quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Orgulho polaco em Dublin

Pela primeira vez, Dublin recebe uma grande exposição de artistas polacos. São 74 obras da pintura polaca dos séculos 19 e 20. Os quadros reunidos fazem parte dos acervos dos museus nacionais Varsóvia, Cracóvia, Tatrzański e de colecionadores privados. Divididos em três seções, fazem parte as obras "Stańczyk" de Jan Matejko, "Szał" de Władysław Podkowiński, "Opętanie" de Wojciech Weiss, "Śmierć" de Jacek Malczewski, "Kuropatwy" de Józef Chełmoński, "Korowód dziecięcy" de Witold Wojtkiewicz e "Dziwny ogród" de Józef Mehoffer. Na segunda seção: "Spotkania pokoleń" de Witkiewicz (pai e filho) e também de Jacek i Rafał Malczewski (pai e filho), de Tadeusz i Karol Stryjeński (pai e filho). E do período entre guerras, pode-se ver: Eugeniusz Zak, Tytus Czyżewski, Zbigniew Pronaszki, Henryka Stażewski e Henryk Berlewi. A obra que está servindo de propaganda e anúncio da exposição é o quadro art déco, "Znużenie" de Tamara Łempicka, vendido em 1927. Tamara fez muito sucesso em Paris e Estados Unidos. A exposição "Paintings from Poland. Symbolizm to Modern Art (1880-1939)", está aberta ao público na Galeria Nacional da Irlanda, em Ireland, Dublin, até 27 de janeiro de 2008. Os organizadores são o "Muzeum Narodowe w Warszawie" e o Instituto Adam Mickiewicz. Entrada franca. Esta aí uma boa idéia para a nova Cônsul da Polônia em Curitiba!!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Resultado oficial das eleições

A comissão governamental das eleições apresentou, nesta terça-feira, os resultados finais e oficiais das eleições parlamentares realizadas no domingo, 21 de outubro. Compareceram 53,88% dos eleitores, ou quase 16,5 milhões de polacos. Segundo a Comissão, este foi o maior comparecimento deste 1989, quando das primeiras eleições depois da queda do comunismo. O partido vencedor foi o PO - Platforma Obywatelska (plataforma da cidadania) com 41,51%. Na seqüência, os partidos mais votados foram: PiS - Prawo i Sprawiedliwości (Lei e Justiça) com 32,11%, LiD - Lewicy i Democratów (Esquerdistas e Democratas) 13,15%, PSL - Polskie Stronnictwo Ludowe (Partido do Povo Polaco) 9,91%, Samoobrona (Autodefesa) 1,53%, LPR - Liga Polskie Rodzina (Liga da Família Polaca) 1,3% e Mniejszość Niemiecka (Minoria Alemã) 1%. Em relação aos assentos na Câmara (Sejm), o PO terá 209 deputados, o PiS 166, o LíD 53, o PSL 31 e a Minoria Alemã 1 deputado. No Senado o PO conquistou 60 cadeiras, o PiS 39 e uma, Włodzimierz Cimoszewicz, ministro das relações exteriores do ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, com sua candidatura independente. O PO conseguiu mais de 50% dos votos em cinco grandes cidades: Poznań, Gdańsk, Warszawa, Wrocław e Gdynia e mais de 40% em outras 19 localidades. Seu pior resultado foi em Chełm, onde atingiu apenas 24,09%. O PO foi o mais votado na região Oeste do país e nas grandes cidades. Ja o PiS teve seu melhor desempenho em Nowy Sącz com 51,35% e cidades do Leste da Polônia. Os dois partidos de extrema-direita Samoobrona e LPR perderam seus mandatos no novo parlamento. Desta forma, os controvertidos Andrzej Lepper e Roman Giertych (LPR e ex-ministro da educação) voltam para casa mais cedo. Lepper, que teve apenas 8459 votos (dois anos atrás teve mais de 33.500), deve também deixar a presidência do Samoobrona. Outro que perderá o posto é o gêmeo Jarosław Kaczyński, que deixará de ser o primeiro-ministro. Porém, não volta pra casa, pois continuará sendo deputado. Desde já, Donald Tusk do PO é candidato ao cargo de primeiro-ministro e terá como adversário na disputa Waldemar Pawlak do PSL, que conseguiu individualmente expressiva votação.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Centro-direita virtual vencedor

Donald Tusk comemora vitória. Foto AFP

Jarosław Kaczyński (iarossuaf catchinhski) não esperou pelo resultado das eleições deste domingo para reconhecer que foi derrotado. Embora a comissão eleitoral só vá apresentar a lista dos vencedores nesta terça-feira, o primeiro-ministro admitiu a vitória do partido de Plataforma da Cidadania (PO - Platforma Obywateska).
O PiS (Prawo i Sprawiedliwości - Lei e Justiça) partido dos gêmeos Kaczyński, segundo as pesquisas de boca-de-urna conseguiu 31% dos votos, enquanto o PO fez 44%. O comparecimento de 55% dos eleitores foi um dos mais altos desde 1989. As eleições foram realizadas dois anos antes do previsto, forçadas pela ruptura da coalizão de direita comandada pelo gêmeo primeiro-ministro, depois de escândalos sexuais e de corrupção envolvendo membros dos partidos aliados. Os polacos elegeram 460 deputados para o Sejm e 100 senadores. O partido vencedor tem em seu plano de governo acabar com o Senado da República. Com eles no governo, o futuro dirá se realmente o PO vai acabar com o Senado. Se Kaczyński está mais à direita, Tusk não está muito distante: é centro direita. Ambos são conservadores, retrógrados e fervorosos católicos apostólicos romanos. Na questão econômica, talvez, eles tenham suas diferenças, pois enquanto Kaczyński é nacionalista, Tusk é liberal e acredita que um país deve ser ter um Estado mínimo para que os empresários possam especular sem rédeas. Até agora, o governo dos gêmeos fez uma caçada aos ex-dirigentes da época comunista e causou uma série de atritos na União Européia. Já o liberal PO promete não ser o "patinho feio" da Europa unida e mandar de volta pra casa os 900 soldados enviados para a invasão do Iraque pelo ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, um dos líderes da esquerda que ainda restou na Polônia. Aliás, seria bom um estudo sobre o comunismo na Polônia, pois a cada dia que passa fica evidente que o sistema teve tudo, menos uma coloração esquerdista. Incoerência? Talvez, mas como a igreja católica sobreviveu num Estado ateu é a pergunta que os teóricos do Ocidente ainda não conseguiram responder.

