna de Dante Mendonça, do jornal O Estado do Paraná, sobre as bobagens que uma "antiga atriz do cinema novo", atualmente travestida de diretora de um escola de cinema em Curitiba, andou falando dias atrás.... leiam só:

"Eu jamais vi um estado coberto de maior terror do que o Paraná. Os meus alunos, a maioria deles, têm depressão. E depressão é fascismo. Portanto, há repressão nesse estado, em todas as partes.”
Íttala Nandi, atriz e coordenadora da Escola Sul-Americana de Cinema e Televisão de Curitiba, concedeu entrevista ao repórter Caio Castro Lima, do jornal "Gazeta do Povo", onde comprovou a velha teoria de que um idiota sempre encontra um idiota ainda maior para admirá-lo.Digamos que Íttala Nandi não é uma idiota, ela apenas não consegue se expressar a contento sem antes decorar o texto. O que a aproxima de um perfeito idiota é a rasura das idéias. Como se o caldo da cultura paranaense fosse servido num prato tão raso quanto o palavrório da bela senhora: “O Paraná é colonizado pelos segmentos sociais do mundo mais repressores, que são os poloneses, alemães, italianos e cracovianos”.
Cracovianos? No Paraná, Íttala não foi apresentada ainda aos ucranianos, japoneses, árabes, russos, mineiros, paulistas, cariocas, nordestinos, catarinas e gaúchos, como a própria.Assim é o Paraná: “Inimigo de gestos espetaculares e das expansões temperamentais, despojado de adornos, sua história é a de uma construção modesta e sólida e tão profundamente brasileira que pôde, sem alardes, impor o predomínio de uma idéia nacional a tantas culturas antagônicas” (Wilson Martins)."


Meu caro Dante, será que não seria o caso de denuncia-la pela Lei Afonso Arinos? Sim, por que a lei não é só pra defender negros, também é para por na cadeia quem discrimina brancos e etnias formadoras do Brasil. De onde mesmo que é essa senhora? Tem certeza que ela nasceu? Mas não é a primeira vez que inventam para dirigir órgãos culturais do Paraná estes artistas canastrões do eixo Rio-São Paulo, lembra-se de José Loureiro, que esteve na Fundação teatro Guaíra?
Pior de tudo é que a "Santa do pau-oco de Glauber Rocha", é gaúcha e nem sabe que o maior cineasta da Europa do Leste é justamente de Cracóvia e atende pelo nome de Andrzej Wajda. (vai ver a velhota pronuncia o nome dele como vagída) quando o correto é Váida. E depois ainda ela é diretora de uma escola de cinema. Diz para ela que a mais conceituada universidade de cinema do mundo fica justamente na Polônia, em Łódź ( é úudji, que se pronuncia, viu....e não lódes), onde se formaram nada menos que o próprio Wajda (Palma de Ouro de Cannes; Leão de Ouro em Veneza; Urso de Ouro em Berlim; e Oscar de Honra de Hollywood), Polański e Kieślowski. Ah. sim...o nome da escola superior de cinema polaca, chama-se Państwowa Wyższa Szkoła Filmowa (Łódź), e o sitio pode ser acessado em http://www.filmschool.lodz.pl/index.htm

Acusados de corrupção são presos

Janusz Kaczmarek, Ministro do Interior e Administração da Polônia até primeiro de agosto último, foi detido pela polícia, nesta quinta-feira, acusado de estar envolvido em corrupção. O promotor de justiça Dariusz Barski ,encarregado do caso, disse que o ex-Ministro, até o momento, negou-se a responder qualquer pergunta. Seja como for, o promotor continuará os interrogatórios com os demais envolvidos, que são, o ex-comandante da polícia, Konrad Kornatowski e Jaromir Netzel, presidente da Companhia Pública de Seguros Polaca - PZU, presos ontem também. Já foi expedida ordem de prisão para um dos empresários mais ricos da Polônia, Ryszard Krauze, acusado de estar envolvimento no mesmo caso.
Kaczmarek, que já foi promotor regional em Gdańsk (pronuncia-se gdanhsk) e promotor da República, tem alguns livros editados. Na década de 80, ainda durante o comunismo, fez parte da Związku Socjalistycznej Młodzieży Polskiej, ou "Liga dos Jovens Socialistas Polacos" (era portanto de esquerda naquela época), mas fazia parte agora do governo de extrema direita do Presidente Lech Kaczyński. Kaczmarek foi preso às 7 horas da manhã, na casa do diretor de cinema Sylwester Latkowski.

A bela polaca morena

Katarzyna Cichopek

Foto: divulgação de telenovela
Há muitos anos as televisões da Europa promovem uma competição para escolher o (a) melhor intérprete de música do velho continente. Este ano, após o sucesso do programa "Dança Comigo" que tomou conta das televisões dos países europeus (na primeira edição do programa na Espanha, venceu a brasileira Milene - jogadora de futebol e ex-esposa de Ronaldo, O Fenômeno) será realizado o Festival Eurovisão de Dança.

Com transmissão para toda a Europa, neste sábado, 1° de setembro, desde Londres, 19 horas (GMT), 16 pares de estrelas representando as televisões de seus respectivos países dançarão ritmos de todo o mundo. Artistas conhecidos (mas não dançarinos) de Áustria (TV ORF), Dinamarca (TV DR), Finlândia (TV YLE), Alemanha (TV ARD/WDR), Grécia (TV ERT), Irlanda (TV RTE), Lituânia (TV LRT), Holanda (TV NPO/TROS), Polônia (TV TVP), Portugal (TV RTP), Rússia (TV RTR), Espanha (TV TVE), Súecia (TV TV4), Suíça (TV SRG-SSR), Ucrânia (TV NTU), Grã-Bretanha (TV BBC) tentarão o título de melhor dançarino da Europa.

