domingo, 9 de março de 2008

35 mil vietnamitas na Polônia

Restaurante Vietnamita em Varsóvia

Um relatório divulgado esta semana aponta que entre 16 a 17 mil vietnamitas possuem visto de trabalho e residência permanente na Polônia. O relatório do Międzykulturowego Centrum Adaptacji Zawodowej przy Instytucie Profilaktyki i Resocjalizacji da Uniwersytet Warszawa que outro tanto estão ilegais, totalizando mais de 35 vietnamitas em território polaco. Muito provavelmente seja o segundo maior grupo de estrangeiros no país, sendo superados apenas pelos vizinhos ucranianos. Estes, por sua vez, na maioria dos casos possuem origem polaca, o que não ocorre com os asiáticos. Na Polônia, os vietnamitas se dedicam em sua maioria ao comércio, sendo proprietários do grande número de restaurantes chineses. Por uma estratégia de marketing - talvez estes restaurantes muitas vezes são chamados de Orientais com cozinha chino-vietnamita. A presença destes asiáticos remonta os anos 70, quando após o fim da guerra do Vietnã, o regime comunista polaco abriu as portas das universidades para para estudantes daquele país. Porém com a queda da União Soviética o número de ilegais foi aumentando gradativamente, culminando com a entrada na União Européia.
Semana passada, a polícia deteve em Varsóvia dezenas dos vietnamitas ilegais.

sábado, 8 de março de 2008

Legia perde para lanterna

O brasileiro Edson deu início a jogada que culminou no gol contra para seu Legia
O Legia Warszawa dos brasileiros Edson e Roger perderam nesta sexta-feira para o lanterna do campeonato polaco, o Zagłębia de Sosnowiec por 2 X 1. Até o fim do primeiros tempo, a equipe de Varsóvia, que jogava no campo do adversário chutou 13 vezes ao gol. Piotr Giza podia ter feito em 3 das pontadas, mas parou nas mãos do goleiro Adam Bensz. Aos 37 min. os legionistas conseguiram seu gol, mas através de Takesure Chinyama, que fez contra. Aos 8 min. do segundo tempo foi a vez dos donos da casa empatar com Bałecki fazendo de cabeça. A vitória veio aos 90 min. com Folc.
O Wisła Kraków segue mais líder do que nunca com 51 pontos contra 40 do legia e pode aumentar a diferença nessa rodada para 54, pois joga em casa contra o Belchatów, 7° colocado.

Mulheres polacas protestam nas ruas

Cartão postal em comemoração ao Dia da Mulher
Saúde das mulheres, defesa ante a violência familiar, questões de aposentadoria, política família e defesa ante a discriminação são os temas preparados pelas polacas para manifestações nas ruas das principais cidades da Polônia, nesse 8 de março – dia internacional da Mulher.
A manifestação "Manify" que acontece desde o ano 2000, organizada por movimentos feminista ganhou este ano a companhia do Parlamento Europeu, que também organiza um “happening” propondo uma reflexão sobre a violência familiar contra a mulher.
Durante o "Happening” no Teatr Polonia a atriz Krystyna Janda faz uma apresentação de teatro de rua intitulada "Lament". Durante todo o dia, ainda em Varsóvia, na Plaça da Constituição haverá ação de coleta de assinaturas para um abaixo-assinado pedindo ao Parlamento Europeu medidas mais severas contra a violência contra a mulher. Já as feminista farão seu "Manify” além de Varsóvia e Cracóvia, Gdańsk, Toruń, Szczecin, Łódż, Poznań e Katowice.
O dia internacional da Mulher Em 8 de março lembra a greve de 15 mil mulheres trabalhadoras numa fábrica de confecção em Nova Iorque, em 1910, que exigiam o cumprimento da Lei sobre melhores condições de trabalho e eleições de 8 de março de 1908. O proprietário trancou as grevistas dentro de sua fábrica e do conflito resultaram 129 mulheres mortas.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Brasileiros barrados no "baile" europeu

A União Européia endurece seus controles de fronteira e a Polônia, como último bastião do Leste, é um dos países com maior rigor no controle terrestre de entrada de estrangeiros. No caso, da Espanha, que na noite de quarta-feira, reteve 30 brasileiros no Aeroporto de Barajas, e hoje repatriou 8 deles, o controle tem sido muito severo também. Principalmente em suas costas mediterrâneas onde o grande fluxo de africanos da região subssahariana é cada vez maior. Em 2005, cerca de 7.000 brasileiros regressaram ao Brasil porque foram deportados ou não admitidos no exterior. Em 2006, esse número cresceu para 13.583 - mais da metade oriunda de países da América do Norte e boa parte da Europa (Fonte: Departamento de Polícia Federal). Estima-se que esse número tenha aumentado ainda mais em 2007. O Itamarati com o intuito de ajudar os cidadãos brasileiros que viajam ao exterior publica em seu site esta série de conselhos, que reproduzimos aqui.

CONSELHOS PARA QUEM VIAJA À EUROPA

Os Estados são soberanos para estabelecer políticas de admissão de estrangeiros em seus territórios. As normas internacionais garantem a todos o direito de partir do próprio país e a ele regressar sem constrangimentos, mas não de ingressar livremente em outros. Há limites, portanto, para a atuação do Ministério das Relações Exteriores quanto à entrada de brasileiros em outros países. Mesmo os vistos não constituem uma garantia, mas sim uma expectativa de direito. As autoridades migratórias possuem a prerrogativa, caso julguem pertinente, de impedir o ingresso de terceiros em seu território.

2. O Governo brasileiro tem mantido contatos sistemáticos com as autoridades européias no sentido de sensibilizá-las sobre a necessidade da adoção de critérios claros na política de controle migratório, de maneira a serem evitados comportamentos que possam ser interpretados como discriminatórios ou que atentem contra a dignidade e a moralidade dos indivíduos.

3. A seguir, problemas que podem ocorrer nos aeroportos ou postos de fronteira:

- Alguns países que não exigem "visto de turista" têm impedido o ingresso de brasileiros por suspeitarem que se trate de migração irregular, ou seja, de pessoas que buscam residir ou trabalhar no país sem visto apropriado.
- A pessoa não-admitida poderá ter de aguardar horas, às vezes dias, em salas especiais dos aeroportos ou em centros de detenção provisória, antes de embarcar de volta para o Brasil. Nesses casos, o interessado deve procurar contatar o Consulado ou Embaixada do Brasil, que poderão transmitir informações a seus familiares e zelar para que tenha um tratamento digno. No entanto as representações autoridades brasileiras não poderão intervir no sentido de modificar a decisão das autoridades migratórias locais sobre a denegação de entrada no país.
- Para reduzir os riscos de inadmissão, é conveniente que o turista tenha consigo vouchers de hotel, dinheiro (57 euros por dia por pessoa, mínimo de 550 euros por qualquer tempo de permanência, passagem de volta e cartão de crédito internacional. Pode ser exigida carta-convite da pessoa ou família que hospedará o viajante ou da instituição organizadora do evento de que participará. Alguns países podem exigir a comprovação do porte de valores determinados como uma das condições para autorizar a entrada. É muito importante consultar a Embaixada ou o Consulado do país de destino antes de viajar, para receber informações completas e atualizadas.
- Ao chegar ao destino final, as autoridades sanitárias poderão também exigir informações sobre o itinerário da viagem e examinar os documentos de saúde do viajante. Poderão ainda colocá-lo em observação, isolamento ou quarentena e até mesmo negar sua entrada por considerá-lo suspeito de portar doenças com potencial de disseminação internacional ou por não apresentar prova documental de vacinação requerida pelo país.
- É aconselhável que o viajante esteja vestido de acordo com os padrões locais e a época do ano em que a viagem ocorrerá: roupas leves ou muito sumárias em períodos de inverno intenso poderão, por exemplo, chamar a atenção das autoridades migratórias estrangeiras.
- No caso de não ser admitido, o turista corre sério risco de perder o investimento que realizou com passagens e outras despesas de viagem.