domingo, 21 de outubro de 2007

Polacos vão às urnas

Desde as 6.00 horas da manhã deste domingo, 21 de outubro, os polacos estão indo às urnas para eleger os novos deputados e senadores do país. Os postos de votação funcionarão até às 20 horas. São 25 mil urnas em todo país. No exterior, o local de maior número de votantes foi Chicago, nos Estados Unidos, onde 10 mil compareceram ontem no consulado polaco da cidade. São esperados mais de 30 milhões de polacos em copndições de votar. Nos postos, na Polônia basta apresentar o documento um identidade com foto. Nos consulados espalhados pelos cinco continentes, aqueles que possuem dupla cidadania, devem apresentar o passaporte polaco. Estão aptos a votar todos aqueles que no dia de hoje já têm 18 anos completos. O voto não é obrigatório, assim a luta dos candidatos, além do voto é conseguir que os eleitores compareção para votar. A freqüência dos eleitores, nas eleições parlamentares vem caíndo significativamente. Na primeira eleição, em 1989, compareceu 63% das pessoas e em 2005, apenas 40,5% do eleitorado. Na Polônia, o comparecimento dos eleitores está 30% menor que os demais países da Europa Ocidental e países da região. Neste ano, na França, para as eleições presidenciais votou 86% dos eleitores, na Irlanda o percentual foi de 63% e na Alemanha quase 78%. Nas últimas eleições na Hungria e na Estonia compareceu mais de 70% dos eleitores. A comissão eleitoral está prevendo o anúncio dos resultados para a tarde da próxima terça-feira.
Por enquanto, é possível saber apenas como os polacos vão votar, através das pesquisas de opinião. Em três delas, o PO-Platforma Obywatelska (plataforma da Cidadania) do líder Donald Tusk está na frente. Na pesquisa da TVP -Televisão Polaca os índices apontam 47% para o PO e 30% para o PiS - Prawo i Sprawiedliwości (Direito e Justiça) dos gêmeos Kaczyński. Dos demais partidos o LiD Lewicy i Democratów (Esquerdas e Democratas)é o que aparece com melhor índice: 12%. Na pesquisa do jornal "Rzeczpospolita", PO tem 35% e o PiS outros 29%. E para o PGB - Grupo de Pesquisa Polaca, o PO tem 35% dos votos, contra 31% do PiS - 31%. O partido LiD tem 17%.

PRINCIPAIS PARTIDOS


O partido do Presidente Lech Kaczyński nasceu em 2001 e reflete os ideais dos conservadores, católicos e ultra-nacionalistas. Sua proximidade a Lech Wałęsa, valeu-lhe a si e ao seu irmão gêmeo Jarosław lugares destacados no primeiro governo após a queda do regime comunista. As suas posições radicais e de erradicação dos símbolos do comunismo lhes valeu, contudo, o afastamento e a perda da confiança de Lech Wałęsa.

O partido de Donald Tusk também foi criado em 2001. O Plataforma da Cidadania defende a econômia liberal. Suas propostas econômicas são no sentido de baixar os impostos e introduzir o imposto linear (em polaco "podatek liniowy"). Quer extinguir o Senado e diminuir a burocracia. Postula a luta contra a corrupção e a delinqüência. O partido apoia a integração total com a UE. Mas está de acordo com o PiS quando se opõe a eutanásia, matrimônio homosexual e a legalização das drogas.

Já a aliança de esquerda LiD é liderado pelo jovem deputado Wojciech Olejniczak. Compõe a coalização, o Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD, principal partido da social democracia na Polônia. O SLD Foi fundado em 15 de abril de 1999. A maior parte de seus membros foram do SdRP (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej - Social democracia da República da Polônia). O SdRP e outros partidos socialistas e social democratas formaram uma coalizão de esquerdas chamado SLiD. Em 1999, a coalizão se converteu em partido. Formavam parte antigos membros do PZPR (Polska Zjednoczona Partia Robotnicza - Partido Unido dos Trabalhadores Polacos, que governou a Polônia antes de 1989. O PZPR foi um partido comunista, mas hoje o SLD é um partido social democrata. Uma coalizão entre SLD e o PSL governou a Polônia entre 1993 e 1997. Seu maior representante atualmente é o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (presidente reeleito entre 1995 - 2005) que foi dirigente e um dos fundadores do Partido Social Democrata (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej), sucessor do Sindicato dos Trabalhadores Polacos e posteriormente do Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD. É filiado a Internacional Socialista, da qual fez parte o brasileiro Leonel Brizola.

