terça-feira, 18 de setembro de 2007

Trailer do filme Katyń

Legenda: "Oculta meio século a verdade sobre o crime"

Narração: "Senhores, devemos perseverar, sem vocêss não existirá Polônia Livre"

"Katyń" reabre feridas escondidas

Desde domingo, na "avant première" em Varsóvia e ontem em Gdynia, a Polônia só fala numa coisa. O assunto é o mesmo em todos os noticiários e programas de rádio e TV. Katyń de Andrzej Wajda (andjei vaida) trouxe a discussão um passado escondido pelo comunismo. Nesta foto, do exército alemão se comprovava na época o crime russo contra os Polacos. Mas os aliados, pressionados por Stalin, preferiram ignorar e taxar a mosntruosidade russa como mentira nazista. Na sexta-feria, dia 21, quando o filme ganhar as telas de todos os cinemas da Polônia... a discussão só vai aumentar. O maior cinema de Cracóvia Kino Kijów (quino quiiów - cinema kiev) com 828 lugares já está com sua lotação praticamente esgotada nas seções de sexta-feira próxima.

Monges enclausurados

No fundo e ao cento, as torres da igreja do Monastério de Kamedłów, em Cracóvia, monges vivem em total clausura. Existem poucos mosteiros, como este, no mundo. O sistema sobrevive desde a idade média.

Kamedłów em idioma italiano é Camáldoli. Os monges no idioma português são chamados de Camaldulenses e pertencem à Congregação Camaldulense da Ordem de São Bento, a qual foi criada por São Romualdo de Ravenna, em Camáldoli, Arezzo, Itália, em 1012.

Em Cracóvia, eles estão na Montanha de Prata, bairro de Bielany, desde 1604, quando o nobre Mikołaj Wolski doou o terreno ao monge capelão Sebastian Lubomirski. Desde então os eremitas camaldulenses vivem na Polônia com a denominação em latim de "Congregatio Eremitarum Camaldulensium Montis Coronae", ou em idioma polaco, "Kongregacja Pustelników Kamedułów Góry Koronnej".

No mosteiro de Bielany vivem 58 monges (censo de 2003) sendo 21 monges polacos (censo de 2006). Existe um outro mosteiro na localidade de Kazimierz Biskupi, na cidade de Konin (Centro da Polônia).

A página oficial da Ordem na Internet é um pouco confusa sobre a existência e quantidade de mosteiros da Congregação no Mundo. Em alguns trechos omitem a presença dos monges até mesmo na Polônia. Em outros, diz que eles estão presentes na Itália (10 centros), na França, na Hungria, na Áustria e na Polônia (dois mosteiros).

Fora do continente europeu, encontram-se comunidades camaldulenses nos Estados Unidos, Índia, Tanzânia e Brasil (Mogi das Cruzes).

Chegaram ao Brasil e se estabeleceram incialmente em Caxias do Sul, mas pouco tempo depois o mosteiro foi fechado. Segundo H. Dall´Alba, em seu livro A Saga dos Camaldulenses no Rio Grande do Sul, “Lamentavelmente, em 1926, interrompeu-se esse afluxo cultural e até místico: os membros da venerável família de São Romualdo foram convidados inapelavelmente a recolher-se à casa-mãe, na Itália, por um desses equívocos obscuros da história, que os pósteros custam tanto a compreender e perdoar” (p. 12).


Porta de Entrada do Mosteiro

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Invasão soviética de 17 de setembro