Morreu Gustaw Holoubek

Gustaw Holoubek - Foto: Marcin Łobaczewski /Fotorzepa

Os jornais da Polônia trazem em primeira página a notícia de Gustaw Holoubek, como o "Rzeczpospolita". O ator e diretor do Teatr Ateneum, que nasceu em 1923, deveria completar 85 anos agora em abril. Holoubek participou em mais de 300 peças teatrais e filmes ao longo de sua carreira. Lendário no papel de Konrad na obra "Dziadów” de Kazimierz Dejmka é considerado o maior ator da história do teatro polaco. Em uma de sua últimas entrevistas para o jornal Rzeczpospolita disse que "Poderia fazer isto, não me mover da minha poltrona. Assim como me apetece. Penso, que sei algo em metéria de palavra." Ficou famosa uma advertência ao longo da carreira do ator e diretor para expressar que naquele espetáculo estaria ninguém menos que Holoubek: "Atentos, que atua o intelectual”. Com isto queria se evidenciar que aquele que estaria no palco possuia o distanciamento muito próprio daquele que é considerado o maior entre os maiores atores da Polônia. Bastante reservado em sua vida privada soube se situar na intelectual e conservadora Cracóvia. Além da lendária "Dziadów" particpou com muito êxito em "Pętli”, "Sanatorium Pod Klepsydrą”, "Gangsterów i filantropów”.


Holoubek e sua esposa Magdalena Zawadzka no Teatr Ateneum - Foto: Marcin Łobaczewski /Fotorzepa

Holoubek em "Dziadów” de Kazimierz Dejmka - Foto: Fotorzepa

Kult em Stodole

Nesta sexta-feira, 7 de março, acontece o show musical com o grupo KULT liderado pelo famoso Kazyk. O grupo é talvez um dos mais interessantes do panorama musical polaco. Mistura críticas políticas com muitos picardia e em outros momentos bastante romantismo. O Kult talvez seja um dos poucos, se não o único grupo de rock que se apresentou no Brasil. A turnê aconteceu nos anos 80 com Shows em Curitiba, Ponta Grossa e Florianópolis. Os portões do ginário serão abertos às 17.30, e o concerto às 19.00 horas, no Stodole de Varsóvia. Os bilhetes custam 37 zł (comprados com antecedência), e antes do espetáculo a 43 zł.

Comemorações por Osiecka


A Fundação Okularnicy im. Agnieszki Osieckiej lembra que neste 7 de março se comemora 11 anos da morte de sua patrona. Como parte da lembrança será oficialmente denominada a Biblioteca Municipal de Darłów como o nome da escritora Anieszka Osiescka. Ainda como parte das comemorações, às 12:45 nesta localidade próxima ao Mar Báltico haverá um espetáculo com o grupo Szkół representando o musical "Osiecka, do tablicy". Às 14:00 um recital de poemas de Osiecka. Após os espetáculos o prefeito da cidade Arkadiusz Klimowicz declarará oficialmente que a biblioteca passa a ter o nome da poetisa. Com a presença da filha, Agata Passent será descerrada a placa comemorativa.
Ainda estão abertas as inscrições para o 11° Concurso de Canções com letras de Agnieszka Osiecka "Pamiętajmy o Osieckiej". Mais informações sobre a poetisa podem ser encontradas em www.okularnicy.org.pl , ou ainda no Darłowski Ośrodek Kultury, Tel 048 94 314 26 29, além da própria www.biblioteka.darlowo.pl

quinta-feira, 6 de março de 2008

Imigrantes ilegais detidos em Varsóvia


A polícia polaca deteve dezenas de supeitos de estarem ilegalmente em território da Polônia. Eram chineses e vietnamitas que comercializam produtos contrabandeados no centro de Varsóvia. 85 vietnamitas e 6 cidadãos chineses que vendem suas muambas na Wolka Kosowska foram detidos na semana passada. "Esta é a primeira operação desde que a Polônia aderiu ao tratado de Schengen", anunciou a porta-voz do Serviço de Fronteiras, Elżbieta Pikor.
Segundo ela, todos os estes indivíduos estão envolvidos em comércio e imigração ilegal. Depois de checadas suas identidades comprovou-se que estavam em situação de residência ilegal no território polaco. A Polícia além da detenção dos estrangeiros ilegais também confiscou 300 mil pares de sapatos que foram contrabandeados estavam sendo vendidos no mercadão pirata de Varsóvia.

Roger espera decisão

Foto: Piotr Nowak

Roger Guerreiro é o nome da imprensa desde que o treinador da seleção nacional polaca mencionou seu nome como selecionável. Agora foi a vez do mais tradicional jornal do país fazer uma entrevista com o paulista que joga há dois anos no time do Legia Warszawa.
Da longa entrevista, onde fala da Polônia, do desejo de ser selecionado por Dunga ou mesmo por Leo Beenhakker, desde que obtenha o passaporte polaco. Estas são duas das perguntas que o jogador respondeu:

- Alguns torcedores falam, que o passaporte polaco para o senhor é apenas necessário para que possa se movimentar pela União Européia. Caso o senhor o receba poderá se transferir para um clube melhor sem obstáculos para trabalhar como jogador ou outra profissão...

Chamo a atenção, que cada torcedor, ou jornalista têm o direito de falar o que quiserem. Posso apenas assegurar, que sobre a Polônia nunca me esqueço, não conseguiria. Este país, que me deu a chance de uma vida de respeito. Irei embora do Legia somente se tiver uma oferta de um clube muito forte, que seja atrativo para mim e para meu empregador. E se um vier a jogar na liga francesa ou espanhola, estarei sempre disposto a voltar quando selecionado. Dois anos na Polônia abriu as portas da minha carreira e sempre darei a isto seu devido valor.

O senhor não teme, que caso seja convocado para a seleção, nem todos o aceitem?

Cada pessoa é diferente e o caráter não é símbolo nacional, mas individual. Quando chgeuei no Legia, além de mim e Edson havia ainda outros três brasileiros e até o vestiário não foi dividido. Os outros não conseguiram se adaptar, por isso já não jogam em Varsóvia. Mas eu até fui almoçar com os colegas polacos da equipe.

Roger Guerreiro nasceu em 25 de maio de 1982 em São Paulo. Jogou no São Caetano, Corinthians, Flamengo, Celta de Vigo e Juventude de Caxias do Sul. Está desde dezembro de 2005 no Legia Warszawa. Como o treinador da selelão nacional demonstrou interesse em convocá-lo, o processo para obter sua cidadania polaca já está no gabinete da Presidência da República esperando por decisão.