sábado, 20 de outubro de 2007

Mais de um milhão de polacos na Grã-Bretanha

Foto de Jonathan Player/The New York Times.
Banda de "post-punk" em apresentação no "Polish Cultural Institute" de Londres.
O jornal New York Times, em seu portal na Internet, apresenta uma seqüência de fotos sobre a comunidade polaca em Londres. A apresentação diz que desde 2004, quando a Polônia entrou na União Européia, a Grã-Bretanha foi a primeira nação a abrir as portas do mercado de trabalho aos polacos. Segundo o jornal já são mais de 1 milhão e 100 mil imigrantes, em sua maioria jovens, que se transformaram em trabalhadores e pequenos proprietários de merceárias, de tendas de feiras, de bares, a coreógrafos e grupos de música. Tudo o que de melhor a Polônia produz pode ser encontrado em Londres, como as famosas "kielbasa" (linguiça) de Cracóvia. No link abaixo é possível ver como os polacos se transformaram no terceiro maior grupo de imigrantes do reino inglês. Nesta semana, "The Home Office" estimou que a imigração aumentou em £6 bilhões de libras esterlinas (ou $12.3 bilhões de dólares) a economia do país no último ano. De acordo com David Blanchflower do "The Bank of England’s monetary policy committee", a imigração do Leste europeu também reduziu a pressão inglacionária pelo aumento dos serviços e mercadorias. Os que se opõem a esta imigração argumentam que em média os polacos recebem £7.30 libras esterlinas por hora, enquanto os britânicos recebem £11.10 libras esterlinas por hora, citando um relatório do "Institute for Public Policy Research". Mas os imigrantes polacos já estão reagindo a esta situação, são muito os que rejeitam o baixos salários e exigem, tal qual rezam os protocolos da União Européia, os mesmos benefícios sociais dos britânicos, que são bem melhores que os da Polônia.

A matéria completa pode ser acessada no site do próprio jornal Norte-americano em:
Talvez, por isso, em sentido inverso, os ingleses já são o maior grupo de turistas a visitar a Polônia. Cracóvia recebe a cada fim de semana, jovens ingleses ávidos para saber onde se pode encontrar as belas moças polacas. Eles chegam em vôos fretados e nas companhias aéreas de baixo custo e passam as noites de discoteca em discoteca, bebendo e bebendo. Quanto às belas polacas, elas preferem os latinos. Sonham com Equador, México, Colômbia, Caribe e claro com o Brasil.

Ataque do inverno na Polônia

Manhã de neve em Zakopane
Isto ainda não é o inverno. Foi a manchete dos principais jornais da Polônia neste sábado. Mesmo com os 15 cm de neve que caiu durante a noite na cadeia de montanhas Tatras ao Sul do país. Durante toda esta noite também na região Podhalu caiu neve. Em Kasprów Wierch caiu 25 cm de neve e a temperatura desceu a 7 negativos. Em Zakopane, a temperatura de zero grau e a neve deixaram a cidade completamente branca. Em Cracóvia, era 01.23 da madrugada, quando aquilo que parecia ser uma garoa fina foi engrossando e os pingos foram ficando brancos. Era a neve que estava caindo! O termômetro marcava zero graus. A medida que se deslocava para os bairros, os flocos de neve iam ficando maiores e sob os carros ia se formando uma camada branca de neve. A televisão, na manhã deste sábado, noticiava o primeiro ataque do inverno, mas ponderava que ainda é outono, e apesar do branco nos Tatras, a temperatura no restante do país ainda se manterá nos 6 a 8 graus positivos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Nasce novo tratado na Europa

Os portugueses José Manuel Durão (presidente da Comissão Européia) e José Sócrates (presidente de turno da União Européia)
Os presidentes e primeiro-ministros dos 27 países da União Européia chegaram a um acordo sobre a reforma da União Europeia que substitui a fracassada "Constituição Européia", rechaçada há dois anos por holandeses e franceses. Depois de quase sete anos de intensas discussões, o documento, que vai se chamar "Tratado de Lisboa", só foi possível depois de ultrapassadas as questões levantadas pela Polônia e Itália. Entraves que a diplomacia portuguesa conseguiu transpor e contabiliza como vitória sua. O texto final vai ser assinado na capital portuguesa, no dia 13 de Dezembro, às 11h00. Depois se iniciará o processo de ratificação nos Estados membros. Na verdade, o acordo se pautou em três pontos principais. Foi concedido a Itália mais um eurodeputado e ela terá assim o mesmo número de parlamentares que a Inglaterra, mas ainda menos que França (o novo Parlamento terá 750 deputados, além do presidente); O atual responsável pelas relações exterior da UE , Javier Solana, assumirá dupla função, será vice-presidente da Comissão Européia e Alto-representante da União, além de secretário do Conselho; E a Polônia cedeu em suas pretensões originais, mas garantiu um lugar no Tribunal Europeu, além de um protocolo que permite poder de bloqueio aos assuntos que lhe afete. O jornal francês "Le Figaro", apesar da hora em que se chegou ao acordo, 2 horas da madrugada desta sexta-feira, teve tempo para sair às ruas, hoje de manhã, dizendo que o tratado foi redigido de forma a poder ser ratificado sem referendo e que mantém muitas das inovações que figuravam no tratado constitucional de 2005, rejeitado por franceses e holandeses. Contudo, escreve o "Le Fígaro", o acordo "evita a palavra Constituição e suprime tudo o que possa dar à União Europeia a aparência de um super-Estado". Com exceção dos jornais belgas, quase todos os outros conseguiram estampar a "Vitória da Europa". "Portugal está feliz que tenhamos conseguir chegar a um acordo sobre o futuro da Europa", concluiu o primeiro-ministro português e presidente de turno da União Européia, o socialista José Socrates.

