segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Israel agradecido ao Brasil


Semana passada, o Presidente de Israel, Szymon Peres, em visita oficial ao Brasil, pronunciou no Congresso Nacional, um discurso pungente. Cheio de referências ao Brasil e ao seu Israel. Falou de processos de paz e até de futebol e carnaval. Mas sua mensagem deve ser entendida como um sinal de paz, antes de tudo.

Senhor José Sarney, Presidente do Senado Federal.
Senhor Michel Temer, Presidente da Câmara de Deputados.
Senhor Presidente do Senado, eu lhe agradeço do fundo do meu coração pela oportunidade de falar diante desta honrada e democrática instituição. Esta não é na primeira vez que desfrutei sua generosidade. A primeira vez foi quando eu o conheci como Presidente do Brasil. As outras vezes foram quando desfrutei seus livros espetaculares. Concordo com a sugestão de Saraminda (livro escrito por José Sarney) aos garimpeiros de ouro: “A beleza do ouro está nos homens.”
Quando eu era criança, o Brasil era um sonho. Hoje, em minha velhice, desenvolveu-se em um país dos sonhos. A terra é infinita tal como descrita por Jorge Amado: “Este não é um pequeno país qualquer; esta é uma terra com uma gente excepcional.” Uma terra grande e diversificada – das águas da Amazônia à moderna arquitetura de Brasília. Suas cores diversas produzem sensação sem destruir a harmonia. Da beleza maravilhosa do Rio de Janeiro ao alvoroço econômico de São Paulo. Sua população foi construída de um esplêndido arco-íris de etnias; diferenças que não se transformaram em animosidade. Sua música variada, do samba à tranqüilidade da Bossa Nova. Tudo expressam um entusiasmo rítmico primoroso.
E acima de tudo, um amor pela vida que não requer administração. Uma nação que sabe como sonhar. Como amar. Como estar feliz, como dançar e cantar bem. Desta nação vêm figuras inspiradoras na política, nas ciências e nas artes. Como também uma habilidade para se viver junto apesar das diferenças. Uma visão de mundo na qual as pessoas tratam as demais como convidados ou anfitriões, e certamente não como inimigos.
Eu vim para ver e aprender como um país tão enorme avança pela pista em direção ao seu vôo nos céus. Eu vim para ver como o impressionante Presidente Lula está cumprindo o seu sonho de construir um país no qual a sociedade e a economia ainda lutam contra a pobreza, a ignorância, a doença, a discriminação e a estreiteza da mente. Eu vim para ver se posso colocar os “Cem Anos de Solidão” de García Márquez de lado, e ao invés disso escutar a nova narrativa dos “Cem Anos de Amizade” de Lula. Em minha opinião, esta é uma liderança inspiradora, no Brasil e fora dele. Esta transformou o Futuro no Presente. O Presidente Lula e eu viemos da mesma base histórica socialista, que detesta disparidades e ama a igualdade.
Eu vim para ver a pobreza tombar em 40% através do programa “Bolsa Familia”. E ver a educação elevar-se e tornar-se uma prioridade nacional. Eu vejo em seus olhos o que vejo com meus próprios olhos. Porque a educação [combate] principalmente e em primeiro lugar a batalha contra a cegueira. Todos os alcances científicos e tecnológicos de nossa época também eram possíveis nos tempos do nosso patriarca Abrahão. Mas naquela época não havia microscópios nem telescópios. Era antes da invenção da internet. E também hoje não podemos enxergar a distância plena. As capacidades perceptivas do ser humano somam e modificam a História.
Eu vim para não perder o primeiro relance do novo mundo, os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). A população do assim chamado Ocidente recuou para 12% da população mundial. A população nos países do BRIC cresceu em 40%.
O Brasil deu início ao seu novo rumo com base em uma excitante suposição: que com boa vontade alcançará um poder que não pode ser alcançado pela força. Isto causou uma sensação global. A decisão de receber as Olimpíadas no Brasil marca uma saudação global à abordagem brasileira.
E Israel abençoa o Brasil por isto. Em Israel nós sonhamos empatar com qualquer time de futebol do Brasil.
Honrados membros,
O Brasil, que é rico em recursos naturais, produz o recurso mais importante, o recurso humano. O ser humano pode enriquecer a natureza em vez de enriquecer-se dela. Israel é um país pequeno. No fim das contas, tem 0,25% do território brasileiro. Tem pouca água. Pouca terra. Não tem petróleo. Não tem ouro. Mas aprendeu a se colocar à frente da vanguarda do conhecimento desenvolvimentista, de inteligência. Porque só um excesso qualitativo pode responder a um déficit quantitativo. Por causa de sua pequenez, Israel não pode ser um produtor global. Por isso escolheu ser um laboratório global. Hoje Israel tem o maior número de cientistas por quilômetro quadrado do mundo.
Israel saiu da agricultura tradicional para a agricultura de tecnologia avançada. 95% da agricultura israelense está construída nas bases da alta tecnologia. Nós estamos aumentando a nossa colheita apesar de diminuir a nossa área medida em acres. A colheita em Israel aumentou de 20 a 30 vezes, na mesma terra, em comparação à da agrícola tradicional.
Nós não olhamos para a terra com olhos cabisbaixos, mas sim com olhos erguidos pela ciência. Hoje em dia Israel faz pesquisas e esforços de desenvolvimento em seis novas áreas do desenvolvimento necessárias para o mundo futuro:
1. Energia Renovável;
2. Tecnologia da Água;
3. Biotecnologia - que produzirá reposições para partes do corpo e melhorará as células cerebrais;
4. Moderna Tecnologia Educacional - permitirá que os estudantes estudem, assistam e sonhem com a história do amanhã;
5. Espaço – construir novos espaços para moradia bem como superar a superpopulação e a deterioração ecológica que encobre o nosso planeta;
6. Defesa – contra o terrorismo, individual e global.
Todas estas áreas do desenvolvimento têm inícios promissores em Israel. E ficaremos felizes em aumentar a cooperação com vocês, com o rápido desenvolvimento tecnológico no Brasil. A grandeza do Brasil e a pequenez de Israel complementam-se mutuamente. Eles nos concedem um espaço para a profunda e ampla cooperação nestas áreas do desenvolvimento.
Prezados Parlamentares,
Em nome de Israel eu vim agradecer aos brasileiros por abrirem suas portas aos sobreviventes do Holocausto. Eu vim para agradecer ao seu país por seu apoio no estabelecimento do Estado de Israel. Nos últimos cem anos, meu povo vivenciou dois eventos sem precedentes: o Holocausto – que matou um terço de nossa gente. E o Estado Judeu, que concedeu um justo futuro para o nosso povo. O Holocausto soltou nossas lágrimas. A esperança nos custou um preço íngreme em sangue.
Eu estava junto a David ben Gurion, o fundador de nosso país, quando a decisão da ONU para estabelecer o Estado de Israel foi publicada. Ben Gurion estava triste. Ele me disse: “Hoje nós dançamos, amanhã será derramado sangue.” A decisão da ONU foi um passo histórico. Foi comandada por Oswaldo Aranha, o famoso diplomata brasileiro. O nome dele estará gravado em nosso país como uma personalidade ilustre, como um bom amigo. Israel aceitou a decisão da ONU. Os árabes a rejeitaram e lançaram um ataque militar ao país recém-criado.