Cavalaria Polaca, de 1939, em defesa da Pátria

Naquele sábado, Lublin já havia caído nas mãos dos alemães. Às 04.00 horas, o Exército Vermelho invadiu a Polônia a partir do Leste sob a alegação de libertar e proteger os Bielorrussos e os Ucranianos que viviam na parte oriental da Polônia. Tomada de surpresa em duas frentes ficou impossível às tropas polacas responder aos ataques. A invasão soviética fazia parte do Pacto assinado entre Ribbentrop e Molotov, em 23 de Agosto de 1939. O pacto incluía a não-agressão e um acordo de comércio, além de um protocolo secreto no qual estava acordado a partilha da Polônia entre a Alemanha e União Soviética. Assim, os soviéticos ficavam com o caminho livre para ocuparem os países do Mar Báltico. A invasão soviética foi realizada em duas frentes, uma comandada pelo General ucraniano Timoszenko e a outra pelo General bielorrusso Kowalow. As duas frentes formavam 1.5 milhões de soldados, 6191 tanques, 1800 aviões e 9140 peças de artilharia. Depois de intensos combates, nos dias seguintes, os soviéticos capturaram Wilno, Grodno e Lwów (cidades polacas) e alcançaram o Rio Bug em 23 de Setembro.
As patrióticas, mas escassas tripulações dos tanques polacos com equipamento velho e obsoleto lutaram bravamente e conseguiram destruir muitos veículos inimigos, enquanto defendiam a Pátria de alemães e soviéticos. A Campanha Polaca ainda está cercada por numerosos mitos tais como a informação de que Força Aérea Polaca teria sido destruída nas primeiras horas da invasão. Este mito foi criação da propaganda nazi-fascista e estava muito longe do que realmente se passou na realidade. A Cavalaria Polaca esteve ativa durante toda a campanha e atuou como infantaria montada. Um dos ataques da cavalaria Polaca de sucesso ocorreu em Krojanty, onde elementos do 18º Regimento de Lanceiros atacou e destruiu um batalhão de infantaria alemã. Este ataque ficou na história da Polônia como sucessos da Cavalaria contra os Panzers. A Aviação Polaca estava numericamente em desvantagem e os seus aparelhos eram velhos e obsoletos, mas mesmo assim, os pilotos polacos abateram 137 aviões inimigos. A Marinha Polaca afundou dois destróieres, 2 dragas-mina e fez estragos em outros barcos incluindo o "Schleswig-Holstein”. Mas perdeu o destróier 'Wicher', o caça minas "Gryft", o navio de treino de artilharia "Mazur" e dois pequenos barcos. Os soviéticos também perderam 42 tanques e 429 ficaram danificados, além de perderam 30 aviões. Os soviéticos fizeram prisioneiros 242.000 soldados polacos. Entre 70.000 a 120.000 soldados polacos conseguiram escapar para a Hungria e Romênia, 20.000 para a Letônia e Lituânia. Mas a maioria seguiu para o Ocidente, onde foram continuar a luta sob o comando do General Władysław Sikorski. Em 30 de Setembro, o Governo Polaco partiu para o exílio e se estabeleceu em Paris.
P.S. fonte de informações:
http://modernacontemp.freewebpages.org/poloniaww2.htm

Os irmãos ucranianos

Nas grandes ondas imigratórias da Europa Central para o Brasil viajaram e se instalaram juntos polacos e ucranianos. Ambos os povos naquele momento histórico estavam sob opressão de russos e austríacos. Durante os primeiros anos, muitos ucranianos foram confundidos com os polacos nas regiões de assentamento colonial no Paraná. A história de ambos, marcada por muito sofrimento e muitas conquistas, são muito parecidas. Muitos brasileiros "polskiego pochodzenia" têm também descendência ucraniana. O cineasta Guto Pasko (descendente de ucranianos) acaba de produzir um filme documentário que conta a trajetório de seu povo desde a Ucrânia até as terras do Sul do Brasil.
Mais do que retratar a história desse povo no Paraná, o filme nos mostra um panorama da Ucrânia e dos principais acontecimentos políticos que marcaram a sua história, explicando os motivos das três fases da imigração desta etnia ao Brasil, traçando um paralelo entre as comunidades ucranianas do Paraná com a história da Ucrânia antiga, desde o Principado de Kiev até os dias de hoje, nos evidenciando que, um século depois, a situação econômica e política da Ucrânia não mudaram e os ciclos imigratórios continuam.Dificuldade econômica, dominação política, fé, luta, sonhos, esperança...”Made in Ucrânia – Os Ucranianos no Paraná” é um retrato fiel da bravura desse povo que jamais se entrega.

P.S. O filme poderá ser visto na Cinemateca de Curitiba, Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174. De 24 a 30 de setembro de 2007, sempre às 15:30 horas.Valor do Ingresso:R$ 5,00 Inteira / R$ 2,50 Meia / R$ 1,00 Domingo / Idosos acima de 60 anos não pagam.