Samba em Cracóvia

Neste sábado, o paranaense Edilson Ribeiro de Lima, acompanhado dos polacos Robert Jażdżewski e Jola Guzera voltam a agitar a noite de Cracóvia. Desta vez é no Klub Rotunda, na ulica Oleandry, nr 1. Com muito samba e ritmos latinos, Edilson e seus pares comanda uma apresentação-aula com muito karaoke e trajes de fantasia. Edilson estudou fisioterapia e reabilitação através do movimento, na AWF, de Cracóvia. Professor de aeróbica e fisioterapeuta, há cinco anos leciona e dança na "Scena Tańca Współczesnego" e há 3 anos é dançarino do grupo "Krasz". Também já fez preparação corporal de artistas no cinema e teatro. Na televisão, atuou no programa da TVN com Zbigniewa Wodecki - "Twoja Droga do gwiazd". Ensina em várias cidades da Polônia Funk, Samba, Bossa Nova e Yoga. Já o polaco, Robert Jażdżewski éprofessor de dança de salão e clássica há 10 anos. No início de sua carreira fez parte do grupo „United Breakers”, que se apresentava com hip hop e funk. atualmente é coreógrafo também dos programas de TV, "Video Clip Dance", "Latino" e "MTV Dance". Em 2006, conquistou o título de o mais „popular Instrutor do ano”.
Enquanto ao clube o "Rotunda", pode-se afimar categoricamente que é o maior espaço para se dançar de Cracóvia. A cidade já é a maior concentração de discotecas e bares dançantes da Europa Central. Com dois ambientes bastante grandes, o Rotunda se transforma de sala de cinema, teatro a um grande espaço para espetáculos e concertos de música. Nos próximos meses, a comunidade brasileira (bastante pequena em Cracóvia) já acertou com a direção do Clube, promover a "Noite do Samba", uma vez por mês. A primeira será em novembro e depois na passagem do Ano Novo, "Noite de Iemanjá". E como não poderia deixar de ser, em fevereiro quando rufarem os tambores nas ruas do Brasil, no Rotunda acontecerá o primeiro carnaval brasileiro da cidade. No Salão, muito samba, carnaval e nos telões espalhados do Rotunda, transmissão ao vivo dos carnavais da Marques de Sapucaí, Salvador e Recife.

Eleições para mudar?

O jornal "Metro" distribuido gratuitamente nas ruas, principalmente nos pontos de ônibus, bondes e estações, todas as manhãs traz na edição desta sexta-feira, em sua primeira capa, uma convocação para as eleições do próximo domingo dia 21 de outubro: Na grande foto, da via pública, a mensagem: "tens tempo das 06 às 20 horas, quase todo o domingo, 21 de outubro. Tens chance de mudar a Polônia para melhor. Não desista de seu direito de decidir sobre isto, como irá parecer sua vida. Vá nas eleições!". TUA ESCOLHA

As eleições deste domingo são parlamentares e ocorrem depois da dissolução do parlamento polaco, no último mês de agosto. O governo dos gêmeos Kaczyński não tinham mais como levar adiante sua administração depois do rompimento da coalização de direita que os sustentava. Apesar de ser uma eleição antecipada para renovar a câmara dos deputados e o Senado, o que tem se visto nas últimas semanas é uma verdadeira campanha presidencial, pois vários foram os debates na televisão com os nomes que normalmente estariam disputando a presidência da República e não uma cadeira no Congresso. De um lado, o primeiro-ministro Jarosłam Kaczyński (iarossuaf catchinhski) do partido da situação e do outro, o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (kwachniévsqui) e o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Donald Tusk. A dois dias das eleições, o oposicionista Tusk está levando seu partido PO- Partido da Cidadania a conquistar a maioria das cadeiras no Parlamento. Mas pesquisa de opinião na Polônia, parece não combinar com a área rural, pois quando Tusk perdeu a presidência para o outro gêmeo Lech Kaczyński (lerrhhh catchinhsqui) as pesquisas o davam como vencedor. Porém, abertas as urnas, os camponeses tinham decretado sua derrota.

P.S. Assistindo a RTPI -Televisão Portuguesa sobre estas eleições, deu para perceber como um enviado especial, que não domina a língua do país que está reportando, pode incorrer em erro. O repórter português colocou num mesmo saco conservador, Tusk e Kaczyński, separando-os de Kwaśniewski, que para ele seria de esquerda. Muito pelo contrário: o que o dia-a-dia da política e os debates demonstraram é que se Kaczyński é representante exaltado do conservadorismo, Tusk é progressista. Além do que ele escorregou feio na pronúncia dos nomes polacos. E era tão fácil, bastava ouvir a intérprete polaca que o auxiliou. Porque mesmo falando em inglês, os polacos pronunciam seus nomes e sobrenomes em polaco.