Nós éramos então 650 mil pessoas. Os árabes eram 40 milhões de pessoas. No início nós tínhamos um corpo militar. E nos faltavam armas de fogo. Os árabes tinham exércitos estabelecidos e armas de fogo. De lá para cá, fomos compelidos a travar mais sete guerras. Nós sabíamos que se perdêssemos uma única guerra, seríamos aniquilados. Nós não atacamos. Nós não buscamos territórios. Nós não desejamos governar sobre outros povos. A conquista, a supressão, a guerra - violam os valores fundamentais do povo judeu.
Dos ataques, nos defendemos. Ao nos defendermos, vencemos. Das nossas vitórias vieram novas fronteiras. Mas até mesmo em guerra, antes delas e depois delas, jamais deixamos de buscar a paz. Nós desejamos que a paz fluísse de nossa recusa básica em controlar outra nação. Aos nossos olhos, a conquista da paz é mais importante do que a conquista da terra. Porque nós sabemos que não podemos construir um mundo melhor pelo derramamento de sangue.
Honrados membros,
Em nome da paz devolvemos toda a terra e a água para o Egito, a Jordânia e o Líbano. No mesmo espírito, buscamos uma solução para o conflito estagnado entre nós e os sírios e entre nós e os palestinos.
Diversos primeiros-ministros israelenses já sugeriram para a Síria a troca de terra por paz. A Síria se recusa a se envolver em negociações diretas. Eu conclamo daqui o Presidente Assad: venha e entre em negociações diretas conosco imediatamente. Sem mediações, sem pré-condições, sem estágios, e sem demora. A guerra foi precoce e dolorosa. Nós não podemos permitir que a paz seja tardia e decepcionante.
Com os palestinos nós iniciamos negociações. Apesar do fato de nunca ter havido um estado palestino – a Faixa Ocidental (Cisjordânia) era controlada pelos jordanianos, e Gaza pelos egípcios – Israel reconhece o direito do povo palestino a um estado independente.
Eu me volto daqui ao meu colega Mahmoud Abbas, parceiro na assinatura do Tratado de Oslo, para que retome as negociações de paz imediatamente – bem como as complete.
Israel, por seu lado, já anunciou que aceitará acordos difíceis e dolorosos para permitir o estabelecimento de um estado palestino. Vivermos como bons vizinhos. Como nações interessadas na paz. Meu colega, Mahmoud Abbas, eu reconheço que é duro. É duro para você e duro para nós. Você se lembra, quando Yitzchak Rabin e eu começamos as negociações com você, nem todo mundo concordou conosco. Yitzchak foi assassinado diante dos meus olhos. O assassino pretendia também me matar. Eu sobrevivi a fim de continuar o processo de paz e hoje, para minha alegria, há um grande apoio para isso.
Nós dois tivemos momentos difíceis durante o processo de paz. Nós (Israel) nos retiramos de Gaza por nossa espontânea vontade. O resultado desapontou a nós dois. O Hamas tirou proveito da retirada e se rebelou contra a Autoridade Palestina. Transformou Gaza em uma zona militar. O Hamas aspirou ganhar controle sobre a Autoridade Palestina e introduzir o seu fanatismo.
O rifle fanático não vencerá. O futuro é tão verde quanto o símbolo de paz do ramo de oliveira. Até agora as negociações se estreitaram no gargalo. Eu acredito que com alguns passos de ousadia podemos completar o processo e alcançar a paz.
Valorosos membros do Parlamento,
Não é minha intenção lutar no Brasil com o Presidente do Irã. Como vocês sabem, nós consideramos que o país dele é um perigo para a paz global. Eu só irei me referir às facetas [desta ameaça] no tocante a Israel.
Historicamente, o Irã não era nosso inimigo e não há nenhuma necessidade de sermos inimigos. A fé islâmica não é nossa inimiga. Houve períodos durante os quais nós vivemos em verdadeira amizade. Mas eu não posso ignorar um governo que desenvolve armas nucleares e conclama para a destruição de Israel. O Irã é membro da ONU, contudo sua convocação para a destruição de Israel viola a carta da ONU. Viola o primeiro dos direitos humanos. Quer dizer, o direito de permanecer vivo.
O governo iraniano arma e patrocina organizações terroristas como o Hezbolá e o Hamas. Com apoio iraniano, o Hezbolá dividiu o Líbano, onde muçulmanos e cristãos viviam em paz. Estabeleceu um Estado que denuncia a paz dentro de um estado que deseja a paz. O Irã ajuda o Hamas a conspirar contra a Autoridade Palestina, e assim sendo, impede o estabelecimento de um Estado Palestino.
É preciso uma chamada clara contra a destruição e contra o terrorismo. Uma chamada clara para coexistência pacífica. Eu sei que o Brasil rejeita conclamações para a destruição. Rejeita o terrorismo. A sua voz clara e positiva ecoa amplamente. Eu sei que o Brasil apóia o processo de paz baseado em dois Estados para dois povos. Esta é a única alternativa positiva.
Antes, judeus e árabes viviam em paz. Naquele tempo as diferenças religiosas não nos aborreciam e elas não precisam nos aborrecer no futuro. Nós somos membros de uma família. Abrahão é o pai de todos nós. Irmãos não precisam combater seus irmãos.
Honrados Mensageiros,
De Jerusalém para o Brasil eu trago uma mensagem de amizade, honestidade, e um desejo profundo de cooperação sob todos os aspectos. Ambos os nossos países olham para o futuro. Eu reconheço que nós não temos um Carnaval como no Rio de Janeiro. Mas eu os lembro que em Israel há um Kibutz brasileiro que vive e respira. Chama-se Bror Hail, e é uma das maravilhas entre nós. É conhecido como o “Kibutz brasileiro” porque foi estabelecido por imigrantes do Brasil. Em Bror Hail a comunidade continua a tradição de um Carnaval brasileiro. É claro que não tão grande quanto em Salvador, mas eu garanto a vocês, tem o mesmo ritmo. Vocês estão convidados a vir para Israel, para a Terra Santa. Venham ver o nosso Kibutz brasileiro. Eu prometo que vocês não se decepcionarão – nem do socialismo e nem do carnaval.
Brasileiros e judeus têm uma herança para se orgulhar. Que clama pela paz entre os povos - não só entre governos. Neste sentido eu iniciei e estabeleci um centro que reúne as pessoas, principalmente os jovens. O centro está envolvido com a medicina e os esportes.
No campo da medicina o centro tratou mais de 6 mil crianças que sofrem de problemas neurológicos e cardiológicos. Crianças prejudicadas por natureza ou feridas em guerras entram com seus pais para o melhor hospital de Jerusalém – obviamente sem pagamento. Em minha opinião, esta é uma das iniciativas mais comoventes nas quais eu me envolvi em todo o curso de minha vida.
Nos esportes os principais esforços, é claro, estão no futebol. Não é só um jogo, mas um idioma de camaradagem entre diferentes povos com diferentes históricos de vida. As crianças palestinas e as crianças israelenses jogam por times não determinados por nacionalidade, mas sim por habilidade esportiva. Eu não conheço um modo melhor para clarear um caminho em direção à paz do que a competição esportiva, na qual não há vítimas.
Em um dos jogos aconteceu algo maravilhoso. Nunca antes eu havia visto os olhos das crianças palestinas e israelenses arderem tão vividamente. Eles sabem que quem perde hoje é o mesmo que vencerá amanhã, e assim, o real vencedor é paz.
Caros Notáveis,
Nós compartilhamos uma ambição por um futuro melhor. Assim sendo, temos uma visão semelhante. O que vocês chamam em português de “Luz Para Todos” e o que nós chamamos em hebraico de “Or Lagoim”, como visionaram os profetas. Nós podemos marchar lá juntos. O Brasil, Israel, e seus vizinhos. Esta será a marcha do futuro.