Putin não reconhece Katyń


No dia do lançamento oficial do filme de Andrzej Wajda sobre o massacre de Katyń, o presidente russo Vladimir Putin "não reconhece assassinatos em Katyń pelo exército vermelho". A afirmação é do dissidente russo Władimir Bukowski. O dissidente disse a imprensa polaca neste domingo que apelou a Putin para que mude o conceito negativo nas páginas da história russa. Uma delas seria aceitar que o exército russo matou 40 mil oficiais polacos em Katyń. A apresentação, fora de concurso, do filme de Wajda é hoje no Festival de Gdynia.

Rzeszów a capital do Sudeste

Foto: Ulisses Iarochinski
Encantadora rua central de Rzeszów (jéchuf), ou Resovia em latim. Ela é a capital da voivodia de Podkarpacki, na região sudeste da Polônia. No períododa ocupação austríaca (1795-1918) fazia parte da Galicia. Tem atualmente cerca de 180.000 habitantes. Possui 3 instituições de ensino superior a Universidade Rzeszowski (com 10 faculdades) a Politécnica Rzeszowska e a Escola Superior de Informática e Administração, além de outras faculdades isoladas.

domingo, 16 de setembro de 2007

O ponto mais alto da Polônia



E o ponto mais alto da Polônia, fica no Sul do País, na fronteira com a Eslováquia. Ele é chamado de Pico Rysy com 2.499 metros, nas montanhas Tatras. Na verdade Rysy é composto de três picos sendo o do meio com 2.503 m, O do Noroeste com 2.499 m e Sudeste com 2.473 m. Mas este mais alto. está já em território eslovaco. Uma teoria diz que o nome polaco e eslovaco do pico significa arranhões, ou fendas. Porém, Rysy também pode significar Lince no idioma eslovaco. É possível escalá-lo a partir da localidade de Morskie Oko e portanto, muito próximo de Zakopane (capital do turismo de inverno da Polônia).

Palácio da Cultura de Varsóvia

Para alguns, uma vergonha nacional. Para outros, o simbolo de um passado de conquistas. No centro da polêmica que divide varsovianos está o Palácio da Cultura, presente do líder soviético Józef Stalin (iuzéf). Situado no local mais central da capital polaca o edificio tem 230,38 metros de altura. Foi construído em 3 anos e inaugurado em 1955. O projeto arquitetônico foi de Lew Rudniew, que afirmou se inspirar em edificios de Chicago e Moscou. Arquitetonicamente é uma mistura de art déco, realismo socialista e histórico polaco. Atualmente está ocupado por sedes de várias firmas privadas e instituições públicas. Possui cinema, teatro, livraria, faculdade (Collegium Civitas) e a maior sala de congressos da Polônia com capacidade para 3 mil participantes. Tempos atrás foi realizada uma pesquisa de opinião pública para saber se a Polônia deveria por a baixo o símbolo soviético. Por pequena margem venceu a derrubada. Mas o mais provável é que ele acabe escondido entre tantos edificios mais altos que estão sendo construídos ao seu redor.

Italianos não desistem da Euro 2012

O presidente da federação Italiana de Futebol Giancarlo Abete não perde a oportunidade para sempre agourar a realização da Copa Européia de Futebol, em 2012, na Polônia e Ucrânia.
"Polacos e Ucranianos têm sérios problemas técnicos. Eles podem desistir, pois a Itália a cada momento está mais preparada para organizar a Euro 2012". Provocou o dirigente italiano, esta semana, por ocasião do jogo Itália X Ucrânia. Voto vencido na reunião da UEFA, que decidiu pelos dois países eslavos, a Itália já tentou de tudo, desde ridicularizar a jogar falsos argumentos. Embora tenha ganho o título da última Copa do Mundo na Alemanha, o dirigente não consegue se livrar dos escândalos da temporada que fez a Juventus jogar na segunda divisão. Abete deve crer que somente com uma grande realização esportiva pode apagar a triste situação do "Calcio". Como não dá mais para tirar da Áustria e Suíça a Euro 2008, ele ataca de todas as formas Polônia e Ucrânia.