P.S. O meu processo, que sou neto de polaco, também está lá há um ano e meio.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Judeus de 1968 terão cidadania polaca


O vice-primeiro-ministro e chefe MSWiA Grzegorz Schetyna informou, que as voivodas confirmarão a cidadania polaca para as pessoas que emigraram do país após março de 1968. Alguns governos de voivodas (divisão administrativa da Polônia semelhante a Estado) andaram negando está decisão. “Este assunto será resolvido rápido, muito rapidamente”, acrescentou vice premier. Acrescentou que nesta terça-feira foi enviada tal decisão de conceder a cidadania para as voivodas. “A solicitação da pessoa que entre os anos 1968-72 foi embora para Israel e teve negada sua cidadania polaca, que foi analisada pelos funcionários das voivodas a terá reconhecida”. Schetyna disse que a negativa reconhecer a cidadania polaca das pessoas que emigraram no março 68 aconteceu nas voivodas da Małopolska, Łódzka e Baixa-Silésia. Adiantou ainda que as pessoas que tiveram negadas suas solicitações podem reenviá-las para o MSWiA. A questão sobre a devolução da cidadania polaca para alguns milhares de emigrantes do Março 68 desde alguns anos é tema de discussão pública entre a maioria destes emigrantes e o governo polaco. Segundo a presente lei, a cidadania polaca não pode ser restituída. Mas pode ser concedida diretamente ao Presidente da República, a quem cabe decidir se concede. Contudo, isto só será possível se o interessado nunca tenha antes desistido da cidadania. Tal certidão negativa pode ser expedida pelas voivodas. Estas pessoas emigraram depois de conflito anti-semita entre o MSW, organismo da PZPR, em março de 1968. Como resultado a Polônia expulsou entre 10 a 20 mil pessoas de origem judaica do país.

terça-feira, 4 de março de 2008

Vergonha: brasileiro na seleção polaca

O governo polaco está para cometer uma grande injustiça contra os milhares de brasileiros que desesperadamente buscam provar que seus avós e bisavós nasceram em solo da Polônia e que em suas veias corre o mais puro sangue polaco. Anos atrás, os mesmos funcionários que analisam os pedidos de cidadania dos brasileiros descendentes de polacos, já tinham cometido a mesma gafe. Deram passaporte polaco para um perna-de-pau que atendia pelo nome de Olisadebe. O africano foi um fiasco com a camisa 9 da seleção polaca no mundial de 2002 na Copa Coréia-Japão.
O paulista Roger Guerreiro, de 26 anos, nascido em São Paulo, que desde 9 de dezembro de 2005, joga no time do Legia Varsóvia espera pela cidadania polaca e para consequentemente ser convocado pelo treinador Leo Beehakker.
Entrevistado pelo programa da televisão "Sportowego wieczoru" da TVPInfo , o jogador de futebol brasileiro até fez graça. Ao lembrar Emmanuelu Olisadebe, disse que: "Em polaco Olisadebe somente conhecia dzień dobry, eu sou melhor, pois além do bom dia também já sei dizer dobranoc i dziękuję, ou boa noite e obrigado".
O mesmo governo que pode dar a cidadania a um estrangeiro que não possui nenhum antecedente polaco é o mesmo que agora dá uma nova interpretação a Lei de Concessão de Cidadania, não reconhecendo como cidadãos todos aqueles que nasceram no período de 1795 e 1918. Os funcionários do departamento de imigração das Voivodas (Estado) que analisam os processos, alegam que nossos avós e bisavós, mesmo comendo pierogi, falando o segundo mais difícil idioma do mundo, cantando "Hej Sokoły" não eram polacos, mas sim eram prussos, alemães, russos ou austríacos.
Roger Guerreiro, que nem é assim tão bom como pensa, pois quem se destaca no time há algumas temporadas é o outro brasileiro, o Edson (lateral-esquerdo), foi citado pelo treinador holandês da seleção polaca e agora já da entrevista como possível convocado. "Se consigo o passaporte polaco, estou a disposição do treinador da representação. Meus planos podem até mudar, mas até o fim de 2009 tenho contrato com o Legia e com isso espero fazer um melhor contrato na renovação." Acrescentou.
Roger Guerreiro, foi contratado junto ao AD São Caetano e tinha passado pelo Juventude de Caxias do Sul. Desde que chegou na Polônia já jogou 58 partidas e fez 12 gols.

Wajda em Porto Alegre

Foto: Renata Pajchel
O Studio Clio de Porto Alegre dentro de sua programação de março destaca a apresentação do filme polaco "O Homem De Mármore" de Andrzej Wajda (andjei vaida), o mesmo do filme "Katyń" , o grande perdedor na categoria filme estrangeiro do Oscar 2008. Simplesmente a Academia de Hollywood não teve a mesma competência do júri do Festival de Cannes que concedeu entre outros prêmios o da "Crítica Internacional do Festival de Cannes de 1978, para o "Homem de Mármore" que entrou para a história como uma das mais importantes obras do cinema europeu de todos os tempos. Tiago Halewicz, curador do projeto "Memória Cultural Polaca", comenta a estética cinematográfica de Andrzej Wajda e a arte do Realismo Socialista. A projeção do filme tem apoio do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba e da R&O Editores. Data: 3 de março (segunda-feira), no horário das 19:30 horas.

Tempski-Silka e a Pomerânia

Valton Sergio von Tempski-Silka está lançando o livro "História e Ancestralidade" em sessão de autógrafos, na segunda-feira, dia 10 de março, em Curitiba. Em sua obra o leitor faz um enriquecedor passeio pelo tempo, revisitando a Pomerânia, conhecendo a Prússia e sua História; conhecendo as origens da cultura ocidental da Europa medieval e seus desdobramentos; entendendo os movimentos demográficos modernos e seus reflexos no Brasil e no Paraná.
A Pomerânia, ou Podmorze, em que pese a lembrança que traz aos habitantes de origem alemã da cidade de Pomerode, em Santa Catarina, sempre foi terra da Polônia. Por um período de 127 anos esteve sob ocupação prussa-alemã. Assim, muitos prussos e alemães, quando a Polônia recuperou suas milenares terras banhadas pelo mar Báltico, tiveram que sair e voltar para sua Alemanha, outros embarcaram em navios para o desconhecido... alguns destes foram começar nova vida em terras brasileiras do Vale do Rio Itajaí.
Tempski-Silka, durante a sessão de autógrafos estará fazendo também um perguntas e respostas com o público que comparecer. O lançamento é na Livraria Curitiba Megastore do Shopping Estação, na avenida Sete de Setembro, 2775, Centro, loja 1108, telefone 41-3330-5118.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Ingleses na farra em Cracóvia

Foto: Tomasz Wiech / AG
Se os polacos e polacas já contam mais de um milhão de trabalhadores na corte da Rainha Elizabeth II, os ingleses, por sua vez, descobriram um meio de se divertirem no fim de semana. Com os bilhetes das companhias aéreas de baixo preço sempre cada vez mais baratos, os súditos de sua majestade a cada fim de semana invadem Cracóvia para seu esporte preferido: beber. Os beberrões vêm em busca das ótimas cervejas e vodcas polacas. Como subterfúgio, dizem que vêm a Cracóvia por causa da atmosfera da cidade e beleza das polaquinhas. Mas o que fazem é dar espetáculos degradantes de bebedeira, no melhor estilo hooligans. Neste fim de semana, na praça central de Cracóvia - Rynek este britânico não deixou por menos: fez striptease.

Emma faz vítimas na Polônia

O teto de um edíficio caiu em Katowice matando uma pessoa. Foto: klantik.
O furacão Emma também assolou a Polônia em sua passagem pela Europa. O corpo de bombeiros foi chamado 2000 vezes no fim de semana. Três pessoas morreram e 5 ficaram feridos. As informações são do comando geral do Corpo Nacional de Bombeiros. Os fortes ventos atacaram mais as regiões da Silésia, a Baixa Silésia. No aeroporto de Katowice foi medido o vento que chegou a 90 quilômetros por hora na região da Silésia.O presidente da República Lech Kaczyński teve que desistir de uma viagem interna de avião por causa dos fortes ventos.