Tradução de Uri Lam, brasileiro estudante de rabinato em Israel.

Pierogi em Araucária


O grupo Folclórico Wesoly Dom, de Araucária, continua promovendo suas festas de congraçamento e arrecadação de fundos para manter viva a cultura polaca no munícipio. No próximo final de semana acontece a 10ª Festa do Pierogi, na Chácara do Soczek, na Av. Archelau de Almeida Torres, 2182, Jardim Iguaçu, em Araucária.
No dia 21/11 (Sábado), com início: 20:30hs, acontecem Apresentações Folclóricas com os grupos do Folclore Polaco, Wesoly Dom e do Folclore Ucraniano com o Barvinok. Em seguida haverá um animado Baile com Músicas Polacas e Gauchescas com os grupos, Garotos Galponeiros & Herança de Gaiteiro.
A festa prossegue no domingo, dia 22/11, às 11:00hs, com Missa Campal, Almoço e Festival de Prêmios. O 1º Prêmio é da ordem de R$1.000,00 e os participantes concorrem a outros 70 prêmios.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Cracóvia, terra do "outsoursing"

Um dos edíficios do "Kraków Business"- centro das empresas de "outsoursing"

Cracóvia tem se transformado nos últimos dois anos na sede das empresas de "outsoursing". IBM, SHELL, HLC e outras já contrataram 16 mil pessoas. Estudantes brasileiros, em final de cursos de graduação e mestrado, trocaram o estudo regular na semana, por regime de fim de semana na universidade. Somente porque falam português e porque desejam voltar ao Brasil não só com seus diplomas acadêmicos, mas também com alguma experiência profissional.
Empresas, como a indiana HLC, têm contratado jovens diretamente em São Paulo. Muitos deles sem conhecimento algum da língua polaca. E muitas vezes sem nenhuma experiência internacional. O único requisito é que falem português. O conhecimento de informática também não é tão necessário assim.
Mas Cracóvia tem demonstrado também um apetite enorme por novos profissionais nas áreas de turismo (guia turístico), hotelaria, lojas de departamentos e supermercados. A "indústria limpa" é a opção dos administradores da cidade, pois a principal vocação da cidade é sem dúvida a cultura, história e turismo, inclusive religioso. Cracóvia guarda as reliquías de pelo menos quatro santos da igreja Católica, São Estanislau, Santa Edwirges (A rei), São Maximiliam Kolbe, Santa Irmã Maria Faustina Kowalska, beatos e beatas além de ser a terra do "Santo Subito" Papa João Paulo II.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lituânia sempre esteve junto com a Polônia

Donald Tusk, Daria Grybauskaite, Maria e Lech Kaczyński
Foto: Bartosz Bobkowski

"Nunca aceitaremos, na Polônia, mensagem de que nas escolas não é permitido pendurar cruzes. Não podemos nem contar com uma coisa dessas.", disse nas comemorações do Dia da Independência da Polônia, o Presidente Lech Kaczyński, comentando sobre os acordos do Tribunal de Estrasburgo.
A convidado de honra, no 91º aniversário da independência, a Presidente da Lituânia, Daria Grybauskaite, lembrou que nos momentos mais importantes na história da Polônia, a Lituânia sempre esteve junto. Com o presidente Lech Kaczyński, ela depositou flores no monumento de Józef Pilsudski - um gesto significativo por parte da dirigente do país, que é considerado ocupante de Vilnius, a cidade polaca da atual Lituânia.
A Presidente da Lituânia fez um discurso, em polaco, onde ressaltou a participação das duas nações no 600º aniversário da Batalha de Grunwald. Durante as conversações, Kaczyński e Grybauskaite também discutiram a decisão do Tribunal Constitucional Lituano, que ainda não permite a grafia dos nomes em idioma polaco nos logradouros públicos da Lituânia, como foi até pouco tempo atrás.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Curitiba comemora Independência da Polônia

O General Józef Pilsudski e seu primeiro gabinete de governo em 1918.

A Capela Santa Maria, em Curitiba, é palco nesta terça-feira, das comemorações da data da Independência da República da Polônia. A Cônsul Geral Dorota Joanna Barys programou concerto do pianista polaco Marian Sobula.
A data de 11 de novembro de 1918, que marca a volta da Polônia, ao mapa dos Estados do mundo, também foi o do encerramento da Primeira Guerra Mundial. A Polônia que viu sua primeira República ser aviltada em 1795 com a ocupação de seu território e Estado pelas tropas invasoras dos reinos da Rússia, da Prussia e do Império Áustro-húngaro, passou 127 anos da trevas da democracia. Em que pese a história brasileira e ocidental ignorar o ano de 1453, foi a República Nobiliária da Polônia e Lituânia a grande precursora dos ideais democráticos da Independência dos Estados Unidos da América do Norte em 1776 e da Revolução Francesa em 1789.
A constituição polaca de 1791 foi detonador de uma série de agressões por parte dos reinos totalitários que viam com maus olhos a influência democrática polaca. Não bastassem mais de 300 anos da República Unida Polônia Lituânia, onde os magnatas (antigos senhores feudais) elegiam o rei da Polônia, os generais polacas Kościuszko e Puławski participaram ativamente na guerra da Independência das 13 colônias britânicas nas Américas.
Por isso, neste 11 de novembro, a Polônia comemora os 91 anos de sua II República e os 20 anos de sua III Repoública. Nas comemorações em Curitiba, a presença do Vice-Ministro das Relações Exteriores da Polônia, Jan Borkowski.


No concerto, o pianista Sobula apresentará obras de Chopin e Szymanowski, dois dos mais importantes compositores clássicos da história da Polônia.
Marian Sobula é considerado um dos mais talentosos pianistas de sua geração. Graduado em 2006 pela Academia de Música de Cracóvia, onde estudou sob orientação do Professor Andrzej Pikul. Sobula foi premiado em várias ocasiões como no “Yamaha Music Foundation of Europe” em Bydgoszcz (2005), no International Piano Competition em Valladolid - Espanha 2005), Ancona, Foggia, Gorizia, Pordenone, Sulmona e no 47º "Award Citta di Treviso" na Itália em 2003 e 2004. Em 2007 recebeu o “Special Prize” no International Music Competition “Dr. Luis Sigall” em Vina Del Mar, Chile.
A noite festiva começa às 20:00 horas, na Capela Santa Maria, na av. Marechal Deodoro esquina com Rua Conselheiro Laurindo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O antipolonismo na Alemanha

Muito se fala em antissemitismo, mas pouco em antipolonidade. Muitos israelenses que visitam os campos de concentração alemão-nazista em territórios da Polônia, quando perguntados sobre as relações polaco-judaicas, imediatamente assacam: "os polacos são antissemitas". Talvez estes ignorantes desconheçam os mil anos em que judeus viveram na Polônia, e de quantos polacos de origem judaica foram salvos da crueldade alemã durante a segunda guerra mundial.
Quando se comemora na Alemanha os 20 anos da queda do Muro de Berlim e a imprensa e jornais do mundo inteiro, inclusive brasileiros ocultam que a queda deste muro construído na decada de 60 para separar a Berlim comunista da Berlim ocidental, ocorrida em 9 de novembro de 1989 só foi possível por que um movimento iniciado no final da década de 70 nos estaleiros da cidade polaca de Gdańsk, denominado "Solidariedade" ousou enfrentar Moscou e todos os asseclas comunistas da Polônia.
Mas isto não é tão grave quanto esta placa existente num estacionamento de uma cidade alemã. Observe o preconceito estampado claramente contra os polacos, pois o aviso está escrito em língua polaca, "Nocowania w samochodach jest obronione" e diz que está "proibido estacionar à noite". E não está escrito em alemão. Só em idioma polaco, ou seja, está proibido só para polacos, pois muito poucos descendentes dos nazistas de Hitler sabem ler em idioma polaco.

