sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Eleições para mudar?

O jornal "Metro" distribuido gratuitamente nas ruas, principalmente nos pontos de ônibus, bondes e estações, todas as manhãs traz na edição desta sexta-feira, em sua primeira capa, uma convocação para as eleições do próximo domingo dia 21 de outubro: Na grande foto, da via pública, a mensagem: "tens tempo das 06 às 20 horas, quase todo o domingo, 21 de outubro. Tens chance de mudar a Polônia para melhor. Não desista de seu direito de decidir sobre isto, como irá parecer sua vida. Vá nas eleições!". TUA ESCOLHA

As eleições deste domingo são parlamentares e ocorrem depois da dissolução do parlamento polaco, no último mês de agosto. O governo dos gêmeos Kaczyński não tinham mais como levar adiante sua administração depois do rompimento da coalização de direita que os sustentava. Apesar de ser uma eleição antecipada para renovar a câmara dos deputados e o Senado, o que tem se visto nas últimas semanas é uma verdadeira campanha presidencial, pois vários foram os debates na televisão com os nomes que normalmente estariam disputando a presidência da República e não uma cadeira no Congresso. De um lado, o primeiro-ministro Jarosłam Kaczyński (iarossuaf catchinhski) do partido da situação e do outro, o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (kwachniévsqui) e o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Donald Tusk. A dois dias das eleições, o oposicionista Tusk está levando seu partido PO- Partido da Cidadania a conquistar a maioria das cadeiras no Parlamento. Mas pesquisa de opinião na Polônia, parece não combinar com a área rural, pois quando Tusk perdeu a presidência para o outro gêmeo Lech Kaczyński (lerrhhh catchinhsqui) as pesquisas o davam como vencedor. Porém, abertas as urnas, os camponeses tinham decretado sua derrota.

P.S. Assistindo a RTPI -Televisão Portuguesa sobre estas eleições, deu para perceber como um enviado especial, que não domina a língua do país que está reportando, pode incorrer em erro. O repórter português colocou num mesmo saco conservador, Tusk e Kaczyński, separando-os de Kwaśniewski, que para ele seria de esquerda. Muito pelo contrário: o que o dia-a-dia da política e os debates demonstraram é que se Kaczyński é representante exaltado do conservadorismo, Tusk é progressista. Além do que ele escorregou feio na pronúncia dos nomes polacos. E era tão fácil, bastava ouvir a intérprete polaca que o auxiliou. Porque mesmo falando em inglês, os polacos pronunciam seus nomes e sobrenomes em polaco.

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