A representante da Polônia, é a atriz Kasia Cichopek (pronuncia-se cáchia Tssirrópék), ganhadora da versão polaca do "Dança Comigo". Famosa por sua atuação em novelas e filmes, ela arrasou na final do ano passado, dançando vários ritmos de forma extraordinária. Neste sábado, em Londres, Kasia (diminutivo de Katarzyna) vai estar acompanhada do bailarino Marcin Hakiel. Aqui neste vídeo, ela faz o público masculino suspirar e causa inveja nas belas polacas. O vídeo é em uma das eliminatórias de "Tańca z gwiazdami".

Ah! estes olhos verdes

Foto: de um apaixonado

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Eles não sabiam

Quando o Papa João Paulo II morreu fui contratado pela TV Bandeirantes e jornal O Estado de São Paulo, para direto de Cracóvia contar como os polacos reagiam a morte de Karol Wojtyła (pronuncia-se cárou voitiúa). Esta foi uma das reportagens que mais repercussão teve no Brasil, naqueles dias de tristeza e comoção. O Mosteiro de Kamedłów (pronuncia-se cameduúf), localizado a 8 km do centro de Cracóvia, no Parque Wolski, é um dos dois únicos no mundo, onde os monges vivem em total clausura.

Judeus no Paraná

O livro já foi lançado em Rolandia e São Paulo. Neste 4 de setembro será a vez de Curitiba.

O livro traz algumas das histórias que coloriam a vida do grupo de refugiados judeus que encontrou abrigo na terra vermelha do norte do Paraná, nas décadas de 30 e 40 – quando toda aquela região ainda era uma selva. São histórias de resistência contadas no romance histórico A Travessia da Terra Vermelha – Uma saga dos refugiados judeus no Brasil, escrito por Lucius de Mello e editado pela Novo Século, que justifica o livro dizendo que, “Ao vasculhar as memórias desses refugiados fui tocado por um passado vivo que nos remete ao Holocausto enquanto fenômeno político e crime contra a Humanidade.”
O livro, na verdade uma tese de mestrado do jornalista de Foz de Iguaçu, Lucius Flavius de Mello conta não só a saga dos refugiados judeus no Brasil, mas também a de famílias alemãs, judias e cristãs, que fundaram a cidade de Rolândia.

Lucius Flavius foi companheiro de palco na peça "O Eucalipto e os Porcos" de Hugo Mengarelli e colega de redação na antiga TV Machete, em Curitiba. Na seqüencia, ele foi para São Paulo, trabalhar na TV Globo e se tornou o repórter Lucius de Mello. Algum tempo atrás se transformou num escritor de talento. Este é seu terceiro livro, o primeiro foi "Um violino para os gatos", seguido de "Eny e o Grande Bordel Brasileiro" .

A seção de autógrafos será às 19:00 horas, terça-feira, na LIVRARIA CURITIBA DO SHOPPING BARIGUI.

Música polaca em São Paulo

O Consulado Geral da República da Polônia em São Paulo informa que, no dia 31 de agosto de 2007, 6a. feira próxima, às 20:00 hs na Associação Brasileira de Cultura Inglesa - Unidade de Santo André, o "Coral Polonês da Cidade de São Paulo" estará participando do "Encontro de Corais" apresentando um repertório composto apenas de canções polacas. Aqueles que desejam relembrar ou ter um primeiro contato com um pouco da cultura polaca podem assistir a apresentação na Rua das Esmeraldas, 140 - Bairro Jardim Santo André, na cidade de Santo André, no Grande ABC Paulista.

Imagens de Cracóvia



O vídeo, em inglês tem 8 min. Vale pelas imagens e edição dinâmica.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Kiev já foi polaca


No mapa, as antigas dimensões da voivodia (província) da MałoPoska (pequena Polônia), cuja capital é Cracóvia. O mapa é de 1635, quando a Polônia fazia parte da União Polônia-Lituânia e era o maior Reino da Europa. A atual capital da Ucrânia Kijów (Kiev) era cidade da província de Cracóvia. Esta situação geopolítica se manteve até 1795, quando o território da Polônia foi invadido e esfacelado pelas potências vizinhas. Nesta antiga região sempre viveram polacos, com minorias de rutenos (antigos ucranianos) cossacos e outros povos, súditos dos reis polacos. Depois da partilha, por 127 anos, até 1918 (a Polônia perdeu as terras em torno de Kiev, mas manteve Lwów - Lviv) até 1939) a região continuou habitada por polacos e daí saíram vários grupos de imigrantes para o Brasil. Neste período de 127 anos, parte desta região ficou em mãos dos russos (Kiev, por exemplo) e parte mais ao Sul, em mãos dos austro-húngaros, com o nome de Galícia.
P.S. no mapa MałoPolska de 1635 é o território em vermelho

Axé na Polônia

Adriana e André são dois brasileiros que chegaram em Varsóvia há algum tempo. Adriana mais precisamente há nove anos. Ela como sambista e ele no pandeiro montaram o grupo Axé-Brasil e com mais 3 brasileiras e algumas loiras polacas, fazem a festa por aqui. Presença obrigatória nos programas de TV quando o tema é cultura brasileira, os dois têm se apresentado em várias cidades da Polônia.