Lembrança do Salão do Automóvel

Entre centenas de novos lançamentos, carros conceitos, carros ecológicos, a máquina que mais impressionou foi o Lamborghini Reventón. Foram produzidas apenas 20 unidades do carro, que tem preço de fábrica cotado em 1 (um) Milhão de Euro (sem impostos). O Lamborghini Reventón é um símbolo de exclusividade extrema, oferecendo desempenho extraordinário. O Reventón possui competência técnica e dinâmica espetaculares, além de um design incomparável num motor de doze cilindros.
O Lamborghini Reventón foi completamente projetado em Sant'Agata Bolognese, o local de nascimento do Lamborghini original e a casa de todos os supercarros nascidos sob o emblema do do touro. Embora esteja baseado no modelo Murciélago LP640, as linhas exteriores do Reventón são completamente novas. Há pouco do modelo básico, sendo seu exterior feito de CFC, um material de fibra de carbono composto. A aerodinamica perfeita permite que trafegue com estabilidade até mesmo a 340 km por hora. Pode-se dizer que a fabricação é praticamente artesanal.
P.S. Ou seja, minha viagem a Frankfurt, apesar dos percalços da falta de hotel para dormir teve suas compensações. Participar e ver um carro como esse que só 20 felizardos em todo o mundo poderão sentar ao volante, só mesmo num evento como o maior salão do automóvel do mundo.

sábado, 15 de setembro de 2007

Convite de Polaco


O mais fundo da Polônia

Não é só a Holanda que está abaixo do nível do mar. Também na Polônia, mais exatamente na localidade rural de Raczki Elbląskie (ratchki eublonquie), na cidade de Elbląg (eublong), Norte do país se encontra o ponto de maior depressão do território polaco. É 1 metro e oitenta centimetros abaixo do nível do mar. Na placa estão as indicações visuais do nível 0 do mar e os dizeres "Najniższy punkt w Polsce! Poziom depresji: 1,8m p.p.m." (nainijichy punkt f pólsce) ou O ponto mais baixo na Polônia. nível da depressão: 1,8 m.

Sócrates preocupado com a Polônia

O primeiro-ministro português e presidente da UE, José Sócrates, esteve ontem em Varsóvia. Ele saiu satisfeito do encontro com o Presidente da Polônia, Lech Kaczyński (LÉrrhh Catchinhski) e confiante na aprovação do novo Tratado europeu dentro de um mês em Lisboa.
Antes de se encontrar com o irmão gêmeo Jarosław Kaczyński (iarossuaf catchinhski), o português disse que "Não saio daqui preocupado, pelo contrário, saio com a impressão clara de que há um empenhamento de todos os países para que a Europa possa obter um acordo o mais rápido possível sobre uma matéria fundamental, que é o Tratado Reformador".
Entre outras coisas, Varsóvia já avisou que recusará a aplicação da Carta dos Direitos Fundamentais, tal como o Reino Unido e foi isso que fez Sócrates vir desabaladamente para uma reunião de apenas 4 horas e dois encontros em Varsóvia.

Antes, pela manhã, o presidente Lech Kaczyńki esteve em Cracóvia para ouvir a Igreja Católica Polaca, sobre, justamente, a Constituição Européia sob a luz do Tratado de Roma. O Encontro ocorreu na montanha do Przegorzały (pjegojaui) e não durou mais do que 20 minutos. Mas foi o suficiente para quebrar a tranquilidade do bairro com tantos policiais, unidades móveis de transmissão ao vivo das TVs e centenas de padres, bispos e cardeais. A igreja católica, mesmo com a morte de João Paulo II, ainda tem sua voz e seu poder na Polônia.
P.S. Ou seja, ontem recebi a visita, no hotel universitário, onde vivo, do presidente da República da Polônia, Lech Kaczyński.

Novo estádio para Varsóvia


Estádio para 55 mil expectadores não será construído no mesmo local do velho estádio X-lecia, mas justamente ao lado. A decisão foi tomada após um mês de exaustivo trabalho de arquitetos e construtores. O Estádio que receberá a partida de abertura da Eurocopa 2012 deverá custar 270 milhões de Euros. Para o orçamento do governo da República de 2008 serão alocados 160 milhões de Euros. O trabalho nos próximos anos será árduo, não só neste, mas em pelo menos outros 5 estádios (4 escolhidos e 2 de reserva) para que a Polônia esteja apta junto com a Ucrânia de sediar a Copa Européia de Futebol de 2012.

