domingo, 21 de outubro de 2007

Polacos vão às urnas

Desde as 6.00 horas da manhã deste domingo, 21 de outubro, os polacos estão indo às urnas para eleger os novos deputados e senadores do país. Os postos de votação funcionarão até às 20 horas. São 25 mil urnas em todo país. No exterior, o local de maior número de votantes foi Chicago, nos Estados Unidos, onde 10 mil compareceram ontem no consulado polaco da cidade. São esperados mais de 30 milhões de polacos em copndições de votar. Nos postos, na Polônia basta apresentar o documento um identidade com foto. Nos consulados espalhados pelos cinco continentes, aqueles que possuem dupla cidadania, devem apresentar o passaporte polaco. Estão aptos a votar todos aqueles que no dia de hoje já têm 18 anos completos. O voto não é obrigatório, assim a luta dos candidatos, além do voto é conseguir que os eleitores compareção para votar. A freqüência dos eleitores, nas eleições parlamentares vem caíndo significativamente. Na primeira eleição, em 1989, compareceu 63% das pessoas e em 2005, apenas 40,5% do eleitorado. Na Polônia, o comparecimento dos eleitores está 30% menor que os demais países da Europa Ocidental e países da região. Neste ano, na França, para as eleições presidenciais votou 86% dos eleitores, na Irlanda o percentual foi de 63% e na Alemanha quase 78%. Nas últimas eleições na Hungria e na Estonia compareceu mais de 70% dos eleitores. A comissão eleitoral está prevendo o anúncio dos resultados para a tarde da próxima terça-feira.
Por enquanto, é possível saber apenas como os polacos vão votar, através das pesquisas de opinião. Em três delas, o PO-Platforma Obywatelska (plataforma da Cidadania) do líder Donald Tusk está na frente. Na pesquisa da TVP -Televisão Polaca os índices apontam 47% para o PO e 30% para o PiS - Prawo i Sprawiedliwości (Direito e Justiça) dos gêmeos Kaczyński. Dos demais partidos o LiD Lewicy i Democratów (Esquerdas e Democratas)é o que aparece com melhor índice: 12%. Na pesquisa do jornal "Rzeczpospolita", PO tem 35% e o PiS outros 29%. E para o PGB - Grupo de Pesquisa Polaca, o PO tem 35% dos votos, contra 31% do PiS - 31%. O partido LiD tem 17%.

PRINCIPAIS PARTIDOS


O partido do Presidente Lech Kaczyński nasceu em 2001 e reflete os ideais dos conservadores, católicos e ultra-nacionalistas. Sua proximidade a Lech Wałęsa, valeu-lhe a si e ao seu irmão gêmeo Jarosław lugares destacados no primeiro governo após a queda do regime comunista. As suas posições radicais e de erradicação dos símbolos do comunismo lhes valeu, contudo, o afastamento e a perda da confiança de Lech Wałęsa.

O partido de Donald Tusk também foi criado em 2001. O Plataforma da Cidadania defende a econômia liberal. Suas propostas econômicas são no sentido de baixar os impostos e introduzir o imposto linear (em polaco "podatek liniowy"). Quer extinguir o Senado e diminuir a burocracia. Postula a luta contra a corrupção e a delinqüência. O partido apoia a integração total com a UE. Mas está de acordo com o PiS quando se opõe a eutanásia, matrimônio homosexual e a legalização das drogas.

Já a aliança de esquerda LiD é liderado pelo jovem deputado Wojciech Olejniczak. Compõe a coalização, o Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD, principal partido da social democracia na Polônia. O SLD Foi fundado em 15 de abril de 1999. A maior parte de seus membros foram do SdRP (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej - Social democracia da República da Polônia). O SdRP e outros partidos socialistas e social democratas formaram uma coalizão de esquerdas chamado SLiD. Em 1999, a coalizão se converteu em partido. Formavam parte antigos membros do PZPR (Polska Zjednoczona Partia Robotnicza - Partido Unido dos Trabalhadores Polacos, que governou a Polônia antes de 1989. O PZPR foi um partido comunista, mas hoje o SLD é um partido social democrata. Uma coalizão entre SLD e o PSL governou a Polônia entre 1993 e 1997. Seu maior representante atualmente é o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (presidente reeleito entre 1995 - 2005) que foi dirigente e um dos fundadores do Partido Social Democrata (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej), sucessor do Sindicato dos Trabalhadores Polacos e posteriormente do Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD. É filiado a Internacional Socialista, da qual fez parte o brasileiro Leonel Brizola.

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