Reforma Ortográfica Português - 22

BASE XXI - DAS ASSINATURAS E FIRMAS

Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registro legal, adote na assinatura do seu nome. Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público.


P.S. Esta é a última parte do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa da CPLP- Comunidade dos Países de Língua Portuguesa publicado neste blog nas últimas semanas. O acordo deveria ter entrado em vigor já em 1994, mas uma série de atrasos e rejeições dos países membros, principalmente Portugal, velou a que fosse preciso mudar regulamentos da oganização. Seja como for a partir de 2008 o Acordo está em, vigor e é assim que todos devemos escrever a partir de agora brasileiros, portugueses, angolanos, moçambicanos, caboverdianos, timorenses, guineanos, santomense-principense.

Maiores informações e contatos podem ser conseguidos através dos telefones: (+351) 21 392 85 60 Fax: (+351) 21 392 85 88. Ou ainda no endereço: Rua de São Caetano, nº 32 1200-829 Lisboa

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Castelo de Lublin

Foto: Ulisses Iarochinski
O castelo real de Lublin, que já foi sede do reino da Polônia, está em reforma. Fica no alto de uma colina que se liga a cidade velha por uma passarela. O castelo foi construído entre os séculos XII e XII em estilo românico. No século 20 foi transformado em museu nacional. Foi construído durante o reinado de Kazimierz Wielki (Casimiro - O Grande). Em 1418, o rei Władysław Jagiełło o ocupou como sede do reino.

Reforma Ortográfica Português - 21

BASE XX - DA DIVISÃO SILÁBICA

A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-cho, lha-no, ma-lha, ma-nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, te-me-se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa- vó, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co, e-xâ-ni-me, hipe-ra-cús-ti-co, i-ná-bil, o-ho-vai, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:
1º) São indivisíveis no interior de palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou sejam (com exceção apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em h, ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar, etc., em vez de ablegação,
a-dligar, su-blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: ablução, ce- le-brar, du-plicação, reprimir; a-clamar, de-creto, de-glutição, re-grado; a-tlético, cáte-dra, períme-tro; a-fluir, a-fricano, nevrose.

2º) São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com valor de anasalidade, e uma consoante:
ab-dicar, Ed-gordo, op-tar, sub-por, absoluto, ad-jetivo, af-ta, bet-samita, íp-silon, ob-viar; des-cer, disciplina, flores-cer, nas-cer, res-cisão; ac-ne, ad-mirável, Daf- ne, diafrag-ma, drac-ma, ét-nico, rit-mo, sub-meter, am-nésico, interam- nense; bir-reme, cor-roer, pror-rogar; as-segurar, bis-secular, sos- segar;
bissex-lo, contex-to, ex-citar, atroz-mente, capaz-mente, infeliz- mente; am-bição, desen-ganar, en-xame, man-chu, Mân-lio, etc.

3º) As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito 1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, a divisão dá-se sempre antes
da última consoante. Exemplos dos dois casos: cambraia, ec-tlipse, em-blema, ex- plicar, in-cluir, inscrição, subs-crever, trans-gredir; abs-tenção, disp- neia, inters-telar, lamb-dacismo, sols-ticial, Terpsícore, tungs-tênio.

4º) As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai-roso, cadei-ra, insti-tui, ora-ção, sacris-tães, traves-sões) podem, se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita: ala-úde, áre-as, coapeba,
co-ordenar, do-er, flu-idez, perdo- as, vo-os. O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais:
cai-ais, caí-eis, ensaí-os, flu-iu.

5º) Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo imediato (ne- gue, ne- guei; pe- que, pe- quei, do mesmo modo que as combinações gu e qu em que o u se pronuncia: á-gua, ambí-guo, averi-gueis; longín-quos, lo-quaz, quais- quer.

6º) Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por clareza gráfica,repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex-alferes, serená- -los-emos ou serená-los- -emos, vice- -almirante.

Cartaz de teatro censurado em Varsóvia

Cartaz da peça teatral "Ostatni Żyd w Europie" (último judeu na Europa) é censurado pela empresa de ônibus urbano de Varsóvia:
Na reportagem, ouvê-se o porta-voz da empresa municipal de ônibus coletivo de Varsóvia, explicando porque não permitiu que os cartazes da peça teatral fossem afixados nos ônibus e bondes elétricos da cidade. Igor Krajnow diz que que os judeus podem considerar ofensivo o cartaz que fala de o "Último judeu na Europa" e por isso não podia permitir a propaganda. A peça estásendo apresentada no teatro Na Woli, na capital polaca.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Wałęsa internado no Texas


Lech Wałęsa (léchrrrhh vaúensa) foi internado no Hospital Metodista de Houston, no Texas, segundo informou ontem, o porta voz do famoso centro de cardiocirurgia DeBakey Heart e Vascular Center, Stephanie Asin. Segundo este, Wałęsa teve uma artéria bloqueada e por isso é necessário fazer um cirúrgia para estabiliziar a circulação.
O médico que deverá fazer a cirurgia é o dr Neal Kleiman, chefe da cardiologia do Hospital. Antes disso, porém, o ex-presidente da Polônia e líder do Sindicato Solidariedade fará exames esta semana. Se tudo correr bem semana que vem será realizada a cirurgia.

Polaco, segundo idioma na Escócia


Foto: JupiterImages/EAST NEW
O idioma polaco ficou em segundo lugar como o mais usado pelos estudantes da Escócia. No ano passado 3.345 alunos nasceram na Polônia. De acordo com o jornal "Daily Record" 50% dos estudantes das escolas escocesas têm como língua materna o polaco. Um relatório do governo escocês mostra que os estudantes polacos estão entre os milhares de imigrantes chegados a Edimburgo, Scottish Borders, Highland e West Lothian.
Outro jornal britânico o "The Herald" informa que desde 2006 o número de estudantes que não falam o inglês como primeiro idioma subiu 62,5%. Destes estudantes, 3.595 crianças não conhecem nada de inglês. A mais nova discussão no meio educacional escocês é de que a situação atual obriga a um aumento de professores em condições de poder se comunicar com os estudantes estrangeiros. Segundo os mesmos existiriam no momento apenas 206 professores em todo o país com suficiente qualificação para ensinarem estes alunos.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Oscypek polaco vence na Comissão