Mas este antipolonismo não é privilégio só de israelitas e alemães, também norte-americanos (com suas piadas sem graça e politicamente incorretas) e até brasileiros costumam destilar seus preconceitos contra "poloneses" e polacos.
Em Curitiba, os imigrantes polacos e seus descendentes foram acometidos deste antipolonismo, desde o momento em que as primeiras 32 famílias chegaram ao Pilarzinho e começaram a ouvir das famílias saxônicas Mueller, Wolf e Schaffer, que já viviam ali, insultos como: "polacos beberrões, vagabundos, fedidos, burros e estúpidos". Os "alemães" do Pilarzinho de 1869 estavam preocupados com a concorrência que os laboriosos polacos fariam nas suas atividades de hortifruticultura. O cinturão verde desejado pelo presidente de província Lamenha Lins já tinha seus primeiros opositores, as três famílias saxônicas do Pilarzinho.

Há 20 anos caiu o muro


O jornal Gazeta Wyborcza abre sua edição desta segunda-feira, 09 de novembro de 2009 com a foto sob a frase: "Hoje se comemora em Berlim a queda do muro".
E na manchete principal: "Provas perdidas"

domingo, 8 de novembro de 2009

Sem Gdańsk não haveria a queda do Muro de Berlim

Foto: Anna Pietuszko

O general Wojciech Jaruzelski disse ao jornal italiano "La Repubblica" que, em 1989, quando o Muro de Berlim caiu, o líder soviético Mikhail Gorbachov telefonou para consultá-lo. Jaruzelski completou dizendo que ajudou a acalmar o clima entre os dirigentes soviéticos, preocupados que estavam com as mudanças no bloco do Leste.
O ex-dirigente polaco salientou que a queda do Muro de Berlim foi "uma meia-surpresa". Ele lembrou que a queda do muro ocorreu antes de 7 de outubro, quando ele estava em Berlim para comemorar o 40 º aniversário da República Democrática da Alemanha. "Ouvi maravilhas de Honecker e de Gorbachov. Era só autocelebração", frisou. Ainda segundo Jaruzelski, "Algumas horas mais tarde, a juventude saiu em passeata aos gritos de Gorbi, Gorbi, socorro!.Nós, Mazowiecki e Mikhail Sergeyevich, que estávamos no palaque compreendemos sem palavras, estávamos àcaminho da mesa-redonda e da perestroika".
Para o general, que comandou a Lei Marcial em 1981, "Gorbachov tinha apoiado o avanço polaco, ele confiava em mim, e nos líderes do Solidariedade". E Gorbachov "muitas vezes consultou-se comigo em segredo". Jaruzelski enfatizou que era então apenas um militar, que conduzia o país no bloco do Leste. "Eu ajudava a tranqüilizar império em seu crepúsculo preocupado que estava com seus militares."
Falando sobre a onda de mudança, que abalou a Europa há 20 anos, Jaruzelski afirma que o papel decisivo desempenhado por Gorbachov naqueles acontecimentos. "A Polônia foi o detonador do processo, mas sem os mísseis não poderia ter havido a Perestroika", salientou. "Com Gorbachov e o Papa João Paulo II a queda do muro não teria sido tão automática e nem mesmo a reunificação da Alemanha aconteceria tão facilmente".
O Muro de Berlim começou, portanto, a cair, muito antes, na Polônia de Gdańsk e foi um movimento que desencadeou todo o resto. Falar, pois na queda do Muro de Berlim sem mencionar os polacos é trair a história.
Jaruzelski, perguntado pelo jornal italiano sobre se ele se sente um vencedor, ou um derrotado, respondeu: "Eu me sinto derrotado apenas quando penso sobre as eleições do passado. Mas me sinto vencedor, quando decidi abrir o diálogo para mudar o sistema, juntamente com Wałęsa (pronuncia-se váuensa)".

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cabaré de lésbicas na Polônia

Da esquerda para direita Ania, Agnieszka Weseli, Ewa Tomaszewicz e Małgorzata Rawińska
Foto: Albert Zawada

Quantas lésbicas são necessárias para trocar uma lâmpada? Duas. Uma gira a lâmpada a segunda diz: Como você faz isto bem, querida!"
Com estas frases, o jornal Gazeta Wyborcza comenta sobre o primeiro espetáculo de lésbicas num Cabaré da Polônia.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Polônia: Em defesa dos valores comuns


A cônsul Dorota Joanna Barys, da República da Polônia, continua brindando a comunidade curitibana e sulbrasileira com importantes realizações culturais. Apenas para lembrar um dos eventos promovidos por ela na Biblioteca Pública do Paraná com grande êxito foi, "Mil anos de Judeus na Polônia", ano passado.
Agora, nesta quarta-feira, 4 de novembro, no mesmo espaço da principal biblioteca paranaense Dorota Barys abre a exposição "Em Defesa de Valores Comuns”.
Segundo o material de divulgaçao, "esta exposição é excepcional, pois exibe documentos arquivados verdadeiramente únicos, na maioria dos casos oriundos de fontes estrangeiras, tais como: despachos de espionagem, declarações de governos, ordens e declarações de comandantes eminentes, declarações de políticos, fotografias, desenhos e, também, documentos de correios e filatelia. Esta colagem não convencional de fatos demonstra, pela primeira vez em um âmbito tão abrangente, as atitudes de vários países da Europa e do mundo perante os acontecimentos que tiveram um impacto decisivo sobre o destino da Polônia e dos polacos."

A mostra de fotos, cartazes e textos apresenta acontecimentos cruciais do século XX, abrangendo o período de mais de oitenta anos de luta dos polacos pela recuperação da independência e pelo retorno da Polônia ao mapa dos Estados europeus. A história do Estado Polaco, documentada em fontes primárias, conta mais de mil anos. As relações com a civilização mediterrânea e a da Europa Ocidental formaram nos polacos durante este período de mil anos, fortes laços e afeições para com os valores universais.
"Os polacos não somente se identificam com estes valores, mas também, contribuíram muito para a formação e fortalecimento destes valores no Velho Continente. Muitas vezes defenderam os valores comuns, pagando por isto o máximo preço.", segundo o informativo do Consulado.
A exposição inicia com painéis que fazem lembrar os acontecimentos históricos dos anos 1914 – 1921, quando tiveram lugar as lutas pela recuperação da independência e pelo retorno da Polônia ao mapa político da Europa.
A Polônia foi o primeiro país a colocar suas tropas contra a invasão nazista e, depois, contra as tropas soviéticas. A campanha de 1939 não poderia terminar com vitória. Os polacos mais enfraquecidos militarmente e abandonados pela comunidade europeia e Liga das Nações, perderam muito, mas jamais as autoridades assinaram qualquer ato de capitulação e o povo nunca se deu por vencido pela violência. No país ocupado, criou-se o Estado Clandestino e surgiram diversas organizações militares. Esse “NÃO” arrojado contra Hitler, fez com que a Grã-Bretanha e a França entrassem na guerra e proporcionou, em resultado, a criação da coligação anti-hitleriana.