Terra vermelha repercute nos EUA

O jornalista Lucius de Mello, que recentemente lançou em Curitiba e Florianópolis, o livro "Travessia da Terra Vermelha" está repercutindo além fronteiras. O jornal "Epoch Times", sediado em Nova Iorque e Los Angeles, está publicando em série, uma entrevista com o autor do livro sobre a colonização da cidade de Rolândia, por judeus, vindos da Alemanha. Na entrevista, Lucius conta, que nasceu em Bariri e não em Foz do Iguaçu, como muitos pensavam. Que seu desejo de ser escritor vem desde que começou a vasculhar a biblioteca de seu avô. e que escreveu um primeiro livro aos 12 anos de idade. Fazer o curso de jornalismo na Universidade Federal do Paraná e atuar em teatro de Curitiba, além dos 14 anos como repórter de TV, foram apenas fases para amadurecer a carreira de escritor. Antes da saga dos judeus de Rolândia, ela já havia escrito "Eny e o Grande Bordel Brasileiro" e "Um Violino para os Gatos". A entrevista (em inglês) pode ser acessada em:

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

100% POLACO

O cantor da banda Coração Nativo, Otacilio Drutchaiki incansável em sua defesa das tradições polacas no Sul do Brasil, lançou a marca 100% Polaco e a divulga em todas as festas e bailes onde se apresenta. Otacilio tenta assim concientizar aquelas pessoas que insistem em manter o pejorativo do termo Polaco. Sim! Porque estas pessoas ao criticarem, ao tentarem impedir aqueles que preferem o correto vocábulo em língua portuguesa - POLACO - e fazer de tudo para impor o termo Polonês, estão na verdade discriminando, da mesma forma que pretendem ao se proteger do mau uso da palavra Polaco, em décadas passadas.


Lisboa sedia encontro de presidentes

Pavilhão Atlântico, nas margens do Rio Tejo, em Lisboa
A imprensa européia destaca, hoje, em todos os seus jornais, rádios e telejornais a grande conferência de líderes dos 27 países membros da União Européia que está acontecendo em Lisboa. E todos são unânimes em voltar suas atenções para os gêmeos polacos. Segundo o jornal "Público" de Portugal, Os irmãos Kaczyński, Presidente e primeiro-ministro da Polónia, voltaram a admitir a possibilidade de bloquear um acordo sobre o tratado europeu na cimeira de Lisboa, insistindo na satisfação de todas as reivindicações do país. Apesar das reticências polacas, a maioria dos líderes europeus acredita que será possível um consenso na reunião que começa esta tarde.“Não queremos mais nada do que aquilo a que temos direito”, afirmou o Presidente Lech Kaczynski, numa entrevista à rádio pública polaca antes de partir para Lisboa. Questionado sobre a possibilidade de os parceiros europeus não aceitarem as exigências de Varsóvia, o chefe de Estado respondeu: “então, teremos de adiar a discussão”.A Polónia, um dos países que mais obstáculos tem levantado ao novo tratado, exige que o texto definitivo – que a presidência portuguesa espera aprovar em Lisboa – consagre o compromisso de Ioannina, uma cláusula que permite a um grupo de países minoritários suspender uma deliberação. Isto, porque no prazo de sete anos a maioria dos temas europeus passará a ser aprovada pelo sistema de dupla maioria (55 por cento dos Estados representando 65 por cento da população), o que dará maior poder de decisão aos países mais populosos. Lech Kaczynski espera que os países europeus respeitem o que foi acordado na última cimeira europeia, em Junho, sublinhando que a Polónia não tem “margem de manobra” nesta matéria. “E Porquê? Porque já concluímos um compromisso em Bruxelas e os acordos são vinculativos. Concluímos esse acordo e não queremos mais nada", declarou o chefe de Estado polaco.Na altura foi decidido incluir o compromisso numa declaração separada, mas Varsóvia insiste na sua inclusão no texto do novo tratado, garantindo-lhe o mesmo valor jurídico do que os restantes pressupostos. “Se isso não for resolvido como foi acordado em Bruxelas, seremos obrigados a esperar por um acordo definitivo, pois trata-se de uma situação inaceitável para nós”, afirmou, por seu lado, o primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski. A Itália é a outra grande dificuldade porque se recusa a ter menos eurodeputados do que a França e o Reino Unido, de acordo com a última proposta do Parlamento Europeu para a repartição dos assentos na próxima legislatura (2009-2014). Roma afirma "não poder aceitar" uma tal perspectiva, segundo avisou quarta-feira o chefe do governo Romano Romano Prodi. Contudo, parece muito improvável que este antigo Presidente da Comissão Europeia assuma a responsabilidade pelo fracasso na aprovação do Tratado de Lisboa, admitindo-se que tente resolver a questão à posteriori, ao contrário do que pretende a presidência portuguesa da UE.Por seu lado, o Primeiro-Ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker disse que "haverá acordo em Lisboa porque é preciso que haja um acordo". Afirmou ainda: "É preciso acabar com o umbiguismo e as lamentações sobre o nosso próprio destino".No mesmo sentido pronunciou-se quarta-feira o chefe do Governo britânico, Gordon Brown, que declarou ter "chegado a altura de acabar com este período de prolongado debate institucional introspectivo".O novo tratado visa adaptar a União à sua extensão ao antigo bloco comunista da Europa do Leste, que a fez passar de 15 para 25 e, desde o início deste ano, para 27 países, com a adesão da Roménia e da Bulgária. Se o texto for aprovado restará apenas a sua ratificação pelos 27 países membros. O cenário da ratificação tem vindo a complicar-se com o cada vez maior número de opiniões públicas a exigirem que se faça por referendo. Qualquer rejeição reeditaria o drama da rejeição francesa e holandesa da Constituição europeia em 2005 que mergulhou a Europa nesta crise institucional. Em princípio o único país obrigado a proceder a uma consulta popular é a Irlanda que tem essa obrigação constitucional. Os restantes países correm menos riscos com a ratificação parlamentar, apesar das dificuldades sentidas nos últimos dias pelo executivo de Gordon Brown que vê aumentar diariamente o número dos que fazem campanha pelo referendo e o acusam de não cumprir a palavra dada. A Cimeira de Lisboa tem início às 18h00 de Lisboa no Pavilhão Atlântico.