A guerra pelo nome do queijo-nome a Polônia desferiu contra seu vizinho sulista, a Eslováquia acabou formalmente. Bruxelas no fim da semana passada formalmente decidiu conferir o status de "DOC - Denominação de Origem Controlada" para o Oscypek, um queijo resinoso e defumado produzido nas Montanhas Tatras, que usa leite de ovelha não pasteurizado no seu preparo. A decisão da União Européia pretende assegurar aos consumidores adquirem um produto que seja genuinamente produzido em sua região tradicional, e não uma imitação que se faça em qualquer outro lugar. "O Oscypek só pode ser produzido em algumas comunidades no lado polaco do Tatras. Os eslovacos poderão continuar fazendo a sua própria variedade, que eles chamam de Ostiepok”, explicou Jan Janczy, líder da Associação dos Criadores de Ovelhas e Cabras da região Sul da Polônia, que havia entrado com o pedido de proteção do nome junto a UE. A Comissão Européia acrescentou o Oscypek à lista de 161 queijos, a qual inclui nomes internacionalmente renomados como o francês Roquefort, o italiano Gorgonzola e o inglês Stilton Azul.
Entretanto, a Eslováquia decidiu usar seu poder de veto junto à UE para bloquear o movimento, temendo que tal decisão pudesse impedir sua própria produção e comercialização de queijo. Bratislava decidirá em maio se derrubará sua oposição às pretensões polacas. De acordo com Janczy, o Oscypek e o Ostiepok são fundamentalmente queijos diferentes, apesar dos nomes semelhantes e aparência. O queijo polaco é feito artesanalmente, enquanto seu primo eslovaco é produzido em processo mecanizado. Além disso, enquanto os produtores de Oscypek só podem adicionar ao leite de ovelha um máximo de 40 por cento de leite de vaca, os fabricantes de Ostiepok praticamente usam mais de 80 por cento de leite de vaca. Não podendo ser por isto considerado um queijo de leite de ovelha como é o tradicional queijo polaco Oscypek. Janczy disse que proteção conferida pela UE ajudará na melhoria da qualidade do Oscypek e sua expansão no mercado, já que apenas 70 por cento do que é atualmente vendido com este rótulo merece o nome. Oscypek é produzido pelos montanheses do Tatras desde o século 15. Ele impressiona pela beleza em forma de madeira esculpida. De onde justamente ganha o nome de Oscypek, pois este ato de fazer fendas na madeira vem do verbo Rozszczepić (roschtchpitch - fender, rachar). Depois da ordenha das ovelhas, o leite é colocado em baldes de madeira e após o coalho é vertido através de panos de linho. A massa do queijo conseguida é colocada em formas de madeira entalhadas, o que dará o formato de madeira esculpida, uma vez que ele seja defumado. A Polônia é o único país do Leste Europeu que conseguiu a proteção da União Européia para seus queijos até agora. Antes do Oscypek, a mesma Associação de já havia conseguido a "DOC-Denominação de Origem Controlada" para outro queijo da região das montanhas do país, o "Bryndza Podhalanska". Estes produtos polacos se unem a lista de 800 nomes da União Européia que inclui especialidades como o presunto italiano Parma e azeites da Grécia e Espanha, além de 12 tipos de cerveja alemã.

Reforma Ortográfica Português - 20

BASE XIX - DAS MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS

1º) A letra minúscula inicial é usada:
a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera.
c) Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maisúcula, os demais vocábulos, podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor do paço de Ninães, O Senhor do paço de Ninães, Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e Tambor.
d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste).
f) Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com
maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o Cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena).
g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com
maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).

2º) A letra maiúscula inicial é usada:
a) Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote.
b) Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; Atlântida,
Hespéria.
c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno/ Netuno.
d) Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social.
e) Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos.
f) Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S.
Paulo).
g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático.
h) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; H2O, Sr., V. Exª..
i) Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em inicio de versos, em categorizações de logradouros públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha).
Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas (terminologias antropológica. geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de entidades científicas ou normal izadoras, reconhecidas internacionalmente.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Piada de polaco

Um imigrante polaco está fazendo exame de vista para obter carteira de motorista em Nova Iorque. O examinador lhe mostra um cartão com as seguintes letras:

C Z J W I N O S T A C Z

O examinador pergunta: - Você consegue ler isso?
E o polaco: - Ler?! Eu conheço esse cara!!

O Rynek de Lublin - 2

Foto: Ulisses Iarochinski
São vários os edifícios no Rynek (praça do mercado) de Lublin decorados e com diversos desenhos. Alguns deles são do século XIV.

Reforma Ortográfica Português - 19

BASE XVIII - DO APÓSTROFO

1º) São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo:
a) Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respetiva pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto: d'Os Lusíadas, d'Os Sertões; n 'Os Lusíadas, n 'Os Sertões; pel' Os Lusíadas, pel' Os Sertões. Nada obsta, contudo, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras, se o exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os Lusíadas, etc.
As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, embora sem emprego do
apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares imediatos: a A Relíquia, a Os Lusíadas (exemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os Lusíadas). Em tais casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc.
b) Pode cindir-se por meio do apóstrofo uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respetiva é forma pronominal e se lhe quer dar realce com o uso de maiúscula: d'Ele, n'Ele, d'Aquele, n'Aquele, d'O, n'O, pel'O, m'O, t'O, lh'O, casos em que a segunda parte, forma masculina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.; d'Ela, n'Ela, d'Aquela, n'Aquela, d'A, n'A, pel'A, tu'A, t'A, lh'A, casos em que a segunda parte, forma feminina, é aplicável à mãe de Jesus, à Providência, etc. Exemplos frásicos: confiamos n'O que nos salvou; esse milagre revelou-m'O; está n'Ela a nossa esperança; pugnemos pel'A que é nossa padroeira.
À semelhança das cisões indicadas, pode dissolver-se graficamente, posto que sem uso do apóstrofo, uma combinação da preposição a com uma forma pronominal realçada pela maiúscula: a O, a Aquele, a Aquela (entendendo-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a O = ao, a Aquela = àquela, etc.). Exemplos frásicos: a O que tudo pode: a Aquela que nos protege.
c) Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológio, quando importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant"Ana, Sant'Lago, etc. É, pois, correto escrever: Calçada de Sant'Ana. Rua de Sant'Aina; culto de Sant'Iago, Ordem de Sant'Iago. Mas, se as ligações deste género, como é o caso destas mesmas Sant'Ana e Sant'Iago, se tornam perfeitas unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: Fulano de Santana, ilhéu de Santana, Santana de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de Santiago, Santiago do Cacém. Em paralelo com a grafia Sant'Ana e congéneres, emprega-se também o apóstrofo nas ligações de duas formas antroponímicas, quando é necessário indicar que na primeira se elide um o final: Nun'Álvares, Pedr'Eanes.

Note-se que nos casos referidos as escritas com apóstrofo, indicativas de elisão, não impedem, de modo algum, as escritas sem apóstrofo: Santa Ana, Nuno Álvares, Pedro Álvares, etc.

d) Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da preposição de, em combinação com substantivos: horda-d'água. cobrad'água, copo-d'água, estrela-d'alva, galinha-d'água, màe-d'água, pau-d'água, pau-d'alho, pau-d'arco, pau-d'óleo.
2º) São os seguintes os casos em que não se usa o apóstrofo: Não é admissível o uso do apóstrofo nas combinações das preposições de e em com as formas do artigo definido, com formas pronominais diversas e com formas adverbiais (excetuado o que se estabelece nas
alíneas 1º) a) e 1º) b) ). Tais combinações são representadas: a) Por uma só forma vocabular, se constituem, de modo fixo, uniões perfeitas: i) do, da, dos, das; dele, dela, deles, delas; deste, desta, destes, destas, disto; desse, dessa, desses, dessas, disso; daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo; destoutro, destoutra, destoutros, destoutras; dessoutro, dessoutra, dessoutros, dessoutras; daqueloutro, daqueloutra, daqueloutros, daqueloutras; daqui;
daí; dali; dacolá; donde; dantes (= antigamente); ii) no, na, nos, nas; nele, nela, neles, nelas; neste, nesta, nestes, nestas, nisto; nesse, nessa, nesses, nessas, nisso; naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo; nestoutro, nestoutra, nestoutros, nestoutras; nessoutro, nessoutra, nessoutros, nessoutras; naqueloutro, naqueloutra, naqueloutros, naqueloutras; num,
numa, nuns, numas; noutro, noutra, noutros, noutras, noutrem; nalgum, nalguma, nalguns, nalgumas, nalguém.
b) Por uma ou duas formas vocabulares, se não constituem, de modo fixo, uniões perfeitas (apesar de serem correntes com esta feição em algumas pronúncias): de um, de uma, de uns, de umas, ou dum, duma, duns, dumas; de algum, de alguma, de alguns, de algumas, de alguém, de algo, de algures, de alhures, ou dalgum, dalguma, dalguns, dalgumas, dalguém, dalgo, dalgures, dalhures; de outro, de outra, de outros, de outras, de outrem, de outrora, ou doutro, doutra, doutros, doutras, doutrem, doutrora; de aquém ou daquém; de além ou dalém; de entre ou dentre.
De acordo com os exemplos deste último tipo, tanto se admite o uso da locução adverbial de ora avante como do advérbio que representa a contração dos seus três elementos: doravante.
Obs.: Quando a preposição de se combina com as formas articulares ou pronominais o, a, os, as, ou com quaisquer pronomes ou advérbios começados por vogal, mas acontece estarem essas palavras integradas em construções de infinitivo, não se emprega o apóstrofo, nem se funde a preposição com a forma imediata, escrevendo-se estas duas separadamente: afim de ele compreender; apesar de o não ter visto; em virtude de os nossos pais serem bondosos; o facto de o conhecer; por causa de aqui estares.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Promotores polacos se manifestam

Promotores polacos protestam em massa contra a nova proposta do governo de aumentar os salários dos juízes em percentual maior que o deles. Apesar do forte protesto, eles não pensam paralisar seus trabalhos de investigação nas promotorias.
O Departamento responsável no Ministério da Justiça, informou que os centenas de promotores que não compareceram ao trabalho no dia de hoje, na verdade, entraram em férias e que o número não é significativo. O vice-chefe da Promotoria de Apelações de Katowice, Mariusz Gózd, disse que os promotores não estão organizados e tampouco houve qualquer iniciativa de entrar em greve, ou de se manifestar, "todos são livres para tomarem a atitude que mais lhe convier, protestar ou parar". E adiantou que já se conseguiram 3.500 assinaturas de promotores que deverão ser entregues, nesta quarta-feira, ao Ministério da Justiça, protestando contra os planos salariais.

Os protestos começaram há alguns dias quando o Ministério acenou com os novos planos de diferenciar a base salarial de juízes e promotores que até o momento recebem salários iguais.
O governo quer pagar mais para os juízes, mas os promotores querem que tudo continue como está. Não concordam que juízes ganhem mais do que eles. "Não haverá qualquer depauperização dos promotores", garantiu o ministro da justiça Zbigniew Ćwiąkalski, desmentindo que se deseja fazer uma diferenciação de categorias, mas que o plano é dar aumentos para promotores e juízes entre 110 a 750 zł bruto retroativos a primeiro de janeiro deste ano.

Polônia no Comitê de Integração Européia


Caricatura do primeiro-ministro Donald Tusk no traço do cartunista Artur Krynicki comemorando o fato do chefe de governo polaco estar na presidência do Comitê de Integração Européia.

O Rynek de Lublin - 1

Foto: Ulisses Iarochinski
A casa azul no Rynek (praça do mercado) de Lublin surpreende o turista desatento pelo detalhe das janelas e o contraste com os demais edifícios, todos em tons ocres.

Reforma Ortográfica Português - 18

BASE XVII - DO HÍFEN NA ÊNCLISE, NA TMESE E COM O VERBO HAVER

1º) Emprega-se o hífen na ênclise e na tmese: amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei, enviar-lheemos.
2º) Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de, etc.
Obs.: 1. Embora estejam consagradas pelo uso as formas verbais quer e requer, dos verbos querer e requerer, em vez de quere e requere, estas últimas formas conservam-se, no entanto, nos casos de ênclise: quere-o(s), requere-o(s). Nestes contextos, as formas (legítimas, aliás) qué-lo e requé-lo são pouco usadas.
2. Usa-se também o hífen nas ligações de formas pronominais enclíticas ao advérbio eis (eis-me, ei-lo) e ainda nas combinações de formas pronominais do tipo no-lo, vo-las, quando em próclise (por ex.: esperamos que no-lo comprem).

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Wajda em Los Angeles

Foto: Tomasz Gzell

"Gostaria que "Katyń" fosse um filme-alegoria", disse o cineasta Andrzej Wajda, durante simpósio internacional em Los Angeles, neste sábado, sobre os filmes estrangeiros nominados ao Oscar. No encontro que ocorreu no hollywoodiano Samuel Goldwyn Theater eram apresentados alguns minutos dos filmes nominados e em seguida os representantes destas produções respondiam perguntas dos participantes.
Wajda falou entre outras coisas, que depende dele que "Katyń" não esteja baseado nas atuais relações Polônia e Rússia, mas sublinhou que a realização do filme foi determinado pelo tema que relata o massacre de 40 mil oficiais polacos pela União Soviética durante a segunda guerra mundial. Ele não gostaria de despertar novos antagonismos entre a Polônia e a Rússia, mas era preciso contar esta história que foi silenciada durante o último meio século, nos dois lados da cortina de ferro - tanto no Ocidente como no Leste Comunista. "É importante, lembrar que estes assassinatos foram cometidos contra a inteligência polaca. Stalin queria eliminar a elite intelectual polaca que existia no país. Por isto é tal e profunda, a dor. "
Wajda lembrou ainda que o tema deste filme é bastante pessoal e doloroso para ele. Seu pai Jakub morreu em Katyń e sua mãe até o fim teve esperanças que o marido estivesse na lista dos sobreviventes deste terível massacre. "Esta é a verdadeira história da minha família." acrescentou o cinesta polaco.
"Katyń" como um dos cinco nomiados na categoria filme estrangeiro é o único que ainda não tem distribuidora nos Estados Unidos. "Mas quem sabe amanhã isto aconteça... mas quem sabe!" disse Wajda.
Cena do filme onde os oficiais polacos estão prestes a embarcar nos trens que os levaria à morte em terras russas.

Reforma Ortográfica Português - 17

BASE XVI - DO HÍFEN NAS FORMAÇÕES POR PREFIXAÇÃO, RECOMPOSIÇÃO E SUFIXAÇÃO

1º) Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, hio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto, pseudo, retro-, semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos:

a) Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti-higiénico/anti-higiênico, circumhospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico/contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; arquihipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico/neohelênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.
Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.

b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o
segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, autoobservação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.
Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.

c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a): circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.

d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

e) Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-, vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sotapiloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei.

f) Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônicos (mas pospor); préescolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).

2º) Não se emprega, pois, o hífen:

a) Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos domínios científico e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como hiorritmo, hiossatélite, eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia.

b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducaçao. extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.

3º) Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim.