Os polacos combateram em todas as frentes de batalhas na Europa, no Ocidente, no Sul e no Leste, também ao norte da África, por terra, mar e ar. No entanto, no território ocupado da Polônia, as autoridades policiais e administrativas do Terceiro Reich construíram, nos anos de 1940 – 1942 campos de concentração e centros de extermínio para os polacos cristãos, ciganos e judeus.
O símbolo histórico deste sistema são os nomes que, com o decorrer do tempo, ganharam o valor dos conceitos relacionados com a nova qualidade do crime: o genocídio. Alguns dos muitos destes nomes ficaram marcados para sempre na história da humanidade como, Auschwitz-Birkenau, Monowitz, Chelmno-Kulmhof, Treblinka, Majdanek, Sobibór, Belzek, Gross-Rosen e Stutthof.
Desta forma foram exterminados cerca de 2,7 milhões de judeus de nacionalidade polaca e e outros 3 milhões de polacos de outros credos e religiões, assassinados pelos nazistas nos centros de extermínio fundados pelo aparelho do terror do estado de Hitler nomeadamente no território ocupado da Polônia.
Mais de 2 milhões de cristãos polacos foram vítimas deste terror sangrento. Quatro em cada quatro padres católicos polacos, quatro em cada quatro intelectual polaco, cinco em cada cinco professor polaco foram vítimas do crime. Estes números não incluem as experiências de cerca de 2,3 milhões de pessoas expulsas de seus lares, mais de 2,5 milhões de trabalhadores forçados e cerca de 200 mil crianças expatriadas a fim de serem germanizadas, das quais 75% nunca regressaram para suas famílias na Polônia.
Os materiais, únicos, compilados nesta exposição, demonstram um grande esforço militar e o martírio dos polacos visto à distância, pelos olhos dos outros povos, pelos aliados. Graças aos documentos arquivados e materiais iconográficos aqui apresentados, podemos seguir o caminho do combate das Forças Militares Polacas durante todo o período da guerra, ao lado dos aliados: as lutas na França e na Noruega em 1940, a Batalha da Inglaterra e do Atlântico, as lutas no deserto da Líbia, na frente italiana nos anos de 1944 – 1945, até o vitorioso Maio de 1945, na Frente Ocidental.
É apresentado também o Exército Polaco na Frente Leste e o seu caminho na Batalha de Lenin, via Varsóvia até Berlim. Durante 2078 dias, os polacos lutaram pela Polônia livre contribuindo para a libertação dos outros povos da Europa. Na ultima fase da II Guerra Mundial, em unidades regulares de todos os países aliados houve, em conjunto, cerca de 600 mil polacos e várias centenas de milhares no Exército Clandestino. Entre os anos 1939 e 1989 constituem um período de lutas contra a supremacia nazista e comunista, de extermínio, de campos de concentração, holocausto, martírio, perseguições e exílio na “terra desumana”.
No folheto de divulgação da exposição, a explicação sobre o porque terem permanecido sob a esfera do comunismo soviético, "Uma grande parte da exposição ilustra a história dos polacos por trás da Cortina de Ferro. Nos tempos quando, sempre figurando no mapa geográfico da Europa, pertencíamos – contra nossa vontade própria – à zona dos valores e normas diferentes, mantínhamos as nossas raízes européias. A afeição pelos valores europeus, que são nossos, não poderia deixar-nos passivos perante a ocupação soviética."
Numerosas fotografias, declarações e enunciações de políticos, cartas e panfletos volantes ilustram os motins do povo contra o regime comunista nos anos de 1956, 1970, 1976 e 1980.
As seguintes gerações de polacos no país e no estrangeiro referem-se às tradições da independência. No mundo livre foram criados numerosos centros políticos e culturais, concentrando a emigração política, atuando em favor o país oprimido.
A exposição apresenta de forma muito original, o nascimento e o primeiro período de existência do “Solidariedade”, a Lei Marcial e as visitas de João Paulo II à Pátria. As transformações polacas, evoluindo dos ideais e do programa do “Solidariedade”, iniciaram a transição do Estado Totalitário para a Democracia Parlamentar. A exposição termina com um acontecimento de grande importância histórica: a entrada da Polônia em 12 de março de 1999 como membro da OTAN.
A exposição “Em Defesa de Valores Comuns” reflete o desejo humano de sempre, ou seja, o de vivermos em liberdade, segurança e democracia. Um dos autores principais das transformações que se sucederam na Europa e no mundo durante os últimos anos, João Paulo II, disse: “A paz fica não só nas mãos dos indivíduos, mas também nas mãos do povo. É aos povos que cabe a honra de construir a paz, baseada na convicção de que a dignidade humana é sagrada e no respeito da igualdade incontestável de todos”.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Como a Polônia evitou a crise

Joaquin Almudia - Foto: Thierry Charlier

A Comissão Europeia, anunciou nesta terça-feira, que a Polônia foi o único país da Europa que conseguiu evitar a recessão e ainda alcançou crescimento recorde de 1,2%, neste ano.
Os dados são menos otimistas para a União Europeia como um todo, pois segundo a mesma Comissão somente a economia polaca conseguirá aumento acima de 1% no PIB em 2009. A economia polaca vai crescer fortemente nos próximos anos. Segundo os economistas da Comissão, em 2010, o PIB polaco deverá subir 1,8%. E, em 2011, cerca de 3,2%.
Isto significa que este ano, a Polônia é um líder comunitário em termos de crescimento econômico. Acima da Polônia, em 2010, haverá apenas um país com crescimento maior, ou seja, a Eslováquia com 1,9% (que, entretanto, terá sua economia encolhida este ano, em até 5,8%.). Em 2011, apenas a Estônia crescerá mais do que a Polônia com estimativa de 4,2%.
A Comissão Europeia anunciou também, nesta terça-feira, que o déficit esperado neste ano, nas finanças públicas na União Européia será de 6,4%. do PIB. O deficit das finanças públicas na Polônia subiu 3,6% no mesmo período.
Problemas reais, no entanto, podem começar em 2011 - quando a CE que prevê que a dívida pública será de 61,3%. Tal índice ficará acima do limite permitido nos critérios de Maastricht e consagrados na Constituição polaca, cujo limite máximo permitido é de 60% do PIB.
O crescimento do PIB de 1,2% não terá impacto no mercado de trabalho, e infelizmente, o emprego deve cai. O desemprego vai aumentar. Segundo estudos de especialistas, a situação começará a melhorar, quando o PIB aumentar em 3%. Mateusz Szczurek, analista do ING Bank Slaski, em 2012, "vai ser muito difícil reduzir o deficit para 3% do PIB. Pois ele depende muito da situação econômica. Subir para o nível consagrado no Tratado de Maastricht será possível, desde que no próximo ano o crescimento do PIB alcance pelo menos 2%."
A Comissão Europeia anunciou também previsões econômicas para todos os países da UE, estimando que a recessão no bloco terminou no terceiro trimestre de 2009. "A economia da UE sai de uma recessão. Devemos isso a ambiciosa política empreendida pelos governos e bancos centrais dos países da UE, que não só representa um travamento na crise, mas também o inicio da recuperação econômica", afirmou Joaquin Almunia, da Comissão Europeia.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Polônia de 1025