P.S. são necessárias algumas observações ortográficas, de acentuação e de vocabulário neste texto do jornal português, para o idioma falado no Brasil. Não que seja tão difícil como o idioma da Polônia, mas algumas palavras os brasileiros não hão de entender. Então vamos lá: Cimeira - reunião de alta cúpula.
Polónia - os português falam o segundo O aberto, nada mais natural que acentuem com acento agudo e não circunflexo como no Brasil. Polacos - os portugueses não conhecem a discrimatória palavra poloneses, bem como os demais sete países de língua portuguesa (incluído Portugal).
Na altura - naquele momento.
repartição - no Brasil o mais usual seria usar a palavra divisão.
matéria publicada no site do jornal português em http://www.publico.pt
Na foto de Peter Andrews... o presidente Lech Kaczyński e o primeiro-ministro português e presidente de turno da União Européia José Sócrates.

Vampiro de Curitiba ataca em Portugal

Foto de Alberto Melo Viana

O escritor Dalton Trevisan mais uma vez deu lição de literatura com um bilhete curto, direto e definitivo, assim como o estilo de seus contos. Foi na entrega do Prêmio Portugal Telecom, que pela primeira vez incluiu na seleção escritores de fora de Portugal, e Trevisan ficou com o segundo lugar e R$ 35 mil.O primeiro prêmio foi para Gonçalo Tavares, com "Jerusalém" (R$ 100 mil para ele). A atração da noite e o que realmente importou em tudo isso - para nós que não ganhamos nada em dinheiro - foi a seguinte mensagem enviada por Dalton: "Só a obra interessa.O autor não vale o personagem. O conto é sempre melhor que o contista. Vampiro sim, de almas.Espião de corações solitários, escorpião de bote armado. Eis o contista. Só invente o vampiro que exista. Com sorte, você adivinha o que não sabe. Para escrever mil novos contos, a vida inteira é curta.Uma história nunca termina. Ela continua depois de você.Um escritor nunca se realiza. A obra é sempre inferior aos sonhos. Fazendo as contas percebe que negou o sonho, traiu a obra, cambiou a vida por nada. O melhor conto só se escreve com tua mão torta, teu avesso, teu coração danado. Todas as histórias, a mesma história, uma nova história.O conto não tem mais fim senão começo. Quem me dera o estilo do suicida em seu último bilhete.

Essa nota foi copiada do Solda em "http://cartunistasolda.blogspot.com , que por sua vez já tinha copiado do blog Gazeta do Povo/blog Sobretudo