Cidadania polaca: informações e buscas


Conforme as exigências das leis polacas que falam sobre cidadania (e são três, a última em vigor é da década de 60) para o processo basta um entre uma série de documentos. Se o passaporte do ancestral foi emitido por uma autoridade polaca, então ele pode ser aceito. Mas se ele foi emitido por alguma das três nações invasoras (período de 1795 a 1918), então o melhor é incluir outro documento, tal como a certidão de nascimento (segunda via expedida pelo cartório da localidade onde nasceu o ancestral. Pode ser também alguma certifidão militar).
Além deste documento, para o processo são necessárias provas de que a pessoa interessada descende desta pessoa e aí entram as certidões de nascimento, óbito (pai, avô) e carteira de identidade. Estes documentos devem ser traduzidos para o idioma polaco por tradutor juramentado. O item seguinte é o preenchimento de um formulário em idioma polaco fornecido pelo consulado. E finalmente um histórico de vida do interessado contando sobre si e sua ascendência polaca. Falar do ancestral, onde nasceu, quando imigrou, onde se estabeleceu etc. Também este histórico deve estar vertido para o idioma polaco. Com estes documentos, dá-se entrada no consulado. Este, por sua vez, verifica se está tudo em ordem e encaminha para Varsóvia, onde o Ministério das Relações Exteriores da Polônia, encaminha para o órgão responsável pela análise da solicitação, no caso, o Departamento de Emigração da Voivoda da Mazóvia.
Em relação a busca da certidão de nascimento polaco em território da Polônia, em função de estar residindo em Cracóvia, para estudos posso fazer o serviço. Para isso necessito saber:
1 - nome e sobrenome do ancestral buscado com grafia em idioma polaco. Exemplo: Estanislau é Stanislaw, Iarochinski é Jarosinski.
2 - nome e sobrenome dos pais do ancestral.
3 - ano de nascimento.
4 - paróquia e localidade de nascimento.
No caso do desconhecimento da localidade de nascimento, o único local em que se pode encontrar esta informação, talvez seja, no Arquivo Nacional do do Ministério da Justiça do Brasil, sediado no Rio de Janeiro. Lá no segundo andar estão abrigados arquivos da Polícia Federal dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul das décadas de 30 e 40 (quando se deu a lei de nacionalização de Getúlio Vargas e todos os imigrantes foram obrigados a se naturalizar). Todos tiveram de comparecer a uma delegacia de policia e é justamente nestes dados que se pode encontrar em que lugar na Polônia nasceu o ancestral.
Os custos para esta busca dependerão da distância desta localidade em relação a Cracóvia e dos dias de permanência nesta região. Esta busca consiste em localizar o assentamento de batistério na paróquia (isto se o ancestral nasceu antes de 1918), fazer a tradução para polaco se necessário (pode estar em russo, alemão ou latim, dependendo da região ocupada pelas nações invasoras) e solicitação ao cartório mais próximo para expedição da segunda-via atualizada.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Nova revista Cekaw


O CEKAW - Centro de Estudos Polono-Brasileiros Karol Wojtyla de Porto Alegre está lançando a segunda edição da revista Cekaw, com artigos sobre temas como história, genealogia, cultura, notícias, literatura, etc. voltados a temática polaca de preservação da história da Polônia e da imigração polaca no Brasil. A revista está disponível no site para consulta on-line de artigos individuais e também uma versão completa, que podem ser facilmente impressa. O acesso do site é direto na segunda edição neste link http://www.cekaw.org/revista/revista_02.php.

Recomeça o campeonato polaco

Foto: Paweł Małecki
E o campeonato polaco recomeçou, embora, o inverno principal causa da longa pausa, não esteja sendo tão rigoroso como há dois anos atrás. O líder da primeira fase, o Wisła Kraków, foi a Kielce e arrancou um empate do Korona. Para a imprensa polaca o time de Cracóvia na verdade perdeu dois pontos, já que era a estréia das duas novas estrelas contratadas, Łobodziński i Matusiak. Este voltou a jogar na Polônia, com status de jogador de seleção e ter se dado bem no exterior. Mas pouco fez neste jogo. Por sua vez, o preferido do treinador Beenhakker da seleção, Łobodziński, deverá esforçar-se muito para fazer os torcedores esquecerem de Kamil Kosowski. Com tantos novos atacantes contratados neste intervalo de campeonato, por pouco o brasileiro Jean Paulista não acabou parando em outras terras. Mas ele entrou contem aos 73 minutos no lugar justamenteMatusiak. Como o calendário do Wisła será intenso, pois ganhando o título polaco, onde está 11 pontos a frente do segundo colocado, ele disputará a Copa dos Campeões e precisará de todos do elenco em condições de entrar em campo e corresponder as expectativas. Já, Cleber, que em novembro renovou contrato por mais dois anos, passou a ser o zagueiro central com a contratação do lateral esquerdo costarriquenho Diaz. Ah. sim o jogo foi de 1X1, com gols de Sobolewski para o Korona e Kokoszka para o Wisła. Na equipe do Korona jogam os brasileiros Hernani (de Florianópolis) Hermes e Edi (paulista que começou carreira no Matsubara de Cambará-PR)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

As muralhas do Castelo


Muralha do Castelo de Wawel, nas margens do rio Vístula, em Cracóvia. São 4 os passeios túristicos no castelo e catedral. Todos com diferentes preços de visitas. Desde o último verão também a visita à catedral passou a ser cobrada, no valor de 10 zl, isto porque a catedral não é só uma igreja, mas também o panteão nacional, cemitério de reis e heróis da Polônia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Saúde está mais privada

A manchete principal do Rzeczpospolita desta quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008 diz que a Saúde está mais privada. Nas demais manchetes fala em:
- quem pagou pela liderança da esquerda
- Sobre Katyń no Kremlin
- Medo antes da recessão, registra novos preços do petróleo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Concurso Literário João Paulo II

Foto: Paweł Łucenki
O Centro de Estudos Vintar, de Roma, numa iniciativa inédita e de abrangência internacional, instituiu o "Concurso Internacional de Poesias e Narrativa Muito Além do Limiar da Esperança", que premiará trabalhos inspirados em João Paulo II e seu conceito de esperança.
Os trabalhos serão aceitos em qualquer língua e deverão ser enviados até 28/02/2008 para os e-mails poesiareligiosa@email.it ou poesiainedita@email.it (poesias de no máximo 30 versos), ou ainda para vainedita@email.it (narrativas de até 10 páginas).

Música montanhesa em novo arranjo


Música e dança dos montanheses polacos - Góralu - com Andrzej Brandstatter - Swarna.

Brandstatter começou sua carreira em 1972, junto ao grupo "Krywań", no qual apresentava piosenki góralskie (canções montanhesas) com arranjos contemporâneos. Com líder deste grupo obteve imediato sucesso. Ao longo dos acnos obteve alguns prêmios importantes em sua carreira como os dos Festivais de Zielona Góra de 1977, de Opole de 1978, Internacional da Festa Musical de 1979.

Reforma Ortográfica Português - 16

BASE XV - DO HÍFEN EM COMPOSTOS, LOCUÇÕES E ENCADEAMENTOS VOCABULARES

1º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: anoluz, orce-bispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, cifro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiroministro,
primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.

2º) Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.
Obs.: Os outros topónimos/topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O topónimo/topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.

3º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijãoverde; benção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inâcio, bem-me-quer (nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha-grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d'água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de um pássaro).

4º) Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o
elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; malafortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bemfalante (cf malfalante), bem-mandado (cf. malmandado). bem-nascido (cf. malnascido) , bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto).
Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.

5º) Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras; aquém-fiar, aquém-Pireneus; recém-casado, recém-nascido; sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha.

6º) Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,
prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, de exemplo de emprego sem hífen as seguintes locuções:
a) Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar;
b) Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho;
c) Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja;
d) Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução que se contrapõe a de menos; note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), depois de amanhã, em cima, por isso; e) Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a;
f) Conjuncionais: afim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que.

7º) Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique, e bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topónimos/topônimos (tipo: Austria-Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro, etc.).

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ano do poeta Zbigniew Herbert

O ano de Zbigniew Herbert foi inaugurado nesta semana com a abertura de exibições, painéis, seminários e exposições do poeta polaco, nascido em 1924. Até o final de 2008, a Polônia deverá reverenciar um de seus maiores poetas que morreu 10 anos atrás. Em 2007 o parlamento polaco, em especial resolução, descreveu Herbert como um escritor que em sua poesia demonstrou a grande tradição da poesia européia com corajosa e independente consciência, um homem que expressou em versos seu amor pela liberdade, pela fé, dignidade e moral individual. Durante discurso nos funerais do poeta, o então Primeiro-Ministro Jerzy Buzek disse: "O Príncipe dos poetas polacos... jaz em nosso panteão nacional para sempre... Nós temos a grande fortuna de que ele tenha vivido em nossos tempos." Herbert foi umd os mais influentes poetas, ensaistas e moralistas polacos do século 20. Entre suas mais populares obras estão "Struna swiatła" (O acorde da Luz), "Hermes, pies i gwiazda" (Hermes, Cachorro e Estrela), "Barbarzynca w ogrodzie" (O Bárbaro no jardim) and "Pan Cogito" (Senhor Cogito).
Hebert foi sempre um anti-comunista por convicção, dando sempre suporte ao movimento Solidariedade. Depois da imposição da Lei Marcial de dezembro de 1981, seus poemas eram recitados clandestinamente nos encontros do Sindicato Solidarność. Herbert conquistou entre outros, os prêmios o "Prêmio Herder", o "Prêmio Jerusalém Prize" e o "Prêmio T.S.Eliot". Herbert é um dos mais conhecidos e traduzidos escritor polaco do pós-guerra. Sua "Coleção de Poemas 1956-1998" foi publicada ano passado pela Ecco/Harper Collins nos Estados Unidos, em tradução para o inglês de Alissa Valles. Para David Orr do "The New York Times": "Contemporâneo de Tadeusz Rozewicz, Wisława Szymborska e Czesław Miłosz, Herbert e uma das principais figuras da poesia polaca do pós-guerra e por extensão de toda a Europa".
Em Portugal, poemas de Herbet foram traduzidos para o português. Estão na obra Ulisses Não mora mais aqui, publicado pela & etc. em 2002. NUMA BIBLIOTECA (versão de um poema de Zbigniew Herbert)
Uma rapariga loura está inclinada sobre um poema. Com o bisturi de um lápis afiado transfere as palavras para uma folha branca e converte-as em acentos, cadências, cesuras. O lamento de um poeta caído assemelha-se agora a uma salamandra devorada por formigas. Quando o levámos sob o fogo das metralhadoras eu pensei que o seu corpo ainda cálido ressuscitaria nas palavras. Agora que vejo a morte das palavras, sei que não há limites para o declínio. Tudo o que deixaremos atrás de nós sobre a terra escura serão sílabas dispersas. Acentos sobre o pó e o nada.

Reforma Ortográfica Português - 15

BASE XIV - DO TREMA

O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja separação de duas vogais que normalmente formam ditongo: saudade, e não saüdade, ainda que tetrassílabo; saudar, e não saüdar, ainda que trissílabo; etc.
Em virtude desta supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distinguir, em sílaba átona, um i ou um u de uma vogal da sílaba anterior, quer para distinguir, também em sílaba átona, um i ou um u de um ditongo precedente, quer para distinguir, em sílaba tónica/tônica ou átona, o u de gu ou de qu de um e ou i seguintes: arruinar, constituiria, depoimento, esmiuçar, faiscar, faulhar, oleicultura, paraibano, reunião; abaiucado, auiqui, caiuá, cauixi, piauiense; aguentar, anguiforme, arguir, bilíngue (ou bilingue), lingueta, linguista, linguístico; cinquenta, equestre, frequentar, tranquilo, ubiquidade.

Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a Base I, 3º, em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc.

Idioma polaco em São Bento do Sul

São Bento do Sul, cidade catarinense, próxima a divisa do Paraná é considerada por alguns como uma comunidade alemã. Não sabem estes, que os descendentes de polacos representam uma parcela significativa daquele munícipio. A Sociedade Varsóvia ali é bastante atuante na valorização da cultura polaca na região. Além da edição de um jornal bilíngue português/polaco mantém um grupo folclórico, eventos culturais e um curso de idioma polaco. Curso, aliás, que está com as incrições abertas desde ontem, 18 de fevereiro. O Curso está sendo realizado em parceria com a Fundação Cultural do município de São Bento do Sul. O início do Curso está previsto para 07 de março. Interessados devem se apressar, pois as vagas gratuitas são limitadas. As inscrições devem ser feitas na Fundação Cultural, com Carolina, ou na Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Polônia - no tel. 3633 0080 com Marco.
São Bento do Sul foi palco de gravações da novela Duas Caras da rede Globo. Na foto, a rua Jorge Lacerda foi interditada para as gravações de um desfile típico, onde as personagens Maria Paula - Marjore Estiano e Luciana -Vanessa Giácomo estão em cena.
Na trama da novela, a catarinense São Bento do Sul é Passaredo cidade do Paraná. Só mesmo em telenovela.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

E o vento é pior que a baixa temperatura

Foto: Ulisses Iarochinski

O vento faz com que a sensação térmica seja ainda menor que os 9 graus negativos nestes últimos dias.

Há quem diga sentir até 20 negativos com o vento que insistentemente sopra no Sul da Polônia. O que sobra do rosto sem proteção acaba se queimando, tal qual estivesse sob um tórrido sol de praia tropical.

Para se proteger é necessário colocar creme ou protetor solar. As casas de tronco ainda são muito comuns nos arredores de Cracóvia, esta por exemplo, recebeu adaptações da modernidade.

Probições in vitro na Polônia

"O que é permitido in vitro" é a manchete principal do jornal Gazeta Wyborcza, editado em Varsóvia, nesta segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008. E segue o subtítulo dizendo: Fecundação não só para os matrimônios. Não será permitido destruir embriões, comercializar embriões, esperma e céculas do óvulo. Não é permitido clonar pessoas - propõe em projeto o Ministério da Saúde.

Reforma Ortográfica Português - 14

BASE XIII - DA SUPRESSÃO DOS ACENTOS EM PALAVRAS DERIVADAS

1º) Nos advérbios em -mente, derivados de adjetivos com acento agudo ou circunflexo, estes são
suprimidos: avidamente (de ávido), debilmente (de débil), facilmente (de fácil), habilmente (de hábil), ingenuamente (de ingênuo), lucidamente (de lúcido), mamente (de má), somente (de só), unicamente (de único), etc.; candidamente (de cândido), cortesmente (de cortês), dinamicamente (de dinâmico), espontaneamente (de espontâneo), portuguesmente (de português), romanticamente (de romântico).
2º) Nas palavras derivadas que contêm sufixos iniciados por z e cujas formas de base apresentam vogal tónica/tônica com acento agudo ou circunflexo, estes são suprimidos: aneizinhos (de anéis), avozinha (de avó), bebezito (de bebé), cafezada (de café), chepeuzinho (de chapéu), chazeiro (de chá), heroizito (de herói), ilheuzito (de ilhéu), mazinha (de má), orfãozinho (de órfão), vintenzito (de vintém), etc.; avozinho (de avô), bençãozinha (de bênção), lampadazita (de lâmpada), pessegozito (de pêssego).