Quando o primeiro rei da Polônia foi coroado, Bolesław I, em 1025, o território daquele reino Católico Apostólico Romano compreendia as atuais capitais Berlim, Praga e Bratislava. Em compensação as cidades de Toruń e Olsztyń não eram ainda polacas. As terras da Bohemia, atuais República Tcheca e Eslováquia tinham sido herdadas de mãe de Bolesław I, de sua mãe a princesa católica bohema Babrowa, que havia se casado com seu pai, o então príncipe pagão Mieszko I. E como se vê no mapa, as terras da Pomerânia já eram polacas e isto desde os proto-eslavos. Portanto, nunca foram saxônicas, em que pese os períodos de ocupação Teutônica e Prussa.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Terras da outrora Polônia


Territórios históricos pertencentes a Polônia. No decorrer dos séculos, a Polônia teve vários mapas territoriais. Muitas destas terras foram tiradas e reconquistadas, outras continuam perdidas para Estados vizinhos.
Segundo o historiador britânico, Norman Davis, no atual território polaco (pós II guerra mundial) ainda se encontram as seguintes terras históricas polacas:

* Wielkopolska (latim Polonia Maior), Polônia Maior
* Małopolska (lat. Polonia Minor), Polônia Menor
* Mazowsze (lat. Mazovia), Mazóvia
* Kujawy (lat. Cuiavia), Cuiávia
* Śląsk (lat. Silesia), Silésia
* Pomorze (lat. Pomerania), Pomerânia
* Prusy (lat. Borussia), Borússia
* Polesie (lat. Polesia), Polésia
* Ruś Czerwona (lat. Ruthenia Rubra), Rutênia vermelha
* Podlasie (lat. Podlasia),

Além fronteira ficaram terras históricas dos polacos como:

* Wołyń (łac. Volhynia), Volínia
* Podole (łac. Podolia), Podólia
* Ruś Biała (łac. Ruthenia Alba), Rutênia Branca (Rússia Branca - Bielorússia)
* Ruś Czarna (łac. Ruthenia Nigra), Rutênia Negra
No lugar da milenar Rutênia, desde 1922 existe o Estado denominado Ucrânia.

Também fizeram parte da Polônia
* Litwa (lat. Lituania, ou seja Auksztota), Lituânia
* Żmudź (lat. Samigitia), Samítigia.
* Inflanty (lat. Livonia), Livônia

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Em defesa dos ucranianos

A estação central da polaca Lwów agora é de Lviv


Um artigo indicado por um dos leitores, deste blog, e originalmente escrito em idioma russo e polaco poderia tratar das seculares relações entre polacos e rutenos, mas se concentra apenas nos últimos 100 anos de convivência com os denominados ucranianos.
Como primos eslavos os dois povos têm muito de convivência, de rusgas, de malentendidos, de casamentos e também de muita irmandade.
A autoria do artigo, ao que parece é de Grudeq (soa pseudônimo). Em seu blog Grudeq se apresenta como cientista político, de direita, conservador e anticomunista.
E para apresentar esta tradução livre do artigo, parafraseo o grande Fernando Pessoa em seu poema 'Autopsicografia' - "Se eles não me lêem eu os leio":

Com a teimosia de um maníaco, eu vou defender ucranianos

Quando um homem diante da jaula do tigre tira proveito do fato de que entre ele e o bichano estão as grades de ferro, ele o enfrenta, acenando com sua vara comprida. Mas um dia o tigre escapa da jaula e come o homem. A pergunta sobre de quem é a culpa pela tragédia é do tigre que comeu, ou do homem que o irritou?
Em 1921, os ucranianos foram espancados. Eles, naquele momento, não conseguiram criar um Estado. Algo que foi conseguido por polacos, tchecos, húngaros, estonianos, lituanos e letões. Mas não eles. Os ucranianos perderam para os polacos, Lwów e sua Ucrânia Ocidental, enquanto para os bolcheviques perderam a batalha pelo leste da Ucrânia. Estavam perdidos. Eles eram, depois disso apenas uma nação fraca. Mesmo que em termos numéricos, eles fossem, depois dos russos, a segunda nação eslava.
Será que eles têm muito pouca tradição nacional e do ponto de vista histórico sua nacionalidade foi mínima? Em se tratando de tradição nacional, seriam eles menores que estonianos e letões? Pois estes conseguiram seu Estado. O povo ucraniano estava batido naquele momento. Os polacos poderiam os ter buscado e os tornado os amigos mais fiéis da República da Polônia. Algo que não pode ser feito por Khmelnytsky, pois se isto tivesse ocorrido, os ucranianos poderiam ter desempenhado uma posição importante entre a Polônia, a Rússia e a Turquia.
Fomos capazes de criar em nosso sudeste da Polônia, um Piemonte para os ucranianos, ensinar nosso conceito polaco na Universidade Iagielônia, dando-lhes a oportunidade de construir um Estado forte para eles no leste. Nós não fomos capazes de forjar um grupo de amigos na República da Ucrânia. Poderíamos começar a provocar o tigre.
Não prometemos a autonomia para os ucranianos do leste da Galicia. Promessas não feitas apenas por causa das dotações da Liga das Nações. Ninguém, no entanto, deu tanta autonomia para eles até 1939, como nós demos. Não prometemos a abertura da Universidade Ucraniana em Lwów. Deputados ucranianos fizeram, em 1924, em Varsóvia, a apresentação de seus projetos. Nada aconteceu. O Partido Nacional Democrático queria a seu tempo a polonização dos ucranianos e, de preferência enviá-los para a lua. Pilsudski queria federalizar os rutenos a uma vez, e depois então polonizá-los. O Tigre poderia ficar louco. O que vocês polacos realmente queriam? Eles são amigos ou inimigos? Todos naturalmente sempre podem dizer que o mais importante é a consistência. Os polacos foram consistentes. Ou seja, na constante mudança de seus planos.
Meu favorito Cat Mackiewicz sempre tratou os nacionalistas polacos como defensores da polonidade. Nossos nacionalistas nunca quiseram uma Polônia forte e grande. A ideia dos nossos governos democratas foi sempre a de construir um pequeno Estado de uma nacionalidade polaca única. Polônia apenas para os polacos, polacos católicos, claro! Mackiewicz queria uma polonidade ofensiva. Queria uma Polônia poderosa, iagielônica, imperial. Uma Polônia em que pudesse conviver com um número igual de nacionalidades e com muitas religiões diferentes. A II República Polaca, infelizmente, não cumpriu com estes sonhos.
A ofensiva da polonidade nas zonas fronteiriças dos ucranianos pedia a renúncia da fé, enquanto eles queriam ir para a faculdade. Para serem admitidos nas escolas era preciso ter um certificado de batismo católico. E assim, de alguma aldeia da Volinia se apresentava na universidade, um polaco, mas seu colega ucraniano não podia, isto só porque ele era um ortodoxo do rito grego. Ofensiva polaca nestas zonas fronteiriças privilegiava o mais fraco de caráter, aquele que admitia abandonar suas tradições, sua religião, de modo que para ter uma vida melhor, ele consentia em ser polaco. Nós não poderíamos dessa forma criar uma amizade com os ucranianos. Fortes, gozavam assim da amizade da autoridade de seus compatriotas ucranianos na Polônia.
Quando, em 1939, invocou-se o parlamento polaco no exílio, o Conselho Nacional, foi representado por todos os partidos políticos polacos, como os representantes de Opole - Silésia e as minorias judaicas. Mas não compareceu nenhum ucraniano. O Estado em que os ucranianos constituiam 16% da população se permitiu ao luxo de retirar essa nacionalidade da representação parlamentar. Nenhum comunicado foi emitido para a população ucraniana nas zonas fronteiriças. Como chegamos aqui, esquecendo qualquer representação no parlamento, não se poderia pensar em uma reestruturação. Os ucranianos cooperaram com as tropas alemãs, em setembro de 1939. O tigre continuou sorrindo. Os russos disseram que pelo menos uma de suas Repúblicas Socialistas Soviéticas era da Ucrânia. A Alemanha também ofereceu aos ucranianos algum tipo de ilusão. Polônia e os polacos, no entanto, esperaram pelo retorno da Segunda República.
Só numa coisa não se antecipamos. Isso de Lwów (Lviv) voltar para nós é como um tigre que fugiu de sua jaula e começou vingar-se por toda a humilhação sofrida. Que interesse tinha a Alemanha para com o tigre? Nada. Que negócio representava isto para os bolcheviques? Nada. Os papéis estavam invertidos. Já não era o Exército polaco, que tão eficientemente pacificou as aldeias ucranianas nos anos 30. Louvamos assim, antes de tudo, que temos um exército forte. Os ucranianos viram força quando enfrentamos Zalischyky e Sniatyn. O Tigre tinha tudo o que podia.