Ruínas de Ogrodzieniec

Foto: Ulisses Iarochinski
Na antiga estrada real de Cracóvia para Częstochowa (uma espécie de Val du Loire) encontram-se as ruinas de um castelo medieval. A fortaleza de Ogrodzieniec foi contruída pelo rei Kazimierz Wielki (kaJImiérz viélki) em gótico italiano. No ano de 1386 o rei Władysław Jagiełło (vuadissuáf iaguiéuo) entregou o castelo e arredores para o cracoviano Włodkowi z Charbinowic (vuódkovi z rrarbinóvits) e o brasão Sulima como prêmio pela ativa negociação na assinatura da União Polaca-Lituana. O novo proprietário desta família, Bartosz (bártóch) acabou prisioneiro em 1454 pelos alemães. O castelo estyeve nas mãos desta família por mais de cem anos, quando passou a sofrer processo de vendas sucessivas até acabar em ruínas.


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Não aos antigos políticos

foto: AP
Os polacos não querem no Sejm (parlamento), o ex-primeiro ministro Leszk Miller (LÉchék miler), segundo pesquisa de opinião publicada pelo jornal "Rzeczpospolitej" (jetchpospolitei). 54% dos perguntados responderam que Miller "decididamente não deve se candidatar" pelo partido "LiD". Apenas 4% gostariam de vê-lo novamente no Parlamento. Miller era o primeiro-ministro quando a Polônia entrou na União Européia em 1° de maio de 2004. Depois da dissolução do atual parlamento, os partidos voltaram as ruas para as novas eleições em outubro próximo. Ex-deputados, primeiros-ministros e presidentes são sondados para voltarem, mas parece que os eleitores querem realmente mudar tudo na política do país.

Wajda dedica à família

Nesta quarta-feira, o cineasta fez uma "avant-premiere" de seu novo filme "Katyń". A apresentação foi apenas para um reduzidíssimo grupo de pessoas, entre familiares, amigos próximos e alguns jornalistas. Após a projeção, ele disse que o cinema é o melhor meio para se falar alguma coisa sobre a tragédia de Katyń, a qual os jovens polacos quase nada sabem. Andrzej Wajda (andjei vaida) confessou que este é o seu filme mais pessoal e o dedicou a sua própria família. O pai do cineasta, Jakub Wajda, foi oficial das Forças Armadas polacas e morreu no massacre de Katyń com 43 anos. "Minha mãe esperou bastante alguma notícia sobre ele, com a esperança de que seu marido ainda estivesse vivo". disse Wajda. Talvez este seja o filme mais aguardado e de maior promoção da carreira do mais conceituado cineasta polaco de todos os tempos. O lançamento oficial é nesta segunda-feira, dia 17 de setembro, no Festival de Cinema de Gydnia.

Varsóvia do século 21

Warszawa (varchava), ou Varsóvia, a cada mês que passa vai transformando sua cara. Da planificação urbana e arquitetônica, fortemente comunista, pós Segunda Guerra Mundial, a cidade vai cada vez mais se identificando com os arranha-céus novaiorquinos. Parece que os varsovianos têm algum sentimento negativo em relação ao seu recente passado comunista. A evidência de se modificar as estruturas é impressionante! Continuando assim, vai chegar um tempo, que os preservacionistas terão se arrependido de não possuir mais nenhum signo do período comunista, tal é a febre dos novos arquitetos. Querem mudar tudo no panorama e nas "feições" da cidade. Seja como for, a capital da Polônia desde o século 15, ainda conserva em seus arredores traços dos séculos 18 e 19.