2007 - O ano de Wyspiański

A Polônia está comemorando em 2007, o Ano de Wyspiański, um dos maiores artistas de sua história. É o centenário da morte do gênio polaco. Costumo dizer, que se não tivesse nascido e vivido na Polônia invadida pelos austríacos, seria cultuado não só entre os polacos, mas em todo o mundo como o maior gênio dos séculos 19 e 20 nas artes mundiais. Único entre os principais artistas europeus a dominar todos os gêneros artísticos. Sua capacidade e artisticidade não fica nada a dever a Picasso, Miró, Dali e outros. Muito pelo contrário, era superior a eles, pelo menos na versatilidade. Não bastou a ele ser apenas pintor de óleos, não! Ele também foi mestre no pastel, na policromia, no vitral, na escultura, na modelagem de móveis artísticos, na poesia e na dramaturgia. É de sua autoria, o texto mais importante do teatro polaco, "Wesele" (bodas de casamento). Peça na qual, Ziembinski, o pai do moderno teatro brasileiro, foi buscar inspiração e a transmitiu a Nelson Rodrigues, para juntos montarem "Vestido de Noiva".
Mas quem foi esse gênio?
Stanisław Wyspiański (stanissuaf vispianhsqui - estanislau) é seu nome. Suas habilidades: pintor, gráfico, projetista de móveis artísticos, cenógrafo, figurinista, ilustrador de livros, desenhista, poeta e dramaturgo (autor de 17 peças teatrais). Nasceu em 15 de Janeiro de 1869, em Cracóvia, na Rua Krupnicza 14. Primogênito do escultor Franciszek e de Maria Rogowski. Recebeu de batismo, os nomes Stanisław, Ignacy, Mateusz. Morreu em 1907. O pequeno Stanisław começou seus estudos na Escola de Exercícios do Seminário de Professores, localizado no Palácio Larisch. Foram colegas de classe os futuros artistas, Józef Mehoffer, Henryk Opieński, Stanisław Estreich e Lucjan Rydel. Ele perdeu sua mãe em 1876. Órfão de mãe terminou a escola primária e logo em seguida começou a estudar no Ginásio Santa Ana. Em 1880, perdeu seu pai e foi obrigado a viver sob os cuidados da sua tia Janina, que havia se casado com Kazimierz Stankiewicz, amigo do mestre da pintura polaca Jan Matejko. Quando tinha 17 anos, Wyspiański escreveu seu primeiro drama intitulado "Batory pod Pskowem". Em 1887, começou a estudar pintura na Escola de Belas Artes, cujo diretor era Jan Matejko. Ao mesmo tempo fazia teatro amador e estudava na Uniwersytet Jagielloński, história, historia da arte e literatura. Em abril de 1889, o prefeito da cidade, concedeu-lhe uma bolsa de estudos de 150 złotych (zuotirrrh - ouro) por ano. Neste mesmo ano, Wyspiański ganhou uma excursão de férias, tendo como guia o professor Władysław Łuszczkiewicz. Na verdade, a excursão era de estudos e o jovem tinha a incumbência de desenhar as casas de madeira em Bobowa, como material documental da pequena cidade. Neste mesmo ano, Wyspiański e Mehoffer começaram a ajudar o mestre Matejko nas pinturas policrômicas da Igreja de Santa Maria. O diretor dos trabalhos era Tadeusz Stryjeński. Em primeiro de março, Wyspiański, com a ajuda de Stryjeński e cartas de recomendações de Matejko, realizou sua primeira viagem de estudos ao estrangeiro. Esteve em Viena, Veneza, Pádua, Verona, Mântua, Milão, Basiléia, Como, Lucerna e Paris. Wyspiański depois disco voltaria a Paris para mais seis semanas de estudos. Retornou a Polônia através da Alemanha e Praga. Nos anos 1891-1894 voltaria outras três vezes a Paris, onde estudaria na Academia Colarossi e na École des Beaux Arts. Lá recebeu influências de P. Gauguin e importantes mestres japoneses. Voltou mais uma vez a Cracóvia em 1895. No ano seguinte, Wyspiański foi contratado para pintar a Igreja de Santa Cruz. Contudo, durante os trabalhos de restauração, ele encontrou a policromia original do século 16, nas paredes da igreja. Wyspiański, preferiu então, copiar a policromia encontrada a fazer uma nova. Em 1897, o artista começou seu trabalho de vitrais na igreja São Francisco de Assis (aqui está a maior expressão da arte do vitral da Polônia e sua principal obra nesta arte: "Deus". Ele passou a fazer parte da Associação Amantes da História e Monumentos de Cracóvia depois disso. Neste mesmo ano, Wyspiański realizou uma exposição promovida pela Associação dos Amigos das Belas Artes, na edificio da Sukiennice, no Rynek de Cracóvia, expondo 35 de seus quadros pastel. Obteve críticas bastante positivas da revista "Nowa Reforma". Em Janeiro deste ano, o artista em parceria com o semanário „Życie”, (jitchie - vida) promove a partir de primeiro de outubro, uma exposição na Associação de Artes de Lwów, onde apresentou quadros dos vitrais da igreja de São Francisco de Assis de Cracóvia que havia produzido além das ilustrações do livro „Ilíada”.
P.S. Relação dos quadros e suas obras...
Autorretrato,
1894. Pastel, 56,5 x 45 cm Paris. Comprado pelo Museu Nacional em 1936, número do inventário: 121693
-"Madonna z Dzieciątkiem", 1904 Pastel, 199 x 82,5 cm. comprado em 1947, nr in. 129294.
- Głowa Apollina, z witrażu domu Towarzystwa Lekarskiego w Krakowie, 1904
Litografia, 34,9 x 32,5 [43,5 x 37,9] cm. Museu Nacional Warszawa, nr in. Gr.Pol.21280. comprado de Leopold Wellisza em 1964.
-Materhood, 1902. Pastel, 62 x 46,5 cm. Doação de Jakub e Alina Glass 1935, nr. inv:77777;

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Polônia perdeu: foi amistoso

A entrada de vários reservas foi a desculpa do técnico holandês da Polônia, para a derrota para a Hungria por um a zero. Gol de penalty do húngaro Tamas Hajnal. O jogo foi amistoso. A Polônia tem 24 pontos e Portugal 23 pontos e restam duas partidas para cada seleção. Por sua vez, Portugal, com Murtosa no banco, em jogo válido pelas eliminatórias, venceu o Casaquistão por 2 a 1. A revelação do jogo foi o jogador Makukula, que além do gol, ofuscou a vedete Cristiano Ronaldo. O jogador do Marítimo, que foi convocado para o lugar do lesionado Nuno Gomes, entrou no segundo tempo, fazendo sua estréia na seleção principal portuguesa e logo marcou aos 82 minutos, de cabeça, após cruzamento de Quaresma.
Ariza Makukula, nasceu em Kinshasa no Congo. Tem dupla cidadania e já jogou nas seleções nacionais do seu país Congo e na de Portugal.... Se Makukula pode, porque Deco não é convocado por Dunga... não existe melhor meia-direita no mundo atualmente que o brasileiro de São Bernardo do Campo... o Deco do Barcelona.