O abate na Volínia, é terrível, estúpido e cruel. Mas não podemos tratar esse evento, mesmo em tempo de paz, mesmo para todos os amantes ao redor, e para os irritados polacos, que nós atacamos os ucranianos de forma estúpida e mesquinha. Se exigimos dos ucranianos que continuam a bater no peito para as acções da UPA, não podemos também ser atingidos no peito pela estupidez do nosso governo sobre o caso das fronteiras, não como a mesma estupidez de antes, da nossa aristocracia? Tanto se conversa, hoje, sobre a necessidade de uma aliança estratégica com a Ucrânia. Temos de repetir constantemente a nós mesmos que, uma Ucrânia independente e relacionada nos mesmos moldes da aliança com o zloty polaco do século XVI é impossível, e mesmo assim, com a Rússia longe de nossas fronteiras, fomos privados do celeiro da Transnístria. Tanta discussão e ainda tratamos os ucranianos como "os do leste" (para o que são exatamente os mesmos, que nos fazem revanche). Tanta conversa ao mesmo tempo, mas sem qualquer pensamento de permitir a entrada no espaço Schengen, esquecendo que esta conversa, desvia-nos de toda uma multidão na fronteira ucraniana.
Vamos tentar entender o ponto de vista da história pelo lado da Ucrânia. Somos nós, de repente insensíveis de que Alemanha pretenda na Montanha de Santa Ana abrir ao lado do Cemitério dos insurgentes da Silésia, um cemitério dos defensores alemães da Silésia? Comparação ruim? Somente a partir do ponto de vista polaco. Pessoas na fronteira Polaca-ucraniana dependem da amizade entre Varsóvia e Kiev e diplomaticamente sempre vão estipular que tais coisas não vão ser faladas. Nesta discussão, polacos e ucranianos ainda têm de crescer muito. O Conflito Polaco-Ucraniano é um conflito de família. Sentemos primeiro à mesa da família. Busquemos por aquilo que nos une e vamos dar crédito que a nossa parceria dependa do bem, do bem desejado, para cada um de nós. Verdadeiramente devemos nos irmanar. E, quando esse dia chegar, você poderá explicar tudo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Bagatela de Cracóvia faz 90 anos


Foto: Michal Lepeck

O famoso Teatr Bagatella de Cracóvia está completando 90 anos. Ícone da população cracoviana, que faz de seu hall de entrada ponto de encontro para assistir seus espetáculos. Mas não só! Nas suas imediações a população marca para se encontrar para seguirem para suas noitadas, seus jantares e seus passeios.
Sua arquitetura inconfundível no cenário renascentista da cidade e sua grande tela de anúncios são marcas registradas de Cracóvia. Não bastasse isso, pelos seus palcos desfilaram os grandes nomes do teatro da Polônia ao longo das últimas nove décadas.
Para as comemorações, no sábado, estreiou o musical "Dwa razy tak" cujo tema são os 50 anos de uma vida conjugal. Dirigido por Karolina Szymczyk-Majchrzak, o espetáculo tem cenas de comédia, dança e canto. No elenco as atuações de Kamila Klimczak e Marcin Kobierski. Após o espetáculo houve sorteio de prêmios e brindes aos funcionários do teatro.
Ainda comemorando o aniversário no Klub Loja, no Rynek, foi aberta a exposição "Atrizes" , com fotografias das atrizes do Bagatella de autoria de Wojciech Plewiński, Znigniew Łagocki Zbigniew e Piotr Kubica.
Fundado há 90 anos por Marian Dąbrowski, magnata da mídia, dono dos jornais mais rentáveis da época, como por exemplo o jornal "Kurier Illustrated". Dąbrowski também era conselheiro municipal e um patrono das artes. O Bagatella criado por ele seria um teatro de entretenimento de alto nível, para contrapor-se ao aristrocrático teatro da ópera Juliusz Słowacki. Segundo a lenda, o nome do teatro surgiu - por acaso - de acordo com o patrono atual dao teatro Tadeusz Żeleński. "Dąbrowski olhou para cima e pediu que lhe inspirassem um nome. Ele suspirou e a palavra surgiu bagatela!
Ao longo do tempo seu nome seria alterado algumas vezes, para Kinoteatr Scala, Teatr Młodego Widza e Rozmaitości, mas Żeleński ao assumir sua direção nos anos 70 retomou o antigo e primeiro nome.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Chopin no Paraná em 2010

Sala de concertos da FCC - Capela Santa Maria

O governador de Santa Catarina parece ser mal informado. Pelo menos é o que se deduz lendo reportagem sobre sua visita a Polônia, publicada em jornais de Santa Catarina e alguns sites noticiosos. Ele afirma que seu Estado será o único a comemorar os 200 anos de nascimento do compositor Chopin, no Brasil. Ledo engano. Não sabe ele que no Estado de São Paulo já existe uma comissão encabeçada pelo vice-governador Alberto Goldman tratando dos preparativos de 2010 - Ano de Chopin no Brasil.
E em Curitiba, A Fundação Cultural e o Instituto Curitiba de Arte e Cultura juntamente com o Consulado Geral da Polônia para os três Estados do Sul do Brasil, com sede em Curitiba, já estão com as mãos na programação erudita da Camerata Antiqua e da Orquestra de Câmara de Curitiba, para comemorar de forma honrosa os 200 anos de nascimento de Fredyryk Chopin. Os eventos artísticos serão programados para a Capela Santa Maria e igrejas da Cidade. Há previsão ainda de um busto do compositor da "Polonaises" em um novo portal no Bosque do Papa João Paulo II.

Mas este é o texto da visita de Luiz Henrique à Polônia.