A denominação da cidade é de antes do século 14, quando era escrita como "Warseuiensis" (1321), "Varschewia" (1342) e já no século 15 como "Warschouia" (1482). A partir de então, o nome foi mudando para "Warszewa", "Warszowa" e etc.. A palavra teria origem no nome Warsz (abreviatura dos nomes pessoais Warcisław [vartssissuaf] e Wrocisław [vrotssissuaf). A mudança para Warszawa seria resultado do modo de falar dos mazovianos (região da qual Varsóvia é também capital provincial). Esta mudança na grafia se deu mais pelo sotaque do que pela etimologia da termo. Por outro lado a lenda (e como a Polônia tem lenda pra tudo!), a palavra seria originária da junção dos nomes de um pescador Warsa e de sua esposa Sawy.
P.S. Varsóvia é cidade-parceira de outras 26 em todo o mundo. No Brasil a cidade-parceira de Varsóvia é o Rio de Janeiro, segundo os protocolos firmados em 1997.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Felipão pede desculpas

Acabo de assistir pela RTPi - Televisão portuguesa Internacional, o programa "Grande Entrevista" da jornalista Judite de Souza. O entrevistado da noite, como não podia deixar de ser após os incidentes no jogo de ontem entre Portugal e Sérvia, foi o brasileiro Luiz Felipe Scolari - o Pentacampeão mundial Felipão. Incisiva em todos os momentos, com perguntas "ácidas" Judite só não nocauteou o brasileiro, porque teve diante de si, um homem que sabe reconhecer um erro e pedir desculpas. Seja qual for a punição que a Federação Portuguesa de Futebol, ou mesmo a UEFA venha a tomar, a verdade é que Felipão jamais poderá ser considerado agressor, muito pelo contrário, ele foi no decorrer do jogo, agredido várias vezes pelos jogadores sérvios e principalmente pelo bandido Dragutinovic, este jogador "açougueiro" com um passado nefasto no futebol e que já deveria estar fazendo qualquer outra coisa, menos jogar futebol. "Vale tudo", por exemplo! O juiz alemão Markus Merk também é outro de um passado adverso a Portugal e ontem além do clarissimo gol em impedimento da Sérvia, deveria ter expulsado o "vale tudo Dragutinovic" aos 7 minutos de partida.

Antes da "Grande Entrevista" a RTPi já tinha colocado ao vivo às 18.30 horas (horário de Lisboa) o pedido de desculpas de Scolari. Quando o brasileiro afirmou estar consciente do gesto errado no final da partida. Ao fim da entrevista à Judite de Souza deu um imenso orgulho ter Felipão, nosso mais emocionado embaixador brasileiro no mundo.
Durante a entrevista, Felipão elogiou o comportamento da seleção Polaca, dizendo que logo após o encerramento do empate em 2x2, sua primeira atitude foi abraçar o técnico da Polônia, o holandês, Leo Beenhakker. pelo "fair play" demonstrado pelos polacos. O mesmo ele não poderia ter feito, independente do incidente, com o espanhol Luis Clemente. Pois os sérvios foram bastante violentos.
Estas foram as declarações de desculpa de Felipão na transmissão ao vivo e no programa "Grande Entrevista:
1 . “Gostaria de pedir a todos vocês, aos torcedores, aos meus atletas, ao povo português, desculpas pela minha atitude de ontem, foi uma reação errada”.
2. “Se por acaso tive uma atitude que não condiz com pátria, peço desculpa a Portugal e ao povo português”.
3 . "Entendo perfeitamente palavras em espanhol dirigidas à minha família, assim como também sei o que é um tapa na minha mão. Por isso, a minha reação, totalmente errada, é de uma pessoa racional e normal."
4. "Não sou infalível. Todas as pessoas, em determinados momentos, erram. Assumo que me perdi naquela altura, mas foi para proteger o meu atleta. Por isso, acho que não errei, mas sei que foi um gesto que não pode acontecer".
Já o bandido sérvio saiu com essa: Ninguém pode ter aquela atitude para com jogadores só porque não se ganha um desafio. Dá má imagem ao mundo desportivo. Se ele não sabe perder então o melhor mesmo é sair do futebol.

P.S. O perdedor Luis Clemente, técnico da Sérvia, declarou em entrevista que o brasileiro deve ser excluido do futebol para sempre. O curioso é que Clemente é espanhol, mesma língua em que o sérvio bandido ofendeu Felipão com palavras de baixo calão.