Polônia pode cair no grupo da morte

Smolarek é a esperança de gol
Jornais polacos fazem prognósticos nada interessantes para a seleção de futebol na fase final da Eurocopa 2008, a ser disputado em julho do ano que vem, na Áustria e Suíça. O sorteio dos grupos vai acontecer no dia 2 de dezembro, mas se a Polônia terminar a classificação em primeiro lugar, as chances de se encontrar já na primeira fase das finais com Alemanha, Inglaterra e Espanha é muito grande.
O lugar no grupo 1 já está garantido a vencedora da última Copa, a Grécia (desde que se classifique) e a uma das anfitriãs. Neste grupo pode estar também a Alemanha. Se a Polônia vencer as duas últimas partidas contra Béligica e Sérvia, pode ficar como cabeça de chave do grupo 3. Dependendo da combinação de pontos pode também ir para o grupo 4. Com tantas possibilidades baseadas, principalmente, nos pontos e posições conquistadas na fase eliminatória, o futuro é tende a ser bastante difícil. Enquanto dezembro não chega e as duas últimas partidas não acontecem, a equipe enfrenta, hoje, em partida amistosa, a Hungria. O treinador holandês, Leo Beenhakker, aproveita para testar alguns jogadores. Será o 31 jogo entre as duas seleções a a vantagem histórica é dos húngaros, que venceram 19 vezes e empataram outras 4. O melhor resultado polaco foi 4 x 2, em outubro de 1975, em Łódź (uudji).

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Cracóvia total

Foto: Wojciech Gorgolewski

Faturamento com a Euro2012


O jornal "Życia Warszawy" (jitchia varchavi - vida em Varsóvia), publicou reportagem sobre os anúncios que andam circulando pelos hotéis e jornais da capital polaca. A prostituição já começou a faturar com a Copa de Futebol Euro2012, na Polônia e Ucrânia. A reportagem do jornal diz que apesar da cidade ainda não ter um estádio, nenhuma linha de metrô ter sido aumentada e tampouco terem começado as obras de ampliação do aeroporto internacional e da rede hoteleira, vários folhetos de propaganda de garotas com topless, usando chuteiras e calções das seleções européias estão sendo distribuídos na cidade com a inscrição Euro 2012 e o número de telefone da moça, além de frases sugestivas como: "Fazemos isto...", "Apenas um pouco de prazer" e "Você quer perder?". Apesar da Polícia informar não existirem estatísticas sobre prostituição em Varsóvia, o jornal afirma que devam existir em Varsóvia 25 mil destas mulheres. Para 2012 este número deverá se elevar para 40 mil, o mesmo número contabilizado no último mundial de futebol na Alemanha. O jornal também afirma que estas moças em sua maioria são originárias da Bulgaria, Romênia e países da ex-União Soviética. "Pelo menos é o que os próprios anúncios informam", conclui a reportagem.

último debate das eleições

Foto: Tomasz Gzell
A televisão polaca promoveu na noite de segunda-feira o debate entre o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski e o presidente do Partido da Cidadania Donald Tusk. E ao contrário dos debates anteriores, este conseguiu colocar todo mundo na frente da TV. Em alguns locais (bares com telões para jogos da seleção nacional de futebol) havia até torcida. O líder do partido de oposição ao atual governo Kaczyński, conseguiu ser mais efetivo nas respostas que o ex-presidente Kwaśniewski. Pelo menos, esta é a opinião dos comentaristas de plantão na TV. Para a empresa de pesquisas PBS contratada pela Radio Polska, o vencedor também foi Donald Tusk. Trinta e seis por cento dos telespectadores acreditam que deputado Tusk está mais preparado para ser o novo primeiro-ministro do país. O ex-presidente da República, Kwaśniewski foi votado por 26 por cento, mesmo percentual dos que acreditam que houve empate. Já os portais de Internet mais populares do país apontaram: no Gazeta.pl - 25 mil internautas deram, 53% para Tusk e 29% para Kwaśniewski. Para 17 % houve empate. No portal Onet.pl, o melhor teria sido Aleksander Kwaśniewski, com 47% dos votos dos internautas. Mas Donald Tusk teve 46%, enquanto para 5% houve empate. Nesta sondagem votaram 9,3 mil pessoas.
Os dois políticos não se limitaram apenas ao panorama polaco, mas tiveram de responder sobre assuntos europeus e mundiais. Apesar das eleições serem parlamentares, qualquer um dos dois pode vir a ser primeiro-ministro e/ou Presidente da República. Ambos estão mais alianhados com a União Européia do que os gêmeos Kaczyński, que desde que assumiram o poder há dois anos vivem em rota de colisão com os interesses dos outros 26 países membros da União Européia e da Rússia.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Wawel: Quarta maravilha da Polônia

Foto: Wojciech Gorgolewski
Resta falar da quarta maravilha da Polônia, elegida pelos leitores do jornal "Rzeczpospolita": Wawel.
A colina de Cracóvia, na margem do rio Vístula, .com uma altitude de 228 metros acima do nível do mar é o símbolo de maior significado da Polônia. É aí que se encontra o Castelo Real e a Catedral Metropolitana de Cracóvia - verdadeiro panteão nacional. Não só estão enterrados aqui os reis e suas famílias, mas também os principais heróis da Pátria como Jan Sobielski, Tadeusz, Kosciuszko, Józef Pilsudski, Adam Mieckiewicz, Władysław Sikorski e os santos Estanislau, Casimiro e Edvirges. Apenas os restos mortais de Mieszko I e dos reis Bolesław I e August Poniatowski não estão aqui.
Arqueólogos acreditam que as formações rochosas da colina são da era jurássica e que o ser humano começou a habitar a região no período Paleolítico. Foram encontrados vestígios da fixação do homem que datam do século 4. Já os eslavos são documentados aqui no século 7. Uma das muitas lendas sobre Wawel diz que o rei Krakus, fundador da cidade, teria dado a mão de sua filha a princesa Wanda ao jovem Skuba, que matou o terrível dragão que se escondia na caverna embaixo da colina.