Varsóvia, Polônia (18/10/2009) - O governador Luiz Henrique participou de encontro entre representantes da União Europeia e Ásia, neste sábado (17), ocasião em que ficou definido que o Estado de Santa Catarina será o único do Brasil a participar das comemorações dos 200 anos do pianista e compositor polonês Frédéric Chopin. A reunião, que aconteceu em Varsóvia, na Polônia, foi seguida de uma apresentação do Balé Mazowsze e do concerto com a Poland Broadcasting Orchestra, que demonstraram peças de Chopin. “Nos sentimos bastante valorizados com a participação de Santa Catarina neste projeto. Acreditamos que é por meio da Cultura que divulgaremos o turismo de nosso Estado”, afirmou Luiz Henrique.
O encontro de cooperação de Cultura e Turismo contou com a participação de representantes da República Tcheca, Alemanha, França, Coréia do Sul, Suécia, Rússia, Itália, Bíelo-Rússia e Santa Catarina, pelo Brasil. As comemorações dos 200 anos do nascimento de Chopin acontecerão em 2010 nesses países e serão centradas em concertos, exposições e workshops.
Na mesma ocasião, também aconteceu a assinatura de termos de cooperação entre a Companhia Mazowsze da Polônia e a unidade catarinense da Escola de Canto e Dança Mazowsze, cuja sede já está instalada em Criciúma e as aulas iniciarão em março de 2010.
Após este encontro, o governador Luiz Henrique e comitiva participaram da inauguração de um complexo cultural em Varsóvia aos moldes das arenas multiuso que têm sido inauguradas nos últimos anos em Santa Catarina. “A União Europeia, a Província de Mazowsze e a comunidade investiram 40 milhões de Euros neste complexo, o que demonstra a valorização da Cultura na região. Em nosso governo, já montamos a maior rede de arenas de multiuso do País”, disse o governador ao defender a Cultura como principal foco de atração do turismo qualificado e geração de emprego e renda em Santa Catarina.
A missão oficial de 16 dias liderada pelo governador Luiz Henrique a países como a Rússia, Polônia, Áustria e França segue na segunda-feira (19) para Viena, na Áustria, onde manterão encontros com o prefeito Siegrid Nagl, com o presidente do Parlamento Estadual, Kurt Flecker, e com o governador Franz Voves, além de comparecer à reunião na ICS Internactional Isierungs Center Steiermark. Trata-se da sexta missão oficial do ano do governador, que reassumirá a chefia do Executivo no próximo dia 26.
Também integram o grupo de Santa Catarina à Europa os secretários Derly Massaud de Anunciação (Comunicação) e Antônio Gavazzoni (Fazenda); os prefeitos Dário Berger (Florianópolis) e Clésio Salvaro (Criciúma); além do deputado estadual Cesar Souza Júnior.
Frédéric Chopin Nascido em Żelazowa Wola, na Polônia, no dia 1º de março de 1810, Frédéric Chopin foi um pianista e compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história. Sua técnica refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.

Biden: novo sistema antimísseis na Polônia?

Foto: Jeff Roberson AP

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden apresenta planos para construção de um novo sistema de defesa de mísseis SM-3, na Polônia. Qual é a diferença do queria fazer com a Polônia George W. Bush? A resposta deve ser dada na visita que Biden faz a Varsóvia e Praga para tentar apagar a má impressão causada pela desastrosa decisão do presidente Barack Obama de abandonar a construção do escudo anti-míssil na Polônia e na República Tcheca.
Biden vai falar com o presidente Lech Kaczyński e com o primeiro-ministro Donald Tusk sobre a proposta de desenvolver um novo sistema de defesa antimísseis que os Norte-americanos continuam a querer.
Até agora, o que se sabe é que se trata de um sistema interceptor de mísseis de curto e médio alcance SM-3. Ele já é utilizado em navios, mas existe a possibilidade de instalá-los em terra sobre plataformas móveis.
O sistema SM-3 deverá ser implantado em diversos países. A posição polaca neste sistema, portanto, já não soa tão incomum. Para o novo sistema ser instalado é necessário que se costure um novo acordo entre Estados Unidos e Polônia. Os especialistas sugerem que ele não há pressa para o instalar, isto porque o novo sistema tem ainda muitas incógnitas.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Zalewski em Curitiba


Apresentou-se nesta segunda-feira, 19 de outubro, em Curitiba, na Igreja do Bom Jesus, o pianista Witold Zalewski. No concerto que aconteceu às 20 horas, Zalewski apresentou o programa:

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750): -
- Prelúdio e fuga em Lá Menor, BWV 543
- Chorale da cantata "Jesu bleibet meine Freude" BWV 147
FELIX MENDELSSOHN-BARTHOLDY (1809-1847)
- 1ª Sonata em Fá Menor op. 65 nº 1
Allegro moderato e serioso
Adagio
Andante Recit
Allegro assai vivace
JAN PODBIELSKI
- Prelúdio em Ré Menor (Tabulatura Varsoviana de Órgão do século XVII)
FELIKS NOWOWIEJSKI (1877-1946)
- "In Paradisum" Poema para órgão solo (fragmentos)

Introdução - Crucificação
Desejo
In Paradisum
MIECZYSŁAW SURZYŃSKI (1899-1924)
- Variações no tema do hino “Święty Boże” (Sanctus Dei) op. 38

Zalewski iniciou o aprendizado de órgão no Liceu Nacional de Música em Cracóvia, sob a orientação do Professor Mieczysław Tuleja. Em 1992 concluiu os estudos superiores na Academia de Música de Cracóvia, com especialização em órgão sob orientação do Professor Jan Jargon. Suas habilidades foram aperfeiçoadas nos cursos de interpretação conduzidos, entre outros, por J. Laukvik, G. Schneider e J. Guillou. Desde 1995 Zalewski ocupa o cargo de organista na Catedral Real de Wawel, em Cracóvia. Apresentou-se em recitais solo na Polônia e no exterior (República Tcheca, Alemanha, Espanha, Finlândia, Rússia, Suíça, Ucrânia e EUA). Em abril de 2007 apresentou-se na Catedral de São Patrick em Nova Iorque durante o recital comemorativo no segundo aniversário de morte do Papa João Paulo II.
Desde 1998 é membro da Comissão de Música Sacra da Cúria Metropolitana em Cracóvia. Durante as visitas papais exerceu as funções de organista durante as missas na Catedral de Wawel, Santuário em Lagiewniki e Blonia Krakowskie.
Witold Zalewski é autor do Hinário editado pela PWM – Editoras Musicais Polonesas em 1997 e também co-editor e co-autor de outras publicações, dentre elas - o Hinário de Wawel. Zalewski também é o diretor do Festival Coralística Internacional em Zakopane e coorganizador de vários concertos no Sul da Polônia.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Escola Superior prazeirosa

A manchete principal do jornal Gazeta Wyborcza, desta segunda-feira, 19 de outubro de 2009, diz:
professores universitários e estudantes orgulhosos entre si com uma
Escola Superior prazeirosa

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Wielkopolska busca parceiros no Brasil

Foto: Andrzej Monczak

Representantes da fábrica Cegielski e mais algumas empresas da Voivodia da Wielkopolska irão no início de novembro com uma missão econômica para o Brasil. O Gabinete do Voivoda é o organizador da viagem. O objetivo da missão é estabelecer contatos diretos e negociações com os empresários do Estado do Paraná, em Curitiba. A capital paranaense possui há menos de dois meses uma Representação Comercial Permanente da Voivodia polaca. "Ainda não sabemos quantas empresas irão, mas temos certeza de que a Fábrica Cegielski, cujos vagões têm interessado uma empresas no Brasil fará negócios lá", afirmou o vice-voivoda Leszek Wojtasiak.
Para participar da missão econômica o empresário da Wielkopolska deve preencher um formulário específico disponível no www.umww.pl.
A missão está prevista para durar cinco dias, de 2 a 8 novembro. Mas antes disso, brasileiros visitarão Poznan. Isto será no dia 27 de outubro quando o Ministro de Estado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Ivan Ramalho irá anunciar assinatura de contratos com a Embraer e uma empresa polaca. A brasileira é uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo.